Momentos-chave
- Governo de Mariano Rajoy é novamente chumbado
- Albert Rivera: "Quero pedir perdão aos espanhóis porque vocês nos escolheram para encontrar soluções"
- Pablo Iglesias: "Senhor Rajoy, não fale como se fosse o Estado, porque você não é o Estado"
- Pedro Sánchez sobre Governo de Rajoy: "Quatro anos de maioria absoluta, quatro fraturas"
- Mariano Rajoy: "PSOE não tem alternativa porque ela não existe"
- Mariano Rajoy precisa de pelo menos 11 abstenções para formar Governo
Histórico de atualizações
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E é assim que terminamos mais um liveblog dedicado à política espanhola. Este acaba por não ser diferente dos outros que já fizemos, pelo menos no que toca à conclusão: o nó górdio da política em Espanha ainda não foi desatado.
Agora, a repetição é um cenário cada vez mais próximo. Ainda assim, não é inevitável. Mas, para esse dia chegar, será preciso uma alteração de posição do PSOE.
O PSOE, o verdadeiro pivô desta situação e aquele que tem a chave do desbloqueio nas mãos, tem duas hipóteses: ou dá a mão à direita e permite um governo ao Partido Popular; ou entende-se com os partidos à sua esquerda, nomeadamente o Podemos e várias forças independentistas que lhe pedem um referendo pelo menos na Catalunha, para poder chegar à Presidência do Governo.
Seja lá como for o desfecho, vamos estar aqui no Observador para dar todas as notícias relevantes deste longo processo para formar um Governo em Espanha.
Por hoje é tudo! Muito obrigado e até à próxima!
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Aqui está, de novo, Mariano Rajoy após ser chumbado pelo Congresso dos Deputados. Em toda a história da democracia espanhola, Mariano Rajoy é o primeiro vencedor de umas eleições legislativas que não consegue ser aprovado como Presidente de Governo pelo parlamento.
Agora, Espanha caminha para novas eleições. Segundo a lei, o Congresso dos Deputados tem menos de dois meses (começaram a contar na quarta-feira, dia da primeira votação) para aprovar um Governo.
Se isso não acontecer até 31 de outubro, o Congresso dos Deputados será dissolvido e serão convocadas novas eleições.
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A votação final desta sexta-feira é a mesma de quarta-feira:
Sim – 170
Não – 180
Abstenções – 0 -
Governo de Mariano Rajoy é novamente chumbado
Mariano Rajoy não consegue formar Governo, depois de o “Não” ter voltado a ter maioria absoluta entre os deputados espanhóis.
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Com 300 votos em 350 já pronunciados o resultado é:
Sim – 143
Não – 157
Abstenções – 0 -
Com 250 votos em 350 já pronunciados o resultado é:
Sim – 131
Não – 119
Abstenções – 0 -
Com 200 votos em 350 já pronunciados o resultado é:
Sim – 94
Não – 106
Abstenções – 0 -
Com 150 votos em 350 já pronunciados o resultado é:
Sim – 71
Não – 79
Abstenções – 0 -
Com 100 votos pronunciados num total de 350, o resultado é:
Sim – 52
Não – 48
Abstenções – 0 -
Com 50 votos em 350 já pronunciados o resultado é:
Sim – 31
Não – 19 -
Os deputados votam um a um, de alta voz. São chamados por ordem alfabética.
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Ana Pastor, presidente do Congresso dos Deputados, declara aberta a votação.
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Congresso dos Deputados fez declaração de apoio ao acordo de paz entre o Governo da Colômbia e as FARC.
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Acabaram os discursos. Vai haver uma declaração institucional, por parte da presidência do Congresso dos Deputados, e depois será feita a votação.
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Rafael Hernando, porta-voz do Partido Popular, fala agora. Como seria de esperar, centra a sua intervenção em críticas a Pedro Sánchez, do Partido Popular: “Ouvi de novo os mesmo argumentos por parte do senhor Sánchez e lamento sinceramente que sejam os mesmos. Lamentavelmente, são desculpas para não assumir nenhuma obrigação, porque você continua a bloquear a ação do Governo, é incapaz de apresentar uma alternativa de Governo e além disso goza com todos os espanhóis quando lhes diz que é inútil terem ido duas vezes às urnas, que você não se mexe e que se há alguém que tem de ser mexer outra vez são os espanhóis.”
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Agora falou Pedro Quevedo, na Nova Canária, que concorreu nas listas do PSOE. “Viemos aqui para reiterar o nosso compromisso pela mudança política e queremos dizer-lhe, com todo o respeito mas com a máxima firmeza, que a mudança política é incompatível com você na presidência de Espanha”, disse Pedro Quevedo a Mariano Rajoy.
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Ana Oramas, da Coligação Canárias, explica porque vai voltar a votar “sim”: “Dizemos ‘sim’ porque é o momento de pensar nos cidadãos antes das siglas. Dizemos ‘sim’ a quem enfim entendeu que este país e as suas gentes não podem esperar mais. As Canárias não podem esperar mais. Vamos continuar hoje como estivemos há seis meses [na invesitudra de Sánchez em marçio] como há 48 horas, ‘sim’ ao entendimento, ‘sim’ ao diálogo’, ‘sim ao acordo.”
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Agora falou Isidro Martínez Oblanca, do Fórum Astúrias, que disse: “Ou o senhor sai da sua incoerência ou será responsável de repetir eleições”.
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Iñigo Alli, da União do Povo de Navarra, que concorreu nas mesmas listas do PP naquela região, deixa um elogio a Rajoy e aos partidos que votam”sim” ao seu Governo:
“Senhoras e senhores deputados… Se nos chamam de ‘senhores’, se nos dotaram de recursos e condições laborais que a maior parte dos espanhóis nunca sonharam e se seguimos dentro das nossas trincheiras ideológicas, sem querer sair delas… Por isso mesmo, quero dar valor à valentia do senhor Rajoy e também quero agradecer aos 170 deputados e aos partidos que representamos por tentarem desbloquear hoje este país, o nosso país.”
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Marian Beitialarrangoitia, do EH Bildu acabou de falar, confirmando que vai votar “não” ao Governo de Rajoy.