Os habitantes de Belgorod que se queiram alistar no exército russo vão receber um bónus de 28 mil euros, um preço recorde em todo o país, anuncia o governador da região, Vyacheslav Gladkov.

“O pagamento vai atingir os 28 mil euros vindos de todas as fontes possíveis: orçamento federal, regional, municipal e fundos extra-orçamentais”, disse Gladkov, citado pelo jornal russo Meduza. Este bónus é direcionado para pessoas que se voluntariem ou que assinem contratos com as forças armadas russas, entre hoje e o fim do ano.

Morreu uma pessoa e outras cinco ficaram feridas na sequência de um ataque russo a um navio com o pavilhão da República de Palau no porto de Odessa, informa o governador da região, Oleg Kiper.

De acordo com Kiper, o navio foi atingido por um míssil balístico, deixando quatro pessoas em estado grave.

O Presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, assinou um decreto para aprovar o uso de vários métodos e equipamentos para abater drones que entrem no espaço aéreo do país.

O documento foi aprovado de modo a consolidar juridicamente o direito ao uso de força, meios especiais, armas e outro género de equipamentos, para atingir drones e todos os tipos de veículos não tripulados.

Citado pela agência estatal bielorrussa BELTA, o decreto oficializa esta nova norma, que é dada não só a militares, mas também a qualquer pessoa envolvida na estrutura paramilitar do país.

Na sua mensagem diária aos ucranianos, Volodymyr Zelensky revelou que está à espera de um relatório vindo de Washington, que irá permitir a implementação das vertentes políticas e militares do seu Plano de Vitória. Segundo o Presidente da Ucrânia, a sua equipa na capital dos EUA deverá receber essa informação ainda hoje.

O chefe de Estado ucraniano confessou também que a situação em Donetsk está “particularmente difícil” e, por isso, vai continuar a apelar aos aliados na próxima reunião em Ramstein, no sábado, que precisam de um reforço significativo para fortalecer as “capacidades e posições” ucranianas na região.

“Apoio, equipamento e autonomia suficientes são, com certeza, a melhor medida contra a Rússia e a mais provável de empurrar toda a situação para a paz”, acrescenta Zelensky.

We will present the Victory Plan to every country that can strengthen Ukraine—any nation that can truly help bring peace closer.

Once we fully understand the positions of our partners and assess all real possibilities for Ukraine, enhancing our Victory Plan, we will make our… pic.twitter.com/vMPrBnfa81

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 7, 2024

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas depois de um ataque russo na cidade de Sloviansk, na região de Donetsk, na Ucrânia.

De acordo com o governador Vadym Filashkin, entre os feridos estão duas crianças, uma de dois anos, que foi levada para o hospital com ferimentos ligeiros. Filashkin acrescenta que o bombardeamento russo atingiu seis prédios, um edifício administrativo e dois carros.

O tenente-general russo Igor Kirillov acusou as forças armadas da Ucrânia de utilizar “substâncias tóxicas, não só em combate, mas também para levar a cabo ataques terroristas contra líderes pro-Rússia”.

Em declarações citadas pela agência estatal russa TASS, Kirillov realçou a descoberta de um laboratório ucraniano em Avdiivka, nos subúrbios de Donetsk, focado na produção de substâncias tóxicas que, segundo o militar, já foram utilizadas mais de 400 vezes desde o início do conflito.

Estas acusações foram ainda reforçadas pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, que adianta que as “forças ucranianas também têm utilizado estas armas químicas contra civis”. Adicionou ainda que, com ajuda do Ocidente, Kiev planeia recorrer a estas substâncias para fazer uma “série de provocações”.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, sublinhou o seu parecer negativo relativamente à entrada da Ucrânia na NATO, mas garante não bloquear o acesso ucraniano à União Europeia.

“Vou ser claro, temos uma atitude fria relativamente à adesão da Ucrânia à NATO, mas apoiamos o caminho até à UE a 100%”, reiterou Fico, em reunião com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, acrescentando que existem vários países na organização europeia a desejarem uma “entrada lenta”. No entanto, garante que a Eslováquia não é um desses países. “Depende muito de vocês e das vossas reformas, mas não vamos colocar nenhum obstáculo à vossa frente”, revelou.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai estar reunido com o seu homólogo iraniano, Masou Pezeshkian, esta sexta-feira, durante uma cimeira no Turquemenistão.

Yury Ushakov, conselheiro presidencial russo, citado pela AFP, anunciou este encontro na capital do país da Ásia Central, com o intuito de “discutir a situação fortemente agravada no Médio Oriente”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, comemora hoje 72 anos. Para assinalar a ocasião, recebeu um telefonema do Presidente russo, Recep Tayyip Erdogan, que o “congratulou calorosamente” pelo seu aniversário, relata a agência estatal russa TASS. Os dois chefes de Estado assinalaram ainda com “satisfação” as relações bilaterais e concordaram encontrar-se presencialmente à margem da cimeira dos BRICS.

Mas Erdogan não foi o único chefe de Estado a comemorar o 72º aniversário de Vladimir Putin. “A tua compreensão profunda da missão histórica da Rússia, responsabilidade pessoal pelo futuro do povo e pela Pátria tornaram-se uma garantia confiável do fortalecimento do Estado e da sua soberania”, escreveu o Presidente da Bielorússia, Alexander Lukashenko, numa mensagem publicada no site da presidência bielorussa.

O líder checheno, Ramzan Kadyrov, um dos maiores apoiantes do Kremlin, também assinalou o dia, com uma longa mensagem elogiosa, num vídeo publicado no Telegram. “Sem dúvida, é um dia significativo para a Pátria. Com todo o meu coração, desejo-lhe saúde, bem-estar, felicidade, vida longa, boa sorte e sucesso no seu trabalho difícil”, escreveu Kadyrov.

Morreu Ildar Dadlin, um ativista político russo, que estava a combater por Kiev na Ucrânia, no batalhão voluntário “Legião Liberdade da Rússia”, confirmou o grupo pelo qual estava a combater à BBC. Em 2015, Dadlin foi a primeira pessoa a ser condenada a uma pena de prisão na Rússia por repetidas violações do limitado direito à manifestação, segundo um novo artigo do código penal russo que é agora conhecido com a lei Dadlin.

Opposition activist Ildar Dadin, who was the first Russian to be jailed (in 2015) under a repressive new law on holding peaceful protests, has reportedly been killed fighting for Ukraine

"If you keep quiet, tomorrow the next person will keep quiet when they come for you," this… https://t.co/sFKqArDfD6 pic.twitter.com/ls9jOSVnhN

— Francis Scarr (@francis_scarr) October 6, 2024

Depois de ter cumprido dois anos e meio de prisão — durante os quais foi torturado — acabou por se juntar à resistência ucraniana contra a ofensiva russa. Ainda assim, considerava-se um pacifista e escolheu o nome de código Gandhi. Mais tarde, relatou à BBC que sentia que as missões que realizou na Ucrânia eram “inúteis”, mas o grupo com o qual combatia descreveu-o como “forte, corajoso, com princípios e honesto”. Dadlin foi morto depois de um ataque com artilharia russa na região de Kharkiv.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, avisa que tanto os EUA como outros alidos da Ucrânia vão sofrer “perigosas consequências” se permitirem que Kiev use as armas ocidentais para atacar em profundidade o território russo.

“Washington e seus aliados da NATO fornecem apoio político, militar e financeiro a Kiev para que a guerra prossiga. Eles estão a discutir [dar] autorização às AFU [Forças Armadas da Ucrânia] para usar mísseis ocidentais de longo alcance para atacar profundamente o território russo. ‘Brincar com fogo’ dessa maneira pode levar a consequências perigosas“, avisa o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, em entrevista à Newsweek.

Lavrov acusa a Ucrânia de não querer a paz. “Até onde podemos ver, restaurar a paz não faz parte do plano do nosso adversário. Zelensky não revogou o seu decreto que proíbe negociações com Moscovo”, sublinhou Lavrov, realçando que, por outro lado, o “Kremlin oferece um plano viável para acabar com o derramamento de sangue e renovar a arquitetura de segurança do continente [europeu]”.

“A Rússia está aberta a um acordo político-diplomático que deve remover as causas profundas da crise”, disse Lavrov, no cargoo há 20 anos. Recorde-se que o plano de paz da Rússia envolve a cedência a Moscovo de quatro regiões ucranianos e o compromisso de Kiev de não aderir à NATO.

“A ordem mundial precisa de ser ajustada às realidades atuais”, defendeu.

O alto representante da União Europeia para a política externa, Josep Borrell, sublinhou que apesar de se querer um fim rápido para a guerra na Ucrânia, importa a forma como isto é feito, não pondo em causa a soberania ucraniana ou a segurança europeia.

“Muitas pessoas querem que a guerra acabe o mais rapidamente possível. Mas o importante é o como. Se pararmos de apoiar a Ucrânia, a guerra acaba em 15 dias e Putin vai alcançar os seus objetivos. Mas queremos isto para os ucranianos e para a nossa segurança, dos europeus?”, questionou Borrell numa entrevista ao meio espanhol, 20 minutos. “Temos de fazer tudo o que for possível para garantir que quando chegar a hora, as negociações podem acontecer em condições favoráveis para a soberania e a integridade territorial da Ucrânia“, acrescentou, destacando as palavras que vários líderes ocidentais têm deixado sobre termos favoráveis à negociação da paz.

Um dos três mísseis hipersónicos que a Rússia lançou esta manhã contra Kiev atingiu uma base militar no oeste da Ucrânia. “Um dos três Kinzhals atingiu a área do aeródromo de Starokostiantiniv, na região de Khmelnitsky”, explicou a Força Aérea de Kiev, referindo-se à base militar ucraniana localizada na referida região do oeste da Ucrânia, que é frequentemente alvo dos ataques russos.

Como é habitual quando se trata de objetivos militares, Kiev não comunicou as consequências do ataque na zona do aeródromo, que surge um dia depois de os Países Baixos terem confirmado a entrega de jatos F-16. Apesar de Kiev não confirmar a localização onde estes equipamentos são guardados, para os proteger de ataques russos, estes deverão estar em bases aéreas militares como a de Starokostiantiniv, relata a agência Reuters.

*Com Agência Lusa

As autoridades regionais de Kherson, no sul da Ucrânia, relataram dois ataques russos contra a cidade durante a manhã de hoje. Segundos o gabinete do procurador regional, foram lançadas quatro bombas aéreas guiadas, sobre zonas civis da cidade e pelo menos seis edifícios residenciais ficaram danificados.

Inicialmente, foram relatados oito feridos, entre os quais duas crianças. A Administração Militar de Kherson registou outras três vítimas, num total de onze feridos.

Um tribunal de Moscovo condenou Stephen Hubbard, um cidadão norte-americano, a seis anos e dez meses de prisão numa colónia penal, relata a publicação independente Meduza. O homem estava a ser julgado por ter participado em operações de defesa das Forças Armadas ucranianas, como mercenário, o que o próprio terá confessado em tribunal.

Norte-americano foi julgado como mercenário na Rússia. Admitiu que lutava pela Ucrânia a troco de dinheiro

Os procuradores tinham pedido sete anos de prisão numa colónia penal de máxima segurança. Mas o tempo que Hubbard já passou detido, antes do julgamento, será descontado na sua pena.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) negou este domingo as acusações da NATO que a Coreia do Norte e o Irão estavam a alimentar o esforço de guerra russo contra a Ucrânia.

“Na sua declaração recente, a NATO soltou uma série de observações extremamente despropositadas, segundo as quais condena as relações de cooperação independentes entre Estados soberanos, incluindo a RPDC”, afirmou o Ministério norte-coreano, num comunicado citado pelo Kyiv Independent. “Caso a NATO continue a tentar infringir a dignidade, soberania, segurança e interesses da RPDC, seguindo cegamente os EUA, será responsabilizada pelas consequências trágicas que daí advirão”, acrescentam.

Os militares ucranianos usaram armas químicas ocidentais na zona de Sudzha, em Kursk (na Rússia) em agosto deste ano, disse esta segunda-feira o chefe das Tropas de Radiação, Proteção Química e Biológica da Rússia.

“Em agosto de 2024, foram revelados factos de que o regime de Kiev usou secretamente armas químicas sob o disfarce de conchas de fumo. Em particular, gangues armados ucranianos usaram bombas de fragmentação de 155 mm na cidade de Sudzha, na região de Kursk, a 11 de agosto, [ataque] em resultado do qual mais de 20 pessoas sofreram”, disse, citado pela TASS, Igor Kirillov, chefe daquela entidade, que está na esfera do Ministério da Defesa russo.

Moscovo diz que as armas utilizadas foram fornecidas à Ucrânia em setembro de 2023, num pacote de assistência militar do Ocidente.

O comissário de Direitos Humanos do Parlamento Ucraniano, Dmytro Lubinets, disse que militares russos cometeram outro crime de guerra ao executar soldados ucranianos desarmados na vila de Niu-York, na região de Donetsk.

“Surgiram recentemente vídeos nas redes sociais que mostram os supostos tiroteios e assassinatos pelo exército russo de soldados ucranianos que se tinham rendido. Outro vídeo surgiu na internet, onde os ocupantes provavelmente estão a disparar contra soldados ucranianos desarmados na região de Donetsk”, disse Lubinets, citado pela agência de notícias da Ucrânia Ukrinform.

O responsável sublinhou que estes atos são “inaceitáveis e uma violação dos direitos humanos” e revelou que encaminhou o caso para a ONU.