Os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada aumentaram a um ritmo sem precedentes desde que começou a guerra entre Israel e o Hamas, a 7 de outubro, denunciou hoje a organização não governamental (ONG) Peace Now.

“Os colonos estão a aproveitar a guerra na Faixa de Gaza para mudar a realidade no terreno e garantir o controlo de extensas áreas na Área C”, que respeita a 60% do território palestiniano da Cisjordânia ocupada, sobre o qual Israel tem o controlo administrativo e de segurança, indica a ONG, em comunicado.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançou um apelo de 69 milhões de dólares (cerca de 63 milhões de euros) para apoiar a resposta às necessidades humanitárias nos territórios palestinianos ocupados, avançou o The Guardian.

Em comunicado, a organização das Nações Unidas alertou que centenas de milhares de civis precisam de ajuda urgente, mas que o acesso continua a ser condicionado pelos “longos procedimentos de desalfandegamento dos camiões de ajuda humanitária na fronteira (e) pela intensa operação terrestre e pelos combates”.

Também a insegurança, as estradas bloqueadas, a escassez de combustível e as “frequentes perturbações” nas redes de comunicação têm impedido a coordenação da ajuda humanitária.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde alertou numa publicação na rede social X para o número de pessoas em Gaza que, em consequência da guerra, sofreram amputações que “mudaram a sua vida”.

“A falta de tratamento e de especialistas significa que as pessoas estão a ter todos ou partes de seus braços e pernas removidos, às vezes com anestesia e alívio da dor insuficientes”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrando também que estas vítimas são pessoas de todas as idades.

“A OMS está a trabalhar com parceiros locais para avaliar as necessidades e fornecer material. Mas é necessário muito mais. Este sofrimento tem de acabar”, acrescentou.

The war in #Gaza has caused many people, of all ages, to suffer life-changing amputations.

Many people are only able to receive care several days after their injuries occurred, reducing the possibility of saving their limbs.

The lack of treatment and experts means people are… pic.twitter.com/aUyAfP5OwS

— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) January 5, 2024

O Exército israelita anunciou hoje que as suas tropas encontraram um complexo de túneis que albergava um quartel e armas do grupo islamita Hamas num luxuoso hotel localizado em frente das praias mediterrânicas da Cidade de Gaza.

Um porta-voz do Exército disse que os soldados israelitas encontraram “uma infraestrutura do Hamas com sete túneis e um quartel-general terrorista no seu interior”, que estava localizada no Hotel Blue Beach, no norte da Faixa de Gaza.

A rede de túneis foi destruída esta semana, após combates em que “dezenas de terroristas do Hamas entrincheirados no hotel dispararam mísseis antitanque contra as forças israelitas”, descreveu o porta-voz, referindo que vários combatentes do grupo palestiniano foram mortos.

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) afirmou estar em choque com os contínuos ataques contra o hospital al-Amal, no sul de Gaza, e contra a sede do Crescente Vermelho Palestiniano, atingida na terça-feira.

The upper floors of the @PalestineRCS headquarters in Gaza's Khan Younis have been hit again causing several injuries.

We reiterate our call: Civilians, hospitals, humanitarian workers and facilities must be respected and protected.

It’s a moral and legal imperative. pic.twitter.com/Ft5TVvZ3XV

— IFRC (@ifrc) January 2, 2024

“Os bombardeamentos contínuos afetaram as ambulâncias e os paramédicos do PRCS, impedindo a prestação de ajuda médica vital e de cuidados básicos de emergência que salvam vidas. O acesso aos cuidados médicos é um direito básico e o bloqueio destes serviços é inaceitável”, afirmam em comunicado citado no The Guardian.

O antigo vice-presidente de Donald Trump visitou hoje o comando norte das Forças de Defesa de Israel, perto da fronteira com o Líbano.

Durante a sua visita, Mike Pence reuniu com os líderes militares e juntou-se aos soldados da IDF no terreno.

“Desde 7 de Outubro, estes corajosos israelitas, vários dos quais também são cidadãos americanos, deixaram as suas famílias e o seu lar para defenderem Israel com firmeza”, escreveu numa publicação na rede social X.

Traveled to Israel’s Northern Command today to meet with military leaders and joined @IDF soldiers stationed near Israel’s border with Lebanon. Ever since October 7th, these courageous Israelis, several of whom are also American citizens, left families and home to stand strong… pic.twitter.com/2vj3mmArSl

— Mike Pence (@Mike_Pence) January 5, 2024

Annalena Baerbock disse esta sexta-feira que Israel deve fazer mais para proteger a população de Gaza, numa altura em que se prepara para viajar até ao Médio Oriente.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã voltou a transmitir a solidariedade da Alemanha com Israel na luta contra o “terror cego”, cita o The Times of Israel.

Para Baerbock devem haver mais “pausas humanitárias” e a paz não pode ser conquistada se a perspetiva de uma vida com dignidade acabar, se Gaza for inabitável depois da guerra”.

Catherine Colonna, a ministra dos Negócios Estrangeiros de França, afirmou hoje que o território de Gaza pertence à Palestina e não deve ser Israel a determinar o seu futuro.

Em declarações à CNN, aqui citadas pelo The Guardian, Colonna disse que “não cabe a Israel determinar o futuro de Gaza, que é terra palestiniana. Precisamos de regressar ao princípio do direito internacional e respeitá-lo”.

Estes comentários surgiram em resposta aos comentários feitos por dois ministros israelitas de extrema direita, que a ministra francesa classificou de “irresponsáveis”.

Pelo menos cinco países já condenaram declarações de ministros israelitas. Governo português contra “declarações irresponsáveis”

Apoiamos a solução de dois Estados, que é a única opção viável. Gaza e a Cisjordânia devem, em conjunto, fazer parte do futuro Estado palestiniano”, completou.

Segundo a Al Jazeera, que cita a agência WAFA, um jovem foi baleado na Cisjordânia por soldados israelitas, quando tentava cruzar um posto de controlo militar.

De acordo com um hospital de Jenin, o jovem foi, primeiramente, tratado no local e transferido para o hospital.

Martin Griffiths afirmou hoje que a Faixa de Gaza “tornou-se inabitável” depois dos bombardeamentos das forças israelitas a 7 de outubro.

“Três meses depois dos horríveis ataques de 7 de outubro, Gaza tornou-se um lugar de morte e desespero. Sem comida. Sem água. Nenhuma escola. Nada além dos sons aterrorizantes da guerra, dia após dia. Gaza tornou-se simplesmente inabitável. O seu povo testemunha ameaças diárias à sua própria existência – enquanto o mundo assiste”, afirmou o chefe humanitário da ONU.

Griffiths disse ainda, em comunicado, que “está a desenrolar-se um desastre de saúde pública” em Gaza, dado que a população luta contra “os níveis mais elevados de insegurança alimentar alguma vez registados”.

Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, vai visitar o Médio Oriente nos próximos dias. Em comunicado partilhado no Telegram, e aqui citado pela Sky News, Ismail Haniyeh espera que esta visita ajude a “acabar com a ocupação de todas as terras palestinianas”.

Esperamos que os irmãos permanentes nos países árabes e islâmicos que se reunirão com o secretário dos EUA transmitam à administração americana que o futuro da nossa região e a sua estabilidade estão parcialmente ligados à nossa causa palestiniana”, completou o líder do Hamas.

Um tribunal turco decretou hoje que 15 pessoas vão ser formalmente presas depois de terem sido acusadas de estarem ligadas à Mossad, a agência de inteligência de Israel. Outras oito pessoas vão ser deportadas do país, informa a estação estatal TRT Haber.

Esta semana foram detidas, na Turquia, 34 pessoas suspeitas de estarem ligadas à Mossad e de atacarem palestinianos em território turco, não sendo claro o que acontecerá às restantes 11 pessoas.

As tropas israelitas atacaram esta sexta-feira o campo de refugiados de Al-Aroub, na Cisjordânia, relata a Al Jazeera.

“Ouvimos falar de confrontos que estão a acontecer no campo de refugiados de Al-Aroub, que fica ao norte de Hebron. Esses confrontos estão a acontecer entre manifestantes palestinos e as forças de segurança israelitas”, disse um jornalista daquela fonte.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) terão matado ou capturado entre oito e nove mil combatentes do Hamas desde o dia 7 de outubro, informou o porta-voz da IDF à NBC News.

Daniel Hagari disse ainda conhecer o paradeiro do líder do Hamas e dos seus ajudantes. “Sabemos que eles estão em Gaza e iremos alcançá-los”, completou.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter realizado um ataque aéreo contra um centro de comando do Hezbollah na vila de Blida, no sul do Líbano.

A notícia foi avançado pelo The Times of Israel, que acrescentou que os ataques e a artilharia das IDF bombardearam várias áreas perto da fronteira entre Israel e o Líbano.

Um “ramo do Estado Islâmico sedeado no Afeganistão” foi o responsável pelos dois ataques à bomba que mataram quase 100 pessoas na quarta-feira no Irão.

A notícia é avançada pela Reuters, que cita duas fontes anónimas norte-americanas, que frisaram que “a inteligência é clara e indiscutível”. As fontes acrescentaram que os serviços de inteligência conseguiram intercetar as comunicações, sem fornecer mais detalhes.

Mohammed Shia al-Sudani criticou o ataque dos Estados Unidos da América em Bagdá, que resultou na morte de um comandante de milícia.

Os ataques contra as nossas forças de segurança vão além do espírito e da letra do mandato que criou a coligação internacional”, disse o primeiro-ministro do Iraque.