Um tribunal de Moscovo condenou Stephen Hubbard, um cidadão norte-americano, a seis anos e dez meses de prisão numa colónia penal, relata a publicação independente Meduza. O homem estava a ser julgado por ter participado em operações de defesa das Forças Armadas ucranianas, como mercenário, o que o próprio terá confessado em tribunal.

Norte-americano foi julgado como mercenário na Rússia. Admitiu que lutava pela Ucrânia a troco de dinheiro

Os procuradores tinham pedido sete anos de prisão numa colónia penal de máxima segurança. Mas o tempo que Hubbard já passou detido, antes do julgamento, será descontado na sua pena.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) negou este domingo as acusações da NATO que a Coreia do Norte e o Irão estavam a alimentar o esforço de guerra russo contra a Ucrânia.

“Na sua declaração recente, a NATO soltou uma série de observações extremamente despropositadas, segundo as quais condena as relações de cooperação independentes entre Estados soberanos, incluindo a RPDC”, afirmou o Ministério norte-coreano, num comunicado citado pelo Kyiv Independent. “Caso a NATO continue a tentar infringir a dignidade, soberania, segurança e interesses da RPDC, seguindo cegamente os EUA, será responsabilizada pelas consequências trágicas que daí advirão”, acrescentam.

Os militares ucranianos usaram armas químicas ocidentais na zona de Sudzha, em Kursk (na Rússia) em agosto deste ano, disse esta segunda-feira o chefe das Tropas de Radiação, Proteção Química e Biológica da Rússia.

“Em agosto de 2024, foram revelados factos de que o regime de Kiev usou secretamente armas químicas sob o disfarce de conchas de fumo. Em particular, gangues armados ucranianos usaram bombas de fragmentação de 155 mm na cidade de Sudzha, na região de Kursk, a 11 de agosto, [ataque] em resultado do qual mais de 20 pessoas sofreram”, disse, citado pela TASS, Igor Kirillov, chefe daquela entidade, que está na esfera do Ministério da Defesa russo.

Moscovo diz que as armas utilizadas foram fornecidas à Ucrânia em setembro de 2023, num pacote de assistência militar do Ocidente.

O comissário de Direitos Humanos do Parlamento Ucraniano, Dmytro Lubinets, disse que militares russos cometeram outro crime de guerra ao executar soldados ucranianos desarmados na vila de Niu-York, na região de Donetsk.

“Surgiram recentemente vídeos nas redes sociais que mostram os supostos tiroteios e assassinatos pelo exército russo de soldados ucranianos que se tinham rendido. Outro vídeo surgiu na internet, onde os ocupantes provavelmente estão a disparar contra soldados ucranianos desarmados na região de Donetsk”, disse Lubinets, citado pela agência de notícias da Ucrânia Ukrinform.

O responsável sublinhou que estes atos são “inaceitáveis e uma violação dos direitos humanos” e revelou que encaminhou o caso para a ONU.

O ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Brekelmans, anunciou na rede social X que a Ucrânia já recebeu cinco caças F-16 doados por Haia.

“Pela primeira vez, posso anunciar oficialmente que os primeiros F-16 neerlandeses foram entregues à Ucrânia”, escreveu, acrescentando que os outros 24 caças prometidos vão ser entregues a Kiev nos próximos meses.

For the first time, I can officially announce that the first Dutch F-16s have been delivered to Ukraine.

This is urgently needed. In Kharkiv, I saw the damage from Russian airstrikes and heard frequent air raid alarms.

The rest of the 24 jets will follow in the coming months. pic.twitter.com/Oq6IbxQyWP

— Ruben Brekelmans (@DefensieMin) October 6, 2024

Ruben Brekelmans fez o anúncio depois de ter visitado a cidade ucraniana de Kharkiv, onde pôde ver os estragos causados pelos constantes ataques russos.

Cerca de 661 mil soldados soldados russos foram mortos ou ficaram feridos desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, segundo a contabilização do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Numa publicação na rede social Facebook, aquele organismo militar avança que, só nas últimas 24 horas, foram mortos ou feridos 1160 soldados russos.

Ao todo, em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu quase 9 mil tanques, quase 18 mil veículos de combate blindados, 26 mil veículos e tanques de combustível, 19 mil sistemas de artilharia, 1.223 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 972 sistemas de defesa aérea, 368 aviões, 328 helicópteros, 16.643 drones, 28 navios e barcos e um submarino.

A defesa anti-aérea da Ucrânia intercetou esta manhã mísseis russos Kinzhal (considerados hipersónicos) que foram lançados contra a capital ucraniana, escreve o Kyiv Independent, citando a Administração Militar da cidade de Kiev.

Ainda assim, os destroços dos mísseis caíram em Kiev, causando explosões, que foram ouvidas por volta das 8h30 da manhã (6h30 em Lisboa).

Os detritos foram encontrados nos distritos de Solomianskyi, Shevchenkivskyi e Holosiivskyi, no centro da capital ucraniana, e não terão causado vítimas, segundo as primeiras informações divulgadas.

Numa nova atualização feita no Telegram , o chefe da Administração Militar de Kiev (Serhiy Popko) esclareceu que a Força Aérea detetou os mísseis que foram lançados por caças russos Mig-31 em direção a Kiev e Starokostiantyniv (na região de Khmelnytskyi), onde está localizada uma grande base aérea ucraniana.

Apesar de não terem causado vítimas, os destroços dos mísseis causaram danos em três carros, no telhado de um prédio residencial e no telhado de um supermercado.

Um ataque ucraniano a um depósito de petróleo em Feodosia, na Crimeia, provocou um incêndio de larga escala, segundo as Forças Armadas da Ucrânia.

Os habitantes locais relatam ter ouvido várias explosões antes de o incêndio deflagrar.

As autoridades confirmam o incêndio e acrescentam que ninguém morreu na sequência deste ataque: “Há um incêndio no depósito de petróleo de Feodosia. Os serviços de emergência estão no local. Não há registo de vítimas ou feridos”, disse Oleg Kryuchkov, conselheiro do governo russo da Crimeia, citado pelo Kyiv Independent.

A Rússia voltou a atacar Kiev durante a madrugada. No quarto ataque aéreo à região desde que o mês começou, a Administração Militar da capital ucraniana no Telegram relata que foram detetados cerca de 20 drones nas últimas horas — e que todos foram destruídos.

Durante a madrugada os alertas soaram durante várias horas, tendo sido ouvidas diversas explosões, em vários pontos da cidade. O chefe da administração militar de Kiev, Serhii Popko refere ainda terem sido lançados rockets e que os destroços caíram nas zonas de Solomianskyi e Holosiivskyi. Não há registo de vítimas.