Momentos-chave
- Egito insiste na retirada de Israel da passagem de Rafah
- Ministro da Defesa de Israel promete que Hezbollah vai "pagar o preço" do ataque de sábado
- Israel ataca alvos no Líbano em retaliação pelo ataque atribuído ao Hezbollah nos Montes Golã
- ONU alerta para risco de "catástrofe inimaginável" em toda a região do Médio Oriente após subida de tensão entre Israel e Líbano
Atualizações em direto
-
Egito insiste na retirada de Israel da passagem de Rafah
O Egito vai insistir na reunião que Israel e os mediadores do conflito em Gaza realizam hoje, em Roma, que o exército israelita deve se retirar do lado palestiniano da passagem de Rafah, informaram à EFE fontes egípcias.
Essa exigência, segundo fontes de segurança egípcias, faz parte de “uma visão global” sobre um acordo de trégua que a delegação do Egito irá “comunicar a todas as partes” na reunião de Roma, referindo-se a Israel e aos outros dois mediadores: os Estados Unidos e o Qatar.
“A visão egípcia consiste na necessidade de chegar a uma fórmula de acordo que estipule um cessar-fogo imediato, garanta a entrada de ajuda humanitária em todas as zonas de Gaza, a liberdade de circulação dos cidadãos e a retirada completa do lado palestiniano da passagem de Rafah”, ocupada desde maio pelo exército israelita, segundo disseram as fontes à agência de notícias espanhola.
As fontes egípcias confirmaram hoje que delegações mediadoras do Egito, Qatar e Estados Unidos vão reunir-se em Roma com o chefe dos Serviços de Informações israelitas, David Barnea, para continuar as negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.
Segundo as mesmas fontes, a reunião decorre “no quadro da continuação dos esforços dos mediadores para chegar a um cessar-fogo em Gaza” e avaliar “os desenvolvimentos” para um acordo após nove meses de guerra que causou a morte de mais de 39 mil pessoas.
“O principal problema que enfrenta as hipóteses de chegar a este acordo é a forma como Israel o aborda (…)”, afirmaram as fontes Especificaram ainda que Israel “está a tentar introduzir emendas ao plano de tréguas”, entre as quais, disse, “querem examinar os deslocados após o seu regresso ao norte de Gaza quando o cessar-fogo começar e recusam a retirar-se do lado palestiniano” da passagem de Rafah.
-
MNE da Alemanha condena ataque nos Montes de Golã
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou hoje o ataque que fez 12 vítimas no sábado nos Montes de Golã e pediu para as partes envolvidas no conflito agirem com calma.
Ich verurteile den Angriff auf das drusische Dorf Majdal Shams. Dass dabei Kinder und Jugendliche getötet wurden, die einfach nur Fußball spielen wollten, ist entsetzlich. Mein Mitgefühl gilt ihren Familien. 1/2
— Außenministerin Annalena Baerbock (@ABaerbock) July 28, 2024
“Durante meses, os cidadãos israelitas têm sido atacados pelo Hezbollah e por outros extremistas. Os ataques pérfidos devem parar imediatamente. Agora é importante agir com a cabeça fria. Muitas pessoas já morreram nesse conflito”, declarou a ministra alemã na rede social X.
“Condeno o ataque à aldeia drusa de Majdal Shams. O facto de crianças e jovens que simplesmente queriam jogar futebol terem sido mortos é horrível. As minhas condolências vão para suas famílias”, disse ainda Annalena Baerbock.
Por outro lado, o Irão alertou hoje Israel para não realizar “novas aventuras” no Líbano.
“Qualquer ação repreensível do regime sionista pode levar ao aumento da instabilidade, insegurança e guerra na região”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.
“O regime (israelita) será o principal responsável pelas consequências e reações imprevistas de tais comportamentos estúpidos”, afirmou Kanani.
Kananí avaliou ainda que a comunidade internacional deve “apoiar a estabilidade e a segurança do Líbano e da região” contra Israel, um país que “não tem a mínima autoridade moral para comentar e julgar o incidente ocorrido na região de Majdal Shams”.
-
Ministro da Defesa de Israel promete que Hezbollah vai "pagar o preço" do ataque de sábado
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, prometeu que o Hezbollah vai “pagar o preço” do ataque de sábado contra a região dos Montes Golã, que vitimou 12 pessoas na comunidade drusa de Israel.
“Estamos de luto pelos rapazes e raparigas inocentes mortos em Majdal Shams”, escreveu Gallant no Twitter, referindo-se à povoação dos Montes Golã (território sírio ocupado por Israel) atingida no sábado por um ataque atribuído ao Hezbollah.
“Há 150 mil drusos em Israel, bem como milhões de israelitas judeus e árabes. Vivemos lado a lado e sofremos todos com o terror do Hezbollah”, escreveu ainda Gallant. “Vamos garantir que o Hezbollah, um proxy do Irão, paga o preço desta perda.”
We mourn the innocent boys and girls killed in Majdal Shams.
There are 150,000 Druze in Israel, as well as millions of Jews and Arab Israelis. We live side by side and all suffer from Hezbollah's terror.
We will ensure Hezbollah, the proxy of Iran, pays a price for this loss.
— יואב גלנט – Yoav Gallant (@yoavgallant) July 28, 2024
-
Israel ataca alvos no Líbano em retaliação pelo ataque atribuído ao Hezbollah nos Montes Golã
As forças armadas israelitas lançaram durante a noite de sábado um conjunto de ataques contra o Líbano em retaliação pelo ataque, atribuído ao grupo Hezbollah, que matou 12 pessoas na região dos Montes Golã (território sírio ocupado por Israel).
“Durante a noite, a Força Aérea Israelita atingiu uma série de alvos terroristas do Hezbollah, tanto no interior do território do Líbano como no sul do Líbano, incluindo depósitos de armas e infraestruturas terroristas nas áreas de Chabriha, Borj El Chmali, and Beqaa, Kfarkela, Rab El Thalathine, Khiam, e Tayr Harfa”, diz uma nota militar citada pelo The Guardian.
-
ONU alerta para risco de "catástrofe inimaginável" em toda a região do Médio Oriente após subida de tensão entre Israel e Líbano
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), missão de manutenção de paz da ONU no sul daquele país, alertou este domingo para o risco de uma “conflagração mais alargada” entre Israel e o Hezbollah.
“Lamentamos a morte de civis — crianças e adolescentes — em Majdal Shams”, lê-se num comunicado daquela força da ONU, na sequência do ataque de sábado que matou 12 pessoas naquela povoação dos Montes Golã, um território sírio ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias.
“Os civis têm de ser protegidos em todos os momentos”, diz o comunicado, assinado por Jeanine Hennis-Palsschaert (coordenadora especial da ONU para o Líbano) e Aroldo Lázaro (comandante da UNIFIL).
Pelo menos 12 pessoas morreram no sábado depois de um ataque lançado a partir do Líbano contra os Montes Golã. O governo de Israel culpa o Hezbollah e na noite de sábado já lançou um conjunto de ataques contra o Líbano em retaliação. Israel disse mesmo que o Hezbollah “ultrapassou todas as linhas vermelhas” e que o ataque de sábado pode conduzir a uma “guerra total”.
Agora, a ONU alerta justamente para a mesma possibilidade. “Apelamos às partes que exerçam contenção máxima e coloquem um ponto final nas trocas de fogo atualmente em curso e intensificadas”, diz o comunicado. “Elas podem iniciar uma conflagração mais alargada que abarcaria a região inteira numa catástrofe inimaginável.”
A ONU diz ainda estar em contacto com o Líbano e com Israel.
We urge the parties to exercise maximum restraint & to put a stop to the ongoing intensified exchanges of fire. It could ignite a wider conflagration that would engulf the entire region in a catastrophe beyond belief.
UNIFIL and @UNSCOL are in contact with both Lebanon & Israel.— UNIFIL (@UNIFIL_) July 27, 2024
-
Bom dia.
O Observador continua este domingo a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Faixa de Gaza.
O liveblog de sábado fica arquivado aqui.
Israel acusa Hezbollah de ataque nos Montes Golã. Grupo xiita critica “falsas alegações”