Momentos-chave
- "É preciso construir pontes", assim se apresenta Marcelo, o candidato
- António Costa: Marcelo é candidato forte
- Marcelo quer "convergências alargadas"
- "É tempo de pagar a dívida moral ao país"
- Se não avançasse, sentiria "remorsos por ter falhado por omissão"
- "Viabilizei três orçamentos do Estado a pensar no interesse nacional"
- Marcelo chegou a casa
Histórico de atualizações
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Obrigada por ter acompanhado este liveblog. Vamos continuar a acompanhar a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, assim como de todos os restantes candidatos. Até à próxima.
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Marcelo enviou SMS a Passos às 6 da manhã
O Expresso avança que Marcelo enviou SMS a Passos Coelho esta manhã (ou madrugada) e que a decisão de se candidatar agora ficou tomada depois de uma conversa com Costa, quando o professor percebeu que o PS está a levar a sério as conversações com Bloco de Esquerda e PCP. Marcelo, no seu discurso, falou da importância da governabilidade e da estabilidade política.
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"É preciso construir pontes", assim se apresenta Marcelo, o candidato
Construir pontes foi o mote do discurso de apresentação da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República. Alertando para os anos difíceis que a Europa e o mundo terão pela frente, o professor puxou do seu currículo de ex-líder do PSD, de pai da Constituição, de professor de Direito, de ex-autarca conhecedor do poder local e central, e da sua experiência enquanto vice-presidente do Partido Popular Europeu para se apresentar como um candidato ao centro e capaz de fazer “convergências alargadas” para bem de Portugal. Tudo a pensar nos próximos “cinco anos”.
Em síntese, estes são os argumentos de Marcelo, o candidato:
– Conhece bem a Constituição. “Antes de a ensinar aos alunos” foi um dos “constituintes” que esteve por detrás da elaboração do documento fundamental. Participou nas revisões constitucionais de 1982 e 1987 e conhece bem o papel do Presidente da República que nela está implícito;
– Apela ao “diálogo e à tolerância”, às “convergências alargadas” e à necessidade de “construir pontes” porque “ninguém se salva sozinho”. Para isso Marcelo defendeu uma “convergência alargada” para que os governos durem mais de seis meses ou um ano. “A estabilidade tem de estar ao serviço” do combate à pobreza, isto é, ao serviço das pessoas;
– Para mostrar que é a pessoa certa para monitorizar essas “pontes”, usa o seu currículo de autarca, na Assembleia Municipal de Cascais, de Lisboa e de Celorico de Basto para provar que conhece bem o poder local e central, assim como o seu currículo de líder do PSD para dizer que viabilizou três Orçamentos do Estado de forma a que um governo minoritário governasse durante quatro anos, e ainda o seu currículo de vice-presidente do PPE para dar conta da sua experiência diplomática;
– Admite que “não se antevêem anos fáceis” devido ao estado da Europa e do Mundo, considerando que Portugal tem de sair do clima de crise em que mergulhou e que “já dura há tempo demais”;
– Além de que assumiu funções de conselheiro de Estado com dois Presidentes, o que o faz conhecer por dentro as exigências do papel de chefe de Estado.
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António Costa: Marcelo é candidato forte
António Costa reconheceu esta sexta-feira que Marcelo Rebelo de Sousa é um “candidato forte” às presidenciais de 2016, mas mostrou confiança na passagem à segunda volta de um candidato da área socialista para o sufrágio de janeiro. Leia tudo o que o secretário-geral do PS disse sobre Marcelo aqui.
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O dia em que Marcelo pôs Celorico no mapa
No Twitter, Celorico é uma das palavras mais mencionadas em Portugal. Apesar de o candidato não estar nesta rede social, houve muitas reações ao discurso de Marcelo.
Algumas positivas:
Marcelo Rebelo de Sousa candidato à presidência, acho que já sabemos quem será o nosso novo presidente da República
— ???????????????? (@Miquinha10) October 9, 2015
Outras menos entusiastas:
O Marcelo comoveu a minha avó. Ela que é Socrática, Costista e socialista inveterada. Estamos mal…
— Íris Batalha (@iris_batalha) October 9, 2015
E ainda, algumas bem humoradas:
"Marcelo, o presidente que não vai ao fundo."
Escusam de agradecer, senhores da campanha. pic.twitter.com/KU54UGda4I
— Cátia Domingues (@Cat_Domingues) October 9, 2015
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Marcelo quer "convergências alargadas"
Segundo o agora candidato a Belém, o estado da Europa não deixa antever “anos fáceis” e por isso é necessário diz serem necessárias “como nas democracias mais avançadas, convergências alargadas sobre aspetos fundamentais do regime”. “Não há desenvolvimento nem justiça com governos a durarem 6 meses ou um ano, com ingovernabilidade crónica e sem um horizonte que permita perceber aquilo com o que podem contar”, afirmou Marcelo.
“A estabilidade e a governabilidade têm de estar ao serviço do fim maior e o fim maior é o combate à pobreza”, reforçou o antigo líder do PSD.
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"É tempo de pagar a dívida moral ao país"
Marcelo assume que depois das eleições teve “de fazer uma escolha” Ou escolhia a solução que punha menos em causa s meus interesses e faltava à chamada, ou rompia com posições estáveis e pensava mais do que tudo no meu dever de pagar ao país o que dele recebi”, afirmou Marcelo em Celorico de Basto.
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Se não avançasse, sentiria "remorsos por ter falhado por omissão"
Agora os motivos. Marcelo diz que ponderou as várias candidaturas já anunciadas, “e todas elas mereceram a minha maior consideração”, assim como ponderou a situação nacional saída das eleições de domingo, antes de decidir o avanço para Belém.
Perante isso, teve de fazer uma escolha: “Ou escolhia a solução que menos punha em causa o que faço com entusiasmo e os projetos pessoais de futuro e faltava à chamada como alguns garantiam que faria, ou escolhia a solução que rompia com isso e pensava no meu dever de pagar ao país o que dele recebi. O que recebi de educação, de saúde, de oportunidades de vida, de reconhecimento”, disse, acrescentando que “é tempo de pagar esta dívida”.
Se não avançasse, Marcelo diz que sentiria para sempre o “remorso” por ter falhado por “omissão”. “Os portugueses não podem dizer que fugi à prova do voto e que me escondi atrás das conveniências”, diz.
Por isso a escolha agora é entre “começar hoje uma corrida de recolha de assinaturas e depois uma campanha eleitoral” ou começar uma “caminhada de cinco anos por Portugal”. “Uma caminhada feita por Portugal, com independência, com sentido nacional, e espírito de convergência e com afeto. Por Portugal, porque aqui nascemos, aqui estão as nossas raízes, aqui estarão sempre as nossas almas”, acrescenta.
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"Viabilizei três orçamentos do Estado a pensar no interesse nacional"
Sobre a sua experiência no PSD, do qual é “filiado número três”, Marcelo faça em “honra”. Honra por ter pertencido ao partido, assim como “honra” por ter contribuído para a elaboração da Constituição da República Portuguesa e para as revisões constitucionais que entretanto tiveram lugar – sempre “defendendo um estado de direito democrático”.
Marcelo lembra a esse propósito que viabilizou três orçamentos do Estado “a pensar no interesse nacional”, depois de liderar o seu partido no início de uma “travessia no deserto” permitindo com isso que um governo minoritário governasse durante 4 anos. Sobre esta capacidade de fazer “diálogo e tolerância” e de construir pontes, o ex-líder do PSD lembra o seu trabalho enquanto autarca e sublinha o seu domínio da Constituição e do papel do Presidente por já ter sido conselheiro de Estado de dois Presidentes.
“Trabalhei no diálogo e tolerância [no partido], como o fiz enquanto autarca na Assembleia Municipal de Cascais, na Assembleia Municipal de Lisboa e na Assembleia Municipal de Celorico de Basto, conhecendo por dentro o poder central e local”, diz, acrescentando que conhece o cargo de Presidente da República por dentro, já que foi conselheiro de Estado de dois Presidentes.
“Conheço muito bem a Constituição que nos rege, sei qual é nela o pape do Presidente da República e estou consciente como o estado do mundo e da Europa não deixa antever anos fáceis”, disse.
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“Estabilidade e governabilidade têm de estar ao serviço do bem maior que é o combate à pobreza”, afirma o professor.
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"O serviço público é o mais importante"
Continuando a justificar a sua candidatura, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que é “funcionário público desde os 24 anos na educação e na finanças” e que o “serviço público é o mais importante”. O professor lembra que mesmo nunca suspendeu as aulas. Marcelo diz ainda que tem dois filhos, cinco netos, muitos deles a viverem no Brasil, dizendo por isso saber “o que custa a distância e o que vale sermos uma pátria dispersa do mundo e m uitos dos nossos melhores tiveram de partir”.
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“Mesmo quando fui líder partidário nunca suspendi as minhas aulas”, diz, referindo-se à sua experiência enquanto professor da Faculdade de Direito.
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Marcelo começa por falar da sua vida e da sua experiência profissional de “mais de quatro décadas”. “Tenho projetos para as três áreas da minha vida profissionais, deixar qualquer delas é deixar a segurança da minha vida privada”, começa por dizer, acrescentando que não precisa de “popularidade ou de promoções”, diz.
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Marcelo explica razões para apresentar candidatura em Celorico de Basto
“A minha avó Joaquina é aqui do concelho”, explicou o professor. Aos jornalistas, segundo relatava o jornalista da TVI, os populares de Celorico de Basto disseram que Marcelo é “neto” da terra. O professor refere com frequência as suas origens, mencionando nos seus comentários e nos livros que apresenta ligações à região de Celorico.
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Marcelo chegou a casa
Marcelo Rebelo de Sousa chegou sozinho a Celorico de Basto. Partiu depois do almoço de Lisboa, como o Observador apurou, e como é seu hábito chegou pontualmente ao lançamento da sua candidatura. O professor vai apresentar os seus argumentos para a candidatura. “Estar em Celorico de Basto é estar casa”, diz o agora candidato. Siga aqui todo o discurso em direto.