Momentos-chave
- Portuguesa que saiu do Líbano diz que "há um ano que não há segurança" no país. "Ouvia bombardeamentos todos os dias"
- Portugal atento e com "capacidade de resposta" para todos os portugueses que queiram sair do Líbano
- Portugueses retirados do Líbano já chegaram a Lisboa
- Netanyahu diz que Nasrallah era um "assassino de massas". "Ele era o terrorista"
- Líder supremo do Irão transportado para uma localização segura no país
- Ataque israelita atingiu área industrial a 500 metros dos edifícios do aeroporto de Beirute
- Guterres "gravemente preocupado com a escalada dramática de eventos em Beirute"
- Biden reage à morte de Nasrallah e diz que os EUA "apoiam totalmente o direito de Israel se defender"
- Líder iraniano declara cinco dias de luto nacional pela morte de líder do Hezbollah
- Milhares de iranianos em protesto pedem vingança pela morte de Nasrallah
- Exército de Israel intercepta míssil lançado a partir do Iémen
- Voo com 44 portugueses do Líbano chega hoje a Lisboa
- "Genocídio, ocupação e invasão", diz Erdoğan
- Israel monitorizava há meses líder do Hezbollah
- Israel: Líder do Hezbollah "foi o assassino de milhares de israelitas"
- Hamas reage a morte de líder do Hezbollah: ataques "só aumentaram determinação da resistência"
- Líbano diz que morreram 11 pessoas e mais de 100 ficaram feridas nos ataques israelitas de ontem
- Conselho de ministro do Líbano marca reunião de urgência
- Irão: "É obrigatório que todos os muçulmanos apoiem com orgulho"
- Hezbollah confirma morte do líder, Hassan Nasrallah
- União Europeia recomenda suspensão de voos no espaço aéreo de Israel e do Líbano
- Exército israelita está a mobilizar soldados que estavam na reserva
- Líder do Irão levado para abrigo secreto
- Irão condena ataque "ao povo indefeso do Líbano"
- Israel aumenta nível de alerta depois de atacar Líbano
- Israel diz não saber quantos civis morreram no ataque à sede do Hezbollah
- Aeroporto do Líbano recusa entrada de avião israelita
- Fonte próxima do Hezbollah diz que perdeu contacto com líder ontem à noite
- Presidente do Irão acusa Israel de “crime de guerra” em Beirute
- Continuam bombardeamentos israelitas no sul de Beirute
- Ataques israelitas em Beirute levam famílias inteiras a passar noite na rua
- Líder histórico do Hezbollah morreu em ataque israelita
Histórico de atualizações
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Líder histórico do Hezbollah morreu em ataque israelita
Hassan Nasrallah, líder histórico do Hezbollah, morreu na sequência de um ataque das forças israelitas à sede do Hezbollah, no Líbano. A primeira notícia surgiu do lado de Israel e o Hezbollah confirmou entretanto a morte do seu líder.
Em comunicado citado pelo jornal The Guardian, as Forças de Defesa Israelitas (IDF) avançaram que terão morrido vários líderes neste ataque, que foi “muito preciso”. E o ataque durou cerca de cinco horas.
“O ataque foi realizado enquanto os principais membros do Hezbollah estavam na respetiva sede e estavam envolvidos na coordenação de atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel”, referiu o exército israelita.
“Hassan Nasrallah, o líder da organização terrorista Hezbollah e um de seus fundadores, foi eliminado pela IDF, juntamente com Ali Karki, comandante da Frente Sul do Hezbollah, e outros comandantes do Hezbollah”, acrescentou.
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Este liveblog fica por aqui, mas pode continuar a acompanhar as últimas notícias sobre o conflito israelo-palestiniano neste novo liveblog:
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Portugueses e familiares vindos do Líbano chegaram a Lisboa. Governo atento à situação “muito delicada” no Médio Oriente
Chegaram a Portugal 44 cidadãos repatriados do Líbano. Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros diz que Governo está atento e que há “capacidade” para resposta caso haja mais pedidos.
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"É tempo de um cessar-fogo", diz Biden
O Presidente dos EUA foi questionado sobre se a invasão terrestre do Líbano é inevitável. À saída de uma igreja em Delaware, nos EUA, Biden respondeu apenas que “é tempo de um cessar-fogo”.
A informação está a ser citada por vários meios de comunicação, como a BBC ou o jornal israelita Haaretz.
Os EUA e os países aliados pediram esta semana um cessar-fogo de 21 dias entre Israel e o Hezbollah.
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Rocket disparado do Líbano cai na Jordânia. Não há registo de feridos ou danos
O exército da Jordânia diz que um rocket que terá sido disparado do sul do Líbano caiu esta noite numa zona inabitada de deserto perto de Muwaqqar, uma cidade a sudeste de Amã.
O comunicado, que é citado pela Reuters, refere que não há pessoas feridas ou danos.
Muwaqqar fica a cerca de 160 quilómetros da fronteira com o Líbano.
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Portuguesa que saiu do Líbano diz que "há um ano que não há segurança" no país. "Ouvia bombardeamentos todos os dias"
Euridice Lakkis, uma das portuguesas que chegou ao país no voo de repatriamento, descreve os últimos dias no Líbano como muito difíceis. “Saímos a correr com os miúdos, com pressa, sem nada, com gritos”, relatou à imprensa em Figo Maduro. “Foi um filme terrível, que nunca pensei passar na minha vida.”
A portuguesa de 40 anos chegou a Lisboa acompanhada do marido, um cidadão libanês, e dos dois filhos. Passou algumas temporadas no Líbano e diz que o país “sempre foi seguro”. “Mas desta vez não, há um ano que não há segurança.”
Chegou ao país a 29 de setembro de 2023 e “o problema começou a 8 de outubro”, referindo-se à resposta de Israel aos ataques de 7 de Outubro. “Nunca senti insegurança no Líbano, porque nunca vi aviões, nem drones, nem mísseis. Desta vez vi tudo o que há numa guerra. Ouvia bombardeamentos todos os dias.”
Vivia no sul do Líbano, mas desde o início da semana procurou refúgio no norte do país. “Na segunda-feira, acordei com vários bombardeamentos de Israel”, mais intensos do que o habitual. “Na segunda-feira senti a morte. Vi a morte a passar e foi horrível”, relatando ataques que atingiram civis.
Após passar alguns dias com a família no norte do país, numa escola, entrou em contacto com a embaixada portuguesa no país. “Recebi na quinta uma chamada a perguntar se estava disponível para sair do país”, admitindo que “não foi fácil” deixar uma vida para trás.
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Portugal atento e com "capacidade de resposta" para todos os portugueses que queiram sair do Líbano
O Governo português acompanha “com preocupação tudo o que se passa no Médio Oriente”, numa altura em que a situação é “muito delicada” no Líbano, diz Nuno Sampaio, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. As declarações são feitas após a chegada dos 44 portugueses repatriados do Líbano.
“Há sempre possibilidade” de novas ações de repatriamento, admite à imprensa Nuno Sampaio, que garante que o Governo tem identificado quem está no país. “Não é uma dimensão muito maior”, explica, sem avançar números sobre quantos portugueses estão no Líbano. “Temos capacidade para essa resposta”, assegura.
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Sirenes ouvidas no norte de Israel. Há suspeitas de que um drone tenha entrado em território israelita
O jornal Haaretz avança que estão a ser ouvidas sirenes no norte de Israel.
De acordo com esta publicação, há suspeitas de que as sirenes estejam ligadas a uma possível intrusão de um drone em território israelita.
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Cerca de um milhão de pessoas deslocadas devido a ataques israelitas no Líbano
Os ataques israelitas dirigidos contra o Líbano já criaram um milhão de deslocados desta ontem, avançou à Reuters Nasser Yassin, o ministro libanês que coordena a resposta de crise do país.
O Líbano tem cerca de 5,5 milhões de habitantes.
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Míssil disparado do Líbano causa incêndio na Cisjordânia. Não há registo de ferido
Um míssil lançado a partir do Líbano atingiu a Cisjordânia esta noite, numa área próxima de Jerusalém, escreve o jornal Times of Israel.
O jornal cita informação das IDF e escreve que, segundo as autoridades locais, o míssil caiu numa área descampada, causando um incêndio e várias falhas de energia nas povoações próximas.
Não há feridos na sequência da queda deste míssil.
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Portugueses retirados do Líbano já chegaram a Lisboa
Os 44 portugueses retirados do Líbano já aterraram no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa. Deste número, há oito crianças.
O transporte foi assegurado por um avião da Força Aérea Portuguesa.
Os portugueses vão ser recebidos pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.
Inicialmente, foi avançado que 24 portugueses pediram auxílio para o repatriamento, mas houve mais 20 pessoas que pediram ajuda para sair do Líbano.
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Sergey Lavrov diz que ataques de 7 de Outubro estão a ser usados "como castigo coletivo aos palestinianos"
Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiro da Rússia, disse nas Nações Unidas que “não pode haver justificação para os atos de terrorismo que Israel teve no 7 de Outubro do ano passado”.
Porém, critica o uso do acontecimento para justificar a dimensão da ação contra o povo palestiniano. “Mas toda a gente que ainda tem um sentido de compaixão fica ultrajada que a tragédia do 7 de Outubro esteja a ser usada como castigo coletivo dos palestinianos, na forma de uma catástrofe humana sem precedentes que está a matar civis com armas americanas. Isso tem de acabar”, declarou na intervenção feita em Nova Iorque.
“É importante garantir o cumprimento do direito dos palestinianos à autodeterminação e permiti-lo, não em palavras mas em ações no terreno”, sublinhou.
Já em relação ao ataque feito no Líbano com pagers, que matou 12 pessoas e fez quase três mil feridos quando os dispositivos de comunicação usados pelo Hezbollah explodiram, Lavrov critica “o ataque desumano no Líbano que transformou tecnologia civil numa arma letal”.
Como milhares de pagers explodiram em simultâneo nas mãos de militantes do Hezbollah?
Criticou ainda o alegado envolvimento dos EUA ou “pelo menos o conhecimento de Washington em relação à preparação desse ataque”.
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Netanyahu diz que Nasrallah era um "assassino de massas". "Ele era o terrorista"
O primeiro-ministro de Israel afirma que ordenou o ataque que atingiu o líder do Hezbollah porque considerou que era essencial para permitir o regresso seguro dos residentes ao norte de Israel.
Nas primeiras declarações após a confirmação da morte de Hassan Nasrallah, Netanyahu diz que Israel “ajustou as contas” com um “assassino de massas” responsável pela morte de israelitas, americanos e franceses.
Netanyahu diz que o líder do Hezbollah “não era apenas mais um terrorista, ele era o terrorista”. “Era um motor central no eixo do mal do Irão”, cita o jornal Times of Israel.
O governante israelita considera ainda que “eliminar Nasrallah era uma condição essencial para atingir o objetivo” que foi definido: “Fazer regressar de forma segura os residentes ao norte de Israel e mudar o equilíbrio de poder na região”.
Netanyahu considera que, enquanto Nasrallah estivesse vivo, “iria rapidamente reabilitar as capacidades do Hezbollah”.
“Por isso dei a ordem e Nasrallah já não está entre nós”, declara o primeiro-ministro de Israel.
Netanyahu acredita que a morte de Nasrallah servirá de pressão ao líder do Hamas para a libertação dos reféns israelitas em Gaza. “Quanto mais Sinwar perceber que o Hezbollah já não vai vir em seu auxílio, maior é a probabilidade de os nossos reféns voltarem.”
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Líder supremo do Irão transportado para uma localização segura no país
Ali Khamenei, o líder supremo do Irão, foi transportado para uma localização segura dentro do Irão, numa altura em que as ameaças à segurança aumentam. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita fontes com conhecimento do tema.
A decisão de salvaguardar o líder do Irão sugere que estará a aumentar o nervosismo entre as autoridades iranianas depois do ataque de Israel que matou o líder do Hezbollah.
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Ataque israelita atingiu área industrial a 500 metros dos edifícios do aeroporto de Beirute
Uma fonte ligada à área da segurança avançou à Reuters que um ataque israelita atingiu uma área industrial localizada a 500 metros dos edifícios do aeroporto de Beirute.
Segundo esta fonte, é o ataque mais próximo até agora a acontecer perto do aeroporto.
A fonte revela que a área atingida era uma área repleta de oficinas de reparação automóvel.
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Médicos Sem Fronteiras falam em "situação caótica" em Beirute e "hospitais sobrecarregados com feridos"
A organização Médicos Sem Fronteiras descreve uma “situação caótica” em Beirute devido à série de explosões da noite passada.
“Milhares de pessoas, incluindo os nossos colegas, tiveram de fugir das suas casas no escuro, sem nada, fugir a pé. Há mais de 500 escolas cheias. Pessoas a dormir nos carros. Os hospitais estão sobrecarregados com feridos”, é dito numa publicação na rede social X.
A organização revela que está a trabalhar para entregar água, kits de higiene e cobertores na região. Também estão a prestar apoio psicológico enquanto avaliam as necessidades da população.
Os Médicos Sem Fronteiras reiteram que, “enquanto a campanha de bombardeamento de Israel contra a Líbano continua”, os “civis e os profissionais de saúde devem ser protegidos”.
#Lebanon: There was a huge series of blasts and bombardments last night in densely populated areas in South #Beirut. The situation is chaotic.
Thousands of people, including our colleagues, had to flee their homes in the dark with nothing, some fled on foot. Over 500 schools… pic.twitter.com/by6ErD3Q53
— MSF International (@MSF) September 28, 2024
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Guterres "gravemente preocupado com a escalada dramática de eventos em Beirute"
O secretário-geral das Nações Unidas está “gravemente preocupado com a escalada dramática de eventos em Beirute nas últimas 24 horas”, revela Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres.
Numa nota divulgada este sábado, é sublinhado que “o ciclo de violência deve parar agora e que todos os lados se devem afastar da beira do abismo”. “As pessoas do Líbano, as pessoas de Israel e de toda a região não aguentam uma guerra aberta.”
Guterres lembra às partes envolvidas que devem adotar totalmente a resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e parar imediatamente com as hostilidades.
Além disso, o secretário-geral reitera o pedido “para um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação de todos os reféns que ainda lá estão”.
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Biden reage à morte de Nasrallah e diz que os EUA "apoiam totalmente o direito de Israel se defender"
Joe Biden, o Presidente dos EUA, emitiu um comunicado sobre a morte do líder do Hezbollah. Na nota, considera que “Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que liderou, o Hezbollah, foram responsáveis pela morte de centenas de americanos ao longo de quatro décadas de reinado de terror”.
Nesse sentido, Biden diz que a morte de Nasrallah, na sequência de um ataque israelita, “foi uma questão de justiça para as suas várias vítimas, incluindo milhares de americanos, israelitas e civis libaneses”.
“Os EUA apoiam totalmente o direito de Israel se defender do Hezbollah, Hamas e houthis e outros grupos terroristas apoiados pelo Irão”, continua.
O Presidente dos EUA menciona que o país “tem estado a negociar um acordo” no Líbano que permitiria “o regresso seguro das pessoas às suas casas em Israel e no sul do Líbano” e que, sobre Gaza, o país “apoia a proposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”.
“É tempo de esses acordos serem atingidos, que as ameaças a Israel terminem e que a região mais ampla do Médio Oriente ganhe mais estabilidade.”
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EUA ordenam regresso de alguns funcionários da embaixada dos EUA no Líbano e respetivos familiares
O Departamento de Estado dos EUA ordenou o regresso de alguns funcionários contratados diretamente pela embaixada dos EUA no Líbano e os respetivos familiares. Esta informação está a ser avançada pela Reuters.
O Departamento de Estado norte-americano aconselhou na sexta-feira os civis a saírem do Líbano enquanto ainda estão disponíveis voos comerciais. “A embaixada dos EUA aconselha vivamente os cidadãos dos EUA no sul do Líbano, perto da fronteira com a Síria e/ou em zonas de refugiados a sair imediatamente dessas áreas”, foi divulgado em comunicado.
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EUA manifestam a Israel apoio ao direito de se defender
O secretário de Defesa norte-americano manifestou ao ministro da Defesa israelita o apoio dos EUA ao “direito de Israel de se defender” e sublinhou o empenho em proteger as forças e instalações norte-americanas na região.
Em comunicado hoje divulgado, o secretário de imprensa do Pentágono, o major-general Pat Ryder, afirmou que no decorrer de duas conversas telefónicas que manteve na sexta-feira com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sobre os acontecimentos no Líbano, Lloyd Austin sublinhou que “os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irão e os parceiros e agentes apoiados pelo Irão explorem a situação ou expandam o conflito”.
E “deixou claro que os Estados Unidos continuam posicionados para proteger as forças e instalações dos Estados Unidos na região e empenhados na defesa de Israel”, lê-se, em comunicado hoje divulgado.