Momentos-chave
- Kiev analisa vídeo que alegadamente mostra russos a matar prisioneiros de guerra ucranianos
- Autarca de Kiev diz que Ucrânia está a caminhar para autoritarismo
- Alemanha anuncia novo pacote militar para Ucrânia
- Petro Poroshenko impedido de sair da Ucrânia por planear encontro com primeiro-ministro húngaro
- Central nuclear de Zaporíjia teve energia cortada durante a noite
- Rússia apresenta novas acusações contra Navalny, opositor do Kremlin já preso
- "O que estamos a fazer é seguir um plano. Fazemo-los recuar matando-os, porque estão no nosso território" diz ministro da Defesa ucraniano
- Kiev pode reabrir aeroporto internacional em breve, diz chefe de gabinete de Zelensky
Histórico de atualizações
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Este liveblog vai ficar por aqui. Pode continuar a acompanhar o que vai acontecendo na Guerra na Ucrânia no novo liveblog que abrimos este domingo.
Procuradoria da Ucrânia investiga alegadas execuções de prisioneiros
Continue connosco. Obrigada por nos acompanhar.
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Kiev analisa vídeo que alegadamente mostra russos a matar prisioneiros de guerra ucranianos
As Forças Armadas da Ucrânia estão a verificar a autenticidade de um vídeo que mostra alegadamente o momento em que prisioneiros de guerra ucranianos são mortos por soldados russos.
⚡️Armed forces check video of Russians reportedly killing Ukrainian POWs.
Ukraine's Armed Forces are reviewing a video that appears to show Russian troops gunning down Ukrainian POWs, Oleksandr Shtupun, the spokesman for the Tavria group of forces, told online newspaper…
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) December 2, 2023
O porta-voz do comando da região de Tavria, Oleksandr Shtupun, disse ao jornal Ukrainska Pravda que estão a analisar o vídeo publicado na conta de Telegram DeepState e que mostra alguns dos prisioneiros de mãos atadas.
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Autarca de Kiev diz que Ucrânia está a caminhar para autoritarismo
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que a Ucrânia está a percorrer um caminhar em direção ao autoritarismo. “A certo ponto não seremos muito diferentes da Rússia, onde tudo depende dos caprichos de um único homem”, afirmou durante uma entrevista ao jornal Der Spiegel, citada pelo Kyiv Independent.
Klitschko afirmou que a Ucrânia estava caótica e sem liderança nos primeiros meses da invasão russa, destacou o papel dos presidentes da câmara ucranianos na proteção dos civis e no apoio aos militares.
Já em declarações ao 20 Minuten, Klitschko abordou o que considera ser alguns erros do Presidente ucraniano durante o conflito. “As pessoas perguntam o porquê de não termos estado melhor preparados para esta guerra, os motivos para Zelensky ter negado até o fim que isto ia acontecer ou como foi possível que os russos conseguissem chegar a Kiev tão rapidamente. Havia muita informação que não correspondia à realidade”, afirmou.
Acrescentou, ainda assim, que o Presidente tem hoje uma “função importante” e que é necessário apoiá-lo até ao fim da guerra. “Mas no final desta guerra, cada político pagará pelos seus sucessos ou fracassos”, sublinhou.
Questionado sobre se ambiciona chegar a Presidente, Klitschko disse que falar agora sobre as suas ambições políticas “não seria sensato”. “Hoje a única questão é se a Ucrânia continua a existir. Putin não aceita a Ucrânia como país independente, isso não é segredo. Ele diz que a Ucrânia faz parte do Império Russo. Lutamos pela nossa liberdade e independência”, destacou.
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Alemanha anuncia novo pacote militar para Ucrânia
A Ucrânia vai receber um novo pacote de apoio militar da Alemanha, que inclui veículos, munições e sistemas de deteção de drones, segundo noticiou o Kyiv Independent.
⚡Germany announces new military aid package includes vehicles, drone-detection systems.
The package included four HX81 tractors, eight Zetros off-road trucks, four other vehicles, 15 HLR 338 precision rifles and 60,000 rounds of ammunition, and five drone-detection systems.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) December 2, 2023
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Petro Poroshenko impedido de sair da Ucrânia por planear encontro com primeiro-ministro húngaro
Os Serviços de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em inglês) revelaram hoje que pediram ao parlamento ucraniano para cancelar a permissão do ex-Presidente Petro Poroshenko para sair do país porque este estaria a planear encontrar-se com o primeiro-ministro húngaro.
O SBU alertou que um encontro entre Poroshenko e Viktor Orban seria aproveitado pelos russos como propaganda, uma vez que desde o início da guerra a Hungria tem repetidamente bloqueado a entrega de fundos europeus à Ucrânia e se tem oposto às sanções contra a Rússia e à abertura de negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.
O ex-Presidente ucraniano tornar-se-ia uma “ferramenta nas mãos dos serviços especiais russos”, avisaram, segundo o Kyiv Indepedent.
Poroshenko denunciou na sexta-feira que guardas fronteiriços o impediram de deixar o país apesar de ter recebido uma autorização para o efeito. O antigo governante disse acreditar que o bloqueio se devia a motivos políticos e sugeriu que a decisão vinha de cima. “Isto é sabotagem anti-ucraniana”, sublinhou.
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Central nuclear de Zaporíjia teve energia cortada durante a noite
A central nuclear de Zaporíjia, atualmente ocupada pela Rússia, sofreu um corte de energia durante a noite passada. A central estava a ser alimentada por uma linha de rede elétrica proveniente do território controlado pela Ucrânia, que terá sido interrompida, mas foi entretanto reposta, segundo a Reuters.
A central já não está totalmente operacional, mas precisa de energia mas manter a refrigeração de um dos quatro reatores, que estará em “conservação aquecida”.
O ministro da Energia da Ucrânia emitiu um comunicado no Telegram onde especifica que uma linha de rede elétrica foi cortada na sexta-feira à noite e a última linha terá sido cortada já às 2h31 da madrugada de sábado. Foram acionados 20 geradores a gasóleo para fornecer a energia necessária à central. A segunda linha foi reparada pelas 7h00 da manhã e o fornecimento de energia foi reposto.
No comunicado, o ministro alertou para o perigo que a falha de energia poderia representar. “Este é o oitavo apagão que ocorre [na central de Zaporíjia] e podia ter levado a uma catástrofe nuclear.”
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Rússia apresenta novas acusações contra Navalny, opositor do Kremlin já preso
O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que se encontra preso, foi alvo de novas acusações por parte dos procuradores russos, foi hoje divulgado. Alexei Navalny, de 47 anos, já está a cumprir mais de 30 anos de prisão, depois de ter sido considerado culpado de crimes como extremismo – acusações que os seus apoiantes consideram ter motivações políticas.
Em comentários transmitidos aos seus colaboradores, Navalny disse que tinha sido acusado ao abrigo do artigo 214 do código penal russo, que abrange crimes de vandalismo.
“Nem sei se devo descrever as minhas últimas notícias como tristes, engraçadas ou absurdas”, escreveu ele em comentários nas redes sociais na sexta-feira através da sua equipa, acrescentando: “Não faço ideia do que é o artigo 214 e não há onde procurar. Saberão antes de mim”.
1/5 I have mo idea which word to use to describe my latest news. Whether it's sad, funny or absurd.
They bring me letters:
– Any letters from my wife?
– Censored.
– Any papers from the lawyer?
– Censored.
– And what do you have?
– There's one from the investigator.— Alexey Navalny (@navalny) December 1, 2023
Navalny, que lidera a partir da prisão uma equipa que faz publicações nas redes sociais, afirmou que as acusações fazem parte do desejo do Kremlin de “iniciar um novo processo criminal” contra ele “a cada três meses”.
“Nunca antes, um condenado em prisão solitária durante mais de um ano teve uma vida social e política tão rica”, brincou. Alexei Navalny é um dos opositores mais firmes do Presidente Vladimir Putin, e tornou-se conhecido por fazer campanha contra a corrupção oficial e organizar grandes protestos anti-Kremlin.
O ex-advogado foi preso em 2021, depois de ter regressado a Moscovo vindo da Alemanha, onde recuperava do envenenamento com um agente que ataca o sistema nervoso de que foi vítima e que atribuiu ao Kremlin.
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"O que estamos a fazer é seguir um plano. Fazemo-los recuar matando-os, porque estão no nosso território" diz ministro da Defesa ucraniano
“É ingénuo atacar-nos. É ingénuo chegar aqui e pensar que não lhe damos um soco na cara”, disse o ministro da Defesa da Ucrânia, numa entrevista dada à Associated Press, transmitida na CNN.
Rustem Umerov, esteve em visita a Kupiansk, na passada quinta-feira e falou à AP no interior de um veículo, acompanhada por soldados vestidos com camuflado. “O que estamos a fazer é seguir um plano. Fazemo-los recuar matando-os, porque estão no nosso território”, explicou o político. “Quando defendemos o nosso território, é um direito que Deus nos dá. Defender o nosso povo, o nosso território.”
O ministro da Defesa acrescenta ainda que “eles afirmam ter um dos maiores exércitos do mundo, o que vemos é um regime autoritário a entrar num território soberano, a atacar com uma invasão de grande escala,com todo o poderio que tem”.
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Kiev pode reabrir aeroporto internacional em breve, diz chefe de gabinete de Zelensky
A Ucrânia tem condições para, em breve, poder reabrir o aeroporto internacional de Kiev, admite o chefe de gabinete de Volodymyr Zelenksy, o Presidente ucraniano.
“Este regresso às situações associadas à paz será possível porque a Ucrânia se tornou mais forte”, diz Andriy Yermak, garantindo que o país tem condições para garantir a segurança daquele local, graças às forças armadas ucranianas e à ajuda dos parceiros internacionais.
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Bom dia.
Vamos concentrar neste artigo liveblog todas as últimas notícias relacionadas com a guerra na Ucrânia, ao longo deste sábado.
Deixamos, aqui, a ligação para o liveblog de ontem, sexta-feira, que terminou com a informação de que Putin assinou um decreto para aumentar tropas devido às “atividades agressivas da NATO”.
Muito obrigado por nos acompanhar.