Momentos-chave
- Polícia israelita detém vários manifestantes durante protesto contra o governo
- Israel levantou "novas questões" à proposta de acordo com o Hamas, o que pode prolongar as negociações
- Diretor da CIA deverá encontrar-se com homólogos de Israel e do Egito para negociações
- Sobe para 16 número de mortos numa escola em Gaza. Mais de 50 pessoas ficaram feridas
- Gaza: 13 mortos num ataque de Israel contra escola que abrigava palestinianos
- Grupo de familiares de reféns exige a Netanyahu que aceite acordo com o Hamas. "Pela primeira vez em meses, temos esperança"
- Pelo menos 25 palestinianos morreram hoje -- 5 eram jornalistas
- Hamas admite libertar reféns e já não exige um cessar-fogo permanente
Histórico de atualizações
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Bom dia.
Este liveblog fica por aqui, mas pode continuar a acompanhar os mais recentes desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hamas nesta nova página que agora abrimos.
Netanyahu: acordo de cessar-fogo tem de permitir ataques a Gaza até o Hamas ser destruído
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Polícia israelita detém vários manifestantes durante protesto contra o governo
A polícia deteve várias pessoas em Jerusalém e Televive, onde centenas de pessoas tentaram bloquear estradas, em mais um dia de protestos contra o governo israelita.
A polícia chegou a usar canhões de água e acabou por fazer detenções. Em Jerusalém, foram detidos manifestantes a caminho da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Aí, centenas de pessoas marcharam pela realização de eleições antecipadas.
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Israel levantou "novas questões" à proposta de acordo com o Hamas, o que pode prolongar as negociações
Israel fez novas exigências que podem prolongar as negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns com o Hamas, de acordo com o Haaretz.
“O Hamas já tinha dado a sua aprovação à última posição apresentada por Israel. Mas, na reunião de sexta-feira, Israel apresentou novas questões”, disse uma fonte ao jornal. Essas “novas questões” não são identificadas.
Vários órgãos de comunicação social noticiaram que fontes israelitas estimam que as negociações continuem nas próximas três semanas.
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Diretor da CIA deverá encontrar-se com homólogos de Israel e do Egito para negociações
O diretor da CIA, William Burns, deverá encontrar-se com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e os chefe dos serviços secretos do Egito, Abbas Kamel, e de Israel, David Barnea, avança o Haaretz.
O encontro deverá acontecer na próxima semana e vai debruçar-se sobre as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA, mas com uma nova exigência: admite começar a negociar a libertação de reféns israelitas (incluindo soldados), mas apenas 16 dias após ser iniciada a primeira fase de negociações para pôr fim à guerra em Gaza.
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Sobe para 16 número de mortos numa escola em Gaza. Mais de 50 pessoas ficaram feridas
Subiu para 16 o número de mortos nos ataques israelitas que visaram uma escola no centro de Gaza onde se refugiavam palestinianos, este sábado, de acordo com o ministério da Saúde controlado pelo Hamas, citado pela Reuters.
Mais de 50 pessoas ficaram feridas, muitas das quais estarão em estado crítico.
O exército israelita diz que tomou precauções para minimizar o risco para os civis antes de atacar e garante que elementos do Hamas utilizavam a área como esconderijo e para atacar o exército israelita.
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Gaza: 13 mortos num ataque de Israel contra escola que abrigava palestinianos
Pelo menos 13 pessoas terão morrido num ataque israelita contra uma escola que acolhia palestinianos deslocados, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, de acordo com uma agência de notícias palestiniana, citada pela Reuters.
O exército israelita ainda não se pronunciou e diz estar a averiguar.
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Grupo de familiares de reféns exige a Netanyahu que aceite acordo com o Hamas. "Pela primeira vez em meses, temos esperança"
Um grupo de familiares de reféns detidos em Gaza pediu ao governo israelita que aceite um acordo para a libertação de reféns, de acordo com o The Times of Israel e o Haaretz.
Einav Zangauker, mãe de um refém, diz ter esperança pela primeira vez em vários meses de que poderá abraçar o filho e defende que não se deve desperdiçar a oportunidade de conseguir um acordo. “Pela primeira vez em muitos meses longos, temos esperança”, disse.
E acrescentou: “Netanyahu, vimos como torpedeou acordos vezes sem conta na hora da verdade. Não se atreva a voltar a partir-nos o coração”, afirmou, acrescentando que os reféns foram “abandonados” a 7 de outubro. “Só a pressão da opinião pública permitirá chegar a um acordo. Saiam para a rua connosco”, apelou.
O irmão de um refém remete para estudos de opinião que, segundo diz, apoiam um acordo. “As pessoas acreditam que o país não vai recuperar sem o regresso de todos os reféns. Um grupo de extremistas no governo, desligado das pessoas, quer sentenciá-los à morte”, atirou.
O Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA, mas com uma nova exigência: admite começar a negociar a libertação de reféns israelitas (incluindo soldados), mas apenas 16 dias após ser iniciada a primeira fase de negociações para pôr fim à guerra em Gaza.
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Crianças em Gaza passam cerca de 8 horas por dia à procura de água e comida, alerta UNRWA
Em Gaza, as crianças passam cerca de 6 a 8 horas por dia a colecionar água e comida. O alerta foi dado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA na sigla inglesa) na rede social X.
Segundo esta agência, “centenas de famílias” usam água salgada “para lavar, limpar e até beber”.
Children in #Gaza can spend 6-8 hours a day collecting water & food, often carrying heavy weights & walking long distances
Sanitation facilities & infrastructure are severely compromised, forcing thousands of families to rely on seawater to wash, clean & even drink#CeasefireNow pic.twitter.com/hUCXLf7rom
— UNRWA (@UNRWA) July 6, 2024
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Mais de 38 mil palestinianos morreram em Gaza desde o início da guerra
Pelo menos 38.098 palestinianos morreram e outros 87.705 ficaram feridos em Gaza desde o início da guerra, a 7 de outubro. Os números foram avançados pelo Ministério da Saúde da região, que é controlado pelo Hamas, segundo o The Guardian.
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Pelo menos 25 palestinianos morreram hoje -- 5 eram jornalistas
Pelo menos 25 palestinianos, incluindo cinco jornalistas, morreram este sábado em vários ataques israelitas no campo de refugiados de Nuseirat e na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, enquanto as tropas israelitas continuam a sua ofensiva.
Fontes médicas palestinianas confirmaram pelo menos 25 mortos em ataques em vários locais do campo de Nuseirat, incluindo escolas da UNRWA, em Deir al Balah, mas também nos campos de Bureij e Maghazi, todos no centro da Faixa de Gaza.
Dos seus ataques no centro, o exército relatou apenas um ataque a um lançador de foguetes localizado “perto de abrigos civis” na área de Deir al-Balah.
“A Força Aérea conduziu um ataque preciso contra o lançador e, antes do ataque, foram tomadas medidas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo avisos à população na área, bem como avaliação de informações em tempo real”, revelou o exército.
Foram ainda confirmadas as mortes de pelo menos cinco jornalistas: Saadi Madoukh, Adeeb Sukkar, Amjad Al-Jahjouh e sua mulher, Wafa Abu Dabaan, e Rizq Abu Shakyan.
As equipas de salvamento encontraram 10 corpos, incluindo sete irmãos, na residência de Abu Shakyan no campo de Nuseirat, onde mais de 270 pessoas foram mortas num único dia no mês passado, quando Israel efetuou um resgate de quatro reféns.
Até ao momento, foram também encontrados dois corpos em Deir al-Balah, mas as equipas de emergência estão a procurar outros nos escombros, na sequência de vários bombardeamentos a casas nessa cidade.
Os meios de comunicação social palestinianos referem igualmente ataques aéreos e de artilharia em vários bairros da cidade de Gaza, incluindo Sheikh Ajlin, Tal al Hawa, Zaytun e Shujaiya, onde as tropas têm vindo a realizar uma nova ofensiva terrestre há mais de uma semana em resposta ao regresso e reagrupamento do Hamas na zona.
O exército também informou sobre as suas “atividades operacionais baseadas em informações” em Rafah, a ponta sul do enclave na fronteira com o Egito, onde Israel lançou a sua ofensiva terrestre em maio, quando havia 1,4 milhões de pessoas deslocadas na cidade, mais de metade de toda a população de Gaza.
“Durante os controlos dos soldados, foram destruídas várias infraestruturas subterrâneas e confiscadas armas e equipamento militar. As células terroristas que constituíam uma ameaça perto das tropas foram eliminadas”, refere o comunicado militar.
Desde o início da guerra, cerca de 38.100 habitantes de Gaza foram mortos em quase nove meses, mais de 70% dos quais mulheres e crianças, e mais de 87.700 ficaram feridos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
O ministério, que não pôde atualizar os seus números nos últimos dois dias, informou hoje que, entre quinta e sexta-feira, 87 pessoas foram mortas e cerca de 260 ficaram feridas na Faixa de Gaza.
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Hamas admite libertar reféns e já não exige um cessar-fogo permanente
O Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos da América, mas com uma nova exigência.
O Hamas admite começar a negociar a libertação de reféns israelitas (incluindo soldados), mas apenas 16 dias após ser iniciada a primeira fase de negociações para pôr fim à guerra em Gaza.
A informação foi avançada pela agência Reuters, que cita uma fonte do Hamas.
O Hamas já não exige que Israel assuma o compromisso de cessar-fogo permanente antes de assinar um acordo de paz, acrescenta a mesma agência.
Pedem, assim, um cessar-fogo temporário. Mas também a retirada das tropas israelitas e que permitam a entrada de assistência em Gaza, de forma a que as negociações continuem e seja implementada a segunda fase.
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Bom dia! Retomamos neste liveblog a cobertura do conflito entre Israel e a Palestina.
Pode rever os acontecimentos da passada esta sexta-feira aqui.