Os representantes da maioria dos trabalhadores do setor privado avisam Netanyahu que, se despedir Gallant, vai prejudicar ainda mais a economia israelita, afetada pela guerra, segundo reporta o Times of Israel.

“É claro que a substituição do ministro da Defesa em troca de um acordo político relativo à legislação que permita a exclusão da maioria dos homens ultraortodoxos do serviço militar irá exacerbar a lacuna na partilha equitativa do fardo (económico)”, diz o fórum.

“Isto irá aumentar drasticamente a frustração da população que carrega o fardo do serviço militar e do serviço económico”, acrescentam.

O diretor da Unidade Nacional de Israel, Benny Gantz, acusou Netanyahu de irresponsabilidade na segurança, relativamente aos rumores de que irá substituir o atual ministro da Defesa israelita, segundo reporta o Times of Israel.

“O que Netanyahu está a fazer põe em perigo a segurança de Israel da forma mais tangível que me lembro ter sido feita por um rimeiro-ministro durante uma guerra, e em geral”, avançou Gantz em conferência de imprensa citada pelo mesmo jornal.

O secretário de estado norte-americano vai viajar para o Egipto esta terça-feira.

Antony Blinken vai encontrar-se com oficiais egípcios com o objetivo de discutir com os “esforços em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza que garanta a libertação de todos os reféns, alivie o sofrimento do povo palestiniano e ajude a alcançar uma segurança regional mais ampla”, segundo informação avançada pelo Departamento de Estado dos EUA, citada pelo Haaretz.

Blinken tem também agendada uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcios, Badr Abdelatty.

No entanto, e segundo a Associated Press, a administração Biden não espera que a viagem se traduza em avanços nas negociações entre Israel e o Hamas.

Esta é já a décima viagem que o secretário de estado norte-americano faz ao Médio Oriente desde o início do conflito na faixa de Gaza, em outubro de 2023. Desta vez, e ao contrário do que aconteceu nas viagens anteriores, Antony Blinken não se vai encontrar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

As Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) anunciaram a morte do Chefe da Unidade de Rockets e Mísseis da Jihad Islâmica em Rafah, Ahmed Aish Salame al-Hashash.

🔴Ahmed Aish Salame al-Hashash, the Head of the Islamic Jihad's Rocket and Missile Unit in the Rafah area, was eliminated in an intelligence-based strike.

Al-Hashash was responsible for the Islamic Jihad’s rocket attacks in the Rafah Brigade and was an important source of… pic.twitter.com/UBNseQfWWD

— Israel Defense Forces (@IDF) September 17, 2024

Na altura do ataque das forças israelitas, al-Hashash estaria a operar dentro da área humanitária de Khan Yunis.

Israel actualizou os objectivos oficiais da guerra, incluindo o regresso a casa dos cerca de 60 mil evacuados no norte, junto à fronteira com o Líbano, devido ao fogo cruzado com o movimento xiita Hezbollah.

“Israel continuará a tomar medidas práticas ativas para atingir este objetivo”, anunciou hoje o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, num comunicado.

A decisão, saída de uma reunião do gabinete de segurança de Israel, na segunda-feira à noite, surgiu horas depois de Netanyahu ter falado da necessidade de uma “mudança radical” na fronteira israelo-libanesa.