Imagens partilhadas nas redes sociais mostram que dois carros acabaram por ser igualmente atingidos pelas chamas que destruíram um autocarro em Santo António dos Cavaleiros, Loures.

Segundo a CMTV, os incidentes não provocaram feridos.

Imagens do canal Now mostram as autoridades a deter mais uma pessoa na zona da Cova da Moura. É igualmente possível ver elementos da PSP cheirarem o conteúdo de uma garrafa que estaria na posse do detido, possivelmente para tentar perceber se o líquido seria inflamável.

Um segundo autocarro foi consumido pelas chamas esta madrugada. Desta vez, foi em Santo António dos Cavaleiros, Loures. Segundo a CMTV, as chamas já foram controladas pelos bombeiros.

No local, além dos bombeiros, encontra-se um forte dispositivo policial e várias ambulâncias.

A madrugada, na Cova da Moura, ficou marcada por um episódio com um condutor que resistiu à ordem das autoridades.

Cerca das 1h20, estava a a passar de carro numa rotunda e não acatou logo a ordem para parar o carro. Depois, já fora do veículo, também não se deitou logo no chão à ordem da polícia. O homem acabou por ser imobilizado pelas autoridades e algemado.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Vários minutos depois, com o homem já em as algemas, o carro foi revistado minuciosamente. Com a situação mais calma, o homem parece ter sido identificado pela polícia, mas não terá sido detido.

*Com Maria João Brás

Um grupo de encapuçados destruiu, há cerca de uma hora, vários ecopontos em Monte Abraão. Segundo o relato da CMTV, foi com a ajuda de cocktails molotov que os elementos do grupo queimaram os caixotes do lixo.

O grupo terá dispersado depois de alguns vizinhos terem ameaçado chamar as autoridades.

Um autocarro foi incendiado na Arrentela, no Seixal, e rapidamente consumido pelas chamas. Segundo o Now, o transporte levava cerca de 10 passageiros foi obrigado a parar junto de uma passadeira, tendo o motorista acatado as ordens.

O grupo de cerca de 20 pessoas de cara tapada, que não estavam armados, entrou no autocarro e lançou fogo ao veículo com a ajuda de jerricãs com gasolina.

Os bombeiros já conseguiram controlar as chamas e a PSP criou um perímetro de segurança.

A polícia de intervenção confirma que foram lançados cocktails molotov e very lights na Cova da Moura. À entrada do bairro, foram queimados pelo menos dois caixotes do lixo.

A polícia está a controlar o perímetro à frente do edifício da Santa Casa da Misericórdia, sendo que é possível ver um pequeno foco de incêndio dentro da propriedade da instituição.

Oito carrinhas com polícias chegaram há poucos minutos à Portela de Carnaxide, em Oeiras. As autoridades reforçam assim a presença da autoridade neste bairro onde, na terça-feira, ardeu um dos dois autocarros destruídos durante os distúrbios que alastraram à Área Metropolitana de Lisboa.

Uma equipa dos bombeiros de Queluz está a combater um incêndio na Praceta Henrique Pousão. Cerca das 23h40, a PSP foi alertada para dois caixotes a arder junto a carros estacionados naquela rua.
Uma equipa da UEP também esteve no local, mas não foram feitas quaisquer detenções.

Fotos Pedro Raínho

Novos focos de incêndio deflagraram hoje à noite em vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, com carros incendiados na Amadora, na sequência dos desacatos ocorridos desde a morte de um homem baleado pela polícia, indicou a PSP.

De acordo com o porta-voz nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), subintendente Sérgio Soares, registaram-se focos de incêndio em caixotes de lixo nos concelhos de Lisboa, Amadora, Oeiras e Sintra, e também no Monte da Caparica, em Almada (distrito de Setúbal).

Na Amadora, houve alastramento dos focos de incêndio para viaturas, confirmou à Lusa o responsável, sem precisar o total de ocorrências.

De acordo com as informações disponíveis no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, desde as 22h00 há registo de mais de uma dezena de ocorrências relativas a “detritos” nos distritos de Lisboa e Setúbal, nomeadamente em Queluz (concelho de Sintra), Alfragide (Amadora), Camarate (Loures), Carcavelos (Cascais), Carnide (Lisboa), Mina de Água (Amadora), Corroios (Seixal), Caparica (Almada) e Moita.

Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contactada pela Lusa escusou-se a adiantar mais pormenores além das informações disponíveis na página da Internet.

Ainda na entrevista à RTP 3, Pedro Nuno Santos ainda falou das declarações de Luís Montenegro, no congresso do PSD, sobre medidas de combate à ciminalidade e disse que esse combate “é importante”, embora defenda que não se deve “alimentar a perceção errada sobre insegurança. O país é seguro”, afirmou.

Também disse que não equipara “os discurso do primeiro-ministro aos do líder da extrema direita portuguesa” nesta matéria, “mas é muito importante que quem tem responsabilidade de chefiar um Governo não se concentre no tema da segurança pelo lado da repressão, mas que perceba o que está a acontecer e fazer o que tem de fazer para promover a coesão social”.

O líder socialista disse que tem responsabilidades políticas “tem de ter discurso pedagógico e empático” sobre estes temas.

defendeu uma política que “quebre os ciclos de reprodução da pobreza”, e que foram cometidos erros quando se construiram bairros para alojar pessoas que vivieram em barracas cometemos erros no processo

o combate à criminalidade ´emuito importante, não queremos alimentar perpecpção errada insegurança no pais o nosso país eé seguro tem problemas qu etêm de ser atacados

não estou a equiparar os discurso do primeiro-ministro aos do líder da extrema direita portuguesa, mas é muito importante que quem tem responsabilidade de chefiar um Governo não se concetern no tema da segurança pelo lado da repressão, mas que perceba o que está a contecer e fazer o que tem de fazer para promover a coesão social.

No Monte da Caparica, voltam a registar-se pequenos incidentes. Segundo a CMTV, dois caixotes do lixo foram destruídos pelo fogo esta noite, estando os bombeiros a apagar as chamas.

Duas pessoas foram detidas na Pontinha na noite de hoje. Segundo a CMTV, os dois homens foram detidos quando se preparavam para provocar incêndios e foram apanhados pelas autoridades.

O líder do PS espera que o que aconteceu nas últimas noites não se multiplique. “Precisamos de um Estado de Direto sólido, forte, democrático que implica o respeito pela lei. E queremos que seja para todos e não apenas para um dos lados”, disse em entrevista à RTP3.

“Há um líder político em particular que explora estes episódios para benefício eleitoral e revela total ausência de empatia com o outro. Há um cidadão que perdeu a vida e isso deve suscitar a todos empatia desde logo com a família deste cidadão”, disse Pedro Nuno Santos. E acrescentou que “ao mesmo tempo também se deve pensar no jovem agente de segurança” que também deve “suscitar empatia”.

Na entrevista que decorre neste momento, Pedro Nuno diz que “os deputados do PS vão reunir-se com associações destes bairros”, garantindo que o partido se “preocupa com a situação em que vivem as pessoas e a violência e a criminalidade”.

Pedro Nuno Santos disse que “há problemas” em alguns bairros e não são de agora. “merece reflexão e abordagem séria e descomplexada da parte de todos sobre a situação em que vivem e os fenómenos de criminalidade que existem mas que não caracterizam esses bairros”.

Ao mesmo tempo diz que não se pode “ignorar que existe racismo e violência policial e isso exige cautela nas conclusões apressadas” sobre o caso.

Uma patrulha da PSP foi alvo de apedrejamentos esta noite na localidade de Serra das Minas, em Sintra. O Observador sabe que grupos organizados também estiveram a reunir peças de mobiliário e outros materiais na via pública, incendiando-os de seguida.

De acordo com as informações recolhidas pelo Observador, outros focos de incêndio foram registados em vários pontos do concelho e nos concelhos vizinhos ao longo da noite.

“Está a arder um pouco por todo o lado: caixotes do lixo a arder em Queluz, Cacém, Serra das Minas”, diz ao Observador fonte policial.

“Incendiaram a parte de cima da estação de Queluz”, diz a mesma fonte ao Observador.

Depois de um início de noite tranquilo e de convívio, viveram-se momentos de tensão no bairro do Zambujal. Os jornalistas estão agora fora do bairro, perto da esquadra do Zambujal, depois de terem sido atiradas pedras, petardos e garrafas.

Não há vítimas e o único dano registado verificou-se num carro de serviço de um meio de comunicação. Momentos antes, um grupo de jovens tinha dito ao Observador que os jornalistas deviam sair do bairro e expressaram a sua revolta com a forma como a situação está a ser retratada pela imprensa.