Momentos-chave
- Três mortos e quatro feridos em ataque israelita a Rafah
- Senado dos EUA aprova pacote de ajuda para Israel
- Israel denuncia falha de António Guterres por não ter incluído Hamas na lista negra de violência sexual
- Risco de fome "muito alto" em Gaza, diz oficial norte-americano
- Porta-voz do Hamas apela a escalada em várias frentes do conflito
- Dois mortos e quatro feridos em ataque aéreo no sul do Líbano
- Mais de 130 pessoas foram detidas (e já libertadas) nos protestos pró-Palestina na Universidade de Nova Iorque
- ONU denuncia detenção com maus-tratos de mais de 1.500 palestinianos em Gaza
- Operação em Rafah pode durar, pelo menos, seis semanas
- Israel prepara ofensiva a Rafah. Novo acampamento estará a ser construído perto de Khan Younis para acolher palestinianos
- Sobe para 310 número de corpos encontrados na vala comum do hospital Nasser
- Israel ordena evacuação de uma área no norte de Gaza
- Trump acusa Biden de não ser "amigo de Israel". "Não sabe quem apoia"
- Comissário europeu apela a doações para a UNRWA, a "tábua de salvação" dos refugiados palestinianos
- EUA dizem que não há forma de evacuar Rafah e que ataque levaria a "danos civis desordenados"
- EUA acusam Hamas de recusar proposta "muito significativa" para cessar fogo e de querer "guerra regional em larga escala"
- Israel preparou ataque muito mais "vasto" contra Irão, mas recuou por pressão dos aliados
- Irão diz que sanções da UE são "lamentáveis" e que agiu em "autodefesa"
Histórico de atualizações
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Israel prepara ofensiva a Rafah. Novo acampamento estará a ser construído perto de Khan Younis para acolher palestinianos
Imagens de satélite analisadas pela Associated Press na terça-feira mostram o que parece ser um novo complexo de tendas a serem erguidas perto de Khan Younis, numa altura em que Israel continua a sinalizar a intenção de avançar com a ofensiva em Rafah.
O complexo terá começado a ser construído a 16 de abril, mas tem aumentado desde então, de acordo com o The Times of Israel. A imprensa israelita diz que as tendas estão a ser erguidas pelo Egito por antecipação a um possível ataque em Rafah por Israel. As forças israelitas negaram serem as responsáveis pela construção do complexo.
Na segunda-feira, o Wall Street Journal escreveu que as forças israelitas estarão a preparar-se para avançar com a operação em Rafah, que abriga mais de um milhão de palestinianos. A intenção de Israel foi criticada por vários países, incluindo o maior aliado, os EUA.
Segundo o jornal, Israel planeia retirar civis de Rafah e colocá-los em “enclaves humanitários” a ser construídos na Faixa de Gaza. “Em primeiro lugar, vai acontecer; em segundo, vamos levar a cabo um plano operacional muito apertado porque a situação é muito complexa; em terceiro, há uma resposta humanitária que está a acontecer ao mesmo tempo”, disse um responsável de segurança israelita.
O jornal acrescenta que Israel está preparado para levar civis de Rafah para Khan Younis e outras áreas, onde planeia construir abrigos com tendas, centros de distribuição de comida e infraestruturas médicas, segundo altos funcionários do Egito familiarizados com os planos de Israel.
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Israel já terá tudo “preparado” para atacar Rafah e só precisa de luz verde do governo para avançar
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Três mortos e quatro feridos em ataque israelita a Rafah
Pelo menos três pessoas morreram e quatro ficaram feridas na sequência de um ataque israelita a um prédio residencial no bairro de Salam, em Rafah.
Segundo avança a Al Jazeera, entre os mortos estão um pai e um filho. Os quatro feridos pertencem todos à mesma família.
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"Número mais alto de sempre" de palestinianos sob detenção administrativa
O Clube de Prisioneiros da Sociedade Palestiniana denunciou que Israel tem mais de 3.660 palestinianos sob detenção administrativa. Segundo avança a Al Jazeera, o número inclui palestinianos da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e da Faixa de Gaza. Entre eles, estão 22 mulheres e mais de 40 crianças.
A detenção administrativa é uma prática legal em Israel e criticada por organizações de direitos humanos, ao permitir deter por tempo indefinido, sem que seja iniciado um julgamento ou apresentadas acusações formais, para além da não-autorização do acesso às provas contra o detido. Antes de 7 de outubro, estavam cerca de 1.320 palestinianos detidos neste regime.
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Gallant agradece ao Senado norte-americano por aprovar pacote de ajuda a Israel
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, agradeceu ao Senado dos EUA por ter aprovado o pacote de ajuda de 95 mil milhões de dólares para Israel, Ucrânia e Taiwan.
Numa publicação no X, Gallant deixou ainda um agradecimento a Joe Biden por “apoiar Israel”.
Thank you @SenSchumer and @LeaderMcConnell for your leadership – bringing the security package to a vote in the Senate today. Final vote tomorrow is critical.
Thank you @POTUS and the U.S. Admin for standing with Israel.
This is a clear message to Iran and our common enemies.
— יואב גלנט – Yoav Gallant (@yoavgallant) April 23, 2024
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Construção de porto flutuante em Gaza vai começar em breve, diz Pentágono
A construção de um porto temporário ao largo da costa de Gaza, que vai permitir a entrada de ajuda humanitária, vai começar “em breve”, avançou o porta-voz do Pentágono, citado no Times of Israel.
“Todas as embarcações necessárias estão na região do Mediterrâneo e a postos”, disse o Major-General Pat Ryder, referindo-se às embarcações que transportam o equipamento para o projeto do cais.
“Estamos preparados para iniciar a construção muito em breve”, acrescentou.
No início de março, os EUA anunciaram a construção de um porto temporário flutuante que permita que refeições, água e medicamentos cheguem aos milhares de palestinianos que precisam. Depois da sua conclusão, poderão entrar por ali cerca de dois milhões de refeições todos os dias.
Estados Unidos vão construir porto flutuante em Gaza para permitir entrada de ajuda humanitária
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EUA pedem ao Iraque para garantir segurança das suas tropas
Os EUA pediram ao governo do Iraque para garantir a segurança das suas tropas depois de, na segunda-feira, uma base militar norte-americana no oeste do país ter sido atacada.
“Estes ataques põem em risco os militares da coligação e do Iraque. Apelamos ao governo do Iraque para que tome todas as medidas necessárias para garantir a segurança das forças americanas no Iraque e na Síria contra os ataques desses grupos”, disse o major Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, citado na CNN.
“Se estes ataques continuarem, não hesitaremos em defender as nossas forças, como já o fizemos no passado”, acrescentou.
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Hamas apela à continuação dos ataques contra Israel
O porta-voz da ala militar do Hamas, as Brigadas Al Qassam, apelou à continuação dos ataques contra Israel afirmando que vai “atacar o inimigo com diferentes técnicas enquanto a agressão continuar” na Faixa de Gaza.
Segundo a CNN, Abu Ubaida afirmou que os combatentes do Hamas vão continuar a “sair para combater o inimigo” e elogio ainda os ataques do Irão contra Israel: “A dimensão e natureza do ataque estabeleceram novas regras e confundiram os cálculos do inimigo”.
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Senado dos EUA aprova pacote de ajuda para Israel
O pacote de ajuda de 95 mil milhões de dólares para Israel, Ucrânia e Taiwan foi aprovado pelo Senado dos EUA, avançou a Sky News. Cabe agora a Joe Biden passar a proposta a lei.
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Israel denuncia falha de António Guterres por não ter incluído Hamas na lista negra de violência sexual
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita acusou o secretário-geral das Nações Unidas de ficar “ao lado dos violadores e assassinos do Hamas” ao não ter incluído o grupo islamita palestiniano na lista negra de violência sexual.
“Guterres recusou-se a reconhecer a responsabilidade do Hamas pelos graves crimes sexuais que constam no relatório de Patten e a declará-lo uma organização terrorista”, afirmou Israel Katz num comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado no Times of Israel.
“Estou convencido de que se os crimes cometidos pelo regime Nazi fossem discutidos durante o seu mandato, ele também se iria recursar a condená-los se os seus interesses políticos assim o exigissem”, continuou, acrescentando: “Guterres transformou a ONU numa instituição extremamente antissemita e anti-israelita, e o seu mandato será recordado como o mais negro da história da organização.”
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EUA impõem sanções a duas empresas e quatro indivíduos do Irão
Os EUA decretaram novas sanções contra o Irão, destinadas a duas empresas e quatro indivíduos que acusam estar “envolvidos em ciberatividade maliciosa”.
“Estes atores visaram mais de uma dúzia de empresas e entidades governamentais dos EUA através de operações cibernéticas, incluindo ataques de spear phishing e malware”, avançou o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado, citado no Times of Israel, afirmando ainda que trabalhavam “em nome” do Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico.
“Os Estados Unidos vão continuar a utilizar a nossa abordagem de todo o governo para expor e interromper as operações destas redes”, acrescenta.
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Risco de fome "muito alto" em Gaza, diz oficial norte-americano
O enviado especial dos EUA para os assuntos humanitários, David Satterfield, afirmou que o risco de fome na Faixa de Gaza está “muito alto” e que Israel deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para facilitar os esforços para evitar a fome. Segundo a Sky News, David Satterfield apelou ainda a que se faça mais para que a ajuda chegue, especialmente no Norte do enclave.
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Soldado israelita morto no norte de Gaza
As forças israelitas avançaram que um dos seus soldados foi morto ontem no norte da Faixa de Gaza. Segundo a Al Jazeera, Salem Alkreshat tinha 43 anos.
O número de mortos entre as tropas israelitas ascende assim para 261, afirmam as IDF.
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Um morto e dois feridos em ataque na Cisjordânia
Um homem palestiniano morreu e duas pessoas ficaram feridas na sequência de ataques israelitas na cidade de Jericho, na Cisjordânia, e em campos de refugiados, acusaram as autoridades de saúde palestinianas.
Segundo a Sky News, os dois feridos, entre eles uma criança, foram atingidos no campo de refugiados de Aqabat Jabr, nos arredores de Jericho.
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Netanyahu "é um fracasso que pertence à prisão", diz o Presidente palestiniano
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, acusou o primeiro-ministro israelita de ser “um fracasso que pertence à prisão” depois de Benjamin Netanyahu ter feito uma publicação no X sobre a reunião de hoje com soldados israelitas e onde afirma ter deixado uma cadeira vazia com “fotografias de todos os 133 reféns que ainda se encontram no cativeiro do Hamas”.
“Estou empenhado em fazer regressar todos os sequestrados a casa”, escreveu Netanyahu.
Em resposta, Mahmoud Abbas pediu para o líder israelita “parar de mentir”: “Há mais de 200 dias que não conseguem fazer regressar ninguém. O vosso governo falhou. Falhou com o povo israelita. És um fracasso que pertence à prisão”.
תפסיק לשקר, נתניהו. נכשלת בהחזרת מישהו תוך יותר מ-200 ימים. הממשלה שלך נכשלה. כשלתם את העם הישראלי. אתה כישלון ושייך לכלא
— (ساخر) محمود عباس מחמוד עבאס (@MahmudAbbasPS) April 23, 2024
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Porta-voz do Hamas apela a escalada em várias frentes do conflito
Abu Obeida, porta-voz das brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, apelou a uma escalada do conflito em várias frentes, num discurso transmitido na televisão que marcou os 200 dias desde o início da guerra.
Segundo o The Times of Israel, Abu Obeida elogiou o ataque do Irão contra Israel e defendeu que o uso de drones e mísseis balísticos “estabeleceu novas regras” e “confundiu o inimigo e aqueles que o apoiam”.
Obeida apelou a uma escalada do conflito na Cisjordânia e na Jordânia, que apelidou como “uma das mais importantes frentes árabes”. “Apelamos ao povo da Jordânia para que intensifique as suas ações e levante a voz”, afirmou.
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Dois mortos e quatro feridos em ataque aéreo no sul do Líbano
A Al Jazeera avança que duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas num ataque de Israel no sul do Líbano. Um edifício foi atingido, em Hanine, na sequência do ataque aéreo, acrescenta o The Times of Israel.
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Mais de 130 pessoas foram detidas (e já libertadas) nos protestos pró-Palestina na Universidade de Nova Iorque
Foram detidas 133 pessoas na noite passada durante os protestos pró-Palestina no campus da Universidade de Nova Iorque, nos EUA.
Segundo a AFP, o número foi avançado pelo departamento da polícia de Nova Iorque. Os detidos já foram, entretanto, libertados, embora com notificações do tribunal.
Um porta-voz da Universidade justificou a decisão de chamar a polícia com o facto de manifestantes — muitos dos quais não terão ligação à instituição — terem quebrado as barreiras que cercavam o acampamento, o que “mudou drasticamente” a situação.
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Presidente do Irão ameaça Israel sobre eventual ataque
O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, avisou hoje que “não restará pedra sobre pedra” do “regime sionista” se o Exército israelita “voltar a cometer um erro” e atacar o seu país.
“Se o regime sionista cometer um erro novamente e atacar a terra sagrada do Irão, a situação será diferente e não ficará pedra sobre pedra deste regime”, garantiu Raisi, a partir do Paquistão, onde está em visita oficial.
O líder iraniano lembrou que o seu país puniu Israel após o seu atentado bombista contra o consulado em Damasco, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e de seis cidadãos sírios, alegando que esse ataque “foi uma violação de todas as leis e convenções e a Carta das Nações Unidas”. Israel alega que o edifício anexo ao consulado em causa era usado para fins militares.
Quando falou da punição, Raisi referia-se aos ataques levados a cabo pelo Irão contra o território israelita com mais de 300 ‘drones’ e mísseis em resposta ao referido bombardeamento.
“Não temos dúvidas de que o ódio gerado no mundo islâmico e no mundo em geral contra os sionistas e os americanos — pela ofensiva contra a Faixa de Gaza após os ataques perpetrados em 07 de outubro pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — irá tornar-se uma vingança das nações, bem como o fim do regime infanticida sionista”, concluiu Raisi.
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ONU denuncia detenção com maus-tratos de mais de 1.500 palestinianos em Gaza
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) denunciou hoje a detenção de pelo menos 1.506 palestinianos da Faixa de Gaza, incluindo 84 mulheres e 43 menores, e alertou que muitos poderão ter sofrido maus-tratos e abusos.
A UNRWA cita, num comunicado hoje divulgado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que afirmou ter recebido “numerosos relatos de detenções, maus-tratos e execuções forçadas, além do possível desaparecimento de milhares de homens e rapazes palestinianos e de várias mulheres e raparigas, às mãos das forças israelitas”.
Os habitantes de Gaza detidos explicaram, de acordo com a mesma fonte, terem sido levados para quartéis militares improvisados, onde foram reunidos em grupos de 100 a 120 pessoas, tendo alguns deles referido ter sido deixados incomunicáveis durante várias semanas.
Os detidos avançaram ainda ter recebido “maus-tratos durante as diferentes etapas da sua detenção”.