Depois de mais de metade dos 126 feridos já terem tido alta hospital, 59 feridos continuam internados em diversos hospitais da Catalunha:

• 15 em estado crítico
• 25 em estado grave
• 7 em estado menos grave
• 12 feridos ligeiros

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, lamentou, em comunicado oficial, o atentado em Barcelona, sublinhando que foi “com grande tristeza” que tomou conhecimento da morte de um canadiano e da existência de quatro canadianos feridos.

“Juntamo-nos a Espanha e a países em todo o mundo no luto pela perda sem sentido de tantas pessoas inocentes”, afirmou Trudeau. “Temos de nos erguer firmes contra a disseminação do ódio e da intolerância em todas as suas formas. Estes atos violentos que nos procuram dividir apenas irão fortalecer a nossa determinação.”

My deepest condolences to the families of the Canadians killed & injured in the Barcelona terror attack. Statement: https://t.co/XKTB6ALmvU

— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) August 18, 2017

Josep Lluís Trapero, líder dos Mossos d’Esquadra, a polícia da comunidade autónoma da Catalunha, diz em entrevista à Europa Press que a possibilidade de que tenha sido o marroquino Moussa Oukabir, de 17 anos, a conduzir a carrinha no atentado em Las Ramblas, Barcelona, tem vindo a “perder peso” à medida que a investigação avança.

“É uma possibilidade, mas neste momento, ao contrário de há quatro horas, tem menos peso”, afirmou Trapero, destacando que não existem “elementos suficientes” para confirmar que tenha mesmo sido Moussa a conduzir a viatura.

A jovem portuguesa que está desaparecida não foi encontrada entre os feridos e segundo o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, citado pelo Correio da Manhã, “tudo leva a crer que a jovem esteja entre as vítimas mortais”.

Recorde-se que a jovem que está desaparecida é neta da cidadã portuguesa que já foi confirmada como vítima mortal, pelo que o número de vítimas mortais portuguesas poderá subir para duas.

Foi identificado o cidadão norte-americano que morreu no atentado em Barcelona. Trata-se de Jared Tucker, de 43 anos, que se encontrava com a sua mulher, Heidi Nunes, a festejar o primeiro ano de casamento. Segundo o El País, o casal estava em Las Ramblas no momento do atentado e o homem esteve desaparecido durante várias horas. Só esta sexta-feira é que foi confirmado que Tucker era uma das vítimas mortais.

O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, já tinha confirmado que havia um cidadão norte-americano entre as vítimas mortais, mas não divulgou o nome do homem.

Jared Tucker's father says Jared was in Europe w/wife celebrating 1 yr anniversary when #BarcelonaTerrorAttack hit . Was due to return today pic.twitter.com/GDs8HxnGsC

— Jodi Hernandez (@JodiHernandezTV) August 18, 2017

Donald Trump falou esta tarde ao telefone com Mariano Rajoy, mostrando-se disponível para oferecer ajuda ao governo espanhol na sequência do atentado. Segundo uma declaração da porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, “Trump falou hoje com o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy e disse-lhe que estamos preparados para oferecer qualquer assistência necessária às autoridades espanholas à medida que avancem na investigação”.

https://www.instagram.com/p/BX8P1LygMQO/

Mais de metade dos feridos já tiveram alta hospitalar. O balanço a esta hora, no que diz respeito ao número de feridos ainda sob cuidados médicos, é o seguinte:

• 61 continuam internados em 15 hospitais catalães
• 17 destes estão em estado crítico
• 25 destes estão em estado grave

A polícia catalã assegura que já foram identificados os cinco terroristas abatidos em Cambrils.

Major Trapero a @tv3cat: ' ja s'han identificat les 5 persones abatudes a Cambrils. A banda hi ha 4 detinguts i 3 identificats' #NoTincPor

— Mossos (@mossos) August 18, 2017

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dirigiu-se esta noite à família da portuguesa que morreu no ataque de Barcelona, dizendo que Portugal está “unido pela dor desta família” — além da cidadã portuguesa que morreu, sabe-se que há uma neta sua que continua ainda desaparecida.

“Compreender-se-á que a minha palavra de hoje se dirija para a família portuguesa atingida por este atentado”, afirmou o chefe de Estado no início da declaração pública que fez esta noite ao país, a partir de Almancil, no Algarve.

“Haver vítimas portuguesas do terrorismo em Barcelona acrescenta mais dor à nossa dor”, disse Marcelo, lembrando que já falou telefonicamente com o Rei de Espanha, Felipe VI, para lhe transmitir as condolências em nome do povo português.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que tem estado em permanente contacto com “um membro da família”, que esta sexta-feira foi de propósito a Barcelona para fornecer dados para a identificação da jovem desaparecida. “Acompanhamo-lo a ele e a sua mulher neste momento doloroso”, sublinhou o Presidente da República.

O chefe de Estado aproveitou ainda para destacar que não há, neste momento, razões para elevar o alerta de terrorismo em Portugal. “Há em Portugal dispositivos de segurança e não há razões para alterar aquilo que é a situação vivida até aos atentados em Barcelona e na Finlândia”, destacou.

Os pais da jovem portuguesa dada como desaparecida em Barcelona, na quinta-feira, foram chamados pelas autoridades espanholas para verificarem a identidade de uma das vítimas no Instituto Forense, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

“As autoridades espanholas acabam de chamar os pais da jovem que até agora não se tinha encontrado, para o Instituto Forense, no sentido de verificarem, se no conjunto das vítimas mortais, se encontra essa jovem”, afirmou José Luís Carneiro.

O governante afirmou que está confirmada uma morte, de uma mulher, de 74 anos, que residia na área da Grande Lisboa, avó da jovem ainda dada como desaparecida.

José Luís Carneiro afirmou que nas listas oficiais de feridos, divulgadas pelas autoridades espanholas, até às 20:20 de hoje, não há qualquer cidadão português.

Referindo-se ao ataque que hoje aconteceu em Turku, na Finlândia, “onde existem entre 100 e 150 portugueses”, não há qualquer cidadão nacional ferido, segundo informação dada ao embaixador de Portugal em Helsínquia, adiantou o secretário de Estado.

Lusa

Uma manifestação de extrema-direita e uma contramanifestação antifascista no local onde quinta-feira terminou o atentado terrorista de Barcelona obrigou hoje à intervenção da polícia antimotim. A polícia antimotim dispersou e afastou o grupo de cerca de 30 manifestantes de extrema direita, mas alguns acabaram por ficar retidos entre centenas de manifestantes antirracistas, envolvendo-se em discussões acesas que por vezes descambaram para agressões.

Segundo explica o diário El Periódico, os manifestantes da extrema-direita reagiram ao ataque terrorista de quinta-feira nas Ramblas, Barcelona, convocando um protesto para hoje às 19:00 junto ao local onde a furgoneta que matou 13 pessoas se imobilizou na quinta-feira. A concentração visava “defender Espanha e a Europa de culturas totalmente alheias à nossa pátria e identidade”, segundo um comunicado da organização La Falange, de extrema direita, citada pelo El Periódico.

Perante essa convocatória, grupos antifascistas e associações como a Assembleia de Jovens da Cidade Velha convocaram uma contramanifestação no mesmo local, para as 18:45, para “combater o terror do Daesh e o ódio fascista”. Os manifestantes de extrema-direita que compareceram, cerca de 30, gritavam “Parem a islamização da Europa”, enquanto os restantes cantavam, em catalão, “fora fascistas dos nossos bairros” ou “Barcelona será o túmulo do fascismo”.

“Estamos a lutar contra o ódio, não queremos que se aproveitem deste momento tão triste para fazer a sua luta”, disse à Lusa Raquel, de 33 anos, uma manifestante antifascista, moradora num dos bairros antigos da cidade catalã. Mohamed e Nawal, dois jovens químicos nascidos em Barcelona e muçulmanos de religião, compareceram na manifestação antifascista para combater a associação entre terrorismo e islão.

“Não tem nada a ver, é um grupo de pessoas que comete crimes de guerra, tal como acontece em muitos países muçulmanos. Não tem relação nenhuma com a religião”, disse Nawal, envergando um hojab (véu islâmico). Sobre o futuro da relação entre a comunidade muçulmana e as restantes comunidades de Barcelona após o atentado de quinta-feira, que foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, Nawal contou que nasceu e cresceu em Barcelona e nunca teve qualquer problema.

“A população catalã é culta e solidária, penso que agora não será pior”. Carlos Menezes, um barcelonês que passeava nas Ramblas com a mulher e a filha, de dois anos, à hora da manifestação, lamentou a realização dos protestos pouco mais de 24 horas após o atentado. “Há liberdade de expressão, mas é preciso respeitar o luto nacional decretado oficialmente. As manifestações políticas podemos deixá-las para a próxima semana”.

Lusa

O quarto suspeito que era procurado pelas autoridades espanholas terá sido morto, avança o El País referindo fonte policial. O suspeito em causa era Younes Abouyaaqoub, 22 anos, e era o único que ainda estava em fuga, depois de os outros três suspeitos (incluindo Moussa Oukabir, o presumível condutor da carrinha usada em Barcelona) terem sido abatidos pelas autoridades em Cambrils. A polícia continua ainda a determinar quem era efetivamente o condutor da carrinha, não sendo ainda garantido que se tratasse de Moussa Oukabir.

ÚLTIMA HORA | Fuentes de la lucha antiterrorista dan por muerto al cuarto sospechoso del ataque en Barcelona https://t.co/dGfiZ46NeQ

— EL PAÍS (@el_pais) August 18, 2017

De acordo com o jornal El País, a Mesa de Avaliação da Ameaça Terrorista (órgão do Ministério do Interior responsável pela monitorização da atividade terrorista) vai reunir-se este sábado para decidir se o nível de alerta é subido do grau atual (4) para o máximo (5). Fontes ouvidas pelo jornal admitem que o Governo espanhol prefere manter o nível 4, reforçando-o, em vez de subir para o nível 5, que implica a mobilização do exército.

A polícia espanhola está à procura de uma carrinha Renault Kangoo branca, que será propriedade da célula terrorista que levou a cabo os atentados em Barcelona e em Cambrils, e já enviou um pedido às autoridades francesas para que apoiem na localização deste veículo, uma vez que há suspeitas de que a carrinha, alugada na quinta-feira, tenha cruzado a fronteira. A informação é do El País e do francês Le Parisien.

A polícia da Catalunha encontrou, na casa de Alcanar, vestígios de TATP, um explosivo conhecido como “a mãe de Satanás” e que é o produto mais usado nos atentados anteriores do Estado Islâmico em países europeus. De acordo com o El País, que avança a notícia, trata-se de um explosivo “muito sensível no seu manuseamento, uma vez que exige determinadas temperaturas” e poderá significar a prova de que o grupo de Alcanar estava a preparar um atentado de maior dimensão.

Recorde aqui a história da explosão na casa de Alcanar:

Alcanar. A explosão que está no epicentro da investigação ao ataque de Barcelona

Neste momento, na Praça da Catalunha, em Barcelona, decorrem duas manifestações: uma organizada pelo partido de extrema-direita La Falange, contra o terrorismo islâmico, e outra ainda organizada por movimentos anti-fascistas. A polícia catalã está no local a dividir os grupos e a manter a ordem, segundo relata a imprensa espanhol.

Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, é o suspeito que continua em fuga, de acordo com a imprensa espanhola. Moussa Oukabir (17), Mohamed Hychami (de 24 anos) e Said Aallaa (18) foram abatidos durante a operação policial em Cambrils e apenas Abouyaaqoub conseguiu escapar.

Os jogadores do FC Barcelona irão usar um equipamento especial no jogo contra o Betis de Sevilha, no próximo domingo: em vez do nome do atleta, a camisola inclui a palavra “Barcelona”. Na parte da frente da camisola, estará a inscrição #TotsSomBarcelona.

#TotsSomBarcelona Así será la camiseta que se lucirá en el partido contra el Betis. Todos los detalles ???? https://t.co/yM22Dpfykp

— FC Barcelona (@FCBarcelona_es) August 18, 2017