Os mediadores dos Estados Unidos da América afirmam ter feito progressos nas negociações de paz entre o Hamas e Israel em Gaza, mas não o suficiente para alcançar um acordo de cessar-fogo.

“Estão a decorrer negociações extensas, os mediadores e os negociadores estão a falar sobre cada palavra e cada pormenor. Há um avanço no que respeita à redução das antigas lacunas existentes, mas ainda não há acordo”, dizem fontes palestinianas à agência Reuters.

Um grupo de pais de soldados israelitas apelou hoje ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem acusam de prolongar desnecessariamente a guerra na Faixa de Gaza, para acabar com o conflito para poupar a vida dos seus filhos.

O coletivo, “Pais de Soldados Scream Enough”, reúne mais de 800 pais de soldados, recrutas ou reservistas que servem em unidades de combate em Gaza, alguns praticamente sem interrupção desde 07 de outubro de 2023.

Durante vários meses, Netanyahu foi acusado pelos seus críticos de prolongar desnecessariamente a guerra contra o Hamas por razões políticas, em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islâmico palestiniano em Israel naquele dia.

Esta acusação é retomada pelo coletivo numa carta dirigida ao primeiro-ministro, a que a agência noticiosa France-Presse (AFO) teve acesso.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa’ar, deixou a sua mensagem de parabéns a Joseph Aoun pela sua eleição para a presidência libanesa, manifestando a sua esperança para um novo capítulo nas relações entre os dois países.

“Felicito o Líbano pela eleição de um novo Presidente, após uma longa crise política. Espero que esta escolha contribua para a estabilidade, para um futuro melhor para o Líbano e para o seu povo e para as boas relações de vizinhança”, lê-se na publicação do ministro na rede social X.

I congratulate Lebanon upon the election of a new President, following a lengthy political crisis. I hope that this choice will contribute towards stability, a better future for Lebanon and its people and to good neighborly relations.

— Gideon Sa'ar | גדעון סער (@gidonsaar) January 9, 2025

O novo Presidente do Líbano, Joseph Aoun, prometeu hoje iniciar rapidamente as consultas para a formação do seu governo, garantindo que o país está a entrar numa nova fase.

“Começarei rapidamente as minhas consultas para a formação de um governo”, disse durante o seu discurso de tomada de posse, prometendo “implementação de uma administração moderna e eficiente”, numa região que está a passar por “grandes convulsões”.

Joseph Aoun foi eleito hoje chefe de Estado do Líbano na segunda ronda de votação no Parlamento, preenchendo o lugar que estava vago há dois anos, depois do fim do mandato de Michel Aoun em outubro de 2022.

Joseph Aoun, que é também chefe do exército libanês, declarou que a sua nomeação como Presidente “foi a nomeação mais importante que recebeu”, referindo ainda que vai promover a coexistência no país e “mudar a visão da política”, segundo o jornal L’Orient-Le Jour.

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu deverá, afinal, faltar à cerimónia de tomada de posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro.

A informação foi transmitida por um assessor de Netanyahu ao The Times of Israel.

Havia planos para que Netanyahu voasse para Washington nesse dia mas, a menos que haja outra alteração de última hora, essa viagem foi cancelada.

Além disso, refere o jornal, não terá ainda chegado qualquer convite de Washington para que o primeiro-ministro israelita esteja presente na cerimónia.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, pediu ao Governo que garanta imunidade ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, caso este compareça nas comemorações do 80.º aniversário da libertação do campo nazi de Auschwitz, indicou esta a Presidência na quinta-feira.

Netanyahu é objeto de um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

“[O Presidente] acredita que todas as pessoas de Israel, todos os representantes das autoridades do país, devem ter a oportunidade de participar neste evento único”, disse Malgorzata Paprocka, chefe da chancelaria do Presidente polaco na rede social X.

Segundo Paprocka, Duda enviou uma carta ao primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, para garantir que Netanyahu possa participar na celebração do 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, “se assim o desejar”.

Para já, o primeiro-ministro polaco não reagiu à carta de Duda.

Os deputados do Líbano elegeram, finalmente, um novo Presidente, depois de dois anos com o cargo vago. A escolha recaiu sobre o homem que era, até agora, o líder das forças armadas do país, Joseph Aoun.

Segundo o The Times of Israel, este responsável tende a ser mais favorável à influência norte-americana e poderá querer reforçar a ideia de que o Irão já não controla o que se passa no Líbano como em outros momentos.

Depois de ser eleito, Aoun prometou que irá “reconstruir aquilo que Israel destruiu” no sul do país, devido aos bombardeamentos direcionados ao Hezbollah.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pelo Hamas, afirmou que 70 palestinianos foram mortos e 104 ficaram feridos nos ataques israelitas ao longo das últimas 24 horas.

Assim, a mesma fonte indica que desde o início da guerra, a 7 de outubro de 2023, Israel já matou mais de 46.000 pessoas. Estes são números que não são verificados por outras fontes e, além disso, não fazem distinção entre civis e combatentes.

As Forças de Defesa de Israel disseram recentemente que mataram cerca de 18.000 combatentes do Hamas (até novembro), além de mais 1.000 terroristas dentro de Israel – no próprio dia 7 de outubro (de 2023).

O Papa Francisco reiterou, nesta quinta-feira, as críticas à intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza. O líder da Igreja Católica considerou a situação humanitária no enclave palestiniano “muito grave e vergonhosa”.

A declaração foi feita num discurso anual para diplomatas. Francisco esteve no local mas foi um assessor que leu a mensagem, o que foi justificado com o facto de o Papa estar a recuperar de uma constipação.

A mensagem do Papa Francisco fez referência às mortes provocadas pelo frio em Gaza, onde não existe fornecimento elétrico suficiente. “Não podemos, de forma alguma, aceitar o bombardeamento de civis”, escreveu o Papa, acrescentando que “não podemos aceitar que as crianças morram de frio porque os hospitais foram destruídos ou a rede energética de um país foi destruída”.

Ainda não se conseguiu fazer a “quadratura do círculo” nas negociações de cessar-fogo com o Hamas, afirmou uma fonte do lado israelita citada pelo The Times of Israel. A organização continua sem entregar uma lista de reféns e, por isso, as negociações não estão a conseguir ter grandes avanços, acrescentou a mesma fonte.

Nos últimos dias, as negociações têm esbarrado na insistência por parte do Hamas de que Israel tem de declarar o fim da guerra para que sejam libertados os reféns. Também existe discórdia sobre se devem ser libertados os reféns do sexo masculino que têm idades na casa dos 50 anos. “O Hamas diz que está disposto a libertá-los mas, em troca, querem que nós entreguemos terroristas ‘valiosos’, terroristas que têm sangue nas suas mãos”, afirmou a fonte citada pelo jornal israelita.

Estamos a tentar encontrar uma linguagem que seja suficientemente ambígua para que possamos fazer a quadratura do círculo”, diz a fonte.

O mesmo responsável, que não é identificado, também garantiu que são “notícias falsas” os relatos de que Israel está indisponível para aceitar um curto cessar-fogo para dar tempo ao Hamas para compilar uma lista atualizada dos reféns vivos que estão na sua posse.

Os serviços de emergência da Faixa de Gaza disseram esta quinta-feira que 12 pessoas morreram, incluindo três crianças, na sequência de ataques israelitas durante a noite contra o enclave palestiniano.

Segundo a mesma fonte, entre os mortos encontram-se quatro membros da mesma família: um pai e três filhas que foram atingidos durante um ataque aéreo noturno que destruiu a casa onde se encontravam no campo de refugiados de Nousseirat, no centro da Faixa de Gaza.

De acordo com os serviços de emergência de Gaza, um outro ataque aéreo israelita contra uma casa em Jabalia, no norte do território, matou oito pessoas. Neste ataque, várias pessoas ficaram feridas.

O Irão foi “terrivelmente derrotado” no “rude golpe” que foi o derrube do regime de Bashar Al-Assad na Síria. Esta derrota foi assumida pelo principal general do Irão na Síria, que reconheceu que a queda do regime sírio tem consequências mais negativas do que os líderes políticos iranianos estão a admitir.

“Não considero a perda da Síria algo de que me orgulhe”, afirmou o general Behrouz Esbati, segundo uma gravação de um discurso feito na semana passada e que foi obtida pelo The New York Times. “Fomos derrotados, e derrotados de forma muito feia, sofremos um golpe muito forte e tem sido muito difícil.”

O responsável militar acrescentou que os laços com Assad estavam tensos antes do colapso do regime sírio, por causa da sua recusa em deixar que as milícias apoiadas pelo Irão abrissem uma nova frente contra Israel a partir da Síria. Além disso, acusou a Rússia de dizer que estava a bombardear as forças rebeldes quando, na verdade, estava a lançar mísseis.

Ainda assim, Esbati adiantou que o Irão irá continuar a procurar formas de alistar combatentes na Síria. “Iremos ativar todas as redes com as quais temos trabalhado ao longo dos anos”, disse, acrescentando que o exército iraniano pode ser “ativos nas redes sociais, para formar células de resistência”.

O número de mortos civis é “inaceitavelmente elevado” mas o porta-voz da administração Biden recusa a ideia de que Israel esteja a cometer um “genocídio” na Faixa de Gaza.

“Os militares israelitas não estão a acordar todas as manhãs e não estão a dizer, enquanto calçam as botas, ‘vamos lá matar mais algumas pessoas inocentes só porque são palestinianos'”, afirmou John Kirby durante uma conferência de imprensa ao final do dia de quarta-feira.

O porta-voz da administração Biden, que irá deixar a Casa Branca dentro de poucos dias, reconhece, porém, que o número de mortos civis em Gaza é “inaceitavelmente elevado”. “Temos sido muito diretos no diálogo com os israelitas, mostrando a nossa preocupação e tentando que sejam mais seletivos” nos seus ataques em Gaza, acrescentou.