Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    Este liveblog fica por aqui. Pode continuar a acompanhar todos os desenvolvimentos relacionados com a guerra entre Israel e o Hamas neste novo liveblog, que agora abrimos.

    “A guerra tem de parar e não pode escalar”. Borrell apela a “solução política” para colocar fim ao conflito

  • Repórter volta ao trabalho poucas horas após morte do filho

    Wael Dahdouh, jornalista Al Jazeera e chefe da divisão do canal em Gaza, voltou a entrar em direto para cobrir os últimos desenvolvimentos do conflito meras horas depois da morte do filho num aparente ataque israelita.

    O filho de Dahdou, o também jornalista Hamzah, seguia com um colega num carro que foi atingido por um bombardeamento de Israel, numa ação que resultou na morte dos dois jornalistas.

    A mulher de Wael Dahdou, dois dos seus filhos (de 15 e 7 anos) e um neto (de 1 ano) já morreram na guerra, vítimas e um ataque à casa onde estavam, em outubro; o próprio correspondente da Al Jazeera também já foi ferido num ataque que matou o seu operador de câmara. Apesar disso Dahdou tem continuado a reportar o que se passa em Gaza.

  • Chefe da diplomacia alemã apela a mais contenção na guerra na Faixa de Gaza

    A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, em visita a Jerusalém, apelou a Israel a mais contenção na guerra travada na Faixa de Gaza, referindo que “uma gestão menos intensiva das operações” é indispensável.

    “O sofrimento de muitas pessoas inocentes não pode continuar assim. Precisamos de uma gestão menos intensiva das operações”, disse a ministra aos jornalistas, após conversações com o seu homólogo israelita, Israël Katz, e com o chefe de Estado, Isaac Herzog.

    “É cada vez mais claro que os militares israelitas devem fazer mais para proteger os civis em Gaza. Devem encontrar formas de combater o Hamas sem que tantos palestinianos sofram”, acrescentou.

    A Alemanha tem dado apoio incondicional a Israel desde o início da guerra lançada contra o Hamas na Faixa de Gaza.

    “Reiterei a minha garantia: o vosso país pode contar firmemente com a nossa solidariedade na luta contra o terror cego que quer varrer Israel do mapa. […] Se o Hamas não continuasse fanaticamente esta luta sem sentido, a guerra teria terminado há muito tempo”, disse Baerbock.

    A chefe da diplomacia alemão acrescentou, contudo, que também “disse claramente” aos seus interlocutores que tinham que ter todos os aspetos em consideração.

    “A forma como o Governo israelita está a liderar esta guerra, a forma como o Governo israelita está a pensar sobre as consequências, a forma como o governo israelita considera o sofrimento dos palestinianos, o que afeta a própria segurança de Israel”, enumerou.

    A ministra dos Negócios Estrangeiros deixou ainda um alerta sobre os apelos de dois ministros israelitas de extrema-direita para o retorno dos colonos judeus a Gaza e a “emigração” de palestinianos, sublinhando que é “irrevogável que Gaza pertence aos palestinianos”.

    “Eles não devem ser expulsos de Gaza”, disse.

    Na sua quarta visita ao Médio Oriente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, a ministra alemã deverá também encontrar-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e com o seu homólgo palestiniano, Riyad al-Maliki.

    Baerbock viaja a seguir para o Egito, onde se encontrará com o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Shoukry, e depois para o Líbano.

  • Ecrãs do aeroporto de Beirute hackeados com mensagens anti-Hezbollah

    O sistema informático do aeroporto de Beirute, no Líbano, foi hackeado este domingo, com os ecrãs do aeroporto a exibirem várias mensagens críticas do Hezbollah.

    De acordo com o The Guardian, que cita a AFP, as mensagens constituíam sobretudo um apelo pata que o grupo radical xiita “não arrastar o país para uma guerra”, num contexto de tensões crescentes com Israel.

    Numa mensagem em particular podia ler-se: “Vocês vão destruir o nosso aeroporto ao trazer as armas. Deixem o aeroporto ser livre das garras do aparelho do Hezbollah”.

  • Governo de Gaza pede a Egito que abra passagem para saída de 6.000 feridos

    O Governo de Gaza pediu hoje ao Egito que abra a sua passagem fronteiriça para a saída de 6.000 feridos que necessitam de receber cuidados médicos urgentes no estrangeiro, enquanto prossegue a ofensiva israelita na Faixa palestiniana.

    “Apelamos aos nossos irmãos no Egito para que abram a passagem de Rafah e cheguem a acordo sobre a transferência imediata e urgente de 6.000 feridos”, pediu o gabinete de comunicação do Governo de Gaza, sob o controlo do Hamas, face ao colapso total do sistema de saúde em Gaza e a catástrofe humanitária causada por três meses de cerco e ataques israelitas.

    De acordo com as autoridades locais, os hospitais fora de serviço somam agora cerca de 30 e, embora o número total de feridos supere os 58.000, há mais de 5.000 que estão em estado grave e outros 1.000 que devem ser retirados.

  • Israel indica que guerra em Gaza é para durar durante todo o próximo ano

    O chefe de Estado-maior das Forças de Defesa de Israel (IDF) indicou hoje que a guerra em Gaza é para continuar, pelo menos, até ao fim de 2024.

    Numa visita à região ocupada da Cisjordânia, Herzi Halevi descreveu o próximo ano como “desafiante” para o exército, antes de dizer que as IDF irão “de certeza” manter-se em Gaza durante todo o próximo ano.

  • Qatar diz que morte de número dois do Hamas dificulta libertação de reféns

    O ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, garantiu este domingo que o assassinato do número dois do movimento islâmico palestiniano Hamas, Saleh al-Araoui, dificulta as negociações para a libertação dos reféns detidos em Gaza.

    “O facto de um dos principais líderes do Hamas ter sido assassinado é algo que afeta um processo tão complicado, mas não vamos desistir. Estamos a avançar”, disse o responsável pela diplomacia do Qatar numa conferência de imprensa em Doha com o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, que está em viagem pelo Médio Oriente.

    Na terça-feira, um atentado bombista atribuído a Israel matou al-Araoui e outras seis pessoas num bairro a sul de Beirute.

    Mohammed bin Abdulrahman al-Thani confirmou que as negociações para libertar os reféns “estão em andamento”, apesar dos “desafios e dos altos e baixos ao longo do processo”.

    “Continuamos as nossas discussões com as diferentes partes e tentaremos chegar a um acordo que possa levar a um cessar-fogo, aumentar a ajuda humanitária e à libertação dos reféns”, afirmou o chefe da diplomacia do Qatar, país que acolhe o gabinete político de Hamas há uma década.

    O ministro lembrou que um cessar-fogo na Faixa de Gaza ajudaria a controlar a guerra e afirmou que os Estados Unidos e o Qatar estão a concentrar esforços para conseguir “o termo das hostilidades e a libertação dos reféns”.

    Al-Thani disse ainda esperar que Washington use a sua influência para “acabar com o conflito e alcançar uma solução sustentável que dê aos palestinianos os seus direitos e o seu próprio Estado”.

  • Israel alega existência de “acampamentos de verão terroristas” organizados pelo Hamas

    Numa entrevista ao canal norte-americano NBC, o Presidente israelita, Isaac Herzog, disse ter em sua posse um documento que prova a alegada existência de “acampamentos de verão terroristas” organizados pelo Hamas.

    “[O documento] é uma diretiva dos comandantes do Hamas sobre a gestão de acampamentos de verão para crianças para difundir os valores da jihad”, afirmou Herzog. “Diz claramente para disseminar os valores da jihad e os valores da resistência, ou seja, o terrorismo e como criar uma sociedade militarizada”, acrescentou.

  • Antony Blinken contraria Israel e diz que civis "não podem ser forçados a abandonar Gaza"

    O secretário de Estado norte-americano defendeu a necessidade de garantir que os deslocados internos em Gaza devem regressar às suas casas assim que possível.

    Numa conferência de imprensa em Doha ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Antony Blinken disse que os residentes de Gaza “não podem, não devem, ser forçados a abandonar” o território, contrariando uma posição anteriormente defendida por membros do governo israelita.

    “Os civis palestinianos devem poder regressar a casa assim que as condições lhos permitam”, reforçou o responsável norte-americano, citado pela Al Jazeera.

    Blinken defendeu o direito de Israel de atingir o Hamas e garantir que o grupo radical islâmico não pode voltar a atacar o país, mas que é importante que “garantir que civis não são atingidos e que mais assistência chega a quem precisa”.

  • Ministério da Saúde da Palestina diz que Israel está a atacar hospital de Al-Aqsa

    O Ministério da Saúde palestiniano em Gaza denunciou esta tarde alegados ataques israelitas ao hospital de Al-Aqsa, com o objetivo expresso de colocar fora de atividade a unidade hospitalar no centro de Gaza.

    De acordo com a Al Jazeera, que cita fontes ministeriais, o hospital tem sido alvo de ataques com recurso a drones, visando “tudo o que mexe”.

    “Colocar o hospital de Al-Aqsa fora de comissão seria uma sentença de morte para milhares de pessoas feridas e pacientes”, referiu o ministério.

  • Vídeo mostra feridos palestinianos em Gaza tratados à luz de tochas

    A ajuda humanitária em Gaza trabalha sob condições cada vez mais precárias. Num vídeo publicado na rede social X, o Crescente Vermelho da Palestina, cujos voluntários têm estado no terreno desde o início do conflito, revelou que as falhas de eletricidade derivadas dos ataques israelitas têm levado a que feridos palestinianos tenham de ser tratados à luz de tochas.

  • Jordânia anuncia plano com países árabes para acabar com guerra em Gaza

    O chefe da diplomacia jordana, Ayman Safadi, anunciou hoje que está a coordenar com várias capitais árabes um plano, baseado na solução de dois Estados, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e resolver o conflito israelo-palestiniano.

    “Estamos a trabalhar num plano com um objetivo claro, um calendário e passos, que se baseie na solução de dois Estados, para resolver o conflito”, disse Safadi, citado pela agência noticiosa estatal jordana Petra.

    De acordo com o diplomata, este plano está a ser coordenado com vários países árabes, tendo sido também submetido à avaliação de “muitos parceiros da comunidade internacional”, sem especificar as nações envolvidas ou a receção da proposta.

  • Criança palestiniana morreu em atropelamento num posto de controlo em Jerusalém

    Uma criança palestiniana morreu num atropelamento aparentemente deliberado que aconteceu este domingo num posto de controlo em Jerusalém, num incidente sobre o qual ainda não existe muita informação além de que um suspeito foi eliminado pela polícia.

    A mãe da criança também ficou ferida neste incidente mas a filha, de 4 anos, não resistiu aos ferimentos. A polícia não prestou, para já, mais esclarecimentos sobre o incidente e sobre os possíveis motivos do suspeito que foi baleado pelas autoridades.

  • Netanyahu queixa-se de "praga de fugas de informação" e quer ministros submetidos a polígrafos

    O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, quer propor uma lei que pode obrigar a submeterem-se a testes-polígrafo todos aqueles que participam em reuniões do seu conselho de guerra, incluindo ministros, militares, conselheiros e assessores.

    Temos uma praga de fugas de informação“, lamentou o primeiro-ministro de Israel, garantindo que “não podemos continuar a ter isto“. A mensagem foi transmitida pelo responsável em mais uma reunião do gabinete de guerra e foi noticiada pelo Canal 12.

    Para Netanyahu a “gota de água” terá sido a forma como foi descrita em detalhe, na imprensa, uma reunião do gabinete de guerra que aconteceu nos últimos dias e que acabou com uma discussão tensa, marcada por muita confrontação direta entre os intervenientes. O tema em discussão era a visão de Israel para o que deve ser a Faixa de Gaza no pós-guerra.

  • Jornalistas mortos. Al Jazeera acusa Israel de ter alvejado membros da imprensa

    A cadeia de informação Al Jazeera, que tem sede no Qatar, condenou neste domingo o que chamou de “ataque” a jornalistas palestinianos que estavam a trabalhar em Gaza. Dois repórteres que trabalhavam para a televisão morreram devido a um bombardeamento que atingiu o carro onde viajavam.

    Hamza Wael Dahdouh, que é filho do correspondente da Al Jazeera em Gaza (Wael Al-Dahdouh), e Mustafa Thuria, repórter de vídeo da AFP que trabalhava para a Al Jazeera, morreram no ataque em Rafah.

    “A Al Jazeera Media Network condena veementemente os ataques às viaturas de jornalistas palestinianos por parte das forças de ocupação israelitas”, afirma a empresa num comunicado, acusando Israel de “violar os princípios da liberdade de imprensa”.

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) não comentam o incidente mas negam alguma vez ter procurado atingir civis.

  • Pelo menos 113 mortos e 250 feridos em Gaza nas últimas 24 horas

    Pelo menos 113 palestinianos foram mortos e 250 ficaram feridos nas últimas 24 horas em Gaza, na sequência da ofensiva militar israelita, anunciou hoje o Ministério da Saúde do território controlado pelo movimento extremista Hamas.

    “A ocupação cometeu doze massacres contra famílias em Gaza”, declarou o ministério em comunicado.

    Estas novas vítimas elevam para 22.835 o número de mortos e para 58.416 o número de feridos desde o início da guerra, em 07 de outubro, segundo os dados do ministério.

    Por seu lado, a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa informou que aviões de guerra israelitas bombardearam no sábado à noite uma casa no norte da Faixa de Gaza, matando 20 habitantes e ferindo dezenas de outros.

  • Israel diz ter encontrado provas de que Irão ensinou Hamas a fazer mísseis teleguiados

    Israel diz ter encontrado em Gaza o que garante ser equipamento tecnológico que se acreditava que o Hamas tivesse, incluindo componentes utilizados pelo Hamas para construir mísseis teleguiados de longo alcance. É tecnologia cujo desenvolvimento e produção, garante Telavive, foram ensinados pelo Irão.

    As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla por que são mais conhecidas internacionalmente) afirmam que recentemente foi encontrada uma alegada base do Hamas nos bairros de Daraj e Tuffah. Nesse local, havia um túnel que levava a uma fábrica de armas subterrâneas.

    Foram encontrados “componentes que provam que os terroristas da organização terrorista Hamas aprenderam sob a orientação iraniana a operar e construir componentes de precisão e armas estratégicas”, dizem as IDF, partilhando na rede social X imagens do que garantem ser um motor de um míssil teleguiado e a ogiva de um míssil cruzeiro.

  • Neto de Ahmed Yassin, fundador do Hamas, morto em bombardeamento em Gaza

    Um neto de Ahmed Yassin, fundador do Hamas, terá sido morto num bombardeamento israelita em Gaza. Ali Salem Abu Ajwa era neto do homem que fundou o Hamas em 1987 e foi morto por Israel em 2004.

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    O neto de Yassin, segundo o The Times of Israel, terá trabalhado como jornalista em Gaza.

    https://twitter.com/RawannddS/status/1743949274927263986?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1743949274927263986%7Ctwgr%5E722bd3f4f4dc6318c4f3b5e1255d7264ea7162c9%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.timesofisrael.com%2Fliveblog-january-7-2024%2F

  • "Vamos agir" contra o Hezbollah, garante Netanayahu

    O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisa o Hezbollah que Telavive não irá hesitar se considerar necessário intensificar a guerra contra o Hezbollah, que tem bombardeado Israel a partir do Líbano. “Sugiro que o Hezbollah aprenda o que o Hamas já aprendeu nos últimos meses: nenhum terrorista está a salvo”, afirmou o primeiro-ministro de Israel.

    Netanyahu mantém a linha de argumentação que tem sido seguida pelo seu governo, de que a via diplomática é a via preferencial para gerir o conflito. “Se pudermos, faremos isso por meios diplomáticos mas, caso contrário, iremos agir de outras formas.”

    Durante uma reunião do conselho de ministros, Netanyahu reiterou os três objetivos da guerra – “a eliminação do Hamas, o regresso de todos os nossos reféns e a promessa de que Gaza nunca mais representará uma ameaça para Israel”.

  • Joe Biden quer, a todo o custo, evitar que Israel lance guerra no Líbano. EUA duvidam que Israel venceria

    O Presidente dos EUA, Joe Biden quer, a todo o custo, evitar que Israel lance guerra no Líbano, um cenário que se tornou cada vez mais provável nas últimas semanas. Segundo o The Washington Post, os EUA estão “alarmados” com essa possibilidade e, por isso, a administração Biden enviou alguns dos seus principais diplomatas para o Médio Oriente – incluindo Antony Blinken – para tentar evitar que o conflito latente com o Hezbollah se transforme numa guerra total.

    A troca de disparos de artilharia na fronteira norte de Israel, entre as forças armadas israelitas e operacionais do Hezbollah, subiu de tom nas últimas semanas e nos EUA tornou-se claro que, seguindo-se este caminho, será inevitável que o conflito se alastre com uma intervenção israelita no Líbano.

    Os responsáveis israelitas não escondem, publicamente, que a situação está perto de se tornar insustentável. “Nós preferimos a via de um acordo diplomático mas estamos a chegar a um ponto em que a ampulheta se vira”, afirmou Yoav Gallant, ministro da Defesa do governo de Benjamin Netanyahu.

    Para os EUA, este alastrar do conflito pode ser difícil de evitar porque Netanyahu tem um incentivo para intensificar os combates como forma de preservar a unidade do seu governo e melhorar a sua imagem pública depois de ter sido incapaz de prevenir o ataque de 7 de outubro.

    Mas os serviços secretos norte-americanos já avisaram Israel de que dificilmente Telavive teria sucesso nessa guerra, caso ela venha a acontecer, porque Israel teria dificuldades logísticas no esforço de guerra e poderia não conseguir garantir recursos suficientes tendo em conta a elevada exigência dos combates na Faixa de Gaza.

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