Momentos-chave
- Negociações para cessar-fogo prosseguem na sexta-feira
- Hamas diz que não vai negociar novas condições para cessar-fogo
- Exército israelita diz ter "eliminado mais de 17 mil terroristas" em Gaza
- EUA emitem novas sanções para atingir comércio entre houthis e hezbollah
- Abbas promete viajar para a Faixa de Gaza e Jerusalém
- MNE britânico vai encontrar-se com Netanyahu. Chegará a Israel acompanhado pelo homólogo francês
- Numero de mortos em Gaza sobe para 40.005, diz Ministério da Saúde
- Israel diz ter destruído mais de 50 túneis ao longo da fronteira entre Egito e Gaza
- EUA desvalorizam ausência do Hamas nas negociações em Doha: "No passado funcionou de forma muito semelhante"
- Mais de 25 mísseis lançados pelo Hezbollah contra Israel não causaram vítimas
- Arrancam as negociações em Doha com o intuito de atingir um cessar-fogo em Gaza
- Hamas diz que soldado agiu por "vingança" e "contra indicações do grupo" ao matar refém israelita
- Delegação de Israel para negociações em Doha conta com líderes de serviços secretos
- Israel dá ordens para nova retirada de população em Khan Younis
- Negociações para troca de reféns retomam em Doha, sem a presença do Hamas
- Dezenas de mortos e mais de 30 estruturas do Hamas atingidas em Gaza
Histórico de atualizações
-
Este liveblog fica por aqui. Poderá continuar a acompanhar toda a atualidade sobre o conflito israelo-palestinano neste novo artigo em direto. Obrigada por nos ter acompanhado.
-
Negociações para cessar-fogo prosseguem na sexta-feira
Esta quinta-feira teve lugar uma nova ronda de negociações para assegurar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que não contou com a presença de uma delegação do Hamas. Foi um dia “construtivo”, descreveu à Reuters uma fonte norte-americana com conhecimento das discussões, que falou em anonimato.
“É um trabalho vital. Os obstáculos que restam podem ser ultrapassados. Temos de fechar este processo”, já tinha afirmado esta quinta-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
O otimismo norte-americano contrasta com as notícias veiculadas pela imprensa do Egito, país que também está a mediar as negociações. Citando uma fonte egípcia de alto nível, a televisão nacional Al Qahera indicou que as divergências entre as duas partes são “significativas”.
As negociações vão continuar na sexta-feira, segundo confirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar. Em declarações à Qatar News Agency, Majed al-Ansari disse que os esforços do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos para mediar o conflito continuam e que os mediadores estão comprometidos em assegurar um cessar-fogo em Gaza que permita a libertação dos reféns e a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.
-
Hamas diz que não vai negociar novas condições para cessar-fogo
O Hamas esteve ausente da mais recente ronda de conversações para um cessar-fogo, que decorreu esta quinta-feira, e fez saber que não vai negociar novas condições.
Osama Hamdan, um membro de topo do grupo palestiniano, disse à agência alemã Dpa que “não são necessárias mais negociações, mas uma decisão da América para pressionar Israel a aceitar” a proposta apresentada pelo Presidente Joe Biden em maio.
Também Hassam Badran, um dos membros do politburo do Hamas, reiterou que quaisquer negociações devem ter por base um plano claro para implementar os pontos do acordo que já tinha sido apresentado.
Num comunicado citado pela Reuters, o responsável sublinhou que esse acordo tem de passar por um cessar-fogo total, a retirada completa das tropas israelitas de Gaza, a devolução dos reféns, o regresso dos palestinianos deslocados e um acordo para troca de prisioneiros.
-
Exército israelita diz ter "eliminado mais de 17 mil terroristas" em Gaza
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) garantiram ter “eliminado mais de 17 mil terroristas” na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com o Hamas.
“As nossas forças continuam a lutar em Gaza (…). Eliminámos mais de 17 mil terroristas até agora”, disse o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.
Hagari sublinhou que as operações israelitas estão a debilitar o Hamas e a sua capacidade de reagrupar e recuperar. “Estamos determinados a continuar isto”, afirmou, citado pelo Guardian.
-
Rebeldes Huthis avisam que ataque do Irão a Israel é irreversível
O líder dos iemenitas Huthis, Abdelmalek al-Huti, alertou hoje que um ataque militar a Israel da sua formação rebelde, do Irão e do seu aliado libanês Hezbollah “é irreversível”.
O aviso do líder dos Huthis, apoiados financeira e militarmente por Teerão, surge num momento em que foram hoje reatadas negociações indiretas entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas para uma trégua na Faixa de Gaza e a contenção da escalada de violência no Médio Oriente.
“A resposta é verdadeira, é decisiva e não pode ser invertida”, declarou al-Huthi num discurso televisivo.
Para o líder rebelde iemenita, uma resposta a Israel pelo assassínio do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão em 31 de julho, é uma “obrigação religiosa, humanitária e moral”.
-
EUA emitem novas sanções para atingir comércio entre houthis e hezbollah
O departamento do tesouro norte-americano anunciou hoje novas sanções com o objetivo de atingir as relações comerciais entre os houthis e hezbollah.
Em comunicado, o departamento explicou que as sanções tinham como alvo empresas, indivíduos e embarcações que terão estado envolvidas no envio de produtos iranianos, incluindo petróleo e gás liquefeito, para o Iêmen e os Emirados Árabes Unidos em nome de uma rede ligada aos houthis.
-
Abbas promete viajar para a Faixa de Gaza e Jerusalém
O Presidente da Autoridade Palestiniana esteve ontem na Turquia para um encontro com o líder turco. Durante a visita discurso no parlamento e garantiu que vai viajar para a Faixa de Gaza e Jerusalém.
“Tomei a decisão de ir com membros da Autoridade Palestiniana à Faia de Gaza. Vou fazer todos os esforços para que todos nós possamos estar com nosso povo e parar esta agressão bárbara, mesmo que isso custe as nossas vidas”, afirmou Mahmoud Abbas, citado pela agência Reuters.
Num discurso de mais de 40 minutos, o Presidente da Autoridade Palestiniana acusou os Estados Unidos de prolongar a “catástrofe” em Gaza ao apoiar Israel e vetar resoluções no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Também deixou um apelo para que Israel seja punido pelos crimes e violações da lei internacional.
-
MNE britânico vai encontrar-se com Netanyahu. Chegará a Israel acompanhado pelo homólogo francês
David Lammy, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, vai viajar para Israel nas próximas horas para se encontrar com o homólogo e também com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A notícia é avançada pela Sky News, que cita uma fonte diplomática.
A mesma fonte descreveu a viagem de David Lammy como “uma tentativa de impedir uma guerra total no Médio Oriente”. Segundo a Sky News, Lammy deverá chegar acompanhado pelo homólogo francês, Stéphane Séjourné.
Na sequência dos relatos dos média sobre a viagem o ministro afirmou que o Reino Unido “vai usar todas as estratégias diplomáticas para conseguir um cessar-fogo” na Faixa de Gaza.
“As próximas horas e dias podem definir o futuro do Médio Oriente. É por isso que hoje e todos os dias apelamos aos nossos parceiros em toda a região que escolham a paz”, afirmou, citado pelo canal britânico, sem confirmar a visita.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita confirmou entretanto o encontro de Lammy com o homólogo. “Espera-se que o ministro dos Negócios Exteriores, Israel Katz, levante na reunião a necessidade de promover sanções económicas contra o Irão devido às armas nucleares, mísseis e drones e declarar o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) como uma organização terrorista”, disse em um comunicado.
-
Numero de mortos em Gaza sobe para 40.005, diz Ministério da Saúde
No mais recente balanço sobre o número de vítimas do conflito, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou 40.005 mortos e 92.401 feridos. O ministério é citado pela Al Jazeera.
Em declarações à emissora a partir de Gaza, vários palestinianos afirmaram que o mundo é “cúmplice” de Israel. “Se isto acontecesse em qualquer país europeu, como é que os outros países iam reagir? Como é que os média iam reagir? Haveria uma reação, uma condenação, uma resposta mais forte”, afirmou um palestiniano.
Os números divulgados esta quinta-feira “são um marco sombrio para todo o mundo”, sublinhou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos num comunicado. “Esta situação inimaginável deve-se em grande parte às falhas recorrentes das Forças de Defesa de Israel no cumprimento das regras da guerra”, criticou Volker Turk.
“Em média, cerca de 130 pessoas foram mortas todos os dias em Gaza nos últimos dez meses. A dimensão da destruição de casas, hospitais, escolas e locais de culto pelo Exército israelita é profundamente chocante”, acrescentou Turk.
Numa conferência de imprensa esta quinta-feira, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou que o número de baixas civis é “devastador”. “Como o próprio Presidente Biden disse este mês, o povo palestiniano suportou um verdadeiro inferno”, disse Vedant Patel, acrescentando que os Estados Unidos “vão continuar a apelar a Israel que conduz as operações militares de uma forma que limite as baixas civis”.
-
Israel diz ter destruído mais de 50 túneis ao longo da fronteira entre Egito e Gaza
Num espaço de uma semana foram identificados e demolidos mais de 50 túneis ao longo da fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, disseram hoje as Forças de Defesa de Israel (IDF). Num comunicado citado pela Al Jazeera, o exército refere que as ligações subterrâneas estavam a ser usadas para transportar armas para Gaza.
Israel tem insistido que deve assumir o controlo da zona tampão entre Egito e Gaza depois do fim da guerra.
-
EUA desvalorizam ausência do Hamas nas negociações em Doha: "No passado funcionou de forma muito semelhante"
Os EUA desvalorizam as notícias que dão conta de que o Hamas não tem representantes nas negociações em Doha, argumentando que as conversas com mediadores internacionais já aconteceram desta forma noutras alturas.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, minimizou a importância da situação, até porque o grupo admitiu estar em contacto com os mediadores, pedindo que haja insistência com Israel para que aceite a proposta que está em cima da mesa.
“No passado o processo funcionou de forma muito semelhante ao que está a acontecer hoje em Doha, onde os mediadores se sentam e discutem, resolvem as coisas, e depois entram em contacto com o Hamas”, explicou John Kirby, reiterando que o processo está “muito alinhado” com o que aconteceu noutras negociações.
-
Mais de 25 mísseis lançados pelo Hezbollah contra Israel não causaram vítimas
Mais de 25 mísseis foram lançados pelo Hezbollah para a região norte de Israel nas últimas horas, sendo que as Forças de Defesa de Israel revelam que não houve vítimas a registar.
O The Times of Israel refere que esta tarde um drone entrou no espaço israelita nos Montes Goulã e acabou abatido pelas tropas de Israel. Por outro lado, houve pelo menos cinco mísseis lançados através do Líbano que atingiram zonas abertas no Kibutz Shamir e 20 que acabaram abatidos.
-
Papa pede cessar-fogo em Gaza e que seja seguido “o caminho da negociação”
O Papa Francisco diz estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
“Continuo a seguir com preocupação a gravíssima situação humanitária em Gaza e peço mais uma vez um cessar-fogo em todas as frentes, a libertação dos reféns e a ajuda à população”, disse o pontífice no final da oração do Angelus na Praça de São Pedro, citado pela agência Efe.
“Encorajo todos a fazerem tudo o que for possível para evitar que o conflito se alastre e a seguirem o caminho da negociação, para que esta tragédia termine em breve”, acrescentou Francisco, que já fez muitos apelos a um cessar-fogo em Gaza em ocasiões anteriores.
O pontífice quis também dar conta novamente “das preocupações e das dores das populações de muitas partes do mundo que sofrem por causa das tensões sociais e das guerras”, e voltou a dirigir o seu pensamento “aos mártires da Ucrânia, do Médio Oriente, da Palestina, de Israel, do Sudão e de Myanmar”.
-
Arrancam as negociações em Doha com o intuito de atingir um cessar-fogo em Gaza
Já começaram as negociações para um cessar-fogo em Gaza. A reunião que junta vários mediadores internacionais — de Israel, EUA, Egito e Qatar — começou esta quinta-feira em Doha com o intuito de garantir a libertação de dezenas de reféns, segundo avança a agência Reuters.
O Hamas não estará presente para negociar diretamente o acordo, mas terá concordado com a proposta apresentada pelos EUA.
-
Hamas diz que soldado agiu por "vingança" e "contra indicações do grupo" ao matar refém israelita
O Hamas justificou a atitude de um soldado do grupo que matou um refém israelita “por vingança” após receber a notícia de que os dois filhos tinham morrido num ataque de Israel, revelou o porta-voz Abu Ubaida no Telegram.
Na mesma nota é assegurado que o homem agiu “contrariando as instruções” do grupo e por “vingança” quando percebeu que tinha perdido os dois filhos.
De acordo com o Times of Israel, as Forças de Defesa de Israel não conseguiram informações para confirmar ou negar as declarações do Hamas.
-
Delegação de Israel para negociações em Doha conta com líderes de serviços secretos
A Reuters dá conta de que o responsável pelos serviços secretos de Israel vai juntar-se aos homónimos norte-americano e egípcio e ao primeiro-ministro do Qatar para uma nova ronda de negociações com vista ao cessar-fogo em Gaza, noticia a Reuters.
Desta forma, a delegação israelita conta com David Barnea, chefe dos serviços secretos do país, Ronen Bar, líder da Shin Bet, agência de segurança nacional israelita, e o oficial do exército responsável pelos reféns, Nitzan Alon.
Bill Burns, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, e Brett McGurk, diplomata norte-americano enviado para o Médio Oriente, vão representar os EUA nestas negociações que foram convocadas pelo primeiro-ministro do Qatar, sendo que também o chefe dos serviços secretos do Egipto foi convidado para a conversa.
Recorde-se que o Hamas não vai marcar presença nestas negociações mas um dos responsáveis, Sami Abu Zuhri, disse à Reuters que o grupo está comprometido com o processo, desde que haja um compromisso de Israel com a proposta com a qual o Hamas concordou em julho, que, segundo disse, colocaria fim à guerra e obrigava à retirada de tropas israelitas de Gaza.
-
Israel dá ordens para nova retirada de população em Khan Younis
As Forças de Defesa de Israel deram ordem para evacuar Khan Younis, em Gaza, e para que as pessoas sejam retiradas de mais locais. Avichay Adraee, porta-voz, escreveu numa publicação na rede social X os vários prédios que devem ser evacuados em diversos bairros.
O exército israelita justifica mais ações naquele local como retaliação dos “disparos contínuos de mísseis por parte do Hamas”, prometendo agir com “força” e “imediatamente”.
-
Benjamin Netanyahu nega ter falado ao telefone com Trump sobre cessar-fogo
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nega ter falado ao telemóvel com Donald Trump, candidato à Presidência dos EUA, sobre as negociações para um cessar-fogo em Gaza, uma notícia avançada horas antes pelo Axios.
“Ao contrário de relatos na comunicação social, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não falou ontem com o ex-presidente Donald Trump”, garantiu o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Uma das fontes citadas pelo Axios revelava que o objetivo de Donald Trump era “encorajar Netanyahu a aceitar o acordo”, mas não deu como certo que o candidato a Presidente dos EUA tivesse passado a mensagem ao primeiro-ministro israelita.
-
Negociações para troca de reféns retomam em Doha, sem a presença do Hamas
O retomar das negociações para a troca de reféns entre Israel e o Hamas acontece esta quinta-feira, em Doha, tendo sido convocada pelos Estados Unidos, Qatar e Egito, que têm sido mediadores no conflito na Faixa de Gaza. De acordo com o The Times of Israel, o Hamas não estará presente na reunião.
-
Dezenas de mortos e mais de 30 estruturas do Hamas atingidas em Gaza
Dezenas de homens armados morreram e mais de 30 estruturas pertencentes ao Hamas foram destruídas durante operações das Forças de Defesa de Israel em Gaza nas últimas 24 horas, segundo informou o exército numa nota citada pelo The Times of Israel.
Os militares revelam que entre os locais atacados estão prédios que foram armadilhados, túneis e estruturas para depósito de armas que foram atingidos por ataques aéreos em Gaza.
As Forças de Defesa de Israel garantem que em Rafah, no sul de Gaza, foram mortos mais de 20 soldados do Hamas com ataques aéreos. Além disso, as IDF dizem que mataram um responsável do Movimento da Jihad Islâmica na Palestina durante um ataque em Khan Younis.