Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Encerramos aqui a cobertura do conflito no Médio Oriente.

    Pode acompanhar os novos desenvolvimentos desta terça-feira no liveblog que agora abrimos.

    Obrigada por estar connosco.

    Israel. Oito mortos em ataque ao campo de refugiados de Jabalia

  • 158.992 crianças vacinadas contra a poliomielite em Gaza

    Ao final do segundo dia das campanhas de vacinação contra a poliomielite em Gaza, 158.992 crianças já receberam a imunização. Os números são avançados pelo Ministério da Saúde de Gaza, citado pelo jornal Haaretz.

    Israel concordou com um cessar-fogo localizado e temporário, uma pausa que se aplica apenas às áreas designadas como centros de vacinação durante os seis dias concordados com a ONU para os profissionais de saúde procederem à campanha de vacinação.

  • Discurso de Netanyahu "provou que não pretende devolver os reféns", acusam famílias dos reféns

    O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, a ONG que representa os familiares dos israelitas raptados pelo Hamas, classificou a conferência de imprensa de Netanyahu como “um discurso cheio de mentiras”. “A luta pelo regresso dos reféns vai ser amplificada até o último voltar a casa — os vivos para reabilitação e os mortos para um enterro digno”, garantiu a ONG.

    “O povo de Israel, a maior parte do qual apoiam o regresso dos reféns, já não vai apoiar esta negligência criminal”, pode ler-se no comunicado, citado pelos media israelitas.

  • Ministros de extrema-direita apoiam exigência de Netanyahu

    Enquanto a oposição deixa duras críticas ao executivo de Benjamin Netanyahu, os seus ministros de extrema-direita redobram o apoio. Bezalel Smotrich, que detém a pasta das Finanças, disse que o primeiro-ministro “permanece firme contra os inimigos e envia mensagens claras ao público israelita e ao mundo inteiro, coisas simples com que qualquer israelita que queira viver em segurança se deve identificar”, cita o Times of Israel.

    “Não devemos concordar com um acordo imprudente e abandonar o Corredor de Filadélfia e não nos devemos render nos outros princípios que vão assegurar a nossa vitória na guerra”, declarou o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, em comunicado. “Agora é o momento de aumentar a pressão militar do Hamas”, acrescentou.

  • Deputados da oposição criticam discurso de Benjamin Netanyhu

    Na sequência da conferência de imprensa desta noite, o partido de Benny Gantz, ex-ministro da Defesa, acusou Benjamin Netanyahu de “mentir descaradamente quando hoje disse que o regresso dos residente do norte é um dos objetivos de guerra”. Num comunicado citado pelo Times of Israel, o partido da União Nacional escreveu que “Netanyahu recusou repetidamente as exigências de Gantz para adicionar isto como um objetivo de guerra — mas, ainda pior, é depois de um ano de guerra, recusar-se a tornar isso realidade”.

    Também o ex-ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, deixou duras críticas. “O legado de [Netanyahu] é a falha de segurança mais severa na história de Israel no 7 de outubro de 2023, o abandono dos residentes do norte e o estabelecimento do governo que será lembrado por gerações como o governo mais falhado da história do povo judeu”, escreveu o agora deputado da oposição no X.

  • Forças israelitas prosseguem operações na Cisjordânia pelo sexto dia

    As Forças Armadas de Israel (IDF), adiantaram, por sua vez, que atacaram, em colaboração com a agência de inteligência interna (Shin Bet), uma “célula terrorista”, acrescentando, pouco depois, que mataram 14 milicianos e realizaram 25 detenções.

    As IDF referiram ainda que localizaram um esconderijo subterrâneo de armas e cerca de 30 engenhos explosivos, alguns dos quais já estavam enterrados nas ruas “para prejudicar os militares e pôr em perigo os civis na zona”.

    Também na tarde de hoje as tropas israelitas voltaram a invadir as ruas da já danificada cidade de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, provocando uma extensa destruição das infraestruturas com escavadoras, o que provocou um corte de água, segundo as autoridades locais.

    O hospital governamental Martyr Thabet e o Hospital Especializado Al Israee também foram cercados pelas forças israelitas, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa.

  • Houthis reinvidicam ataque com “vários mísseis e drones” contra navio no Mar Vermelho

    Os rebeldes xiitas houthis reivindicaram hoje a autoria de um ataque com “vários mísseis e drones” contra um navio de bandeira panamiana no Mar Vermelho, na costa do Iémen.

    O porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, disse num discurso que o navio atacado no Mar Vermelho foi o “Blue Lagoon I”, “atingido diretamente com vários mísseis e drones apropriados”.

    “O navio foi atacado porque a empresa proprietária violou a decisão de proibir o acesso aos portos da Palestina ocupada”, disse Sarea, sem acrescentar pormenores.

    O ‘Blue Lagoon I’, com 278 metros de comprimento, é um navio-tanque de transporte de ferries e navega sob pavilhão panamiano, segundo portais de navegação, que informaram que o navio partiu do porto russo de Ust-Luga, sem ser conhecido o porto final.

  • Ministros israelitas "desapontados" com decisão britânica de suspender venda de armas

    Os ministros israelitas da Defesa e dos Negócios Estrangeiros reagiram à decisão do Reino Unido de suspender a venda de armas a Israel. Yoav Gallant recorreu ao X para se revelar “destroçado com as sanções” e criticar o facto de esta decisão ser tomada “numa altura em que lutamos para trazer 101 reféns para casa”.

    Já Israel Katz considerou que “enviava uma mensagem muito problemática ao Hamas”. No comunicado, citado pela Al Jazeera, disse ainda estar “desapontado com uma série de decisões do governo britânico”.

  • Hamas relata que alterou protocolos para lidar com os reféns

    As Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram hoje que alteraram as instruções dadas aos guardas responsáveis pelos reféns, depois do massacre de 8 de junho em Nuseirat, quando uma operação israelita matou mais de 200 palestinianos para salvar quatro dos reféns israelitas. Contudo, o porta-voz Abu Obeida não detalhou quais são as novas instruções e insistiu em responsabilizar Netanyahu pela morte de seis reféns este fim de semana.

    “A insistência de Netanyahu em libertar os prisioneiros através de pressão militar — em vez de concluir um acordo — significa que eles vão regressar às suas famílias em caixões”, ameaçou, citado pela Al Jazeera.

  • "A pressão internacional tem de ser dirigida ao Hamas e não a Israel": o fim da conferência da imprensa é em inglês

    “Eu defino o fim da guerra em Gaza como o Hamas já não governar”, declarou Benjamin Netanyahu, respondendo à última questão da conferência de imprensa. “Da mesma forma que se define o fim da II Guerra Mundial como os Nazis já não governarem a Alemanha”, justificou. “É precisa uma vitória militar e uma vitória política e estamos no caminho para atingir ambos”.

    Depois de responder a esta última questão, feita em inglês, Benjamin Netanyahu repetiu na íntegra a resposta que tinha dado em hebreu sobre a perceção norte-americana do estado das negociações, desta vez em inglês, concluindo que “a pressão internacional tem de ser dirigida ao Hamas e não a Israel”.

  • "Não vou criticar o que uma família de luto diz": Netanyahu recusa responder às duras acusações das famílias

    Benjamin Netanyahu continua a insistir que vai “tomar ações” contra o Hamas e o Hezbollah, mas recusa apresentar um plano concreto, porque “quer deixar um elemento de surpresa”.

    O chefe do governo recusou comentar a discussão no Gabinete de Guerra, tornada pública devido à divulgação de atas confidenciais, criticando a publicação de “informação interna”, que diz que pode funcionar como arma para o Hamas. Sobre o rumor da demissão de Yoav Gallant, Netanyahu respondeu que exigia aos seus ministros que apoiassem as decisões do Gabinete de Guerra, depois de estas terem sido tomadas, mas não deu uma resposta inequívoca.

    Questionado sobre o facto de ter aceite a proposta de cessar-fogo de maio — que não incluía a permanência em Filadélfia — Netanyahu acusou os jornalistas de porem palavras que nunca disse na sua boca, pois nunca disse que aceitava “a diluição das tropas israelitas em Gaza”. “O que eu disse é que é importantes estarmos espalhados do mar até à passagem de Kerem Shalom, mas que não precisávamos de uma presença a cada metro. Precisamos é de estar em pontos específicos, com a capacidade de patrulhar todo o eixo”, argumentou.

    Em resposta às duras acusações das famílias dos reféns, disse que não ia criticar “famílias de luto”, assumindo apenas que foi um erro Israel não os ter conseguido trazer de volta.

  • "Não sei o que disse Biden", Netanyahu desvaloriza críticas dos americanos

    Respondendo às questões dos jornalistas, Netanyahu admitiu que pode considerar uma presença internacional em Filadélfia, tal como o Egito sugeriu, “se provarem que conseguem fazer o trabalho”, mas, por agora, insiste que esta é uma responsabilidade de Israel, assim como a de retirar capacidades governativas ao Hamas.

    Sobre as declarações de Joe Biden afirmou não saber o que o Presidente norte-americano tinha dito, mas destacou os elogios deixados por Blinken há vários meses, como prova que “pessoas sérias”, como os norte-americanos, reconhecem que Israel está mais disponível para o diálogo que o Hamas.

    No que toca aos confrontos com o Hezbollah no norte do país, recusou uma linha temporal para o regresso dos habitante às suas casas e expressou o desejo de uma solução diplomática, mas a prontidão para a uma solução militar.

    Netanyahu foi então questionado pelo facto de ter ignorado as recomendações do líderes da Shin Bet, Mossad e IDF, ao insistir na permanência em Filadélfia. “Percebe a magnitude do seu erro?”, perguntou o jornalista do Channel 13. O israelita respondeu que sente tristeza por não ter conseguido trazer os reféns de volta, mas “que isto [a morte dos reféns] não aconteceu por esta decisão, aconteceu por causa do Hamas”.

  • "A maior parte das pessoas concorda com isto, não interessa o que veem na televisão"

    O primeiro-ministro israelita apresenta agora um documento que identifica como “tendo sido escrito por um oficial do Hamas”, em que fala explicitamente de uma tentativa de “guerra psicológica” para dividir Israel, um argumento que Netanyhu tem utilizado para responder aos vídeos publicados pelo Hamas em que aparecem reféns.

    “Eu não vou ceder a esta pressão. A nossa nação não vai ceder a esta pressão. A maior parte das pessoas percebe e concorda com isto, não interessa o que veem na televisão”, afirmou o chefe do governo, numa referência às manifestações que reúnem milhares de pessoas por todo o país.

    “Ao Sinwar, digo: esquece”, afirma Netanyahu, concluindo a sua intervenção com um apelo à união dos todos israelitas e preparando-se para responder a questões dos jornalistas.

  • "Achei que depois de 7 de outubro tínhamos aprendido a ser mais cautelosos": Netanyahu deixa críticas indiretas a Gallant

    Benajmin Netanyahu estendeu-se longamente sobre o motivo de as IDF terem de ficar em Filadélfia. “Não é só uma tática militar, é um questão diplomática, porque, se retirarmos, vamos enfrentar uma enorme pressão internacional para não voltarmos a entrar”, argumentou o primeiro-ministro israelita, voltando a falar da saída de Gaza há 20 anos e do Líbano.

    “Agora, temos [o Hamas] preso pelo pescoço e não vamos cair nesta armadilha. Para todos os que dizem, depois voltamos a entrar: achei que depois do 7 de outubro tínhamos aprendido a ser mais cautelosos”, continuou, falando diretamente sobre a reunião do gabinete de guerra, em que foi criticado duramente por Yoav Gallant, garantindo que dá aos ministros liberdade para falar, mas criticando as afirmações públicas, depois de a medida já ter sido aprovada. Contudo, Netanyahu nunca mencionou o nome do seu ministro da Defesa.

    Sobre o acordo, defendeu que é mais flexível que o Hamas, porque sempre que Israel faz uma concessão, o Hamas “aproveita a fraqueza” para fazer novas exigências. “O eixo do terror [expressão que utiliza para se referir ao Irão e aliados] precisa do corredor de Filadélfia e é por isso que temos de lá estar”, insistiu.

    Netanyahu continua, dizendo que o facto de o Hamas ter acabado de assassinar seis reféns israelitas exclui a possibilidade de novas concessões. “Que mensagem é que isto envia ao Hamas: matem reféns e nós fazemos concessões? É um incentivo ao terrorismo”.

  • Netanyahu apresenta powerpoint para explicar por que presença em Filadélfia é "essencial"

    Para cumprir a sua promessa, Benjamin Netanyahu deixou quatro objetivos concretos: a derrota do Hamas, o regresso dos reféns, o fim da “ameaça de segurança de Gaza” a Israel e o regresso das pessoas do norte de Israel a casa. Segundo Netanyahu, para cumprir os três primeiros objetivos, é “essencial” manter a presença militar no corredor de Filadélfia.

    O primeiro-ministro apresentou um mapa interativo da Faixa de Gaza, destacando a fronteira sul com o Egito, a única que não é controlada por Israel e onde se localiza este território. Netanyahu argumenta que é por esta passagem que as armas fornecidas pelo Irão ao Hamas entram, colocando um problema de segurança a Israel.

    “O corredor de Filadélfia não é um problema de agora, eu falei disto há 20 anos”, declarou o primeiro-ministro israelita, afirmando que, à data, já tinha exigido que Israel mantivesse controlo de todas as fronteiras, o que não aconteceu. “Eu disse ‘se não o fizermos, vamos criar um monstro’”, relatou Netanyahu.

    Respondendo às sugestões dos líderes das IDF e da Mossad para retirar de Filadélfia e entrar novamente ao fim da primeira etapa, caso seja necessário, Netanyahu recusa-as, afirmando que “já ouviu essa desculpa antes sobre o Líbano e, milhares de mísseis depois, não houve apoio internacional para reocupar esse território”.

  • "Israel não vai ficar em silêncio perante este massacre", declara Netanyahu

    O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a dar uma rara conferência de imprensa, depois da morte de seis reféns às mãos do Hamas. Netanyahu começou por afirmar que Israel “tem de permanecer unida contra um inimigo que nos quer eliminar a todos, judeus e não-judeus”.

    Lembrando o nome dos seis reféns, Netanyahu garantiu que já falou com as famílias das vítimas e pediu desculpa por não os ter trazido de volta com vida, afirmando que “estiveram perto de o fazer” e insistindo na “pureza da alma” destes seis israelitas.

    “Quero repetir o que prometi às famílias: Israel não vai ficar em silêncio perante este massacre“, afirmou de forma inequívoca, dando resposta aos milhares de manifestantes que pedem um acordo.

  • Harris reafirma declarações de Biden depois de reunião da Situation Room

    Depois das declarações do Presidente dos Estados Unidos, também a vice-presidente, Kamala Harris, destacou a necessidade de responsabilizar o Hamas pelos “atos brutais e bárbaros” e pelo assassinato do refém norte-americano Hersh Goldberg-Polin e outros cinco reféns israelitas.

    Para além de um acordo para a entrega dos reféns, Harris escreveu no X que o acordo também é necessário para um cessar-fogo que “acabe com o sofrimento em Gaza”.

  • Protestos em Israel juntam milhares de pessoas pela segunda noite consecutiva

    Depois dos enormes protestos durante a noite de ontem e de uma manhã de greve geral, os israelitas voltaram a sair à rua esta noite, em Telavive e Jeruslám, para protestar contra o governo de Netanyahu que acusam de ter deixado morrer os seis reféns. Em Telavive, os manifestantes estão reunidos em frente ao Ministério da Defesa.

    Em Jerusalém, o ponto de encontro é a residência de Benjamin Netanyahu, onde foi destacado um forte dispositivo policial para controlar os milhares de manifestantes. No local, o irmão de um dos reféns, Ofer Calderon, que tem nacionalidade portuguesa, deixou críticas ao primeiro-ministro: “As suas decisões matam reféns. Ao meu irmão, peço desculpa, estamos a fazer todos os possíveis para te ter de volta”, afirmou, citado pelo Haaretz.

    Perante os protestos e as exigências, Netanyahu vai falar em conferência de imprensa às 20h15 locais (18h15 na hora portuguesa).

  • Biden e Harris discutem estado nas negociações para cessar-fogo

    A Casa Branca emitiu hoje um comunicado depois da reunião na Situation Room, com a presença do Presidente Biden e da vice-presidente Harris, relatando que foram atualizados pela equipa de negociação norte-americana do estado das negociações para um cessar-fogo.

    Para além de ter expressado a sua tristeza pela morte de Hersh Goldberg-Polin e “reafirmado a importância de responsabilizar os líderes do Hamas“, Joe Biden discutiu ainda os passos necessários para a libertação dos restantes reféns, destacando o contacto com os outros mediadores, o Qatar e o Egito. A Al Jazeera destaca as palavras que o chefe de Estado norte-americano deixou antes da reunião: “a esperança é a última a morrer“.

  • Israel e Hamas reagem a críticas que Biden deixou a Netanyahu

    Um oficial do executivo israelita reagiu aos comentários que Biden fez mais cedo, acusando Netanyahu de não fazer o suficiente para garantir um acordo. “É confuso que Biden pressione o primeiro-ministro Netanyahu, que concordou com a proposta dos EUA logo no dia 31 de maio e com a proposta do dia 16 de agosto, e não o líder do Hamas Yahya Sinwar que continua a recusar veementemente qualquer acordo”, afirmou o oficial citado pelo Times of Israel, acrescentando que as declarações são “perigosas”, uma vez que entre os seis reféns mortos havia um norte-americano, o jovem Hersh Goldberg-Polin.

    Já um oficial do Hamas, Samu Abu Zuhri, classificou as declarações de Biden como um reconhecimento que Netanyahu é que está a prejudicar as negociações. Citado pela Al Jazeera, Abu Zuhri reafirmou que o Hamas continua disponível para um acordo que contemple um cessar-fogo permanente e uma retirada total das tropas israelitas de Gaza.

    De notar que o acordo inicial incluía estas exigências, às quais Benjamin Netanyahu somou a permanência das IDF no corredor de Filadélfia, uma insistência criticada pelos mediadores, a equipa de negociação israelita e o próprio ministro da Defesa.

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