Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua a acompanhar os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente neste novo liveblog.

    Netanyahu e Casa Branca continuam a trocar críticas sobre entrega de novas armas

  • Estados Unidos destroem alvos Houthis no Iémen

    As forças armadas norte-americanas afirmam ter levado hoje a cabo um ataque no Iémen que destruiu um posto de comando e dois barcos no mar Vermelho, controlados pelos Houthis, num comunicado citado pelo Haaretz.

    O grupo, alinhado com o Irão, foi acusado de afundar dois barcos, ações que afirmam ser uma forma de solidariedade com os grupos de resistência palestiniana em Gaza.

  • "Massacre de Nuseirat vai ficar para a história", afirma relatora da ONU

    Francesca Albanese argumentou que o massacre de Nuseirat é “um dos exemplos mais chocantes de desprezo pela vida dos palestinianos num dos genocídios mais bem documentados e alardeados da história”.

    A relatora especial da ONU apontou como o resgate de quatro reféns, que matou 274 palestinianos, expôs completamente os crimes israelitas, ainda que reconheça que isso não seja consolo para o povo palestiniano.

    Ainda assim, na sua publicação no X, a especialista sobre a Palestina acredita que “a justiça vai bater à porta dos autores dos crimes e dos seus cúmplices [que] terão o que merecem: o esquecimento, no caixote do lixo da história”.

  • Chipre diz que acusações do Hezbollah "não refletem a realidade"

    No comunicado divulgado esta tarde, o líder do Hezbollah ameaçou o Chipre por permitir que Israel utilize a ilha para exercícios militares. Hassan Nasrallah avisou que, se o Chipre continuasse, ia ser considerado “parte da guerra” pelo Hezbollah.

    O Presidente cipriota defendeu-se agora das acusações, dizendo que o país é neutro e “faz parte da solução e não do problema”. “O nosso corredor humanitário é prova do nosso empenhamento na paz e na estabilidade”, acrescentou Nikos Christodoulides, citado pelo Haaretz.

    O Presidente sublinhou os canais diplomáticos que o Chipre mantém tanto com o Líbano como com o Irão e classificou as declarações de Nasrallah como “problemáticas” e “desagradáveis”, mas que “não refletem a verdade”.

  • Exército dos EUA mata alto funcionário do Estado Islâmico na Síria

    O Comando Central do exército dos Estados Unidos (Centcom) disse esta quarta-feira que fez um ataque aéreo na Síria que matou um alto funcionário do Estado Islâmico chamado Usamah Jamal Muhammad Ibrahim al-Janabi.

    “A sua morte vai perturbar a capacidade do Estado Islâmico de criar recursos e conduzir ataques terroristas”, lê-se numa declaração na rede social X. “Não há indicação de que algum civil tenha sido ferido neste ataque”, continua o comunicado.

  • Nove pessoas morreram num ataque israelita em Rafah

    A Al Jazeera e a agência noticiosa Reuters avançam que pelo menos nove pessoas morreram num bombardeamento israelita que atingiu um grupo de pessoas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

    O correspondente da Aljazeera afirma que pelo menos 30 pessoas ficaram feridas no ataque e que as câmaras captaram a chegada de dezenas de feridos a um hospital no sul de Gaza que se encontra sobrelotado.

    A Reuters relata, citando fontes médicas, que o grupo de pessoas foi atingido enquanto aguardava a chegada de camiões de ajuda humanitária.

  • Bruxelas recusa-se a receber o jogo Bélgica-Israel da Liga das Nações

    A autarquia de Bruxelas anunciou esta quarta-feira a recusa em receber o jogo de futebol entre Bélgica e Israel, da Liga das Nações, a 6 de setembro, tendo em conta o “alto risco” para a segurança dos seus habitantes.

    “Neste período particularmente turbulento, tendo em conta a situação dramática no Médio Oriente, um jogo deste tipo, de alto risco, irá sem dúvida provocar importantes manifestações e contramanifestações, comprometendo assim a segurança dos espetadores, dos jogadores, dos habitantes de Bruxelas e também dos nossos forças policiais”, justificou o executivo.

    A Bélgica integra o Grupo A2 da Liga das Nações, juntamente com Itália, França e Israel, sendo que o estádio Rei Balduíno tem sido, por norma, o palco dos jogos em casa dos ‘diabos vermelhos’.

  • Estudantes em Coimbra exigem à Universidade que defenda cessar-fogo em Gaza

    Cerca de 30 estudantes concentraram-se hoje no Largo da Porta Férrea, na Universidade de Coimbra (UC), para exigir à reitoria daquela instituição que defenda um cessar-fogo imediato em território palestiniano.

    Cerca de 30 estudantes concentraram-se hoje no Largo da Porta Férrea, entoando cânticos e envergando tarjas, para defender uma Palestina livre e independente e para denunciar a ofensiva israelita em Gaza, que já terá causado a morte a mais de 37 mil palestinianos, dos quais quase metade crianças.

    “De Coimbra a Rafah, Palestina vencerá”, “Estudantes em união pela libertação”, “UC, atenção! Cessar-fogo é a posição”, “UC escuta, a tua história é de luta”, cantaram os estudantes, que assim que começaram o protesto viram a Porta Férrea ser encerrada por estudantes, algo que já aconteceu no passado, desde que dezenas de alunos decidiram montar uma acampada junto à Faculdade de Letras.

  • "O Hamas é uma ideia. Não se pode destruir uma ideia", diz porta-voz das IDF

    Daniel Hagari argumentou hoje que a narrativa israelita de destruir o Hamas é uma forma de “atirar areia para os olhos do público”. Numa entrevista ao canal israelita Channel 13 News, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) defendeu que é precisa uma solução política e não militar.

    O Hamas é uma ideia. Não se pode destruir uma ideia. O governo tem de encontrar uma alternativa para ela – ou ela vai permanecer”, declarou Hagari. Quanto à operação para resgatar reféns que matou mais de 270 refugiados palestinianos, o porta-voz afirmou que “não será possível resgatar todos os reféns através de operações militares”.

    Já sobre o Hezbollah e a possibilidade de uma “guerra total”, Daniel Hagari defendeu que as IDF estão “prontas para todos os cenários”, mas que a prioridade é permitir que os residentes do norte de Israel regressem às suas casas em segurança.

  • Netanyahu retira projeto sobre nomeação de rabis e aumenta críticas de ultraortodoxos

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu retirar da agenda da sessão plenária do parlamento um polémico projeto de lei que ampliaria a influência do rabinato nas autoridades locais do país, gerando críticas dos ultraortodoxos na coligação governamental.

    De acordo com o jornal The Times of Israel, Netanyahu ordenou a mudança após consultar o líder da coligação no parlamento, Ofir Katz, que deveria remover dois deputados do partido governamental Likud da Comissão de Constituição, Lei e Justiça devido à sua oposição ao projeto.

    Em resultado, o líder do partido ultraortodoxo Shas, Aryeh Deri, alertou para um possível colapso da coligação devido à “perda de controlo” de Netanyahu, segundo uma conversa entre ambos, divulgada pela rede de televisão Channel 12.

    As críticas ao projeto derivam do custo para os contribuintes dos salários de centenas de novos rabinos em bairros de Israel, um reflexo do aumento do peso das fações ultraortodoxas desde a formação do executivo em janeiro de 2023, quando Netanyahu precisou do apoio dos grupos radicais para garantir o seu regresso ao poder.

  • Invadir a Galileia é uma possibilidade e Israel não tem capacidade para "guerra total", afirma o Hezbollah

    O secretário-geral do Hezbollah fez um ponto de situação da escalada de tensão no sul do Líbano, reafirmando o apoio ao Hamas e deixando avisos a Israel, que diz considerar uma invasão.

    “A invasão da Galileia é uma possibilidade que se mantém e é provável no âmbito de qualquer guerra das forças israelitas contra o Líbano. A imagem de dissuasão do inimigo está a desmoronar-se, e o exército parece derrotado e em colapso. O inimigo israelita não pode fazer a guerra nestas frentes [libanesas]”, declarou Hassan Nasrallah, num comunicado em vídeo citado pela Al Jazeera.

    O líder do Hezbollah avisou ainda que, caso Israel queira avançar para uma “guerra total” – como afirmou estar pronta para fazer –, “nenhum sítio será poupado”. Se Israel invadir o Líbano, “deve esperar por nós, em terra, no mar, e no ar”, declarou Nasrallah.

  • Exército israelita diz que foram disparados 15 rockets a partir do Líbano

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem que foram disparados 15 rockets contra Kiryat Shmona, em Israel, a partir do Líbano. O jornal Times of Israel refere que o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo ataque.

    O exército israelita refere que os rockets foram intercetados pelos sistemas de defesa aérea. Alguns dos destroços causaram danos em propriedades na região e alguns incêndios.

  • Casa Branca nega cancelamento de reunião com Israel devido a alegações de Netanyahu sobre ajuda militar retida pelos EUA

    A Casa Branca nega ter cancelado uma reunião entre os EUA e Israel sobre o Irão, agendada para quinta-feira, devido ao vídeo que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu publicou em que alega que os EUA estão a reter ajuda militar. A notícia foi avançada pela Axios, que citou funcionários do gabinete de Joe Biden que terão ficado furiosos com o sucedido.

    Agora, segundo o The Times of Israel, a Casa Branca vem desmentir a notícia de que a reunião foi cancelada devido às declarações do primeiro-ministro israelita.

    “Como dissemos no briefing de ontem, não fazemos ideia do que o primeiro-ministro [israelita] está a falar, mas isso não é razão para reagendar uma reunião”, disse um funcionário da Casa Branca ao jornal.

    “Temos estado a trabalhar para encontrar uma altura para agendar o encontro que tenha em conta as viagens e a disponibilidade dos dirigentes, mas ainda não finalizámos totalmente os detalhes, pelo que nada foi cancelado”, garante o funcionário de Washington.

    Netanyahu afirmou que Blinken comprometeu-se a eliminar obstáculos ao envio de armas

  • Exército israelita avança em Rafah. Bombardeamentos e tiros atingiram tendas de deslocados e causaram oito mortos

    Tanques israelitas apoiados por aviões de guerra e drones avançaram mais profundamente na parte ocidental da cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, avança a Reuters. Do ataque desta madrugada resultaram, até agora, oito mortos.

    Residentes palestinianos disseram à agenda de notícias que os tanques entraram em cinco bairros depois da meia-noite. Relatam que fortes bombardeamentos e tiros atingiram tendas das famílias deslocadas em Al-Mawasi, na zona oeste do da cidade costeira.

  • Israel insiste que relatórios da ONU só visam isolá-la e proteger Hamas

    Israel desvalorizou hoje o mais recente relatório do gabinete de Direitos Humanos da ONU sobre possíveis crimes contra a humanidade cometidos em Gaza, insistindo que o seu único objetivo é isolá-lo e “proteger ainda mais os terroristas do Hamas”.

    A reação surge, em comunicado, pouco depois da divulgação de um relatório de avaliação sobre seis ataques realizados no ano passado forças israelitas em Gaza, “que resultaram num elevado número de mortes entre civis e a generalização de destruição de propriedade civil, levantando sérias preocupações no que diz respeito às leis da guerra“.

    Israel acusou o gabinete de Direitos Humanos da ONU de “fazer eco do discurso do Hamas“, e considerando que o estudo “sofre de preconceitos metodológicos e posteriores aos factos” que comprometem a sua credibilidade.

    Segundo o embaixador Meirav Eilon Shahar, o relatório não aborda “a estratégia deliberada do Hamas” de “plantar sistemática e ilegalmente os seus meios militares em zonas povoadas”, com a “intenção deliberada de causar o maior dano possível à população”, além de “manipular as estatísticas sobre vítimas civis”.

  • ONU tem "sérias preocupações" sobre o respeito de Israel pelas leis da guerra

    A ONU manifestou hoje “sérias preocupações” sobre o respeito às leis da guerra por parte do exército israelita, numa investigação realizada a seis atentados na Faixa de Gaza no ano passado, que causaram pelo menos 218 mortos.”

    A obrigação de escolher meios e métodos de guerra que evitem ou, pelo menos, minimizem ao máximo os danos possíveis aos civis parece ter sido sistematicamente violada durante a campanha de bombardeamentos de Israel”, disse o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk.

    No relatório é referido que nos seis ataques (entre 09 de outubro e 02 de dezembro de 2023) terão sido usadas bombas GBU-31 em edifícios residenciais, uma escola, campos de refugiados e um mercado.

    Segundo o documento, 218 pessoas morreram nestes ataques, mas o número de mortos poderá ser maior.

  • Mais de 60% da infraestrutura de abastecimento de água e gerou milhões de toneladas de destroços

    Um relatório das Nações Unidas estima que a guerra em Gaza tenha destruído mais de 60% da infraestrutura de abastecimento de água e gerado milhões de toneladas de destroços.

    É estimado que terão sido criadas cerca de 40 milhões de toneladas de destroços de edifícios, que contêm materiais tóxicos. Há consequências significativas no acesso dos residentes de Gaza a água, já que foram atingidas também centrais de dessalinização e estações de tratamento de águas.

    Os dados do relatório, que foi feito a pedido das autoridades palestinianas, ainda são preliminares e são citados pelo jornal israelita Haaretz.

  • Sirenes a soar em comunidades perto da fronteira com o Líbano e com Gaza

    Foram ativadas as sirenes de alerta nas comunidades que ficam perto da fronteira com o Líbano e nas regiões do sul de Israel próximas da fronteira com Gaza, revela o jornal Times of Israel.

    Também foram acionadas as as sirenes em algumas comunidades do norte de Israel, como Margaliot, Kiryat Shmona e Tel Hai. No sul, o jornal nota que são ouvidos alarmes em Kerem Shalom.

  • ONU considera que ações de Israel são "ataque intencional e direto à população civil" em Gaza

    A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os Territórios Palestinianos Ocupados divulgou esta quarta-feira um relatório sobre os crimes de guerra em Gaza em que diz que Israel “transferiu à força quase toda a população para um pequeno recinto que é inseguro e inabitável”.

    “A utilização deliberada de armas pesadas com grande capacidade destrutiva em áreas densamente povoadas constitui um ataque intencional e direto à população civil”, diz Navi Pillay, presidente da comissão apoiada pela ONU, em Genebra, citado pela Aljazeera.

  • Exército israelita atingiu armazém de armas do Hezbollah durante a noite

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem que atingiram durante a noite um armazém de armamento do Hezbollah em Yaroun, no sul do Líbano.

    Numa publicação na rede social X, antigo Twitter, o exército explica que “vários terroristas do Hezbollah foram vistos a entrar num edifício militar na área de Yaron, que é usado como depósito militar”.

    “Pouco tempo depois, uma aeronave da Força Aérea atacou o prédio”, continua a publicação. “Ao mesmo tempo, uma infraestrutura terrorista da organização foi atacada na área de Rashi”, acrescenta o exército.

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