Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com o conflito no Médio Oriente ao longo do dia de ontem, domingo.

https://observador.pt/liveblogs/israel-da-ordem-de-evacuacao-do-leste-de-rafah-antes-de-possivel-operacao-militar/

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As Forças de Defesa de Israel anunciam esta noite a morte de três soldados no ataque com rockets reivindicado pelo Hamas contra a as imediações da comunidade de Kerem Shalom, no sul de Israel.

O ataque atingiu infraestruturas militares do exército israelita. De acordo com o Times of Israel, os soldados mortos são jovens: Ido Testa, de 19 anos; Ruben Marc Mordechai Assouline, também de 19 anos; e Tal Shavit, de 21.

Outros 11 soldados ficaram feridos na sequência do ataque — sendo que três estão em estado considerado grave.

Recorde-se que esta manhã as brigadas Ezzedine al-Qassam – o braço armado do Hamas — lançaram pelo menos 10 rockets e morteiros na direção de Israel, numa zona muito próxima da cidade de Rafah e da fronteira com o Egipto.

Aviões de combate das Forças de Defesa de Israel atingiram este domingo várias infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano, em resposta ao lançamento, por parte do grupo islâmico, de cerca de 60 rockets contra Israel, escreve o Times of Israel.

Os alvos incluíram edifícios e outras infraestruturas nas cidades de Markaba, Taybe, Kafr Kila e Odaisseh, no sul do Líbano.

Um fonte próxima do processo negocial entre Israel e Hamas (com vista a um acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns) diz que as negociações estão “perto do colapso”.

Segundo o Times of Israel, a delegação do Hamas que se encontrava no Cairo a negociar está a regressar a Doha (no Qatar) — onde se encontra a cúpula política do grupo extremista — para consultar a liderança do Hamas.

Entretanto, o oficial sénior do Hamas Osama Hamdan disse a um meio de comunicação árabe, o Al-Araby Al-Jadeed, que Israel “se concentrou exclusivamente nos reféns e não respondeu às exigências apresentadas pelo Hamas”. Hamdan disse ainda, citado pelo Haaretz, que a delegação da organização no Cairo “discutiu todas as propostas com a mente aberta”.

“Apresentámos posições claras que respondem às exigências do povo palestiniano”, disse o responsável.

Perante uma possível interrupção das negociações, o chefe da CIA, Bill Burns, está a viajar para Doha para uma reunião de emergência com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Al-Thani. A reunião tem como “objetivo exercer a máxima pressão sobre Israel e o Hamas para continuarem a negociar”, acrescenta a mesma fonte.

O Hamas lançou um ataque, com recurso a rockets, contra a comunidade israelita de Kerem Shalom, junto ao sul da Faixa de Gaza. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, escreve o Times of Israel.

Segundo o Haaretz, quatro dos feridos encontram-se em estado considerado grave. Os mísseis atingiram uma área desabitada localizada perto de instalações militares.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em inglês), o ataque foi realizado a partir de uma área próxima da passagem de Rafah (junto ao Egito), a cerca de 350 metros de um abrigo civil. Terão sido disparados cerca de 10 rockets e morteiros em direção a território israelita.

🚨🇵🇸🇮🇱7 WOUNDED IN HAMAS ROCKET ATTACK ON KEREM SHALOM

At least three people have been seriously injured after the attack near one of the main entry points for aid into Gaza.

Hamas claimed they fired the rockets at gatherings of Israeli troops in the area.

The crossing has… pic.twitter.com/D5uk0a7bUH

— Mario Nawfal (@MarioNawfal) May 5, 2024

As forças armadas de Israel dizem que o ataque é “outro exemplo claro da exploração sistemática que a organização terrorista Hamas faz de instalações humanitárias e outros espaços para necessidades terroristas, enquanto usa a população civil como um escudo humano”. O ataque já foi reivindicado pelas brigadas Ezzedine al-Qassam – braço armado do Hamas.

A resposta de Israel não se fez esperar. As FDI dizem que caças israelitas atingiram depois o lançador de onde os rockets foram disparados, bem como um prédio adjacente usado pelo Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que o governo aprovou por unanimidade o fecho da redação da televisão Al Jazeera, detida pelo Qatar, em Israel.

A decisão foi anunciada na rede X, anteriormente conhecida como Twitter, mas os detalhes sobre quando a medida entraria em vigor ou se seria permanente não foram imediatamente avançados, de acordo com a agência norte-americana de notícias AP.

O voto surge no contexto do conflito entre Israel e o canal, que piorou durante a guerra com o Hamas, e surge também numa altura em que o Qatar está a tentar ajudar a mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na guerra em Gaza.

A Al Jazeera é dos poucos meios de comunicação internacionais que continua em Gaza durante a guerra, transmitindo cenas sangrentas de ataques aéreos e hospitais sobrelotados, acusando Israel de cometer massacres, ao passo que Israel acusa a estação de televisão de colaborar com o Hamas.

A Al Jazeera, fundada pelo governo do Qatar, não comentou imediatamente a decisão, escreve a AP, notando que na versão árabe, a notícia do encerramento da redação já foi difundida, enquanto a versão inglesa continua a transmitir de Jerusalém, minutos após o anúncio de Netanyahu.

O primeiro-ministro de Israel afirma que o país não vai aceitar a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza. “Israel não vai concordar com as exigências do Hamas, que significam a rendição”, disse Netanyahu num vídeo. “E vai continuar a lutar até os objetivos serem alcançados”, cita o jornal Times of Isarel.

“Não estamos prontos para aceitar uma situação na qual os batalhões do Hamas saem dos seus bunkers, tomam o controlo de Gaza outra vez, reconstroem as suas infraestruturas militares e voltam a ameaçar os cidadãos de Israel nas comunidades por perto, nas cidades do sul, em todas as partes do país”, declarou Netanyahu.

Acrescentou ainda que “aceitar as exigências do Hamas só contribuiria para aproximar o próximo conflito e iria permitir ao Hamas fazer outro massacre no futuro”.

O governante israelita publicou este domingo o vídeo na sua conta na rede social X com a legenda: “Estamos a fazer todos os esforços para libertar todos os nossos raptados, mas não nos renderemos ao Hamas”. O vídeo surge numa altura em que Israel está sob pressão internacional para aceitar um acordo, segundo o qual os reféns israelitas são libertados e a guerra termina.

עושים כל מאמץ לשחרור כל חטופינו, אבל לא נכנע לחמאס. pic.twitter.com/AlNdr1UISU

— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) May 5, 2024

As autoridades israelitas disseram no sábado à noite que desmantelaram uma célula do grupo islamista palestiniano Hamas, na localidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, matando pelo menos quatro pessoas.

Por seu lado, as Brigadas al Qasam, o braço armado do Hamas, reconheceram a morte de três elementos numa operação israelita, que, segundo o grupo, se prolongou durante 15 horas.

Entre os mortos, encontra-se o comandante das brigadas em Tulkarem, Alaa Adib, confirmou o grupo palestiniano.

As Forças de Defesa Israelitas (IDF) afirmam ter “eliminado” Aiman Zaarab, um comandante da jihad islâmica, que dizem ser um dos responsáveis pelo ataque de 7 de outubro, nomeadamente ao kibutz e à base militar de Sufa. Zaarab foi morto durante um ataque aéreo no sul de Gaza

Segundo uma publicação na rede social X terão morrido também outros dois terroristas da jihad islâmica “que estavam no seu apartamento operacional”, escrevem as IDF.

????ELIMINATED: Aiman Zaarab

Zaarab was one of the Islamic Jihad Rafah Brigade commanders, responsible for the Islamic Jihad Nukhba force's attack on Kibbutz Sufa and the Sufa military post during the October 7 massacre.

Along with Zaarab, two additional Islamic Jihad terrorists… pic.twitter.com/Kh5l2Nk7rI

— Israel Defense Forces (@IDF) May 4, 2024