Oficiais norte-americanos avançaram ao The New York Times que Joe Biden aprovou uma nova ajuda militar à Ucrânia. Em questão está o envio de um sistema de mísseis Patriot, um dos mais eficazes na defesa anti-aérea ucraniana.

Este é apenas o segundo sistema Patriot que os Estados Unidos enviam para a Ucrânia, um recurso escasso no arsenal norte-americano, o que dificultou a decisão. Os oficiais falam numa indecisão entre ajudar a Ucrânia e não deixar as forças norte-americanas desfalcadas.

“Um ataque à União Europeia é bastante provável”, argumentou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco na conferência para a recuperação da Ucrânia em Berlim, citado pelo The Kyiv Independent.

Radoslaw Sikorski acusou a Rússia de ter colocado uma centena de ogivas nucleares em Kaliningrado, o enclave russo entre a Polónia e a Lituânia. Ambos os países são membros da UE e da NATO.

O aviso da Polónia surge no mesmo dia em em que Moscovo anunciou o início da segunda fase de exercícios nucleares, nos quais participa a Bielorússia.

O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Defesa alemão, durante uma conferência de imprensa com Volodymyr Zelensky, que se encontra de visita à Alemanha.

Citado pelo The Kyiv Independent, Boris Pistorius afirmou: “depois de ver como a defesa aérea da Ucrânia é fundamental para a sua sobrevivência, tenho o prazer de anunciar a entrega de um número significativo de intercetores Patriot – cem”.

32 dos sistemas Patriot já foram entregues nos últimos dois dias. A entrega dos mísseis é uma iniciativa conjunta da Alemanha, Dinamarca, Países Baixos e Noruega.

A Ucrânia assinou hoje um acordo no valor de 100 milhões de euros com o Banco Europeu de Investimento, apoio que faz parte do plano de recuperação da Ucrânia.

O acordo foi assinado na Conferência de Recuperação da Ucrânia, a realizar-se em Berlim e tem como objetivo o investimento em áreas sociais, como educação, saúde, habitação e segurança social.

“Neste momento difícil para o nosso país, o desenvolvimento económico sustentável, juntamente com a satisfação das necessidades básicas dos cidadãos e o regresso dos ucranianos a casa, é impossível sem o funcionamento eficaz das principais infra-estruturas críticas e sociais”, declarou a ministra das finanças ucraniana, durante assinatura do acordo e citada pelo Ministério.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse hoje que os países das economias emergentes BRICS querem relações internacionais justas num mundo cada vez mais multipolar.

Ao resumir dois dias de conversações ministeriais dos países BRICS, realizadas na cidade russa de Nizhny Novgorod, Lavrov declarou que este grupo, formado inicialmente pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e alargado no início deste ano com cinco novos membros, “não se isola do resto do mundo”.

“A multipolaridade não é algo que dependa dos desejos de um Estado ou de um grupo de Estados (…) é um processo objetivo num desenvolvimento impossível de parar”, declarou Lavrov na conferência de imprensa da reunião ministerial, que é vista como um prelúdio da Cimeira dos BRICS, a realizar em Kazan de 22 a 24 de outubro.

“Pelo contrário, o BRICS moldou-se objetivamente como um grupo de países interessados em garantir que a justiça prevaleça na arena internacional. O BRICS não pretende constituir-se como um pólo. No mundo policêntrico haverá muitos mais pólos”, disse.

Os deputados russos aprovaram hoje em primeira leitura uma lei que permitirá que qualquer tipologia de organização estrangeira, incluindo com ligações estatais, seja declarada “indesejável”, e não apenas as organizações não-governamentais (ONG) estrangeiras, como estipula a legislação em vigor.

“Organizações criadas por instituições estatais dos Estados Unidos, do Reino Unido e de outros países europeus estão a realizar atividades dirigidas contra a Rússia. Travá-las é uma questão de segurança e proteção dos interesses dos nossos cidadãos”, disse o presidente da câmara baixa do parlamento russo (Duma), Viacheslav Volodin.

O diploma foi apresentado à Duma em fevereiro passado por um grupo de deputados liderados pelo presidente do Comité de Segurança e Anticorrupção, Vasili Piskariov.

A Ucrânia fez hoje o anúncio formal de um novo ramo das suas forças armadas: o de Sistemas Não Tripulados, avança o The Kyiv Independent.

O decreto a autorizar a formação deste ramo foi assinado por Zelensky em fevereiro, mas a apresentação oficial realizou-se hoje, em Kiev. O objetivo desta força é fazer frente ao investimento de Moscovo em drones militares, que têm tido um papel de destaque na ofensiva russa.

“A Ucrânia abriu um precedente que não se via desde a criação dos aviões e das forças aéreas”, afirmou Colonel Vadym Sukharevskyi, responsável pelo anúncio.

E, numa referência a Winston Churchill, acrescentou: “Alguém inteligente disse que os generais se preparam sempre para as guerras anteriores. A criação das Forças de Sistemas Não Tripulados significa que deixámos de nos preparar (para as guerras anteriores). Começámos a ditar as regras.“

O presidente ucraniano esteve hoje reunido com o chanceler alemão em Berlim, onde aproveitou para discutir a situação na frente de guerra, os investimentos no setor da energia e a adesão da Ucrânia à UE.

Zelensky recorreu ao X para avaliar positivamente o seu encontro com Olaf Scholz: “Concentrámo-nos na adesão da Ucrânia à UE e nas nossas expectativas para este mês de junho. A Ucrânia fez tudo o que era necessário para o início efetivo das negociações de adesão à UE.”

Сьогодні разом з канцлером Німеччини Олафом Шольцом говорили про ситуацію на фронті. Дуже предметно – про те, що можемо зробити найближчими місяцями і за наступні кілька років для забезпечення Україні достатньої генерації енергії. Також про європейську інтеграцію України – про… pic.twitter.com/v3nC2QRXPo

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 11, 2024

“Agradeço ao Chanceler Scholz a atenção que dedicou à Ucrânia e a oportunidade de hoje de elevar as relações entre a Ucrânia e a Alemanha a um nível ainda mais elevado.”, pode ler-se ainda na publicação.

“O exército ucraniano atacou posições de lançamento de mísseis na Rússia, ajudando a reduzir o número de ataques contra a cidade de Kharkiv”, afirmou o Presidente da Câmara, Ihor Terekhov, em declarações exclusivas à Reuters

Embora os ataques com mísseis e drones continuem, Terekhov disse que a utilização de armas norte-americanas em território russo, recentemente aprovada, ajudou a trazer uma relativa “calma”.

“É por isso que talvez Kharkiv tenha (…) este período de (…) calma nas últimas semanas (…) em que não houve grandes ataques como aconteceu, por exemplo, em maio”, cita a agência de notícias europeia.

Os ministros das finanças da Ucrânia e da Alemanha assinaram, esta terça-feira, uma declaração conjunta de intenções sobre o reforço da cooperação bilateral no domínio do apoio às empresas, informou o Ministério das Finanças ucraniano, citado pelo The Kyiv Independent.

“Não estamos a limitar-nos à forma de apoio de que a Ucrânia necessita para vencer a guerra. Queremos contribuir para que a Ucrânia possa definir o rumo do crescimento futuro através da sua reconstrução”, afirmou o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

A assinatura teve lugar à margem da Conferência de Recuperação da Ucrânia 2024, realizada em Berlim, que reúne funcionários governamentais, empresas e organizações para dar resposta às necessidades de reconstrução de Kiev, especialmente em relação às infraestruturas energéticas, alvos frequentes da Rússia desde a invasão em grande escala da Ucrânia.

Após suspeitas de desrespeito pelos direitos humanos, a administração de Biden aprovou o uso de armamento americano pelo grupo militar. Azovstal ficou conhecido pela defesa de Mariupol.

Batalhão Azov já pode receber armas dos Estados Unidos

“A melhor reconstrução é aquela que não precisa acontecer”, disse Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano, na conferência de imprensa ao lado do chanceler Olaf Scholz, em Berlim.

No dia em que foi anunciado que a Ucrânia irá receber mais fundos para reconstrução das suas infraestruturas, atingidas pelo exército russo, Zelensky usou esta frase para pedir mais ajuda na defesa aérea.

“A maior vantagem estratégica da Rússia sobre a Ucrânia é a superioridade no céu”, disse o Presidente ucraniano, acrescentando que “é o terror de mísseis e bombas que ajuda as tropas russas a avançarem no solo”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também pediu aos aliados que forneçam mais equipamento de defesa aérea para a Ucrânia.

“Gostaria de fazer um apelo sincero a todos aqui hoje: por favor, apoiem nossa iniciativa de fortalecer a defesa aérea da Ucrânia com tudo o que for possível”, disse Scholz.

As forças militares russas terão capturaram a aldeia de Miasozharivka, na região ucraniana de Lugansk, e a aldeia de Tymkivka, na região de Kharkiv, avança a agência de notícias Tass, citando o Ministério da Defesa da Rússia.

A informação ainda não foi confirmada pelo lado ucraniano nem por fontes independentes.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje mais sistemas de defesa aérea para proteger as cidades da Ucrânia e a sua infraestrutura energética, argumentando que são a resposta para travar a invasão russa.

“É o terror inspirado por mísseis e bombas que ajuda as tropas russas a avançar no terreno”, disse Zelensky em Berlim, durante a terceira Conferência Internacional para a Reconstrução da Ucrânia.

“Enquanto não privarmos a Rússia da possibilidade de aterrorizar a Ucrânia, (o Presidente da Rússia, Vladimir) Putin não terá interesse real em procurar uma paz justa”, acrescentou, assegurando que “a defesa aérea é a resposta”.

A Ucrânia irá receber, em julho, o equivalente a 1,5 mil milhões de euros provenientes de ativos congelados russos, além de 1,9 mil milhões de euros do Fundo Ucrânia (da União Europeia) já neste mês, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Sempre dissemos que a Rússia deve ser responsabilizada pelos seus crimes – e agora fazemos a Rússia pagar”, disse Von der Leyen na Conferência de Recuperação da Ucrânia em Berlim.

O Conselho da UE chegou a acordo, no dia 21 de maio, para usar os lucros dos ativos financeiros russos (congelados na Europa) para ajudar a Ucrânia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na Conferência de Recuperação da Ucrânia, em Berlim, que as negociações de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) irão começar no final deste mês.

Este desenvolvimento surge depois de a Ucrânia ter cumprido todos os requisitos de reforma necessários para se tornar membro do bloco, indicou a presidente do braço executivo da União Europeia.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) pretende entregar mais de mil milhões de euros durante a Conferência Internacional para a Reconstrução da Ucrânia, que se realiza hoje em Berlim, para apoiar a recuperação económica e a reconstrução da ucraniana.

O anúncio foi hoje feito à chegada à reunião da presidente do BEI, a espanhola Nadia Calviño.

A presidente do BEI destacou que a instituição destinou, desde o início da guerra em 24 de fevereiro de 2022, mais de dois mil milhões de euros para a reparação de infraestruturas ucranianas de energia, transportes e abastecimento de água.

“Durante esta reunião em Berlim assinarei acordos para novos financiamentos, entregando mais de mil milhões em apoio às pequenas e médias empresas na Ucrânia e para reconstruir infraestruturas nas cidades ucranianas, como hospitais, jardins-de-infância, escolas e também abastecimento de água”, disse a ex-ministra espanhola.