Histórico de atualizações
  • O dia de campanha fica por aqui. Amanhã vamos acompanhar em direto o último dia de campanha. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Edgar Silva: "A rua clama por abril"

    O candidato presidencial Edgar Silva chamou hoje a atenção para a diferença entre o que estimam as sondagens, que apontam “para o passado”, e o “clamor da rua, dos trabalhadores e do povo”, questionando “quem fala verdade”.

    “As sondagens têm a ver com o que era antes, na semana anterior, anteontem. Hoje, a rua clama por abril. Entre a rua e a vida, quem fala verdade? É a vida, a rua, o povo, os trabalhadores”, afirmou, depois de serem conhecidos diversos estudos de opinião em que figura com intenções de voto até 5%.

    Lusa

  • Afinal havia outro. Marcelo tem outro mandatário

    O candidato presidencial tem apresentado com pompa e circunstância a mandatária nacional Maria Pereira, de 29 anos, como marca distintiva da sua candidatura, pela idade e também por ser uma jovem cientista que representa o futuro.

    Mas afinal… Marcelo tem outro mandatário nacional. Na Comissão Nacional de Eleições aparece Fernando Fonseca Santos, jurista, como mandatário nacional da candidatura.
    A história começou a correr nas redes sociais.

    Ao Observador, a candidatura diz que Fernando Fonseca Santos é na verdade uma espécie de “mandatário legal”, porque na altura em que Marcelo lançou a candidatura era necessário dar um nome para as “questões burocráticas”. A candidatura lembra que Maria Pereira é que é a mandatária nacional, no sentido político e que o mandatário figura apenas no papel entregue na CNE.

  • Num comício praticamente vazio, Maria de Belém insurge-se: "Em política não vale tudo"

    Um comício difícil, talvez o mais difícil da carreira de Maria de Belém. Começou com um hora de atraso, para ver se enchia, mas não encheu. Perante uma sala na FIL Junqueira praticamente vazia, Maria de Belém centrou todas as energias na defesa do seu carácter. Aquele que deveria ter sido um dos momentos de consagração da candidata acabou com a socialista a fazer a defesa da honra. E novamente com o caso das subvenções vitalícias como pano de fundo.

    “Não aceito juízes de carácter. Em política não vale tudo. Pode haver muitas opiniões e eu respeito-as todas. [Mas] nunca me escondi para assinar o que quer que fosse. E nunca andei ao sabor das conveniências, nem dos oportunismos. Sou uma pessoa de honra e de palavra e nunca me escondi atrás do quer que fosse”, atirou a socialista.

    Maria de Belém voltou a lembrar que foi durante o Governo de José Sócrates que se pôs termo às subvenções vitalícias e que essa decisão contou com o voto da então deputada do PS. Ainda assim, e esse é um ponto de honra para Maria de Belém, é que o que agora está em causa é uma aplicação retroativa de cortes que ferem o princípio da confiança. E com isso, diz Belém, não pode nunca concordar.

    A socialista não poupou, de resto, críticas às afirmações de Sampaio da Nóvoa e de Marisa Matias. Ao primeiro, que garantiu que ia acabar com estas subvenções, Maria de Belém acusou-o de desrespeitar os três ex-Presidentes da República que agora o apoiam. Quanto a Marisa Matias, que classificou como “vergonhosa” a decisão do Tribunal Constitucional, Maria de Belém acusou-a de “insultar o Tribunal Constitucional”.

    Depois de lembrar que nem o Governo de direita, que viu muitas das suas medidas serem chumbadas pelos juízes do Palácio Ratton, insultou o Tribunal Constitucional desta maneira, Maria de Belém deixou o desabafo: “Era preciso haver candidatos de esquerda que viessem dizer que agora o Tribunal e as suas decisões eram uma vergonha. Isto não é tolerável, repito. [Isto] é absolutamente chocante e inaceitável”.

    Maria de Belém não largava o tema e voltou à carga. “Não haverá nunca nenhum eleitoralismo que me faça ceder. Nunca haverá nenhuma vontade de subir nas sondagens que me faça ceder. E nunca comprometerei a minha consciência para obter ganhos fáceis e rápidos, porque os ganhos rápidos e fáceis também se esgotam muito rapidamente”, atirou a socialista.

    Os poucos presentes na FIL Junqueira iam aplaudindo como podia. A terminar, Maria de Belém lamentava o facto de esta campanha não ter sido “bonita” e apelava ao voto. “Esta campanha não foi aquilo que, porventura, as pessoas esperavam que tivesse sido e que eu própria esperava tivesse sido. Não se confrontaram programas, confrontaram-se acusações. Não se confrontaram causas, nem se confrontaram energias, nem ideias diferentes. Ainda assim, “energia” e “confiança” é o que não faltará até domingo, prometeu a socialista. As cerca de 80 pessoas presentes (numa lotação de 300) deram ânimo à candidata e aplaudirem de pé Maria de Belém.

  • Nóvoa: "Quem ganha a maratona não é o que gastou a energia toda no início"

    O pavilhão do Académico Futebol Clube, no Porto, animou-se quando Sampaio da Nóvoa subiu ao palco, depois de um discurso de quase 40 minutos de Ramalho Eanes. Lembrando que durante todo o dia esteve acompanhado por Rosa Mota nas ações de campanha, o candidato presidencial disse que “tentaram fazer desta eleição uma meia-maratona”, mas que a situação mudou entretanto.

    “Quem ganha uma maratona, como a Rosa Mota bem sabe, não é o que anunciou a vitória ou que gastou a energia toda no início, mas o que teve como estratégia marcar o ritmo da corrida até ao fim”, disse Nóvoa na intervenção, que foi diversas vezes interrompida por gritos e aplausos do público. Para o candidato, as sondagens hoje reveladas demonstram que “só esta candidatura está em condições de forçar a segunda volta e essa segunda volta é cada vez mais possível, cada vez mais certa”.

    Por isso, Nóvoa fez um apelo ao voto, dirigindo-se diferenciadamente aos jovens, aos desempregados, aos emigrantes e aos indecisos. “Por cada português que saiu e tem muitas vezes dificuldade em votar, há um que pode com o seu voto fazer a diferença nestas eleições”, disse, falando depois “a todos os que acham que a política é sempre mais do mesmo e sempre mais dos mesmos”. “Infelizmente, isso é demasiadas vezes verdade. Mas é no próximo domingo que isto começa a mudar. E é uma mudança a valer e que depende da vossa adesão”, considerou.

    Para o fim, o candidato ainda reservou uma farpa (não direta) para o maior adversário, Marcelo. “Durante esta campanha houve quem quisesse adormecer Portugal e desvalorizar a importância das eleições presidenciais. Algumas candidaturas, ao fugirem aos assuntos, ao evitarem discutir política, ajudaram muitas vezes a esse processo.”

  • Marcelo pressiona Governo a fazer OE equilibrado e que resolva problema das subvenções. "É o grande teste", diz

    No dia em que o Governo aprovou o draft do Orçamento para 2016, Marcelo Rebelo de Sousa, o candidato presidencial, tem pedidos especiais a fazer ao Governo. No Porto, o candidato presidencial quer que o orçamento seja “equilibrado”, porque é o “grande teste” não “a um Governo, nem a um partido, mas a um país” e por isso deve incluir a correção de injustiças, em especial a das subvenções vitalícias.

    Tudo para que os portugueses não fiquem com a sensação de que há “dois pesos e duas medidas” e para que se restaure a confiança nos políticos. O candidato presidencial exortou esta quinta-feira a que a questão das subvenções vitalícias dos políticos fique resolvida já no Orçamento do Estado. Pelo caminho, deu um empurrão a Maria de Belém dizendo que os políticos têm de ter cuidado no que defendem.

    “Espero que o próximo Orçamento do Estado encontre uma solução que garanta que não haja portugueses de primeira, de segunda e de terceira”, disse num discurso no Porto, o mais longo da campanha até agora.

    A questão tem estado em cima da mesa nestas eleições sobretudo porque Maria de Belém foi uma das deputadas que subscreveu o pedido de constitucionalidade da medida. Marcelo, que até agora se ficava por dizer que discordava da existência de subvenções, foi mais longe e deu uma lição de moral política aos deputados que o fizeram:

    Acrescento que discordo fracamente da iniciativa de deputados, do PS e do PSD, deixando a dúvida se estavam a defender a Constituição ou uma causa própria”, disse.

    Mais do que o empurrão à adversária, Marcelo diz que os políticos devem “ter muita atenção ao que estão a defender” porque do que se trata é o “fim de sacrifício imposto a ex-políticos num momento em que o cidadão comum estava sujeito a sacrifícios”.

    Marcelo quer ser o “construtor” de consensos a começar já pelo Orçamento que é, para o candidato um “momento crucial, importante na vida do país”. O candidato já tinha vincado a importância de uma solução para o documento das contas nacionais, agora chamou-lhe o grande “objetivo nacioinal” e por isso insiste na necessidade que este seja “um Orçamento de equilíbrio de medidas sociais, tornadas urgente e imperiosas e a preocupação de não derrapagem financeira”. Isto independentemente do escrutínio externo: “Tem de ser um objetivo nacional não porque haja troika ou não haja troika”, disse. A quem o ouve garante que se for eleito, o Presidente não pode ser “um fator de ruído, de instabilidade”.

    Marcelo dispara e apela aos indecisos

    Há sempre um momento na campanha eleitoral em que os candidatos apelam aos indecisos. Para Marcelo, esse apelo apareceu no dia em que as sondagens mostram que poderá vencer à primeira volta, mas uma sondagem muito próxima de uma segunda volta. Dirigindo-se aos indecisos, Marcelo apela a que “olhem para a experiência política, para a história política” dos candidatos.

    Além do apelo, o candidato fez hoje o que ainda não tinha feito: referiu-se a casos e usou-os a seu favor. Não só as subvenções, mas como as notícias da compra de um faqueiro pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros no valor de cem mil euros. Disse Marcelo que é preciso que os políticos expliquem muito bem as opções, nomeadamente porque compram um faqueiro e não contribuem para um fundo de apoio à Síria no de valor semelhante: “O problema não estava na compra do faqueiro, o problema estava no quantitativo que é o mesmo contributo para o fundo de crise na Síria”, acusou.

  • Ramalho Eanes: "Nóvoa faz-me lembrar Jean-Jacques Rousseau"

    O general Ramalho Eanes apareceu pela segunda vez na campanha de Sampaio da Nóvoa esta noite, no Porto. Num discurso de 38 minutos, o ex-Presidente fez uma longa avaliação da biografia e percurso académico-profissional do candidato. “Só se vive a vida quando não se renuncia nem à utopia nem à revolta”, disse Eanes a propósito de Nóvoa, que pouco depois comparou a “um dos maiores filósofos europeus”. Ele, que tem “um amor militante à liberdade”, “faz lembrar Jean-Jacques Rousseau”, disse o general. Especialmente por causa desta frase, que o antigo chefe de Estado considerou aplicar-se à vida de Nóvoa: “O Homem é o ser que se aperfeiçoa do nascimento até à morte, não só para se poder melhorar mas para poder melhorar os outros”.

  • Jorge Sequeira distribuiu beijos, bananas e Moscatel em Braga

    O candidato presidencial Jorge Sequeira, que esta quinta-feira distribuiu beijos, bananas e Moscatel numa arruada em Braga, acredita que não haverá segunda volta e mostrou-se satisfeito com o “espetacular” acolhimento que a sua candidatura teve junto da população.

    Acompanhado por um grupo de bombos e por cerca de 20 “empenhados” apoiantes Jorge Sequeira desceu a Rua do Souto, uma das principais artérias pedonais da cidade de Braga, até a um dos locais de culto da cidade, conhecido como “bananeiro”.

    Pelo caminho, foram alguns os curiosos atraídos pelo barulho dos bombos e pelas palavras de ordem “A gente fica contente é com o Sequeira a presidente” ou “O país só vai para a frente se o Sequeira for presidente”, que abordaram o candidato com palavras de incentivo mas sem promessas de voto.

    Jorge Sequeira cantou, tocou bombo, trocou sorrisos e cumprimentos com quem se foi cruzando e, em jeito de festa uma vez que o candidato celebra hoje 50 anos, deixou alguns recados. “As pessoas estão fartas dos partidos. É preciso gente verdadeiramente independente, por isso esta é uma candidatura que vem da sociedade, a única verdadeiramente independente e que veio dar alegria a este povo”, disse.

    Rua abaixo, cartazes para cima, Jorge Sequeira fez uma “paragem obrigatória” na Casa das Bananas, conhecida como “bananeiro” e cuja especialidade é o copinho de Moscatel acompanhado por uma banana, onde ensaiou uma desgarrada improvisada, embora escrita, com Pedro Malheiro, tocador de concertina. Já depois de ter distribuído copos de Moscatel e bananas pela comitiva, Jorge Sequeira foi “o menino” da festa com os amigos, camaradas e apoiantes a cantarem-lhe os parabéns, facto não muito usual, uma vez que nesta época do ano costuma fazer “uma viagenzinha” em família.

    Sobre o resultado das eleições de dia 24, o candidato acredita que o sucessor de Cavaco Silva será eleito já no domingo. “Eu acho que não vai haver segunda volta. É um ‘feeling’. O meu ‘feeling’ não vale nada mas admitindo que aquilo que a comunicação social e as sondagens têm validade, tudo indica que não. Mas verdades absolutas há muitas. É um pleonasmo já agora. Fica aqui um toque académico”, referiu.

    O candidato está certo de que será eleito. “Não é habitual num político dizer que não vai ganhar. Toda a gente vai ganhar, só vai ganhar um. Verdade a mais que é o que eu tenho tido nesta campanha”, disse. “Se calhar ser honesto não me dá um grande perfil de candidato a presidente, a político. A honestidade e a verdade não são propriamente as características mais comuns em alguém que se candidata a altos cargos”, finalizou.

    Os bombos continuaram rua abaixo. Já os apoiantes ficaram junto do Moscatel.

    Lusa

  • “A guerrilha em que foi transformada a campanha afasta os jovens”

    Maria de Belém acredita que o tom crispado que tomou conta da campanha eleitoral acaba, naturalmente, por afastar os jovens da corrida presidencial.

    A candidata presidencial falava em Lisboa, num encontro com jovens promovido pela plataforma Reset, quando foi desafiada pelo público a pensar sobre esta questão: a personalização das eleições presidenciais não acaba por acentuar o divórcio entre jovens e classe política? Maria de Belém considera que “sim”, que “a guerrilha em que foi transformada a campanha eleitoral” acaba por afastar o eleitorado mais jovem e lamentou o facto de a campanha não se ter centrado nas grandes bandeiras de cada um.

    Além disso, reconheceu, a sobreposição das duas eleições (legislativas e presidenciais) e os acontecimentos que se seguiram às legislativas (formação, queda e novo Governo) acabaram por introduzir alguma “saturação” que afasta, ainda mais, o eleitorado.

    O divórcio entre jovens e a classe política, de resto, acabou por dominar o debate. Maria de Belém prometeu que, caso seja eleita, vai construir uma “relação direta e informal” e tentar mobilizar os jovens para três grandes causas – as suas três grandes causas: o combate à pobreza infantil, a aposta na economia social e a luta pela igualdade de género.

    Novamente confrontada com a crescente desmobilização dos portugueses, Maria de Belém admitiu que “há uma desistência das pessoas no sentido de reformar a política em portugal”. Mas a abstenção não é a resposta, sublinhou. Até porque não votando, continuou, “minamos a legitimidade dos órgãos” e enfraquecemos “a democracia”. “Quem não vai às urnas sujeita-se à vontade dos outros”, atirou.

  • A arruada de Sampaio da Nóvoa na Rua de Santa Catarina teve cerca de 300 apoiantes, muito barulho e beijinhos. De cima de um banco, o candidato agradeceu a todos os apoios. Antes, tinha apelado a um “voto capaz”.

  • Henrique Neto critica Belém pela defesa das subvenções vitalícias

    Henrique Neto acusou Maria de Belém de querer privilégios para os políticos ao defender as subvenções vitalícias, mas acusou também Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa de não falarem claro sobre estas questões. “[Maria de Belém] Aparenta desconhecer aquilo que é a legalidade e aquilo que é a ética e a pedagogia democrática. Não consigo entender que alguém chegue à Presidência da República dando maus exemplos aos portugueses em geral, porque é, objetivamente, um incentivo a que outros façam o mesmo”, disse.

    “Num momento e num tempo em que se fazem enormes sacrifícios, em que os portugueses passam por enormes dificuldades, desemprego, perda de casas, tudo aquilo que nós conhecemos de problemas na sociedade portuguesa, tentar justificar algumas exceções para os políticos é insustentável. Mas o facto é que é isso que tem acontecido ao longo dos anos”, acrescentou.

    Henrique Neto, que falava à agência Lusa durante uma ação de campanha junto dos trabalhadores da fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, associou também os candidatos presidenciais Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa ao que disse ser “uma lógica de manutenção de privilégios e de disfarçar as situações [de privilégio], porque não falam claro aos portugueses”. “Os candidatos, por uma questão de ganhar votos – penso eu que é por isso – têm aquela linguagem redonda, os afetos, a estabilidade, a unidade, que são palavras com as quais toda a gente está de acordo, mas não é disso que os portugueses vivem. Vivem de comida na mesa, vivem de ter um emprego, vivem de poderem mandar os filhos para a escola em boas condições”, frisou.

    Lusa

  • Marcelo quer ir além dos partidos, tal como Rui Moreira

    A conversa com o Presidente da Câmara do Porto foi uma espécie de inspiração para o candidato Marcelo Rebelo de Sousa. O candidato presidencial pediu para ser recebido pelo autarca dada as “semelhanças de situações” e espera conseguir ir além dos votos dos partidos, tal como Rui Moreira.

    “A natureza desta candidatura de Rui Moreira pesou muito nesta minha decisão”, disse Marcelo. Na prática, o eleitorado ultrapassou “as fronteiras dos partidos, de todos os partidos e de fora dos partidos” e é isso que o candidato quer no próximo domingo.

    Além disso, Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que “há uma grande consonância e grande confluência de opiniões e isso é positivo e interessante haver essa convergência muito grande de visões em relação aos próximos anos do país”.

    Rui Moreira tinha também recebido Sampaio da Nóvoa.

  • Paulo Portas reafirma apelo ao voto em Marcelo. "Não precisamos de um PR também do PS"

    Marcelo não quer partidos a intrometerem-se na sua campanha, mas o ainda presidente do CDS, Paulo Portas, sentiu necessidade de “sublinhar” a recomendação de voto do CDS na candidatura do ex-líder social-democrata. Falando aos jornalistas esta quinta-feira no final dos trabalhos parlamentares, na Assembleia da República, Paulo Portas fez um apelo ao voto para que “o que pode ficar resolvido democraticamente na primeira volta não seja deixado para a segunda”.

    Lembrando que a indicação do CDS sempre foi para votar no candidato Marcelo Rebelo de Sousa, Portas explica a sua insistência, dizendo que “é natural”, estando a campanha a chegar ao fim e o dia das eleições a aproximar-se, voltar a sublinhar essa recomendação de voto e insistir no apelo à ida massiva às urnas.

    “É que já temos um Presidente da Assembleia da República do PS, um primeiro-ministro do PS, um Governo do PS, um presidente da câmara de Lisboa do PS e não me parece necessário nem equilibrado que o Presidente da República seja também do PS”, disse.

    Segundo Portas, Marcelo tem feito uma campanha “inclusiva”, sendo capaz de “agregar cidadãos de diferentes posições políticas”, e tem-se mantido à margem de “controvérsias que não interessam”. Para além disso, diz, é o candidato que “melhor interpretação faz da Constituição” e o que melhor “garante” o seu cumprimento.

  • Depois de Rui Moreira, o candidato presidencial vai ter um encontro com o presidente do FCPorto, Pinto da Costa. Marcelo está numa entrevista ao Porto Canal e o presidente do clube está também por lá a recebê-lo. De acordo com a SIC, Pinto da Costa disse que era uma recepção de cortesia, como tinha feito a Sampaio da Nóvoa e irá fazer a Maria de Belém.

  • Marcelo foi recebido na Câmara Municipal do Porto por Rui Moreira. No final, só Marcelo falou dizendo que está em “consonância” com o autarca e que escolheu falar com Rui Moreira por terem em comum o facto de serem candidatos independentes.

  • A derrota de Edgar será um triunfo de Marcelo à primeira

    Edgar Silva balizou hoje que “ficar abaixo de Marcelo Rebelo de Sousa e ele ganhar à primeira volta” como a sua “derrota”, durante uma ação de campanha em Loures, autarquia presidida pelo ex-líder parlamentar comunista Bernardino Soares. Após um almoço com funcionários da Câmara Municipal de Loures e uma micro-arruada devido à chuva, o deputado regional madeirense e membro do Comité Central foi recebido pelo seu “camarada” daquele órgão diretivo alargado do PCP nos Paços do Concelho.

    “(Objetivo) É forçar uma segunda volta e garantir que os valores de Abril estão presentes na Presidência da República”, definiu Bernardino Soares, confiando que a candidatura apoiada pelo partido tem “todas as condições para ter sucesso”, até porque considerou que Edgar Silva está “preparado para mais três semanas de campanha eleitoral a partir de domingo”. “O grande objetivo é tudo fazer para que os valores de Abril se afirmem e possam ser não só afirmados, mas confirmados na hora do voto no domingo. Se ficar abaixo de Marcelo Rebelo de Sousa e se ele ganhar à primeira volta, isso seria uma derrota. O meu propósito não é um ‘se’, é um facto, uma opção – tudo fazer para que os valores de Abril triunfem. Depois, domingo, contaremos os votos e logo veremos”, afirmou.

    Lusa

  • Henrique Neto diz que Nóvoa, Marcelo e Belém nunca vão ter coragem de usar poderes presidenciais

    O candidato considera que tanto Sampaio da Nóvoa, como Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém, ou os “candidatos do sistema” como os apelida, não tiveram “coragem” e “integridade suficientes para se distanciarem dos partidos políticos que os apoiam”. “Lamentavelmente, os candidatos fugiram à verdade sobre os seus verdadeiros apoios, mas também sobre as suas reais intenções e capacidades para levar a cabo as profundas mudanças e reformas necessárias a Portugal”, escreveu o candidato em comunicado enviado às redações.

    Neto afirma mesmo que esta dependência vai impedir estes tres candidatos de utilizarem os poderes do Presidente “em toda a sua extensão”.

  • Belém não vira a "cara ao combate" e garante: "Não contem comigo para dizer que não defendo hoje o que defendi ontem"

    Discurso assertivo de Maria de Belém. Talvez o mais assertivo desde o início da campanha. Com o caso das subvenções vitalícias a fazer correr muita tinta, Maria de Belém voltou a criticar aqueles que estão a tentar retirar proveitos eleitorais de uma decisão “legítima” do Tribunal Constitucional.

    Ora, Maria de Belém não desarma. “Não contem comigo para fazer o que é mais fácil, não contem comigo para dizer que não defendo hoje o que defendi ontem. Defendo, cumprirei e farei cumprir a Constituição da República portuguesa. Não é de vez em quando, não é quando é agradável, não é assim-assim. É sempre, é sempre, em qualquer circunstância”, repetiu a candidata.

    “Não virei nunca a cara aos combates, sobretudo quando eles são difíceis, nem pelo PS, nem fora do PS. E como se prova nesta campanha eleitoral e no dia de hoje podem ser muitos os ataques, podem ser muitas as acusações, mas aquilo que eu posso dizer-vos é que sei para onde vou, por onde vou e sei que não vou por aí”, atirou Maria de Belém, citando o poeta José Régio.

    E para aqueles que continuam a tentar colocar em causa a idoneidade da ex-ministra da Saúde, Maria de Belém deixou uma garantia: “Sei do que falo e sei o que fiz. todos sabem como fiz” e ninguém pode dizer o contrário.

1 de 2