O Exército israelita adiantou esta segunda-feira que intercetou dois “projéteis” acima do território israelita disparados do norte da Faixa de Gaza, onde decorre uma guerra há mais de um ano com o movimento islamita palestiniano Hamas.

“Dois projéteis que entraram pelo norte da Faixa de Gaza foram intercetados pela força aérea”, revelaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês), depois de as sirenes terem sido ativadas em áreas que fazem fronteira com o território palestiniano.

Israel já tinha anunciado no sábado e domingo que tinha sido alvo de projéteis disparados de Gaza, todos intercetados ou caídos em zonas desabitadas.

As forças israelitas intensificaram a sua ofensiva terrestre e aérea no norte de Gaza desde 6 de outubro, para impedir o reagrupamento dos combatentes do Hamas.

Passando o marco de um mês após a implementação de um acordo de cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel, as Nações Unidas confirmam que mais de 800 mil libaneses já regressaram a casa, cita a Al Jazeera.

Na rede social X, o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, em inglês) refere que mais de 160 mil pessoas continuam deslocadas e alertam para os vários desafios em torno da repovoação dos territórios previamente ocupados pelas forças militares do Hezbollah, no sul do rio Litani.

Aya has changed schools 7 times due to the situation in #Lebanon.

"Thankfully, I am with my family and no one has been separated or lost."

With timely funding released from @UNCERF, UNHCR was able to provide displaced families with shelter and protection. pic.twitter.com/miLpkjp36z

— UN Humanitarian (@UNOCHA) December 30, 2024

Soaram milhares de alarmes esta noite na região centro de Israel na sequência do lançamento de um míssil balístico vindo do Iémen. Houthis devem ter sido os responsáveis mas, de acordo com as IDF, o míssil foi intercetado antes de entrar em território israelita.

בהמשך להתרעות שהופעלו לפני זמן קצר במרכז הארץ, יירט חיל האוויר טיל אחד ששוגר מתימן.
הטיל יורט בטרם חצה לשטח הארץ, ההתרעות הופעלו מחשש לנפילת שברי יירוט

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 30, 2024

O serviço de emergência Magen David Adom, citado pelo jornal The Times of Israel, afirma não ter conhecimento de feridos resultantes diretamente da tentativa de ataque iemenita, mas que “algumas pessoas estão a sofrer ansiedade aguda ou ficaram feridos no caminho até aos abrigos”.

Duas pessoas morreram no norte de Gaza depois de uma caravana de apoio humanitário ter sido intercetado por homens armados, informa o Programa Mundial de Alimentos (PMA). Segundo o Hamas, a agência da ONU é “totalmente responsável”.

Em comunicado citado pela agência France Presse, o PMA afirma ter planeado um “movimento coordenado para a entrada de 40 camiões” com apoio humanitário para os palestinianos. Nas operações este domingo, foram “confrontados com pilhagens violentas e armadas”, resultando na perda de cinco camiões.

O Hamas, por sua vez, responsabiliza a agência pelo acontecimento que vitimou duas pessoas, referindo um “erro catastrófico” por parte da PMA. “Exigimos que não violem o protocolo seguido em matéria de coordenação para garantir a entrada de camiões de ajuda”, escreve o grupo palestiniano.

O PMA relembra que, ao longo das últimas duas semanas, “quase todos os movimentos de ajuda através dos pontos de passagem no sul e no centro de Gaza resultaram em violência, pilhagens e mortes trágicas”.

A diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONU, diz que a “crise em Gaza atingiu um ponto de rutura insuportável”. Numa publicação na rede social X, Amy Pope relembra que 90% da população do enclave foi deslocada, equivalendo a cerca de 1,9 milhões de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas.

“Vidas inocentes, incluindo bebés, são perdidas devido ao frio do inverno. Os hospitais e os abrigos são alvo de ataques. Os Estados-membros têm de atuar agora para evitar mais devastação e restaurar a esperança de paz em 2025”, escreve Pope.

As the new year nears, the crisis in #Gaza has reached an unbearable breaking point. Innocent lives, including infants, are lost to winter cold. Hospitals and shelters are targeted. Member States must act now to prevent further devastation and restore hope for peace in 2025. pic.twitter.com/UGXKOuNpua

— Amy Pope (@IOMchief) December 30, 2024

Duas autoridades anunciaram esta segunda-feira ter recebido informações sobre a morte de cinco palestinianos de Gaza detidos por Israel.

Amani Sarahna, porta-voz da Sociedade dos Prisioneiros, confirmou à agência de notícias AFP, citada pela Aljazeera, que dois dos detidos morreram este domingo, sendo que os outros três tinham morrido antes disso.

As Forças de Defesa de Israel publicaram nas redes sociais imagens que alegadamente mostram militantes do Hamas a plantar explosivos a menos de 50 metros do hospital indonésio de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

חשיפה: מחבלי ארגון הטרור חמאס מטמינים מטענים כ-45 מטרים מבית החולים האינדונזי בג׳באליה

לכל הפרטים: https://t.co/pJASN8xqr5 pic.twitter.com/IdlmUodg8K

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 30, 2024

De acordo com os militares israelitas, as imagens foram filmadas por membros do Hamas e foram adquiridas pelas IDF, durante operações na área à volta do hospital.

Os vídeos não estão datados. Nas últimas semanas, o hospital, localizado à porta do maior campo de refugiados de Gaza, em Jabalia, tem sido fortemente bombardeado pelas forças israelitas, segundo a Associated Press.

“Este é mais um exemplo da utilização cínica que o Hamas faz das instituições civis na Faixa de Gaza para atos terroristas, em flagrante violação do direito internacional”, afirmam as IDF.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha afirmou que o sistema de saúde no norte da Faixa de Gaza foi “obliterado”, situação que coloca os cidadãos palestinianos num risco grave de não terem acesso a cuidados básicos, de acordo com a AlJazeera.

Segundo a Cruz Vermelha, o hospital de Kamal Adwna, a maior instituição de saúde no norte de Gaza, está agora “completamente inoperável”, depois de ter sido alvo de um ataque israelita na semana passada.

Os novos líderes da Síria têm integrado combatentes estrangeiros nas Forças Armadas da Síria, num esforço de criar um exército profissional a partir de vários grupos rebeldes, segundo fontes sírias consultadas pelo Times of Israel.

De 50 cargos militares anunciados ontem pelo ministério da Defesa, pelo menos, cinco foram atribuídos a forasteiros. Entre estes estão um jordano, um turco e vários uigures.

As imagens captadas nos últimos dias nos arredores do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, mostram um rasto de destruição, que já é comum a todo o território palestiniano.

Dezenas de doentes foram transportados em condições improvisadas para outros centros hospitalares, também eles improvisados.

Ambulâncias visivelmente danificadas transportaram, nas primeiras horas do desmantelamento do hospital pelas forças israelitas, os doentes mais urgentes.

Fotografias captadas pela pouca imprensa no local mostram centenas de doentes sem abrigo e sem condições de receber tratamento médico nas ruas de Gaza.

Quatro palestinianos morreram e outros ficaram feridos num ataque aéreo israelita a Jabalia, no norte da cidade de Gaza, de acordo com fontes médicas, consultadas pela agência de notícias palestiniana WAFA.

Um militar das Forças de Defesa de Israel foi morto em combate no norte da Faixa de Gaza hoje, anuncia o exército israelita, segundo o Times of Israel. Outros três soldados ficaram severamente feridos no mesmo incidente, na zona de Beit Hanoun.

Esta segunda-feira, o ministro das Finanças israelita Bezalel Smotrich acusou o seu colega de executivo, Itamar Ben Gvir, de “populismo”.

A tensão no governo israelita radica na recusa do partido de Ben Gvir, o Otzma Yehudit, em votar a favor de um projeto de lei chave para o orçamento de Estado, protestando contra os cortes que a sua pasta, da Segurança Nacional de Israel, foi alvo.

“Nunca pediu algo que não acabasse por receber”, disse Smotrich, referindo-se a Ben Gvir, que criticou por se estar a fazer de “Pai Natal”, ao prometer “prendas” aos trabalhadores e instituições dependentes do seu ministério.

Num comunicado, o Otzma Yehudit, de extrema-direita, afirmou que “até que Smotrich pare de prejudicar a polícia, o serviço prisional e os bombeiros, nós vamos votar contra” a lei em questão. A dimensão da redução do financiamento do ministério da Segurança Nacional não foi até agora revelada, mas faz parte de um corte transversal a todas as pastas, de acordo com o Times of Israel.

O ministro israelita da Energia, Eli Cohen, ameaçou assassinar o líder dos Houthi no Iémen, Abdul-Malik al-Houthi, numa altura em que as tensões regionais aumentam devido à guerra de Israel em Gaza, noticiam os meios de comunicação locais.

“Estou a enviar uma mensagem ao líder dos Houthi de que, se continuar com as suas ações, acabará exatamente como Sinwar [o líder do Hamas morto em outubro] e Nasrallah [o secretário-geral do Hezbollah morto em Beirute em setembro]”, disse Cohen à estação de rádio israelita 94 FM, citado pela Aljazeera.

Os novos governantes da Síria nomearam Maysaa Sabrine, antiga vice-governadora do banco central sírio, para dirigir a instituição, avançou um alto funcionário sírio, citado pelo Times of Israel.

A nomeação faz de Sabrine a primeira mulher a liderar a instituição, substituindo Mohammed Issam Hazime, que foi nomeado governador em 2021 pelo Presidente derrubado, Bashar al-Assad.

O Hamas considera Israel “totalmente responsável” pela segurança do diretor do hospital Kamal Adwan, Abu Safiya, que estará detido em Sde Teiman, um centro de detenção israelita localizado no deserto de Negev, perto da fronteira com Gaza.

A declaração emitida pelo grupo terrorista é citada pela Aljazeera esta segunda-feira. A detenção do diretor hospitalar aconteceu durante um ataque israelita ao hospital do centro de Gaza.

“Consideramos a ocupação sionista totalmente responsável pela segurança do Dr. Hussam Abu Safia e de todos os enfermeiros e paramédicos que enfrentaram o mesmo destino desconhecido depois de terem sido raptados pelas forças de ocupação”, lê-se no comunicado.

A informação da detenção de Safiya foi avançada pela CNN, a partir de relatos de ex-detidos palestinianos no mesmo local que foram recentemente libertados. Dois deles afirmam que viram Hussam Abu Safiya no centro de detenção que também funciona como base militar.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram a morte de “dezenas de terroristas”, na sequência de ataques na última noite, em Jabalia, no norte de Gaza.

Numa publicação na rede social X, as IDF dizem que “eliminaram muitos esquadrões terroristas em emboscadas”, com recurso a bombardeamentos, depois de “serem vistos a fugir com armas nas mãos”.

צוות הקרב של חטיבה 401, גבעתי והיחידה הרב מימדית, בפיקוד אוגדה 162 פעלו הלילה במרחב ג׳באליה >> pic.twitter.com/9Skova25VH

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 30, 2024

O diretor do hospital Kamal Adwan estará detido em Sde Teiman, um centro de detenção israelita localizado no deserto de Negev, perto da fronteira com Gaza.

A informação é avançada pela CNN, a partir de relatos de ex-detidos palestinianos no mesmo local que foram recentemente libertados. Dois deles afirmam que viram Hussam Abu Safiya no centro de detenção que também funciona como base militar.

Um dos ex-prisioneiros disse à CNN que os elementos da equipa do hospital Kamal Adwan, detidos desde a operação israelita no sábado, foram “muito mal tratados, especialmente os médicos”.