Momentos-chave
Histórico de atualizações
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    Pode continuar a seguir o conflito israelo-palestiniano neste novo liveblog.

  • IDF matam dois suspeitos de um tiroteio e uma explosão na Cisjordânia

    O exército israelita relatou esta noite dois incidentes na Cisjordânia, que resultou na morte dos dois suspeitos. Em Gush Etzion, um carro explodiu numa estação de serviço. Quando as IDF chegaram ao local, o condutor disparou sobre as tropas, tendo sido abatido, num momento registado em vídeo e partilhado pela televisão pública israelita. Dois homens ficaram feridos durante a troca de tiros.

    Em Karmei Tzur, um homem conduziu um carro contra um guarda, ferindo-o. Novamente, as IDF identificaram o homem como um terrorista, abatendo-o. O carro também acabou por explodir, explosão que está a ser investigada pelo exército, relata o Times of Israel.

  • Incursão israelita na Cisjordânia é "desatre à espera de acontecer"

    O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros condenou hoje a operação militar de Israel no território palestiniano da Cisjordânia, classificando-o como “um desastre à espera de acontecer“.

    “A operação em larga-escala das IDF na Cisjordânia ocupada está a piorar uma situação já tensa“, escreveu Josep Borrell nas suas redes sociais. “As preocupações securitárias genuínas de Israel não podem justificar baixas civis e a destruição de infraestruturas, especialmente sistemas de água e esgotos”, criticou o líder da política externa da comunidade europeia.

  • "Está a abandonar os reféns": as críticas exaltadas que Gallant deixou a Netanyahu durante o Gabinete de Guerra

    Yoav Gallant, o ministro da Defesa israelita, votou contra a decisão do Gabinete de Guerra de manter tropas no corredor de Philadelphi, acusando Benjamin Netanyahu de estar a “executar aos reféns” ao insistir nessa medida. A reunião de ontem, que se estendeu até de madrugada, terminou com uma discussão acesa entre os membros do executivo, segundo a ata confidencial divulgada hoje pelo Channel 12.

    “Primeiro-ministro, se Sinwar lhe colocar o dilema: sair de Philadelphi ou ter de volta os reféns. O que fará?“, questionou Gallant. Netanyahu respondeu que era uma decisão política e que, independentemente de qualquer ultimato, “fica em Philadelphi“. O ministro da Defesa acusou-o então de abandonar os reféns e deixar que sejam executados.

    Segundo a transcrição desta reunião, Netanyahu exaltou-se, gritando com Gallant e batendo na mesa, exigindo que se passasse à votação e recusando as acusações do seu ministro. O chefe das IDF, Herzi Halevi, e o líder da equipa da negociação e diretor da Mossad, David Barnea, concordaram com Gallant, que Philadelphi não era uma prioridade. “As IDF saberão como entrar novamente em Philadelphi ao fim das seis semanas de cessar-fogo. Já há restrições suficientes nas negociações, não precisamos de adicionar mais uma”, admitiu o general Halevi.

    Apesar da pressão que Gallant exerceu sobre os restantes ministros — “Isto faz sentido para vocês? Há pessoas vivas ali!”, disse-lhes –, estes votaram do lado do primeiro-ministro, tendo sido aprovada a permanência em Philadelphi.

    A divulgação destes documentos confidenciais ilustra a divisão dentro do próprio executivo israelita, com alguns dos líderes a discordarem da insistência de Benjamin Netanyahu em perseguir objetivos políticos menores, em vez de definir o salvamento de todos os reféns como prioridade.

  • IDF reivindica destruição de alvos do Hezbollah no sul do Líbano

    O exército israelita declarou hoje ter destruído equipamentos militares do Hezbollah em duas localidades no sul do Líbano, Marimin e Yaron. Segundo a publicação das IDF no X, foram utilizados jatos da Força Aérea para destruir lançadores de mísseis do grupo libanês.

    Para além deste ataque, as forças israelitas confirmaram ter disparado vários mísseis na fronteira entre os dois países.

  • Israel recebe milhares de paletes de ajuda humanitária para Gaza

    A agência israelita de coordenação civil para os territórios palestinianos (COGAT) relatou que 3.577 paletes de ajuda humanitária foram hoje descarregados no porto de Ashdod, entre o norte de Gaza e Telavive.

    Os bens foram entregues por organizações internacionais, através de um corredor marítimo com o Chipre, e vão agora ser inspecionados pelas autoridades israelitas, adianta o Times of Israel. Só depois é que esta ajuda deve seguir para a Faixa de Gaza.

  • Palestinianos na Cisjordânia relatam recolher obrigatório

    A repórter da Al Jazeera em Ramallah informa que está em vigor um recolher obrigatório, que não foi anunciado, na cidade e no campo de refugiados de Jenin. Os palestinianos que moram no local relataram que, ao tentarem sair de casa, as IDF começam a disparar, obrigando todos os residentes a manter-se dentro das habitações.

    A mesma repórter adianta que no sul, em Huwara, um colono israelita disparou vários tiros numa rua movimentada, sem intervenção das IDF.

  • "Vamos matar quem não se render e continuar a lutar", avisa Gallant

    O ministro da Defesa israelita deslocou-se hoje à cidade palestiniana de Jenin, na Cisjordânia, para se reunir com soldados isralitas e discutir a operação militar que aí têm em curso. Yoav Gallant argumentou que as IDF estão prontas para lidar com quem tentar atacar Israel. “Vamos parar quem agarrar armas numa tentativa de atacar Israel. Vamos matar e ferir quem não se render e continuar a lutar”, afirmou o ministro.

    Gallant defendeu que a incursão no território palestiniano é uma ação que “salva vidas” e que “não estão a hesitar”, para proteger o Estado de Israel de todos aquele que tentarem aproximar-se, uma vez que as ameaças podem vir de “qualquer lado”.

    Apesar da condenação da comunidade internacional da operação na Cisjordânia, o ministro israelita argumentou que esta está a ser feita com “moderação”. “[Os ataques só acontecem] quando o tempo ou o local o tornam necessário ou quando a alternativa é muito perigosa”, afirmou, nas declarações aos soldados, citadas pelo Haaretz.

  • 20 mortos e 17 presos em ataque israelita na Cisjordânia

    20 palestinianos foram mortos e outros 17 foram detidos durante a operação militar israelita no território palestiniano da Cisjordânia. Estas 37 pessoas eram procuradas por Israel, por acusações de terrorismo e tinham na sua posse dezenas de explosivos e armas, segundo avançaram as IDF, citadas pelo Times of Israel. O exército adiantou ainda que a operação teve lugar em Tulkarem, Jenin e no campo de refugiados de Far’a e que todos os equipamentos encontrados foram destruídos.

  • Israel relata queda de drone libanês no norte do país

    As Forças de Defesa de Israel afirmaram hoje que um drone caiu na cidade de Metula, na fronteira com o Líbano. Segundo as informações do exército, citadas pelo jornal Haaretz, o aparelho terá sido lançado pelo Líbano e não foram registadas vítimas.

  • Médicos Sem Fronteiras denunciam condições de vida “desumanas” em Gaza

    Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciaram hoje as condições de vida “desumanas” a que estão atualmente sujeitos centenas de milhares de palestinianos em Gaza, ao viver em locais sobrelotados e sem acesso adequado a serviços básicos.

    “As pessoas já não têm pertences, não têm para onde ir. Não há sítio para montar tendas. A sobrelotação, a grave falta de água e a falta de saneamento estão a alimentar a propagação de doenças. Não conseguimos fazer face ao grande número de necessidades”, alertou Jacob Granger, coordenador do projeto da organização não-governamental.

    Desde 1 de julho, recordou os MSF, as forças israelitas emitiram pelo menos 16 ordens de evacuação forçada em Gaza, afetando 213.000 palestinianos só na primeira quinzena de agosto.

    “Muitos estão a chegar a al-Mawasi sem sequer um saco de plástico para embrulhar o pouco que lhes resta, sem sequer uma barra de sabão”, segundo os MSF, que há três meses que tenta importar, sem sucesso, 4.000 kits de higiene para melhorar as condições de vida da população.

  • Médio Oriente. BE lança petição para retirar bandeira portuguesa a navio que transporta explosivos

    O Bloco de Esquerda lançou uma petição para que a bandeira portuguesa seja retirada do navio que transporta explosivos para a Eslovénia e Montenegro e para que a carga seja devolvida à origem.

    “O cargueiro Kathrin está inscrito no Registo Internacional de navios da Madeira, o que faz de Portugal cúmplice das atrocidades e crimes da ocupação israelita”, considera o partido, que diz existir a suspeita de que a carga será descarregada na Eslovénia mas tem como destino Israel.

    O BE refere que o Governo da Namíbia impediu que aquele cargueiro atracasse nos portos do país e que “as autoridades namibianas informaram que este navio transporta oito contentores de explosivos Hexogen/RDX e 60 contentores de TNT, que deverão ser descarregados em Koper, na Eslovénia, com destino a Israel”.

    “O RDX é um componente chave nas bombas e mísseis de Israel que massacram e mutilam dezenas de milhares de palestinianos em Gaza. Cerca de metade destas vítimas, até hoje, são crianças”, lê-se no texto da petição.

  • Irlanda vai deixar de adquirir equipamento militar a Israel. Contratos atuais vão ser analisados

    A Irlanda deixará de adquirir equipamento militar a Israel e os contratos atuais vão ser analisados, anunciou Micheál Martin, o chefe da diplomacia irlandesa, que também tem a pasta da Defesa.

    Conforme escreve o jornal Irish Times, a decisão está ligada à contínua violência em Gaza.

    A Irlanda é o primeiro país da União Europeia a cessar as compras de material de defesa a Israel, nota o jornal.

    Ao longo de duas décadas, a Irlanda adquiriu mais de 20 milhões de euros de equipamento vindo de Israel, desde drones e munições até sistemas de radar.

    Martin explicou ainda que, no concurso para aquisição de 14 novos drones, um contrato no valor de 600 mil euros, não serão admitidas candidaturas de empresas israelitas.

  • Jordânia teme que operação israelita na Cisjordânia leve palestinianos a procurar refúgio no país

    As autoridades da Jordânia temem que a operação militar de Israel na Cisjordânia possa escalar a violência e levar mais palestinianos a atravessar a fronteira em busca de refúgio na Jordânia. A informação é citada pelo jornal Times of Israel, a partir de uma notícia da agência Al-Araby A-Jadeed.

    Segundo a agência, as autoridades jordanas temem uma escalada de tensão na região que possa levar a um risco de segurança no país.

    Este mês, o Rei Abdullah II já avisou que a Jordânia “não vai permitir que qualquer escalada na região seja feita à custa da segurança e proteção dos jordanos ou da Jordânia”.

  • Reino Unido "profundamente preocupado" com operação das IDF na Cisjordânia

    “O Reino Unido está profundamente preocupado com a operação militar das IDF que está em curso na Cisjordânia ocupada”, revela um comunicado do FCDO, o gabinete de Assuntos Externos, da Commonwealth e do Desenvolvimento.

    “Reconhecemos a necessidade de Israel se defender contra ameaças à segurança, mas estamos profundamente preocupados com os métodos que Israel pôs em prática e com os relatos de baixas de civis e a destruição de infraestruturas civis”.

    O comunicado pede às autoridades israelitas que tenham moderação, “que cumpram a lei internacional e que limitem as ações daqueles que queiram inflamar a tensão”.

  • Exército de Israel diz que concluiu operações em Khan Younis

    As IDF anunciaram que foram concluídas as operações em Khan Younis e Deir al-Balha, em Gaza. Durante a manhã, a Aljazeera avançou que as tropas israelitas estavam a abandonar Khan Younis.

    De acordo com as IDF, num comunicado citado pelo jornal israelita Haaretz, nas passadas semanas foram destruídos seis túneis, com um total de seis quilómetros, e mortos “mais de 250” membros do Hamas.

  • Já foram entregues 1,2 milhões de doses de vacinas contra a poliomielite

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que já foram entregues 1,2 milhões de doses de vacinas a Gaza, antes do arranque da campanha de vacinação contra a poliomielite.

    A partir deste domingo, 1 de setembro, vão ser vacinadas mais de 640 mil crianças na Faixa de Gaza.

    Há ainda 400 mil doses adicionais que estão a caminho de Gaza, disse Rik Peeperkorn, porta-voz da OMS, em declarações citadas pela Reuters.

  • Exército de Israel diz que atacou caravana humanitária porque "homens armados apreenderam um dos carros"

    Esta quinta-feira, um míssil israelita atingiu uma caravana humanitária da associação American Near Esat Refugee Aid (Anera), que transportava material médico para um hospital em Gaza.

    Avichay Adraee, o porta-voz árabe das IDF, escreve na rede social X que “homens armados apreenderam o carro que liderava a caravana e começaram a conduzir”.

    O militar explica que, “após confirmar a possibilidade de atacar apenas o carro dos militantes, foi feito o ataque e o resto dos veículos da caravana não foram atacados e chegaram ao destino de acordo com o plano”. “A operação que tinha como alvo os militantes eliminou o risco de apreensão da caravana humanitária.”

    Sandra Rasheed, a diretora da Anera para os territórios palestinianos, explicou que a caravana “foi coordenada e aprovada pelas autoridades israelitas”.

    “Apesar do devastador incidente, o nosso entendimento é o de que os restantes veículos na caravana conseguiram seguir e entregar com sucesso a ajuda ao hospital.”

  • Ministro israelita ataca Hamas por ameaça de atentados suicidas

    O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou hoje que Israel deve satisfazer o “desejo de morte” de alguns dirigentes do Hamas, depois de o grupo ter encorajado o retomar dos ataques suicidas em resposta a incursões na Cisjordânia.

    “Israel deve garantir que o desejo de morte de (Jaled) Meshal e dos seus amigos no topo da organização terrorista seja realizado em breve”, disse hoje Israel Katz na rede social X.

    Há dois dias, numa mensagem gravada em Istambul, o membro do Hamas e antigo líder político Khaled Meshal sugeriu a realização, novamente, de ataques suicidas contra Israel como “um início bem sucedido” da resistência e apontou “um confronto aberto” como a única solução possível, segundo a agência pública turca Anadolu.

    “Eles [Israel] lutam contra nós abertamente. Também os confrontaremos abertamente”, disse o antigo líder político do Hamas de 1996 a 2017.

  • Mais de mil pessoas vão assegurar a vacinação contra a poliomielite em Gaza

    A Agência das Nações Unidas para o Apoio a Refugiados Palestinianos, a UNRWA, explica que mais de mil pessoas estão a preparar-se para chegar a centenas de milhares de crianças na Faixa de Gaza para uma campanha de vacinação contra a poliomielite.

    “Nos próximos dias, as equipas da UNRWA vão começar a administrar vacinas orais em centros de saúde, clínicas móveis, abrigos e de tenda a tenda.”

    Noutra publicação, Catherine Russell, a diretora executiva da UNICEF, lembra que a campanha de vacinação começará domingo e que vai “chegar a quase 640 mil crianças” e que “todas as partes devem respeitar as pausas humanitárias”.

    “É muito simples. Se os combates não param, os vacinadores contra a poliomielite não vão conseguir chegar às crianças.” Russell recorda que há 25 anos que Gaza estava livre da poliomielite.

    “Falhar o respeito a estas pausas seria uma falha imperdoável para com as crianças em Gaza e na região, que já sofreram tanto.”

    “Acima de tudo, as crianças em Gaza precisam de um cessar-fogo, de proteção contra todas as formas de perigo, acesso a cuidados de saúde, a água que seja segura e a saneamento básico.”

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