Seis funcionários da Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNWRA) foram mortos ao ataque israelita de hoje numa escola em Nuseirat. Este é o número mais elevado de funcionários da ONU mortos num único ataque em Gaza, notou UNWRA, acrescentando que uma das vítimas era o responsável do abrigo das Nações Unidas,

“Esta escola foi atingida cinco vezes desde que a guerra começou. É a casa de cerca de 12.000 pessoas deslocadas, principalmente mulheres e crianças. Ninguém está a salvo em Gaza. Ninguém é poupado“, escreveu a agência numa publicação no X, repetindo o apelo que escolas e outras infraestruturas civis devem ser protegidos e não ser utilizados como alvos.

Just Tragic.#Gaza
Six @UNRWA colleagues killed today when two airstrikes hit a school and its surroundings in Nuseirat in the middle areas.
This is the highest death toll among our staff in a single incident.
Among those killed was the manager of the UNRWA shelter and other…

— UNRWA (@UNRWA) September 11, 2024

A Al Jazeera adianta ainda que o número total de palestinianos mortos neste ataque subiu para 18.

Um homem palestiniano foi hoje detido por ter atropelado e morto deliberadamente um comandante das IDF num ataque na Cisjordânia. O homem estava a ser tratado para alguns ferimentos que sofreu neste ataque, quando o seu quarto de hospital foi invadido por um deputado da extrema-direita.

“Vamos garantir que eles o matam. O Estado de Israel vai matá-lo. Vamos aprovar uma lei para o matar”, declarou Zvi Sukkot, do partido Sionismo Religioso, momento partilhado pelo próprio deputado nas suas redes sociais.

בעת ביקור בבית החולים שערי צדק גיליתי במקרה שמאושפז שם לא אחר מהמחבל שביצע את הפיגוע הקשה בגבעת אסף.
זה מה שהיה חשוב לי להגיד לנאצי הזה: pic.twitter.com/3byCWrQrG8

— צבי סוכות (@tzvisuccot) September 11, 2024

Uma delegação do Hamas, liderada por Khalil al-Hayya, esteve hoje em Doha, reunida com as equipas de negociação do Qatar e do Egito. À saída da reunião, o grupo palestiniano emitiu um comunicado em que expressa o seu interesse num acordo de cessar-fogo, que mantenha as premissas iniciais.

“Olhamos de forma positiva para um acordo de cessar-fogo que inclua a retirada das forças israelitas de toda a Faixa de Gaza”, pode ler-se no comunicado partilhado por um jornalista da Axios. “Demos a nossa resposta aos mediadores e continuamos interessados na mediação para alcançar um acordo”, acrescentaram.

O Hamas afirma ainda que não apresentou novas exigências e se opõe a que Israel o faça, num frente-a-frente com a insistência de Netanyahu em permanecer no Corredor de Filadélfia. Na semana passada, os media israelitas relataram ainda que ambas as partes tinham exigido a libertação de mais prisioneiros — do lado palestiniano — e mais reféns — do lado israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ministro da Justiça, Yariv Levin, propuseram a abertura de uma investigação criminal contra o próprio Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, com o objetivo de contornar os mandados de captura por crimes de guerra contra os dois políticos, emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Contudo, a sugestão terá sido recusada pela Procuradora Geral, Gali Baharav Miara, relatou hoje o Channel 12.

O objetivo é evitar estabelecer uma comissão de inquérito aos mandados de captura, perante a pressão do TPI e do procurador Karim Khan para os cumprir. O caso seria investigado pelo Ministério Público israelita e as conclusões entregues no tribunal em Haia, contrariando as acusações de crimes de guerra e evitando o escrutínio internacional. A Procuradora Baharav Miara notou que uma investigação não pode ser aberta por sugestão de um dos visados e o pedido foi recusado.

A família de Aysenur Ezgi Eygi, a ativista turca e norte-americana que foi morta pelas IDF durante um protesto na Cisjordânia, reagiu às declarações do Presidente Joe Biden, criticando-o por ter aceite a versão de Telavive que a morte foi acidental.

“Isto não é insensível e falso, é cúmplice da agenda do exército israelita para retirar terra palestiniana e branquear a morte de uma norte-americana“, pode ler-se no comunicado da família, citado pelo Haaretz.

“Uma cidadã americana foi morta por um exército estrangeiro, num ataque deliberado. A ação apropriada é o Presidente Biden e a vice-presidente Harris falarem diretamente com a família e ordenarem uma investigação independente transparente à morte de Aysenur, uma voluntária pela paz”, exigiram ainda.

Dois palestinianos foram mortos num ataque na Cisjordânia, avançou o Crescente Vermelho Palestiniano. Segundo o Times of Israel, o exército israelita afirmou que foi efetuado um ataque em Tulkarm.

As IDF e a agência de serviços secretos interna Shin Bet afirmam ter “eliminado dois terroristas que participaram no ataque do Hamas de 7 de outubro”. No X, avançam que os dois eram Abdallah abu Reala, do Batalhão Hamas Shati, e Ayman Khaled Ahmed Abu Allahyani, das forças de elite Nukhba.

2 terrorists who took part in the Oct. 7 Massacre were eliminated in intelligence-based IAF strikes.

????Abdallah abu Reala, from the Hamas Shati Battalion, was one of the terrorists responsible for holding CPL Noa Marciano captive. Marciano was abducted during the Oct. 7 Massacre… pic.twitter.com/2dwaYBkSKq

— Israel Defense Forces (@IDF) September 11, 2024

Pelo menos três pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque israelita em Nassr, na cidade de Gaza. Segundo avança a Al Jazeera, o ataque caiu sobre um grupo de pessoas que esperavam para comprar pão no exterior de uma padaria.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou um documento que diz ter sido escrito por Rafa Salama, o comandante da Brigada de Khan Yunis do Hamas morto pelas IDF, no qual descreve a situação difícil em que o grupo se encontra.

De acordo com Gallant, Salama escreveu que 70% das armas da organização foram destruídas, incluindo 95% dos rockets em seu poder. Além disso, 50% dos agentes armados da organização foram mortos ou feridos, e muitos outros combatentes fugiram. O ministro israelita observou também que, de acordo com a avaliação de Salama, a organização ainda tem 20% dos seus combatentes.

“Esta é uma verdadeira crise que está a afetar o Hamas e a confrontar os seus comandantes mais graduados”, disse Gallant, citado no Haaretz. “O Hamas está a pedir ajuda ao [líder do Hamas, Yahya] Sinwar e aos seus irmãos, mas eles não o podem salvar, porque nós continuamos o nosso esforço.”

Gallant disse ainda que “passo a passo, os nossos esforços chegarão a todos os altos funcionários do Hamas, incluindo os irmãos Sinwar”.

Major-General Isidro Morais Pereira sublinha que a força da questão do cessar-fogo no Médio Oriente se deve à intervenção dos EUA. Ainda, a Ucrânia tem sido exemplar no cumprimento das leis.

Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

Paz no Médio Oriente é “só para americano ver”?

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, durante uma visita à fronteira com a Jordânia, depois do ataque de domingo na passagem de Allenby que fez três mortos, que Israel vai trabalhar para “estabelecer uma barreira mais forte contra as tentativas de contrabando em coordenação com os vizinhos”.

“Há uma tentativa de contrabando de terroristas e armas através a Jordânia para [a Cisjordânia] e para as cidades israelitas. Estamos a trabalhar aqui em cooperação com todas as partes para pôr termo a esta situação”, citou o Haaretz.

É importante garantir “que esta fronteira continue a ser uma fronteira de paz e segurança”, acrescentou.

Subiu para 14 o número de mortos no ataque israelita a uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos no campo de refugiados de Nuseirat. Segundo avança a Al Jazeera, entre as vítimas estão funcionários da UNRWA, mulheres e crianças.

Pelo menos nove pessoas, incluindo crianças, morreram num ataque israelita contra uma escola da UNRWA, conhecida com al-Jaouni, transformada em abrigo, no campo de refugiados de Nuseirat, avançou a Defesa Civil Palestiniana citada na Al Jazeera.

Em resposta, o exército israelita emitiu uma declaração sobre o ataque, afirmando que tinha como alvo um centro de comando e controlo do Hamas.

Afirmaram ainda que o complexo era utilizado para planear e levar a cabo ataques contra as forças israelitas em Gaza e contra Israel.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos anunciou no X que quase 530 mil crianças já foram vacinadas contra a poliomielite na Faixa de Gaza.

“Contra todos os desafios e graças à dedicação dos nossos profissionais de saúde, a campanha de vacinação poliomielite continua no norte de Gaza. Quase 530.000 crianças já receberam a vacina em toda a Faixa de Gaza e continuamos a trabalhar 24 horas por dia para chegar a todas as crianças menores de 10 anos”, lê-se na publicação.

Against all challenges & thanks to the dedication of our health workers, the #polio vaccination campaign is ongoing in north #Gaza

Nearly 530,000 children have now received the vaccine across the Gaza Strip and we continue to work around the clock to reach all children under 10 pic.twitter.com/vwnBOwt4qZ

— UNRWA (@UNRWA) September 11, 2024

As Forças de Defesa de Israel afirmaram que um membro do Hezbollah foi morto e outro ficou ferido num ataque no sul do Libano na manhã desta quarta-feira, avançou a Al Jazeera.

Ao início do dia, Israel reivindicou 30 ataques contra o Hezbollah durante a noite passada. Os militares israelitas afirmaram que os locais visados no sul do Líbano incluíam infraestruturas militares e lançadores de rockets.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse estar “indignado e profundamente triste” com a morte da ativista turco-americana que foi baleada na Cisjordânia durante uma manifestação contra a colonização na semana passada, considerando a sua morte “totalmente inaceitável”.

Numa declaração, Biden exigiu “total responsabilização” e afirmou que o governo dos EUA espera ter acesso contínuo à medida que a investigação prossegue sobre as circunstâncias do tiroteio.

“Israel tem de fazer mais para garantir que incidentes como o tiroteio fatal de uma manifestante americana contra a expansão dos colonatos não voltem a acontecer”, afirmou em comunicado, citado na Al Jazeera.

“A violência na Cisjordânia já dura há demasiado tempo. Os colonos israelitas extremistas e violentos estão a desalojar os palestinianos das suas casas. Os terroristas palestinianos enviam carros-bomba para matar civis. Continuarei a apoiar políticas que responsabilizem todos os extremistas — israelitas e palestinianos — por fomentarem a violência e servirem de obstáculos à paz”, citou o Haaretz.

Cinco paramédicos da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino foram detidos pelas forças israelitas na Cisjordânia.

A organização, através do X, diz que os socorristas continuam detidos desde o amanhecer de hoje e que foram presos enquanto transportavam várias pessoas, incluindo crianças, do campo de refugiados de Tulkarem.

????Urgent: The Israeli occupation forces continue to detain five Palestine Red Crescent Society EMTs, who were arrested at dawn today while transporting a patient and evacuating several children from #Tulkarm camp.#NotATarget ❌#WestBank #IHL

— PRCS (@PalestineRCS) September 11, 2024

A Aljazeera dá ainda conta da ocupação pelas forças israelitas do hospital do governo turco na cidade de Tubas. Na noite de ontem a cidade na Cisjordânia foi cercada pelas IDF e alvo de um ataque aéreo que provocou a morte a cinco pessoas, todas com menos de 25 anos.

O novo presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, chega esta quarta-feira ao Iraque para aprofundar os laços com o país vizinho. É a sua primeira visita ao estrangeiro desde que tomou posse.

Como recorda o Times of Israel, Pezeshkian prometeu fazer das relações com os países vizinhos uma prioridade, enquanto procura aliviar o isolamento internacional do Irão e atenuar o impacto das sanções lideradas pelos EUA na sua economia.

Cirurgião cardíaco, pai solteiro e contra o hijab obrigatório. Quem é Pezeshkian, o novo Presidente reformista (qb) do Irão?