A força aérea de Israel atingiu novas instalações militares sírias na região de Alepo, na Síria, horas depois de ter confirmado ataques no Líbano.

De acordo com a estação de rádio síria Sham FM, citada pelo The Times of Israel, os ataques israelitas atingiram também um centro de pesquisa científica perto da cidade de al-Safirah, a cerca de 30 km da capital.

#BREAKING 📰

Israeli air strikes targeted defense factories south of Aleppo, Syria moments ago pic.twitter.com/3N6w91Y4uP

— توفيق گیلاني ⚖️ (@SyriaNewsMan) January 2, 2025

15 pessoas foram detidas durante uma marcha organizada por “líderes dos movimentos de colonos”, em direção a Gaza, com o objetivo de entrar no enclave, avança o Haaretz.

Segundo o jornal israelita, este “ajuntamento” foi organizado através de grupos de ativistas israelitas no WhatsApp e até autorizado pelos serviços de segurança, mas quando se movimentaram para tentar atravessar a fronteira, as autoridades intervieram.

“O objetivo da marcha é apelar à colonização da Faixa de Gaza e, entre outras coisas, quebrar a barreira psicológica do muro. Por conseguinte, os participantes na marcha podem chegar ativamente à vedação e podem atravessá-la. Em nenhuma circunstância devem avançar mais em direção a Gaza, o que significa que, se atravessaram a vedação, devem ficar perto dela do outro lado”, lê-se na mensagem citada pelo jornal.

Com a viagem dos representantes do Hamas ao Qatar no dia de hoje, Benjamin Netanyahu deu a sua autorização para enviar uma comitiva israelita até Doha, de modo a dar seguimento ao diálogo sobre um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns.

De acordo com jornal Haaretz, que avança a notícia, a delegação enviada por Israel consiste em membros da Mossad, dos Shin Bet e das IDF.

A força aérea de Israel anunciou ter “atacado e destruído” um conjunto de plataformas de lançamento de mísseis de alcance médio, localizadas em instalações militares do Hezbollah na região de Nabatiya, no sul do Líbano.

Na rede social X, as IDF dizem que, antes de terem avançado com o bombardeamento, exortaram as autoridades libanesas para que “neutralizassem a ameaça” apresentada pelo grupo xiita contra as forças israelitas. Israel afirma só ter ido em frente com o ataque após não ter tido resposta do exército do Líbano.

כחלק מאכיפת ההבנות בין ישראל ללבנון, טרם התקיפה נשלחה בקשה לצבא לבנון לנטרל את המשגרים שהיוו איום על העורף הישראל וכוחותינו.

המשגרים הותקפו רק לאחר שהבקשה לא טופלה על ידי צבא לבנון.

צה״ל ממשיך לפעול על מנת להסיר כל איום על מדינת ישראל, בהתאם להבנות הסכם הפסקת האש

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) January 2, 2025

Em Riade, os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros do novo governo da Síria fizeram hoje a primeira visita de Estado, quase um mês depois da a queda do regime de Bashar al-Assad.

O responsável pela Defesa da Arábia Saudita, Khalid bin Salman, na rede social X, revelou que abordaram diferentes tópicos na reunião, como os “desenvolvimentos na Síria” e diferentes “formas de apoiar o processo político de transição na concretização das aspirações do povo sírio à segurança, à estabilidade e à unidade”, escreve.

A agência Reuters avança que o diretor dos serviços secretos sírios também esteva presente.

Met with the New Syrian Administration's Foreign Minister, Defense Minister, and Intelligence Chief. We discussed developments in Syria and explored ways to support the transitional political process in achieving the Syrian people's aspirations for security, stability, and unity. pic.twitter.com/DPhnloQNe3

— Khalid bin Salman خالد بن سلمان (@kbsalsaud) January 2, 2025

Apesar do otimismo manifestado pelo Hamas sobre a possibilidade de se chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza, as autoridades israelitas ainda não decidiram se vão participar nesta nova ronda de negociações no Egito e no Qatar.

“Não foi tomada qualquer decisão”, afirma um oficial israelita, questionado pelo The Times of Israel. A comitiva palestiniana já esteve no Cairo esta semana e, esta quinta-feira, desloca-se para Doha para continuar o diálogo com os mediadores.

Os ministros da Defesa, da Justiça e das Finanças de Israel reuniram-se esta quinta-feira, juntamente com outros membros do governo e o chefe das IDF, para debater os “melhores métodos para a destruição da capacidade governativa do Hamas em Gaza”, escreve o The Times of Israel.

Segundo o jornal israelita, esta discussão passou por uma revisão das ações levadas a cabo ao longo do último ano de conflito para enfraquecer o poder do grupo palestiniano no enclave, e também por vários passos a seguir de modo a “danificar as suas infraestruturas e destruir a sua capacidade de continuar a conduzir as suas atividades militares e civis”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pede à Autoridade Palestiniana que “reverta” a decisão e a Foreign Press Association (FPA) expressou a sua “grande preocupação” com a suspensão dos serviços da Al Jazeera em território palestiniano.

Na rede social X, o departamento da ONU para os Direitos Humanos apela, também, ao “respeito pelo direito internacional”, juntamente com a preocupação manifestada pela “supressão da liberdade de opinião e expressão”.

We are deeply concerned by Palestinian Authority's suspension of @AlJazeera operations & reporters in the #WestBank amid troubling trend of suppressing freedom of opinion and expression in #OPT.

We urge #PA to reverse course & respect its international law obligations. pic.twitter.com/XQIQNz0vG4

— UN Human Rights (@UNHumanRights) January 2, 2025

A FPA, por sua vez, realça o valor do órgão de comunicação qatari enquanto “fonte valiosa de informação sobre as situações nos territórios palestinianos, incluindo Gaza”.

A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou esta quinta-feira a situação de vulnerabilidade que as crianças em Gaza enfrentam durante o inverno, após três bebés terem morrido de hipotermia devido à deterioração das condições de vida da população.

“Depois de quase 15 meses de guerra e da destruição de quase todas as infraestruturas, a maior parte das pessoas em Gaza vive em tendas que mal as isolam do vento, do frio e da chuva”, afirmou a coordenadora de emergências dos MSF no enclave palestiniano, Pascale Coissard, em comunicado.

As famílias na Faixa de Gaza carecem de serviços e bens essenciais e as crianças encontram-se especialmente numa posição vulnerável, segundo a organização.

Morreram 63 pessoas em ataques de Israel hoje, segundo fontes médicas à Al Jazeera.

Israel atacou uma zona humanitária, al-Mawasi, e o campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel teve alta do hospital após a cirurgia de remoção da próstata, anuncia o gabinete de Benjamin Netanyahu.

Netanyahu foi operado no domingo. Dois dias depois, saiu do hospital Hadassah Ein Kerem para participar na votação de uma lei ligada ao orçamento. Depois da votação, regressou ao hospital.

Abu Marzouk, do Hamas, diz estar otimista em relação à possibilidade de “as negociações terem sucesso desta vez”, referindo-se às discussões sobre um cessar-fogo e acordo para libertação de reféns. A informação foi dada ao jornal al-Araby al-Jadeed e é citada pelo Times of Israel.

Os comentários foram feitos na partida da delegação do Hamas para Doha. O otimismo do responsável do Hamas contrasta com o facto de Israel não enviar uma delegação para o encontro com os mediadores amanhã.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) avançam que os aviões da Força Aérea atingiram um centro de comando do Hamas num edifício em Khan Younis.

Segundo o jornal Times of Israel, o centro estaria a ser usado para “planear e executar atos de terrorismo contra as forças das IDF e o Estado de Israel”.

O Exército de Israel refere que tentou minimizar o perigo para os civis através do uso de “munições precisas, observações aéreas e outra recolha de informação”, cita o jornal israelita.

A Ucrânia está a preparar-se para restabelecer relações diplomáticas com a Síria, disse Volodymyr Zelensky, citado pela agência Reuters.

Numa publicação feita na rede social X, lê-se que a “Ucrânia vai contribuir para todos os esforços de estabilização da Síria” e que vai comunicar “com os países da Europa e os Estados Unidos “para que seja dado o maior apoio possível”.

“Mais estabilidade no Médio Oriente significa mais paz e comércio para todos”, lê-se ainda na publicação.

As decisões constam do relatório apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sybiga, e o ministro da Política Agrícola e Alimentar, Vitaliy Koval, elaborado no âmbito das negociações levadas a cabo na Síria e Líbano.

I received a report from the Minister of Foreign Affairs and the Minister of Agrarian Policy of Ukraine regarding their visit to Syria. The outcomes of the Damascus talks, along with security and economic prospects.

Ukraine will support all efforts to stabilize Syria. We will… pic.twitter.com/iPFewfGxsn

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 2, 2025

O Egito está a tentar persuadir Israel a iniciar, já na próxima semana, uma nova ronda de negociações para um acordo de cessar-fogo, avançaram fontes próximas ao canal de notícias do Qatar Al-Arabiya, citado pelo Haaretz.

De acordo com as fontes, Israel quer uma lista com os nomes dos reféns detidos em Gaza e que ainda estão vivos, mas o Hamas ainda não a forneceu.

Um ataque israelita à sede do Ministério do Interior da Gaza fez pelo menos seis mortos, avança a agência Reuters citada pelo Times of Israel.

O edifício deste Ministério controlado pelo Hamas localiza-se em Khan Yunis, na Faixa de Gaza.

No ataque à zona humanitária de al-Mawasi, na região de Kahn Yunis na Faixa de Gaza, morreu, além do chefe da polícia local, o responsável pelas Forças de Segurança Interna do Hamas.

A informação foi avançada pelas Forças Armadas de Israel (IDF) no seu canal de Telegram: “As IDF efetuaram um ataque na zona humanitária de Khan Yunis e eliminaram o chefe das Forças de Segurança Interna do Hamas no sul da Faixa de Gaza, o terrorista Hassam Shahwan.”

“As Forças de Segurança Interna do Hamas têm levado a cabo violentos interrogatórios à população de Gaza, violando os direitos humanos e reprimindo a dissidência no seio da organização.”

Segundo as IDF, o homem que morreu esta manhã “era responsável por avaliar as informações recebidas, em coordenação com elementos militares do Hamas”.

“Antes do ataque, foram tomadas várias medidas para reduzir o risco de ferir civis, incluindo a utilização de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais”, escreve Israel. Deste ataque resultaram, pelo menos, 11 mortos (dos quais, pelo menos três eram militares).

O Ministério do Interior da Gaza confirmou que um dos mortos no ataque israelita à zona humanitária de al-Mawasi, na região de Khan Younis, era o chefe da polícia local, Mahmud Salah — informação que já tinha sido avançada, escreve a Al Jazeera.

Segundo o Ministério do Interior, os dois polícias “estavam a cumprir o seu dever humanitário e nacional” e ao serviço do povo.

“Ao cometer este assassinato, a ocupação continua a espalhar o caos na Faixa de Gaza e a agravar o sofrimento humano dos cidadãos. A força policial é uma força de proteção civil que trabalha para prestar serviços aos cidadãos”, disse esta entidade.

Salah esteve 30 anos na polícia e foi nomeado chefe há seis anos. A imprensa de Israel associa o chefe da polícia ao Hamas.