O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia convocou os responsáveis da missão diplomática no país após um alegado drone ucraniano ter entrada em território bielorrusso. A informação foi avançada pela agência estatal bielorrussa Belta e citada pelo Kyiv Independent.

O Ministério fez um “forte aviso” a Olha Tymush, responsável da missão, ameaçando pôr fim às relações diplomáticas pelo que Minsk considerou ser “uma provocação ucraniana”.

A Bielorrússia alega que foram detetados drones lançados pela Ucrânia na região de Kastsyukovichy, perto da fronteira com a Rússia, que terão sido abatidos esta sexta-feira.

“Se a missão diplomática da Ucrânia na Bielorrússia não for capaz de influenciar a prevenção deste tipo de provocações, o lado bielorrusso vai questionar a necessidade de ter uma presença diplomática contínua em Minsk.”

Um ataque russo a Kherson, na Ucrânia, fez dez feridos, um deles com gravidade.

Roman Mrochko, responsável da comunidade de Kherson, anunciou no Telegram que ficaram feridos “um rapaz de 15 anos, quatro mulheres de 40, 45, 55 e 82 anos e homens com 41, 53, 58, 65 e 74 anos”.

“O homem mais velho está gravemente ferido, dois têm ferimentos ligeiros”, explicou.

O Presidente da Ucrânia reconhece pela primeira vez a incursão das forças ucranianas em território russo.

No Telegram, mencionou que o “Chefe do Estado-Maior Sirskyi já relatou várias vezes sobre a frente [de batalha] e as nossas ações e sobre como empurrar a guerra para o território do agressor”.

Agradecendo a todas as unidades de defesa “que tornam isto possível”, Zelensky diz que a Ucrânia “prova que sabe realmente restaurar a justiça e garante exatamente o tipo de pressão que é necessário — pressão sobre o agressor”.

Um batalhão ucraniano terá conseguido chegar a território russo.

Meios como o Kyiv Independent ou o Washington Post referem um vídeo do 252.º Batalhão de Defesa da Ucrânia, alegadamente captado junto a um edifício em Poroz, na região russa de Belgorod.

“Desejo-vos boa saúde, o 252.º Batalhão está na aldeia de Poroz. Glória à Ucrânia”, terá sido dito no vídeo, como escreve o Kyiv Independent.

O fact-check da ucraniano Suspilne confirma que o vídeo foi gravado em Poroz, que fica a três quilómetros da fronteira com a Ucrânia. No entanto, não foi possível verificar quando é que foi gravado o vídeo.

Pelo menos 129 cidadãos foram mortos e 1018 ficaram feridos na Ucrânia em julho, fazendo deste o “mês mais mortífero para cidadãos” desde outubro de 2022, avançou o escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humano, citado no Kyiv Independent.

“O elevado número de vítimas em julho dá continuidade a uma tendência de aumento do número de vítimas civis desde março de 2024,” lê-se no relatório.

Face à incursão ucraniana na região de Kursk, mais de 76 mil pessoas foram retiradas de zonas na fronteira com a Ucrânia, avançou a Reuters, citando o ministério de emergência local.

Só durante o mês de julho, pelo menos 219 civis foram mortos na Ucrânia e 1018 ficaram feridos. Este foi o “mês mais mortífero para os civis” desde outubro de 2022, lê-se no relatório da ONU de 9 de agosto, citado pelo Kyiv Independent.

Desde março deste ano tem havido um constante aumento do número de vítimas civis, e os números registados em julho “dão continuidade a esta tendência”, consta ainda no relatório.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as tropas de Moscovo “continuam a repelir uma tentativa de invasão das Forças Armadas da Ucrânia” na região de Kursk, citou a Reuters.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) condenou na sexta-feira o ataque mortal da Rússia contra um supermercado na cidade ucraniana de Kostiantinivka (leste), defendendo a “responsabilização por este e outros crimes de guerra”.

“A Rússia voltou a atacar civis ucranianos, atacando um movimentado supermercado em Kostyantynivka, na região de Donetsk. Apoiamos a responsabilização por este e outros crimes de guerra russos”, defendeu Josep Borrell, numa nota na rede social X.

O alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da UE frisou também que a Ucrânia precisa “agora de mais apoio militar para proteger as suas cidades, civis e infraestruturas”.

Russia again targeted Ukrainian civilians, attacking a busy shopping centre in Kostyantynivka, Donetsk region.

We support accountability for this and other Russian war crimes.

Ukraine needs more military support now to protect its cities, civilians and infrastructure.

— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 9, 2024

Pelo menos 14 pessoas, incluindo duas crianças de nove e 11 anos, morreram e 43 ficaram feridas na sequência de um ataque russo a um supermercado na cidade ucraniana de Kostyantynivka, região de Donetsk.

Durante o dia de ontem, a ofensiva russa matou ainda mais quatro pessoas, duas também em Donetsk e outras duas na região de Kharkiv, avançou o Kyiv Independent.