Momentos-chave
- Estados Unidos apresentam sanções contra programa de mísseis do Irão
- Guterres apela para “urgente redução da escalada” da tensão no Médio Oriente
- Forças de Defesa de Israel sabem como vão atacar o Irão. Dimensão e data do ataque não revelada
- Sunak pediu "calma" a Netanyahu e disse que "escalada significativa não é do interesse de ninguém"
- Israel já terá decidido como vai retaliar ataque do Irão
- Ministério dos Negócios Estrangeiros português chamou embaixador do Irão
- Gabinete de guerra israelita vai discutir hoje resposta ao Irão
- Número de mortos em Gaza aumenta. Quase 34 mil palestinianos morreram desde 7 de outubro
- OMS pede, mais uma vez, um cessar-fogo para que "vidas possam ser salvas"
- Rishi Sunak pede contenção a Israel
- Pavilhão de Israel na Bienal de Veneza estará fechado até haver libertação de reféns
- Presidente do Irão ameaça com resposta severa a qualquer ação contra os interesses do seu país
- Irão alerta que responderá “em segundos” a possível retaliação israelita
- EUA negam que Irão tenha dado “aviso prévio” sobre ataque a Israel
- Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel diz que lidera "ataque político" ao Irão e exige sanções
- Congresso dos EUA vai votar planos separados de ajuda à Ucrânia e a Israel
- Rangel e e homólogos da UE reúnem-se hoje para discutir escalada “sem precedentes” no Médio Oriente
Histórico de atualizações
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Reino Unido alerta para “níveis chocantes de violência” na Cisjordânia
Depois de um jovem israelita de 14 anos ter morrido na Cisjordânia, o ministério da Defesa britânico afirmou estar alarmado com os “níveis chocantes de violência” naquela zona.
“Estas mortes, e as ações subsequentes, estão a aumentar a violência na Cisjordânia ocupada e em toda a região num momento crítico. É vital que as autoridades israelitas restaurem a calma e conduzam investigações urgentes e transparentes sobre todas as mortes”, afirmou a diplomacia britânica, citada pela Sky News.
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Estados Unidos apresentam sanções contra programa de mísseis do Irão
Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, anunciou esta terça-feira que o seu país vai apresentar sanções contra o programa de mísseis do Irão.
Em declarações citadas pela Sky News, Sullivan garantiu que Joe Biden, Presidente norte-americano, “está a coordenar com os aliados e os parceiros, incluindo o G7, (…) uma resposta abrangente”.
“Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, incluindo o seu programa de mísseis e drones, bem como novas sanções contra entidades que apoiam o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e o ministério da Defesa do Irão”, garantiu o conselheiro.
Para Jake Sullivan, “estas novas sanções e outras medidas darão continuidade a uma pressão constante para conter e degradar a capacidade e eficácia militar do Irão e confrontar toda a gama dos seus comportamentos problemáticos”.
Por fim, Sullivan garantiu que os Estados Unidos vão continuar a “pressionar” o Irão e não hesitarão “em continuar a tomar medidas” que responsabilizem o “governo iraniano pelas suas ações maliciosas e desestabilizadoras”.
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Ataque a Rafah causa vários mortos
Segundo a Al Jazeera, um ataque na cidade de Rafah matou várias pessoas, depois de um edifício residencial ter sido atingido por um jato israelita.
Para além das mortes, várias pessoas ficaram feridas e as equipas de emergência encontram-se a tentar retirar os corpos e os feridos dos escombros.
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Iraque diz que não tem conhecimento de lançamentos de mísseis ou drones a partir do seu território
Mohammed Shia al Sudani, primeiro-ministro do Iraque, afirmou esta terça-feira que o seu país não tem indicações de que mísseis ou drones tenham sido lançados a partir do seu território durante o ataque do Irão a Israel.
Segundo Sudani, citado pela Sky News, a “posição do Iraque é clara”, já que o seu país não seria “lançado na arena do conflito”.
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Israel afirma que matou um comandante sénior das Forças Radwan
As forças israelitas disseram esta terça-feira que mataram um comandante sénior das Forças Radwan, a unidade de elite do Hezbollah, no sul do Líbano.
“Como parte do seu papel, Muhammad Hussein Mustafa Shechory planeou e promoveu lançamentos de foguetes e mísseis em direção ao território israelita a partir das áreas das regiões central e ocidental do Líbano”, partilharam as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), segundo a Al Jazeera.
“Durante o ataque, Mahmoud Ibrahim Fadel-Allah, um agente terrorista da Unidade de Foguetes e Mísseis do Hezbollah, também foi eliminado”, completaram.
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UNRWA diz que não houve "alterações significativas" na entrega de ajuda a Gaza
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) indicou hoje que “não houve alterações significativas” na quantidade de ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza ou no acesso ao norte do enclave palestiniano.
“Desde o início de abril, uma média de 181 camiões carregados com ajuda entraram em Gaza através dos postos de passagem de Kerem Shalom e de Rafah. Este número continua a ser muito inferior à capacidade operacional de ambas as passagens fronteiriças e ao objetivo de 500 camiões por dia”, declarou a agência especializada da ONU num comunicado.
O Coordenador das Atividades do Governo nos Territórios (COGAT), a autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, afirmou que até 126 camiões com ajuda humanitária passaram hoje para o norte da Faixa de Gaza.
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União Europeia quer alargar sanções ao Irão para incluir mísseis
A União Europeia está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente, anunciou hoje o chefe da diplomacia europeia.
O anúncio do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, foi feito em conferência de imprensa, no final de uma reunião ministerial por videoconferência, convocada de urgência na véspera de um Conselho Europeu, agendado para quarta e quinta-feira em Bruxelas.
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Guterres apela para “urgente redução da escalada” da tensão no Médio Oriente
O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou a necessidade de uma “urgente redução da escalada” das hostilidades no Médio Oriente, disse hoje o seu porta-voz.
Stephane Dujarric, que falava na conferência de imprensa diária, disse que Guterres fez aquele comentário durante uma conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, após o ataque de Teerão a Israel no fim de semana.
O porta-voz acrescentou que Guterres falou com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, na segunda-feira.
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ONU encontra 450 quilos de bombas por deflagrar em escolas em Gaza
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) anunciou hoje ter encontrado bombas de 450 quilos não deflagradas em escolas, após a retirada das tropas israelitas de Khan Younès, sul da Faixa de Gaza.
O exército israelita tem bombardeado incessantemente o território palestiniano de Gaza desde o ataque sem precedentes do movimento islamita Hamas em solo israelita, em 07 de outubro.
Agências da ONU levaram a cabo uma “missão de avaliação” em Khan Younès, uma grande cidade do sul, após a retirada dos soldados em 07 de abril, afirmou a UNRWA num comunicado de imprensa.
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Ataque a viatura da polícia matou oito em pessoas
Uma viatura da polícia foi atingida em Gaza, num ataque que resultou na morte de oito pessoas. O veículo servia para ajudar a garantir a entrega de ajuda e a manter a ordem, segundo a Al Jazeera.
As oito pessoas que morreram faziam parte da equipa policial que ajudava no bairro de Tuffah.
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Turquia acusa Netanyahu de escalada de tensão no Médio Oriente
Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, acusou esta terça-feira Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e os líderes israelitas de serem os responsáveis pela escalada do conflito no Médio Oriente.
Segundo Erdogan, Israel está a “tentar provocar um conflito regional, e o ataque à embaixada do Irão em Damasco foi a última gota”, cita a Sky News.
Para o líder turco, enquanto a “crueldade e o genocídio” em Gaza permanecerem, podem surgir novos conflitos regionais.
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Conselho de Defesa Nacional analisou situações no Médio Oriente e Ucrânia
O Conselho Superior de Defesa Nacional analisou esta terça-feira as situações no Médio Oriente e na Ucrânia, em reunião extraordinária, segundo uma nota divulgada pela Presidência da República.
O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu-se hoje, em sessão extraordinária, sob a presidência do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, “para efetuar um ponto de situação relativo ao Médio Oriente e à Ucrânia”, lê-se na nota, de apenas um parágrafo, na qual nada mais se adianta.
Esta reunião extraordinária foi convocada pelo Presidente da República no domingo, no contexto da subida de tensão entre Israel e Irão.
“Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o Presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18h00, no Palácio de Belém”, divulgou a Presidência da República no domingo.
Presidido pelo Presidente da República, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.
A reunião de hoje deste órgão foi a 36.ª convocada pelo Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, e a primeira com a participação dos novos governantes do executivo PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro.
O XXIV Governo, que tomou posse em 2 de abril, tem Paulo Rangel como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e Nuno Melo como ministro da Defesa Nacional.
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Forças de Defesa de Israel sabem como vão atacar o Irão. Dimensão e data do ataque não revelada
Depois de a televisão pública de Israel ter anunciado que o país já terá decidido como vai retaliar o ataque iraniano [ver entrada das 18h29], o The Jerusalem Post, que cita várias fontes, acrescenta que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) já decidiram como vai acontecer a contra-ofensiva.
Ainda assim, a referida fonte ressalva que os planos ainda estão fase precoce, pelo que poderão haver alterações no futuro. Para já, os primeiros sinais indicam que um grande ataque não está iminente nos próximos dias e pode ser adiado por mais tempo.
O ataque pode focar-se em instalações nucleares iranianas, instalações de drones ou mísseis balísticas que estiveram envolvidos no ataque do Irão.
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Cameron vai visitar Israel esta quarta-feira
David Cameron, ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, vai estar em Israel na quarta-feira, onde se encontrará com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Segundo o The Times of Israel, Cameron também deverá reunir-se com Israel Katz, seu homólogo israelita.
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ONU pede 2,8 mil milhões de dólares para ajudar população palestiniana
A ONU vai lançar um pedido de doações de 2,8 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) para ajudar a população na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, anunciou esta terça-feira o chefe do escritório humanitário na Palestina.
“Amanhã [quarta-feira] publicamos o pedido de doações até ao final do ano. Juntamente com a comunidade humanitária, pedimos 2,8 mil milhões de dólares para ajudar três milhões de pessoas identificadas na Cisjordânia e em Gaza”, disse Andrea de Domenico em videoconferência de imprensa.
“Obviamente, 90% é para Gaza”, esclareceu, lembrando que inicialmente o plano para 2024 estava estimado em quatro mil milhões (3,7 mil milhões de euros), mas foi reduzido para 2,8 mil milhões dados os limites de acesso da ajuda humanitária, devido ao conflito armado que decorre há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Poucos dias depois do ataque sem precedentes do Hamas a Israel em 7 de outubro e do início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, a ONU lançou um apelo inicial para doações de emergência de 294 milhões de dólares (276 milhões de euros).
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Sunak pediu "calma" a Netanyahu e disse que "escalada significativa não é do interesse de ninguém"
Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, e Benjamin Netanyahu, seu homólogo israelita, conversaram esta terça-feira por telefone, revelou a Sky News.
Na conversa, Sunak afirmou que “uma escalada significativa não é do interesse de ninguém e apenas aprofundaria a insegurança no Médio Oriente”, pedindo “calma” a Netanyahu.
Para o líder britânico, o Irão “calculou mal e está cada vez mais isolado no cenário global”, reiterando o apoio do Reino Unido à segurança de Israel e à estabilidade na região.
Em resposta, o chefe de Estado israelita agradeceu o “apoio rápido e robusto face ao ataque imprudente e perigoso do Irão no sábado” e mostrou-se “gravemente preocupado com o aprofundamento da crise humanitária”.
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Forças de Israel avisam: "Irão não sairá impune"
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), alertou esta terça-feira que Israel vai retaliar o ataque feito pelo Irão no último fim de semana.
“O Irão não sairá impune desta agressão. Não permitiremos esta agressão na região”, afirmou Daniel Hagari, citado pela Sky News.
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Israel já terá decidido como vai retaliar ataque do Irão
De acordo com a Kan News, estação pública israelita, Israel já terá decidido como vai realizar a alegada resposta ao ataque do Irão do último fim de semana. O país está à espera de uma “oportunidade a ser explorada”.
Apesar de, segundo o que escreve a referida fonte, o acordo já ter sido celebrado, as opiniões no seio da liderança israelita continuam a ser divergentes. Se alguns ministro consideram ser necessário responder imediatamente, outros exigem que se espere por acordos do Ocidente.
Posto isto, os ministros israelitas terão aconselhado Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do país, a atacar instalações sensíveis no Irão.
Aliada a isso, a pressão internacional continua a fazer-se sentir sobre Israel, pedindo para que não se tome medidas que escalem significativamente o conflito. À Kan News, uma fonte disse que a Europa está pronta para “ir longe” no respeita a sanções ao Irão.
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Israel mata comandante do Hezbollah numa operação no Líbano
O exército israelita, avança a Al Jazeera, anunciou ter matado um comandante do Hezbollah durante um raid aéreo em Ain Ball, sul do Líbano.
Segundo a mesma fonte, Ismail Yousef Baz é “um oficial sénior e veterano do braço armado” do movimento xiita libanês, que, “devido à sua posição na estrutura, esteve envolvido no planeamento e no lançamento de foguetes e mísseis antitanque em direção ao Estado de Israel desde a costa do Líbano”.
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Relatório da ONU considera que ataque israelita a embaixada iraniana na Síria viola o direito internacional
Um relatório das Nações Unidas afirma que Israel violou o direito internacional quando atacou edifício diplomático iraniano em Damasco, assim como o Irão com o ataque do passado fim de semana sobre o estado israelita. O relatório da ONU é assinado por vários especialistas independentes destacados pelo conselho das Nações Unidas para os direitos humanos e conclui também que “os ataques militares de retaliação entre Israel e o Irão violam o direito à vida e devem cessar imediatamente”.
Os especialistas consideram que “Israel não parece ter exercido autodefesa no dia 1 de abril porque não apresentou provas de que o Irão estivesse a cometer directamente um ‘ataque armado’ contra Israel ou a enviar grupos armados não estatais para o atacar”, segundo a apresentação do relatório no site do gabinete do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR). O texto acrescenta ainda que “os especialistas observaram que Israel não forneceu qualquer justificação legal para o ataque nem o comunicou ao Conselho de Segurança, conforme exigido pelo Artigo 51 da Carta das Nações Unidas”.
“O ataque de Israel violou, por conseguinte, a proibição do uso da força armada contra outro estado, nos termos do nº 4 do artigo 2º da Carta”, concluiram os peritos numa citação do relatório.
O referido e alegado ataque na capital da Síria aconteceu no dia 1 de abril e fez sete mortos. O Irão reagiu a este ataque com 300 mísseis e drones lançados contra Israel no passado fim de semana.
O relatório conclui também que a resposta do Irão é proibida segundo o direito internacional, uma vez que o país não tinha direito de auto-defesa, que só é legal quando é necessária para impedir um ataque armado contínuo.