Momentos-chave
- Líder supremo do Irão diz que jovens sírios vão resistir ao governo pós-Assad
- Médicos dizem que ataque israelita matou 17 pessoas em Gaza, oito estavam abrigadas numa escola
- Dois pilotos dos EUA sobrevivem em caça abatido “por engano” no mar Vermelho
- Guterres destaca momento “de esperança” na Síria mas também “de incerteza”
- Villa luxuosa escondia fábrica da "cocaína dos pobres" ligada a Assad
- Hamas aceita libertar reféns jovens e em troca Israel liberta 200 prisioneiros
Atualizações em direto
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Líder supremo do Irão diz que jovens sírios vão resistir ao governo pós-Assad
O ayatollah Ali Khamenei, líder supremo do Irão, acredita que os jovens sírios vão resistir ao governo que for implementado na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad.
“O que podem fazer? Devem levantar-se com força contra aqueles que criaram a insegurança”, afirmou, citado pelo jornal Guardian.
Khamenei também voltou a acusar os Estados Unidos e Israel de planear contra o regime de Assad. “Agora eles sentem-se vitoriosos, os americanos, o regime sionista e aqueles que os ajudaram”, afirmou.
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Médicos dizem que ataque israelita matou 17 pessoas em Gaza, oito estavam abrigadas numa escola
Os ataques israelitas provocaram 17 mortos no enclave palestiniano, incluindo oito pessoas que estavam a abrigar-se numa escola na cidade de Gaza para pessoas deslocadas, revelaram médicos.
Num comunicado citado pela Reuters, o exército israelita diz que o ataque tinha como alvo militantes do Hamas que operavam num centro de comando no interior da escola. Alegou também que o local foi usado pelo grupo palestiniano para planear e lançar ofensivas contra as forças israelitas.
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Dois pilotos dos EUA sobrevivem em caça abatido “por engano” no mar Vermelho
Dois pilotos da Marinha dos Estados Unidos sobreviveram hoje à destruição do avião que pilotavam sobre o mar Vermelho, “erradamente abatido” por um míssil disparado de um cruzador norte-americano, anunciaram os militares.
“As análises preliminares indicam que um dos membros da tripulação sofreu ferimentos ligeiros”, declarou o Comando Central dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom), em comunicado.
“O incidente não foi resultado de fogo hostil”, disse o exército, tendo sido aberta uma investigação sobre um “caso suspeito de fogo amigo”.
De acordo com o Centcom, o cruzador de mísseis guiados USS Gettysburg “disparou por engano (…) e atingiu” um caça F/A-18 que transportava os dois pilotos da Marinha norte-americana. O aparelho tinha descolado do porta-aviões USS Harry S. Truman.
Os Estados Unidos criaram uma coligação naval multinacional na região em resposta aos ataques perpetrados há meses ao largo das costas do Iémen pelos rebeldes Huthis, que perturbam o tráfego no mar Vermelho e no golfo de Aden, uma zona marítima essencial para o comércio mundial.
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Guterres destaca momento “de esperança” na Síria mas também “de incerteza”
O secretário-geral da ONU, António Guterres, sublinhou que o povo da Síria está “num momento decisivo de esperança e de história”, depois da queda do regime de Bashar al-Assad, embora também de “grande incerteza”.
“Este é um momento decisivo, um momento de esperança e de história, mas também de grande incerteza. Alguns vão tentar explorar a situação para fins próprios, mas é dever da comunidade internacional estar ao lado do povo da Síria, que tanto sofreu”, escreveu Guterres, na conta da rede social X.
The people of Syria stand at a moment of hope and history, but also one of great uncertainty.
Some will try to exploit the situation for their own narrow ends.
Syria’s future must be shaped by its people, for its people, with the support of all of us. pic.twitter.com/yntipasGsU
— António Guterres (@antonioguterres) December 21, 2024
O futuro da Síria “deve ser decidido pelo povo” com o apoio da comunidade internacional, acrescentou.
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Villa luxuosa escondia fábrica da "cocaína dos pobres" ligada a Assad
A queda do regime sírio destapou numa villa luxuosa junto à fronteira com o Líbano um dos seus laboratórios de captagon, uma anfetamina altamente aditiva que era traficada para financiar um estado falido e que lhe trouxe má vizinhança.
A propriedade da villa de vários pisos em pedra branca, uma piscina vazia e um jacúzi nos seus interiores de luxo é atribuída pelos militares rebeldes que depuseram o Presidente Bashar al-Assad ao seu irmão, Maher, que se encontra em parte incerta e seria também o dono desta fábrica de captagon que se desenvolvia em vários dos seus grandes salões e anexos.
Os habitantes de al-Dimas, a escassos quilómetros da fronteira de Masnaa com o Líbano e a menos de uma hora de Damasco, pilharam e vandalizaram entretanto o imóvel, à semelhança de quase todos os espaços associados à ditadura de cinco décadas, mas toda a linha de produção de captagon estava intacta quando os militares rebeldes chegaram ao local, no seu percurso vitorioso até Damasco, onde foram descobertas outras semelhantes.
É um soldado tajique da Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) que guia, de máscara no rosto, a visita ao elegante complexo, começando por um salão de chão em mármore e iluminado por um enorme lustre de cristais, onde se acumulam dezenas de contentores assinalados como cafeína e pilhas de grandes sacos de lactose, indicando que se tratava de dois elementos usados na composição de captagon.
Mas também se encontram nos vários espaços da fábrica, cercada por altos ciprestes, componentes químicos não identificados, apesar da proveniência chinesa, indiana e de vários países europeus, segundo os rótulos nas embalagens, e uma quantidade considerável de aparelhos industriais, entre máquinas misturadoras, prensas hidráulicas e empilhadoras.
Na zona da garagem, há mais sacos, contendo milhares de bolas de naftalina vazias, onde eram acondicionados quatro comprimidos de captagon a três dólares cada, já na forma em que chegavam ao consumidor. A droga encontrada em al-Dimas foi, segundo o soldado tajique de 26 anos, que se identifica pelo seu nome militar, Abu Hanifa Tajiki, transportada para a capital síria num camião.
Desde a queda de Bashar al-Assad foram descobertas na Síria várias instalações de fabrico de captagon, que ajudaram a florescer um comércio global anual de 10.000 milhões de dólares (9.550 milhões de euros) desta droga altamente viciante, que era sobretudo traficada para os países vizinhos do mundo árabe.
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Hamas aceita libertar reféns jovens e em troca Israel liberta 200 prisioneiros
As negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas continuam e estão a ser feitos alguns progressos.
De acordo com o canal egípcio Al-Ghad, o Hamas terá aceitado libertar 11 reféns que são homens e jovens, quando até agora tinha apenas insistido em libertar crianças, idosos e mulheres.
O impasse nas negociações está agora na identidade dos prisioneiros palestinianos que Israel irá libertar. De acordo com o Haaretz, Telavive concordou com a libertação de 200 pessoas, mas não há acordo sobre quem devem ser os libertados.
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Bom dia.
O Observador vai continuar a acompanhar todos os desenvolvimentos no Médio Oriente ao longo do dia de hoje neste liveblog.
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