Momentos-chave
- O tempo das maiorias absolutas acabou. Agora, Macron precisa de negociar
- Projeção atualizada: Ensemble! com 234 deputados, 141 para a NUPES e resultado histórico de 90 lugares para a UN
- Primeira-ministra francesa defende "maioria de ação" e pede a deputados que apoiem o Presidente
- Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros reeleito deputado por apenas 658 votos
- Equipa de Macron fala em resultado "dececionante"
- Líder comunista reeleito deputado
- Líder parlamentar do En Marche! falha reeleição
- Republicanos rejeitam coligação com Macron, mas prometem "oposição construtiva"
- Nova projeção: Macron com 230 deputados, Mélenchon consegue 149 e União Nacional 85
- Republicanos propõem "pacto governamental" com coligação de Macron para "lutar contra extremos"
- Ministro da Economia defende "compromisso" entre deputados da oposição para apoiarem En Marche
- Mélenchon salienta "derrota total" de Macron: "É o fracasso moral de quem deu lições a todos"
- Marine Le Pen festeja os resultados: "A União Nacional é agora mais nacional do que nunca"
- Coligação de Macron com 36% dos votos, gerigonça de esquerda consegue 27% e partido de Le Pen chega aos 22%
- Ministra da Saúde perde lugar para deputada da União Nacional
- Presidente da União Nacional agradece resultado e compara-o a um "tsunami"
- Presidente da Assembleia Nacional perde lugar de deputado
- Primeira-ministra e ministro do Interior francês reeleitos deputados
- "Vamos fazer governo com todos os que quiserem fazer avançar o país". Equipa de Macron lamenta subida "dos extremos"
- "O LR será um bloco decisivo". Republicanos tentam assumir-se como fiéis da balança
- Le Pen reeleita deputada com 63% dos votos
- NUPES e UN com resultados históricos. A subida da aliança de esquerda e da extrema-direita
- Primeiras projeções: Macron com 224 deputados fica aquém da maioria, Mélenchon com 149 e União Nacional a subir para 89
- Quantos círculos eleitorais o partido de Macron precisa para conseguir maioria? E se não conseguir?
- Na Polinésia Francesa, foi eleito o deputado mais jovem de sempre para a Assembleia Nacional
- Taxa de abstenção deverá chegar aos 54%
- Rádio Observador acompanha eleições legislativas francesas com emissão especial
- Principais candidatos já votaram
- Já votaram 38,1% dos eleitores franceses até ao momento
Histórico de atualizações
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A cobertura do Observador destas eleições legislativas em França fica por aqui. Obrigada por ter estado connosco!
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O tempo das maiorias absolutas acabou. Agora, Macron precisa de negociar
Chega assim ao fim a noite eleitoral francesa, em que a força política que apoia Emmanuel Macron fica aquém da maioria absoluta e terá agora de conseguir o apoio de outros partidos para governar. É improvável que consiga acordos com a NUPES e a União Nacional — que tiveram resultados históricos esta noite — e até os Republicanos estão divididos sobre um possível apoio aos macronistas.
Adivinham-se, por isso, tempos complicados para o governo francês, com aliados do Presidente a falarem numa possível dissolução da Assembleia Nacional daqui a um ano.
O tempo das maiorias absolutas acabou. Agora, Macron precisa de negociar
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Edição especial do Café Europa. Como governar França depois das legislativas?
Emmanuel Macron vence as eleições, mas perde a maioria de deputados na Assembleia Nacional. Emissão especial de análise às legislativas francesas
Ouça aqui a edição especial do Café Europa sobre as legislativas francesas
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"É evidente que republicanos podem ajudar Macron". O comentário de Susana Peralta aos resultados eleitorais em França
A economista considera que os republicanos são a solução para o presidente francês pôr em prática o seu programa. Ainda assim, Susana Peralta deixa claro “não era isso que estava no plano de Macron”.
Ouça aqui o comentário de Susana Peralta.
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"Estes resultados eram expectáveis". A análise do politólogo José Filipe Pinto aos resultados das eleições francesas
O politólogo considera previsível o desfecho da segunda volta das legislativas francesas. O especialista em movimentos populistas salienta que “os extremos não estão disponíveis para o compromisso”.
Ouça aqui o comentário de José Filipe Pinto.
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Chega felicita partido de Le Pen por ser terceira força política
O presidente do Chega, André Ventura, felicitou hoje os partidos de extrema-direita Vox, em Espanha, e União Nacional, em França, pelos resultados eleitorais que os converteram na “terceira força política” nos respetivos países.
“Deixo aqui os parabéns, em nome do Chega, ao Vox e à Rassemblement National [RN], pelos resultados alcançados (…). Estamos a mudar a Europa. Somos todos, indiscutivelmente, a terceira força política nos nossos países”, escreveu André Ventura na rede social Twitter.
Deixo aqui os parabéns, em nome do CHEGA, ao VOX (Espanha) e à RN (França), pelos resultados alcançados. Já tive oportunidade de felicitar ambos os líderes pelo telefone. Estamos a mudar a Europa. Somos todos, indiscutivelmente, a terceira força política nos nossos países! pic.twitter.com/012NNccLNU
— André Ventura (@AndreCVentura) June 19, 2022
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Projeção atualizada: Ensemble! com 234 deputados, 141 para a NUPES e resultado histórico de 90 lugares para a UN
Às 21h50 (22h50 em França), há projeção atualizada da IPSOS. Neste momento, parece provável que estas legislativas terminem da seguinte forma:
- Ensemble! — 234 deputados
- NUPES — 141
- União Nacional — 90
- Republicanos — 75
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Macron falha maioria. O debate dos eurodeputados portugueses sobre eleições francesas
Paulo Rangel, Manuel Pizarro, Marisa Matias, Nuno Melo e Sandra Pereira analisam os resultados das legislativas francesas. O futuro do país e a relação com a União Europeia foram temas em destaque.
Ouça aqui o debate entre os eurodeputados.
Macron falha maioria. O debate dos eurodeputados portugueses às eleições francesas
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Primeira-ministra francesa defende "maioria de ação" e pede a deputados que apoiem o Presidente
O campo macronista reage agora aos resultados desta noite pela voz da primeira-ministra, Elisabeth Borne.
“Esta noite, a situação é inédita. Nunca a Assembleia Nacional conheceu uma configuração como esta”, começa por dizer Borne, que classifica a situação atual como “um risco” para o país, tendo em conta “os desafios que enfrentamos, tanto no plano nacional como internacional”.
Perante o cenário de não existência de uma maioria absoluta, a primeira-ministra escolhida por Macron defende que deve ser construída “uma maioria de ação”, pedindo para isso o apoio dos vários grupos parlamentares. “Não há alternativas à união, para garantir a estabilidade e conduzir as reformas necessárias”, afirma, acrescentando que “as sensibilidades múltiplas” devem ser colocadas “ao serviço do país”.
“Amanhã, vamos acelerar a nossa ação ao serviço de todos os franceses”, assegurou Elisabeth Borne, enumerando as áreas defendidas pelo projeto do En Marche!: valorização do poder de compra, defesa da segurança nacional, pleno emprego, transição ecológica.
“Com o Presidente da República, haverá diálogo e serão ouvidos os franceses de todo o país”, garantiu ainda a primeira-ministra.
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Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros reeleito deputado por apenas 658 votos
Foi por uma unha negra. O ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros, Clément Beaune, conseguiu ser reeleito deputado no sétimo círculo eleitoral de Paris.
A diferença foi mínima. O ministro obteve 50,73% dos votos e conseguiu bater a adversária, Caroline Mercary (da NUPES), por apenas 658 votos.
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Equipa de Macron fala em resultado "dececionante"
Fontes próximas da equipa do Presidente Emmanuel Macron descreveram à BFMTV os resultados destas eleições como “dececionantes”. Contudo, lembram que “não põem em causa o resultado das eleições presidenciais, nem o facto de que a [nossa] maioria continua à frente”.
Ainda não houve nenhuma reação oficial do Ensemble! a estes resultados.
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"Não vamos ter primeiro-ministro em França na terça-feira". A reação da deputada Nathalie de Oliveira às primeiras projeções
Nathalie de Oliveira, deputada eleita pelo circulo da Europa alerta para a hipótese de Macron procurar deputados na “direita radical”. A socialista considera que este será um “resultado histórico”.
Ouça aqui a reação da deputada do PS eleita pelo círculo da Europa.
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Líder comunista reeleito deputado
O secretário-geral do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel, foi reeleito deputado no 20.º círculo eleitoral do Norte.
O líder comunista obteve 54,5% dos votos contra 45,5% do candidato da União Nacional, Guillaume Florquin.
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Líder parlamentar do En Marche! falha reeleição
Christophe Castaner, o atual líder parlamentar do En Marche!, foi derrotado num dos círculos de Alpes-de-haute-Provence, ao reunir apenas 48,5% dos votos, contra os 51,49% de Léo Walter, da NUPES.
É mais uma derrota de peso para as forças do macronismo. Castaner é ex-ministro do Interior e um aliado próximo de Emmanuel Macron.
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Republicanos rejeitam coligação com Macron, mas prometem "oposição construtiva"
Christian Jacob, presidente dos Republicanos — uma força de centro-direita que deverá conseguir 76 deputados —, saudou o “muito bom resultado” que obteve nestas eleições, que foram “contra as projeções” das útimas semanas.
Sobre a possibilidade de um acordo governamental, Christian Jacob foi claro: “Fomos oposição, somos oposição e continuaremos oposição”. O líder partidário acusou Emmanuel Macron de “cinismo”, além de o Presidente francês ter “instrumentalizado os extremos”.
No entanto, Christian Jacob prometeu uma “oposição construtiva”, não detalhando naquilo em que se constituirá.
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Nova projeção: Macron com 230 deputados, Mélenchon consegue 149 e União Nacional 85
Uma projeção atualizada do instituto IPSOS mostra a seguinte distribuição de resultados
???? ???? #legislatives2022 | 21:06 – Projection actualisée d'Ipsos & @SopraSteria_fr en sièges à l'#AssembleeNationale :
????#Ensemble 230 sièges
????#NUPES 149 sièges
???? #LR/UDI/DVD 76 sièges
⚫️ #RN 85 sièges
Suivez la soirée en direct sur https://t.co/StVbwVU4kM pic.twitter.com/CijL6se67k— Ipsos France (@IpsosFrance) June 19, 2022
- Ensemble! — 230 deputados
- NUPES — 149
- União Nacional — 85
- Republicanos (e outros partidos de direita) — 76
- Independentes de Esquerda — 21
- Outros — 12
- Independentes centristas — 4
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Ministra da Transição Ecológica perde lugar de deputada para candidato da NUPES
A ministra da Transição Ecológica e da Coesão Territorial, Amélie de Montchalin, perdeu o lugar de deputada. A candidata da coligação de Emmanuel Macron obteve 47% dos votos contra o candidato da NUPES, o socialista Jérôme Guedj, que reuniu 53% dos votos.
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Republicanos propõem "pacto governamental" com coligação de Macron para "lutar contra extremos"
Jean-François Copé, prefeito de Meaux e membro dos Republicanos, propõe um “pacto governamental” entre a coligação liderada pelo partido de Macron e o seu partido.
Na sua conta pessoal do Twitter, Jean-François Copé disse que esse pacto governamental é “vital” para lutar “contra os extremos”: “Quer a extrema-esquerda, quer a extrema-direita são perigos absolutos para França”.
1/2Depuis des semaines, je répète qu’un pacte de gouvernement est vital entre Macron et LR afin de lutter contre la montée des extrêmes. L’extrême gauche comme l’extrême droite sont des dangers absolus pour la France. Ils incarnent l’un et l’autre violence, tension et sectarisme.
— Jean-François Copé (@jf_cope) June 19, 2022
Cabe assim à “direita republicana” salvar o país, após um “desastre eleitoral” para o Presidente Emmanuel Macron, realçou.
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Ministro da Economia defende "compromisso" entre deputados da oposição para apoiarem En Marche
O ministro da Economia e apoiante de Emmanuel Macron, Bruno Le Maire, recusou escolher parceiros de coligação preferenciais para que o Ensemble! possa formar uma maioria, colocando antes o ónus nos deputados de outros partidos.Embora reconhecendo que esta é “uma situação inédita”, Le Maire sublinhou que o próximo governo tem de ser liderado pelo En Marche!: “Há um grupo maioritário, o grupo que apoia o Presidente da República”.
Mas num cenário sem maioria absoluta, como garantir a governação? Le Maire sugere aos deputados da oposição que apoiem o partido “de forma responsável”.
“Deve haver um compromisso entre todos os que partilhem os valores fundamentais do grupo da maioria presidencial”, diz, em declarações à France 2, enumerando esses objetivos principais como “acelerar a construção europeia, valorizar o trabalho, acelerar o combate às alterações climáticas”.
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Mélenchon salienta "derrota total" de Macron: "É o fracasso moral de quem deu lições a todos"
O líder do França Insubmissa e principal rosto da coligação de esquerda NUPES, Jean-Luc Melénchon, realçou a “derrota total” do Presidente francês, Emmanuel Macron, uma “situação inédita”. “Não houve nenhuma maioria”, apontou, acrescentando que este resultado é um “fracasso moral” de quem “deu lições a todos”.
No seu discurso após serem conhecidos os primeiros resultados das eleições, Jean-Luc Melénchon indicou que foi alcançado o objetivo político a que a coligação se tinha proposto — retirar a maioria a Macron — e lamentou também a taxa de abstenção elevada, que ficou na ordem dos 54%. “A França expressou-se, mas de forma insuficiente. A abstenção ainda é muito alta.”
O líder da coligação de esquerda vincou que o resultado final, em termos percentuais, ainda não é conhecido, mas “amanhã” os eleitores podem acordar com a informação de que a NUPES é o bloco político mais votado.
“Estou a mudar a minha posição de combate”, anunciou Jean-Luc Mélenchon que não se candidatou ao cargo de deputado, garantindo, no entanto, que “permanecerá até ao seu último suspiro” junto da NUPES.
“Deixem-me dizer. Tudo é possível. É um grande tempo na História, em que a rebelião e a revolução está a chegar”, vaticinou, elencando alguns desafios que França terá de enfrentar num futuro, tais como a crise climática ou a financeira. “Não desisteremos das pessoas”, prometeu.