O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano considera que a demolição do centro al-Bustan na zona ocupada do leste de Jerusalém é uma “limpeza étnica de larga escala que tem como objetivo demolir na íntegra o bairro de al-Bustan e deslocar mais de 1.500 pessoas”.

Em comunicado, o Ministério aponta o dedo à “política oficial de Israel para tentar esvaziar Jerusalém” e forçar “os seus proprietários originais a emigrar e a substitui-los por ocupantes”, cita a Al Jazeera.

O ataque israelita a um centro de investigação nuclear em Parchin, no Irão, terá destruído equipamento sofisticado, dificultando o desenvolvimento de armamento nuclear, avança o site Axios.

“Este equipamento é um estrangulamento. Sem ele os iranianos estão parados”, disse à Axios um oficial sénior israelita.

“Este é o equipamento de que os iranianos iriam precisar no futuro se quiserem fazer progressos para uma bomba nuclear. Agora já não o tem e isso não é trivial. Vão encontrar uma solução e vamos ver”, continuou a mesma voz.

As IDF anunciam que fizeram uma quarta onda de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute esta noite.

De acordo com o jornal Times of Israel, os alvos incluíram salas de comando do Hezbollah e depósitos de armas do grupo.

Estes locais ficavam “no coração da população civil”, dizem as IDF. Antes dos ataques, o exército de Israel emitiu avisos para que os civis saíssem das zonas atingidas.

O jornal israelita Haaretz avança que estão a ser ouvidas sirenes no nordeste de Israel, perto de Margaliot.

A secretária de Estado neerlandesa para as Prestações e Alfandegas, de origem marroquina, apresentou esta sexta-feira a sua demissão devido a comentários racistas de membros do Governo, na sequência de rixas em Amesterdão contra adeptos de futebol israelitas.

A demissão de Nora Achahbar abriu uma crise naquele Governo e a oposição exige esclarecimentos ao primeiro-ministro, Dick Schoof, avançou a rádio e televisão pública NOS, referindo que o Governo está “atolado no caos”.

Segundo a mesma fonte, as explicações exigidas referem-se às alegadas “declarações racistas” que membros do Governo fizeram durante o Conselho de Ministros de segunda-feira, no qual se iniciou um “acalorado debate sobre a violência em Amesterdão” contra os adeptos israelitas.

Apesar de já ter classificado os comentários como antissemitas, Nora Achahbar ainda não deu explicações sobre as razões pelas quais quer sair do Governo pelo que os partidos da oposição querem saber exatamente o que foi dito na reunião de segunda-feira.

Itália avança que a base onde está o contingente italiano Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi atingida por artilharia israelita ainda por explodir.

Antonio Tajani, ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, falou com o homólogo israelita Gideon Saar e protestou contra o ataque, segundo um comunicado citado pela Al Jazeera.

Tajani salientou que a segurança dos soldados da UNIFIL tem de ser assegurada e sublinhou que os ataques são “inaceitáveis”.

Pelo menos 59 pessoas morreram nas últimas 24 horas em mais de cem ataques israelitas no Líbano, quase metade das quais na região de Baalbek, informaram hoje fontes oficiais.

Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, além dos 59 mortos, 182 pessoas ficaram feridas na quinta-feira, elevando o número total desde o início da guerra entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, a 08 de outubro de 2023, para 3.445 mortos (223 dos quais crianças e 666, mulheres) e 14.599 feridos.

O Conselho de Ministros da Presidência libanesa indicou hoje num relatório que, durante as últimas 24 horas, foram registados 116 ataques aéreos em diferentes áreas do território libanês, principalmente concentrados em Nabatiye, no sul do país, com 50 ataques.

Mas foi na região de Baalbek-Hermel, no leste do Líbano, que se registou um dos ataques mais mortíferos, contra um centro da Defesa Civil, causando a morte de pelo menos 15 socorristas, além de outras ações na zona que fizeram mais 13 mortos.

Em mais de um ano, foram mortos 208 membros do setor da saúde em ataques israelitas, de acordo com o Ministério da Saúde.

Por outro lado, o número total de deslocados internos registados em centros acreditados atingiu 187.816 pessoas, com a maior percentagem nas províncias do Monte Líbano e de Beirute, embora se creia que o número de deslocados internos seja muito mais elevado.

Um ataque aéreo israelita que aconteceu a algumas horas e que atingiu o sul do Líbano, mais concretamente a cidade de Tyre, fez 3 mortos e 9 feridos.

O ataque, com recurso a drone, causou danos significativos na área atingida, relata a Aljazeera. As equipas de resgate, apoiadas pelos militares libaneses, continuam à procura de pessoas desaparecidas no local.

A Agência Nacional de Notícias do Líbano, citada pela Aljazeera, está a reportar mais um ataque violento no subúrbio de Ghobeiry, no sul de Beirute.

O ataque aéreo ocorreu pouco depois de os militares israelitas terem emitido um aviso de evacuação. Vários ataques anteriores, nos últimos dias, atingiram o bairro de Burj al-Barajneh e a zona de Ghobeiry, nos subúrbios a sul da capital do Líbano.

O chefe da diplomacia dos EUA, Anthony Blinken, conversou com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa’ar, e felicitou-o pela sua nomeação. Sa’ar passou de um dos principais críticos de Netanyahu a ministro dos Negócios Estrangeiros no seu governo de coligação de extrema-direita, nomeado a 5 de novembro.

“O secretário reafirmou o firme compromisso dos EUA com a segurança de Israel. Abordou as ações recentes que Israel tomou para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza, incluindo alimentos, medicamentos e outros mantimentos essenciais, e instou Israel a tomar medidas adicionais para acelerar e sustentar a prestação de assistência vital”, lê-se na nota publicada pelo diplomata.

Blinken “enfatizou a importância de pôr fim à guerra em Gaza, trazer todos os reféns para casa e estabelecer uma paz e segurança duradouras tanto para os israelitas como para os palestinianos”.

A companhia aérea Lufthansa anunciou esta sexta-feira que vai prolongar a suspensão de voos em Tel Aviv até 31 de dezembro.

No início desta semana, a suspensão da companhia alemã já tinha sido prolongada até 15 de dezembro.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou o ataque israelita de ontem ao Centro Regional de Proteção Civil de Baalbek, na aldeia de Douris, no Líbano, que matou 15 elementos da proteção civil.

“Ataques a profissionais e instalações de saúde são uma violação grave do direito humanitário internacional. A proteção de pessoal médico em zonas de conflito não é negociável”, escreveu Borrell numa publicação no X.

“Esse padrão de ataques à assistência médica reflete tendências terríveis em outros conflitos, da Síria à Ucrânia ou ao Sudão. Seja por desrespeito imprudente ou por ataque deliberado, este é um ataque flagrante à dignidade humana, colocando vidas em risco e violando flagrantemente os direitos humanos fundamentais.”

This pattern of targeting healthcare mirrors appalling trends in other conflicts, from Syria to Ukraine or Sudan.

Be it reckless disregard or deliberate targeting, this is a blatant assault on human dignity, endangering lives & flagrantly violating fundamental human rights. 2/2

— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) November 15, 2024

As forças israelitas voltaram a lançar um ataque contra Mazzeh, subúrbio de Damasco que ontem também esteve debaixo de fogo, registando a morte de 13 pessoas.

“A agressão israelita tem como alvo a área de Mazzeh em Damasco”, avançou a agência SANA, citada na Al Jazeera.

Cerca de três dezenas de organizações não-governamentais (ONG) acusaram hoje o exército israelita de incentivar a pilhagem de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo com ataques à polícia palestiniana que a tenta combater.

“A pilhagem é um problema recorrente, consequência do facto de Israel ter como alvo as forças policiais que restam em Gaza”, afirmam 29 ONG num relatório conjunto citado pela agência francesa AFP.

A pilhagem deve-se também à escassez de bens essenciais, à falta de estradas e ao encerramento da maioria dos pontos de passagem, referem no relatório.

Deve-se ainda ao “consequente desespero da população nestas condições desastrosas”, afirmam as ONG, entre as quais os Médicos do Mundo, a Oxfam e o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).

As ONG dizem que o exército israelita também “não está a conseguir” impedir que os camiões de ajuda humanitária sejam saqueados nem a extorsão de dinheiro de proteção às organizações humanitárias por bandos armados.

Dois novos ataques aéreos israelitas atingiram a zona de Hadath, no subúrbio a sul de Beirute, noticia a Aljazeera. O primeiro ataque aéreo foi lançado por um drone israelita e foi seguido por um ataque aéreo com um avião de guerra.

A Agência Nacional de Notícias do Líbano revela que o ataque ocorreu nas imediações de escolas. Ainda não há registo de vítimas mortais e feridos.

Basem Naim, porta-voz e responsável pelas relações políticas e internacionais do Hamas, afirmou que o grupo está pronto para aceitar um cessar-fogo se receber uma proposta que Israel honre.

Segundo a Al Jazeera, Naim apelou à nova administração de Donald Trump para que pressione Israel a “acabar com a agressão” depois de durante a campanha o reeleito Presidente dos EUA ter prometido acabar com a guerra rapidamente.