O sistema de defesa THHAD enviado pelos Estados Unidos da América (EUA) já está operacional em Israel, sabe o canal estatal israelita KAN. O objetivo é proteger os céus israelita de uma eventual retaliação do Irão após um ataque de Israel.

Pelo menos 16 pessoas morreram e outras 59 ficaram feridas nas últimas 24 horas devido a ataques israelitas no Líbano, informou hoje o Ministério da Saúde Pública libanês.

O Centro de Operações de Emergência de Saúde Pública, tutelado pelo referido ministério, revelou em comunicado que 11 dos mortos e 27 feridos ocorreram no sul do país, enquanto os ataques à cidade de Nabatieh, no sul, causaram mais cinco mortos e 23 feridos, tendo o Bekaa registado outros nove feridos.

Estes números elevam para 2.464 o total de mortos e 11.530 os feridos no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde Pública do país, desde o início do conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, em outubro de 2023.

A missão de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) indicou hoje que Israel demoliu “uma torre de observação e destruição de uma cerca” em Marwahin, no sul do Líbano, onde a ONU tem capacetes azuis.

UNIFIL statement:

Earlier today, an IDF bulldozer deliberately demolished an observation tower and perimeter fence of a UN position in Marwahin.

— UNIFIL (@UNIFIL_) October 20, 2024

A denúncia foi feita pela UNIFIL no X (antigo Twitter). A missão de paz recorda às Forças de Defesa de Israel “as suas obrigações de garantir a segurança dos membros, dos bens da ONU e de respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU em todos os momentos”.

A UNIFIL frisa que danificar missões da ONU é uma “violação flagrante do direito internacional”. “Também coloca em risco a segurança das nossas forças de manutenção da paz, em violação do direito humanitário internacional.”

A UNIFIL volta a carga contra a Israel, assinalando que as tropas daquele país “exigiram repetidamente que a UNIFIL desocupasse as suas posições ao longo da Linha Azul e danificaram deliberadamente as posições da ONU”.

“Apesar da pressão exercida sobre a missão e sobre os nossos países que contribuem com tropas, as forças de manutenção da paz permanecem em todas as posições”, garantiu a UNIFIL.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), Daniel Hagari, anunciou hoje que o país vai levar a cabo ataques, nas próximas horas, a um “grande número de alvos” no Líbano, em particular em Beirute.

Segundo o Times of Israel, que cita órgãos libaneses, esses ataques já terão começado.

Daniel Hagari indicou que serão emitidos avisos, para que as populações em certas partes de Beirute possam abandonar as zonas que serão atacadas.

O objetivo de Israel consiste em atacar o setor financeiro do Hezbollah, em particular o Al-Qard al-Hassan, um sistema que é usado para pagar aos combatentes do Hezbollah e que também permite que o grupo xiita compre armas.

O coronel israelita Ehsan Daxa morreu hoje no norte da Faixa de Gaza, anunciaram as Forças de Defesa de Israel.

Colonel Ehsan Daxa, commander of the IDF’s 401st Armored Brigade, fell in Gaza while defending the State of Israel.

May his memory be a blessing????️ pic.twitter.com/druLWVLXEe

— Israel War Room (@IsraelWarRoom) October 20, 2024

O comandante, que pertencia à 401.ª brigada, foi morto em combate. Segundo o Hareetz, Ehsan Daxa morreu após tanque onde estava ter passado por cima de uma explosivo.

Para além de Ehsan Daxa, dois militares ficaram ferimentos graves e um ficou com ferimentos leves.

O movimento libanês Hezbollah anunciou hoje ter disparado mísseis contra três bases militares no norte de Israel, após dezenas de bombardeamentos aéreos do exército israelita em território libanês, que terão feito explodir várias casas em três aldeias.

Estas “salvas de rockets” visaram três “bases” militares, incluindo um local de “defesa antiaérea”, situadas no norte de Israel, perto das cidades de Haifa e Safed, e a oeste do lago Tiberíades, segundo os comunicados de imprensa emitidos pelo movimento pró iraniano.

O movimento libanês tinha anunciado pouco antes, hoje, ter disparado mísseis contra Haifa, a principal cidade portuária do norte de Israel, e horas depois de três ataques israelitas contra os subúrbios do sul de Beirute, a capital libanesa.

O gabinete de segurança, reunido hoje por ordem de Benjamin Netanyahu, discutirá o ataque com um drone à casa de férias do primeiro-ministro israelita, sublinha fonte israelita ao Times of Israel.

Àquele jornal, o mesmo dirigente sinalizou que os planos para atacar o Irão já estão “fechados” — e que o ataque com drone não os vai alterar.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse hoje a um batalhão pertencente às Forças de Defesa israelitas (IDF, sigla em inglês) que os militantes do Hezbollah capturados estão “em pânico” e declarou que o grupo xiita está a “colapsar”.

Citado pelo Times of Israel, Yoav Gallant indicou que a “grande formação a que chamam Hezbollah está a colapsar”.

“Estamos a passar a uma situação em que estamos a derrotar o inimigo aldeia em aldeia”, afirmou Yoav Gallant, sinalizando que as IDF estão a “rebentar túneis e depósitos de munições e a desmantelar o Hezbollah”.

O exército israelita matou quatro engenheiros que iam reparar infraestruturas de distribuição de água em Khuzaa, a leste de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, apesar da coordenação prévia com as autoridades israelitas, segundo a Oxfam.

“Apesar da coordenação prévia com as autoridades israelitas, o seu veículo claramente identificado foi bombardeado”, afirmou a Oxfam, que identificou os quatro engenheiros como trabalhando para uma organização parceira, a Coastal Municipalities Water Utility (CMWU).

“As suas mortes exacerbam a catastrófica crise humanitária em Gaza, onde o acesso à água potável já está gravemente comprometido”, acrescentou aquela organização não-governamental (ONG) sediada no Reino Unido, que qualificou o ataque às infraestruturas civis e àqueles que as mantêm de “violações claras do direito internacional humanitário” e exigiu uma investigação independente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ordenou ao seu gabinete que intente uma ação judicial contra o Presidente francês, Emmanuel Macron, depois de Paris ter banido as empresas israelitas de participarem numa exposição militar e naval. A decisão piorou a tensão que já paira entre Israel e o governo francês.

A Euronaval, que organiza a exposição, anunciou em comunicado, na semana passada, que o governo francês informou que não iria permitir a presença de empresas israelitas na exposição.

הוריתי לאנשי משרד החוץ לסייע בנקיטת הליכים משפטיים ובפעילות מדינית נגד החלטת נשיא צרפת מקרון @EmmanuelMacron שלא לאפשר לחברות ישראליות להציג את מוצריהם בתערוכת הנשק הימי יורונייבל @SalonEuronaval שתיפתח בפריז בחודש הבא.

החרמת החברות הישראליות זו הפעם השנייה, או התניית תנאי סף…

— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) October 20, 2024

Pelo menos 145 mil crianças receberam no sábado a segunda dose da vacina contra a poliomielite no sul da Faixa de Gaza, confirmou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

Sábado marcou o arranque da segunda fase da campanha de imunização nesta parte do enclave para crianças com menos de 10 anos.

Além disso, “119.000 crianças com idades entre os dois e os 10 anos” receberam uma dose com um suplemento de vitamina A para aumentar a sua resistência à doença, informou a UNRWA na rede social X (antigo Twitter).

As imunizações fazem parte de uma nova ronda de vacinas para crianças durante o mês de outubro, que começou na segunda-feira, no centro de Gaza, com a vacinação de cerca de 93.000 crianças e durou cerca de quatro dias.

De 19 a 22 de outubro, a campanha de vacinação prosseguirá no sul de Gaza, deslocando-se depois para o norte, entre 23 e 25 de outubro, “se as condições o permitirem”, disse à EFE Jonathan Crickx, responsável pela comunicação da Unicef na Palestina.

O exército do Líbano revelou este domingo que três soldados morreram num ataque israelita contra o carro em que se deslocavam no sul do Líbano, avança a Reuters. Não são, para já, conhecidos mais detalhes sobre o ataque.

Benjamin Netanyahu vai reunir o gabinete de segurança este domingo, às 17h30 (hora local, 15h30 em Lisboa), segundo avança o The Times of Israel.

O jornal frisa que a reunião acontece “numa altura em que Israel continua a preparar-se para atacar o Irão em resposta ao ataque com mísseis balísticos de 1 de outubro lançado pela República Islâmica”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, conversou com o candidato republicano às presidenciais dos EUA, Donald Trump.

O gabinete do primeiro-ministro divulgou uma nota que pouca informação adianta sobre o conteúdo da conversa: “O primeiro-ministro Netanyahu reiterou o que também já disse publicamente: Israel tem em conta as questões que a administração dos EUA levanta, mas no fim, vai tomar as suas decisões com base nos seus interesses nacionais”.

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, condenou os ataques de Israel no norte da Faixa de Gaza.

“Condeno a continuidade dos ataques sobre civis. Esta guerra tem de parar, os reféns detidos pelo Hamas têm de ser libertados, a retirada de palestinianos tem de cessar e os civis têm de ser protegidos onde quer que estejam”, defende. “Nenhum sítio em Gaza é seguro.”

Horrifying scenes unfolding in Gaza, amidst conflict, relentless Israeli strikes & an ever-worsening humanitarian crisis. I condemn the continuing attacks on civilians. Hostages must be freed, displacement of Palestinians must cease, & civilians must be protected.
My Statement???? pic.twitter.com/IoBoL8mVgq

— Tor Wennesland (@TWennesland) October 20, 2024

Em causa estão ataques em Beit Lahia, no norte de Gaza, na noite passada. Pelo menos 87 pessoas morreram, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.

Um hipotético ataque israelita às instalações nucleares do Irão desencadearia um ataque de retaliação do mesmo tipo, advertiu o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, em declarações divulgadas pela imprensa turca.

“Qualquer tipo de ataque que seja efetuado é uma linha vermelha para nós. Fizemos todos os preparativos para contrariar um ataque”, disse Araqchi numa entrevista à emissora turca NTV.

Questionado sobre a possibilidade de um ataque israelita contra as instalações nucleares iranianas, o ministro respondeu: “Se houvesse um ataque desse tipo, eles sofreriam um ataque semelhante em retaliação”.

“Dispomos agora de informações sobre todos os alvos em Israel. Não nos atrasaríamos, mas também não nos apressaríamos”, acrescentou o ministro iraniano.

Subiu para 87 o número de mortos no ataque de sábado das forças israelitas no norte de Gaza, segundo o balanço feito pelo ministério da Saúde controlado pelo Hamas, citado pela Reuters.

Israel já tinha dito que estava a analisar os relatos, mas que o balanço anterior — que dava conta de 73 mortos — era exagerado.

As autoridades de Gaza dizem que mais de 40 pessoas ficaram feridas.

O exército israelita atacou na última noite dezenas de localidades no sul do Líbano, tendo pela terceira vez em quase uma semana como alvo a cidade de Nabatiyeh, informou a agência noticiosa libanesa ANI.

“Aviões de combate atingiram sete vezes a cidade de Nabatiyeh”, revelou a agência. Esta cidade, onde o Hezbollah e o seu aliado Amal exercem influência, já havia sido alvo de ataques israelitas mortais na quarta-feira, tendo matado o seu presidente da câmara e arrasado o seu mercado.

Durante a noite, os aviões israelitas “realizaram ataques” em mais de 50 cidades e aldeias, incluindo as cidades fronteiriças de Kfar Chouba, Bint Jbeil e Khiam, onde se registaram combates intensos, disse a ANI, referindo a existência de vítimas.

“As forças israelitas fizeram explodir o bairro de Tarrache em Maïss al-Jabal”, uma aldeia fronteiriça onde os confrontos opuseram o Hezbollah aos soldados israelitas, acrescentou a agência noticiosa. As tropas também “arrasaram o cemitério da aldeia vizinha de Blida”, acrescentou.