Atualizações em direto
  • Situação em Gaza é apocalíptica

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou hoje a situação em Gaza como “terrível e apocalíptica”, durante uma conferência no Cairo para acelerar a ajuda humanitária ao território palestiniano mergulhado em guerra há 13 meses.

    “A catástrofe em Gaza é nada menos do que um colapso total da nossa humanidade comum. O pesadelo tem de acabar. Não podemos continuar a olhar para o outro lado. É tempo de agir”, afirmou, num discurso lido pela secretária-geral adjunta, Amina Mohammed.

    A Faixa de Gaza, onde a guerra entre Israel e o Hamas dura há mais de um ano, tem agora “o maior número de crianças amputadas ‘per capita’ do mundo”, sublinhou.

    “Muitos perdem membros e são submetidos a operações cirúrgicas sem sequer anestesia. O que estamos a testemunhar pode muito bem ser um dos crimes internacionais mais graves” do momento, disse António Guterres no discurso lido.

  • 44.466 palestinianos foram mortos e mais de 100 mil ficaram feridos desde o início da ofensiva israelita

    O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, publicou esta segunda-feira dados atualizados sobre o número de vítimas provocadas pelo conflito israelo-palestiniano.

    Segundo estes pelo menos 44.466 palestinianos foram mortos e 105.358 ficaram feridos desde o início da ofensiva militar israelita em Gaza, a seguir ao 7 de outubro de 2023. A informação é citada pelo The Guardian.

  • Uma pessoa morreu em ataque com drone israelita no sul do Líbano, diz ministério da Saúde libanês

    O ministério da Saúde do Líbano, citado pela Aljazeera e pelo Times of Israel, afirma que uma pessoa foi morta esta segunda-feira num ataque de um drone israelita à cidade de Marjayoun, no sul do Líbano.

    Até ao momento, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) não se pronunciaram sobre o ataque que parece constituir uma nova quebra do cessar-fogo instituído entre Israel e o Hezbollah na semana passada.

  • Drone israelita que atingiu centro militar no Líbano provocou ferimentos a soldado, garante exército libanês

    “Um drone israelita atingiu um bulldozer do exército enquanto este efetuava trabalhos de fortificação no interior do centro militar de Al-Abara, na zona de Hawsh Al-Sayyed Ali – Hermel, o que provocou ferimentos moderados num soldado”, escreveu o exército libanês no X.

    Israel e o Hezbollah fecharam um acordo de cessar-fogo na quarta-feira passada, no âmbito de um acordo proposto pelos EUA para uma trégua de 60 dias. França, um dos países com a tarefa de monitorizar as tréguas, diz que Israel já terá violado o cessar-fogo 52 vezes desde a semana passada.

  • Lufthansa e Swiss Air prolongam suspensão de voos para Telavive até ao final de janeiro

    A companhia aérea alemã Lufthansa e todas as suas filiais vão prolongar a suspensão dos voos para Telavive até 31 de janeiro, informa a empresa numa nota citada pelo Times of Israel.

    A Swiss Air decidiu igualmente continuar a cancelar os voos com destino e partida para Telavive.

  • Primeira-dama israelita e Trump reuniram-se em West Palm Beach e discutiram a "importância estratégica da vitória de Israel"

    Sara Netanyahu esteve reunida com Donald Trump este domingo à noite, em West Palm Beach, Flórida. Uma fotografia do encontro foi partilhada pela chefe do gabinete de comunicação de Trump.

    “Durante a reunião, que foi calorosa e amigável, discutimos muitos tópicos, incluindo a amizade inabalável entre Israel e os EUA e a importância de continuar a nutrir o vínculo único entre as nossas nações”, escreveu num post de Instagram a primeira-dama israelita.

    “Também discutimos a importância estratégica da vitória de Israel na luta contra o eixo do mal, para um futuro mais estável e seguro no Médio Oriente e em todo o mundo”, escreveu, acrescentando que aproveitou a ocasião para felicitar Trump pessoalmente pela sua vitória na corrida à Casa Branca.

  • Egito propõe a movimentos palestinianos trégua de 60 dias

    O Egito propôs aos movimentos palestinianos Hamas e Fatah uma trégua de 60 dias com Israel, a troca de prisioneiros e reféns entre ambas as partes, disse à Efe uma fonte da segurança egípcia.

    “O Egito entregou às delegações do Hamas e do Fatah um documento a propor uma trégua por um período de 60 dias e uma troca de prisioneiros entre as fações e movimentos palestinianos e a ocupação israelita, sete dias após a entrada em vigor da trégua” e “Israel pode manter uma presença militar em Gaza durante este período”, disse a fonte próxima das negociações.

    Delegações dos dois movimentos palestinianos estão no Cairo para discutir a gestão da Faixa de Gaza, bem como a reconciliação entre ambas as partes.

    A mesma fonte salientou que os palestinianos discutiram este documento “relacionado com a abertura da passagem terrestre de Rafah (ligando Gaza e o Egito) para que a Autoridade Palestiniana faça a gestão do lado palestiniano”, dado que a passagem está fechada desde maio, quando Israel ocupou Rafah e o lado palestiniano.

    Este documento, segundo a fonte egípcia, inclui “a reabertura da passagem de Rafah neste mês de dezembro, e que a Autoridade Palestiniana supervisionará o lado palestiniano com monitorização europeia, com supervisão israelita, além da retirada total do Hamas” dali.

    O Egito, mediador na trégua com os Estados Unidos e o Qatar — embora este último tenha congelado a sua participação — está a pressionar para se “concluir um acordo de troca de prisioneiros”, em referência à troca entre reféns do Hamas em Gaza com prisioneiros palestinianos nas nas prisões israelitas.

    Na segunda-feira, está previsto que as duas delegações se reúnam em separado com o chefe dos serviços de inteligência do Egito, o general Hasan Rashad, segundo a mesma fonte.

  • Israel já terá violado o cessar-fogo 52 vezes, diz França. Forças israelitas dizem responder a violações do acordo pelo Hezbollah

    O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, que permitiu suspender o conflito armado na fronteira entre Israel e o Líbano, está em vigor desde a quarta-feira da semana passada, mas logo desde o primeiro momento têm-se multiplicado as violações dos termos do acordo.

    Nos últimos dias, Israel tem levado a cabo múltiplas operações militares em território libanês contra alvos do Hezbollah. As forças israelitas rejeitam que se trate de violações do cessar-fogo, mas sim ataques em resposta ao facto de o Hezbollah estar a movimentar material de guerra em território libanês — isso sim, de acordo com Israel, em violação do cessar-fogo.

    Este domingo, as forças armadas israelitas garantiram que continuariam a assegurar cumprimento do cessar-fogo através de ataques a posições do Hezbollah que considerem que violem os termos do acordo. Neste momento, ainda se cumprem os 60 dias de transição previstos no cessar-fogo — pelo que Israel tem até ao final de janeiro para retirar as suas forças do território libanês. Em contrapartida, o Hezbollah tem de retirar as suas forças para norte do rio Litani, assegurando uma faixa de cerca de 20 quilómetros sem confrontação militar.

    No sábado, por exemplo, uma brigada de paraquedistas israelitas matou um grupo de militantes do Hezbollah que estariam armados junto a uma igreja usada para armazenar armas do grupo xiita. As forças israelitas garantiram que eliminaram “terroristas” envolvidos no combate.

    O governo israelita secundou estas ações das forças armadas de Israel, com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a emitir um comunicado no domingo a assegurar que Israel está a “aplicar o acordo de cessar-fogo e cada violação é imediatamente respondida com uma reação intensa das forças de defesa de Israel”.

    Contudo, França, que é um dos países supervisores do acordo de cessar-fogo, acusa Israel de já ter violado os termos do acordo pelo menos 52 vezes. A informação foi avançada pela imprensa israelita, citando fontes diplomáticas francesas.

    De acordo com as fontes ouvidas pelos jornais israelitas, França reconhece que as ações militares de Israel foram em resposta a violações do cessar-fogo por parte do Hezbollah, mas acrescenta que Israel não recorreu aos mecanismos do acordo — que obrigam ambas as partes a reportar quaisquer suspeitas de violação do cessar-fogo a um comité internacional liderado pelos EUA.

  • Bom dia.

    O Observador continua esta segunda-feira a acompanhar os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente.

    O liveblog do fim-de-semana fica arquivado aqui.

    Hamas esteve no Egito este domingo para discutir tentativa de novo acordo de cessar fogo

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