Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Costa considera que Declaração de Lisboa aponta caminho para os próximos anos

    O primeiro-ministro, António Costa, considera que a Declaração de Lisboa hoje adotada no último dia da 2ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas aponta o caminho para os próximos anos em defesa da “causa global” dos oceanos.

    “Foi com grande satisfação que acolhemos em Portugal a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas”, escreveu hoje o líder do executivo português na sua conta na rede social Twitter.

    Na sua mensagem, António Costa salienta que a Declaração de Lisboa hoje adotada “aponta o caminho para os próximos anos em defesa dos Oceanos”.

    “Vários compromissos foram aqui assumidos, o que demonstra a importância desta conferência”, que decorreu desde segunda-feira na Altice Arena em Lisboa, sustentou o primeiro-ministro.

  • Oceanos: Greve Climática Estudantil critica “mar de promessas vazias”

    O movimento de jovens Greve Climática Estudantil lamentou hoje que enquanto movimento social tivesse sido “deixado do lado de fora” da Cimeira dos Oceanos de Lisboa e manifestou-se contra o “mar de promessas vazias”.

    “Enquanto os movimentos sociais forem deixados do lado de fora, e aos líderes fósseis nacionais e internacionais for garantido um lugar na mesa de negociação, o nível de ambição política que podemos esperar destas conferências é baixo”, alertaram os jovens do movimento em Lisboa, numa declaração à Agência Lusa.

    E acrescentaram: “Não aceitamos mais este mar de promessas vazias, e só acreditaremos no compromisso de governos e instituições para travar o caos climático e proteger o Oceano quando este for drástico e radical”.

  • Oceanos: Conferência excecional em mobilização e participação – Fundação Oceano Azul

    A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas “foi excecional” no sentido da mobilização e participação, 10 vezes superior à primeira conferência, de Nova Iorque, considera o administrador da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha.

    Em declarações à Agência Lusa o responsável fez um balanço da conferência, organizada por Portugal e pelo Quénia e que decorreu em Lisboa de segunda-feira até hoje.

    Tiago Pitta e Cunha disse esperar que os compromissos traçados darão “energia para os grandes processos em cima da mesa, a começar, já em agosto, pelo tratado de conservação do alto mar, que há tantos anos está em negociação”.

  • Festa queniana no encerramento da Conferência dos Oceanos

    A Conferência dos Oceanos terminou em festa. Músicos e bailarinos quenianos subiram ao palco e convidaram os participantes a dançar com eles. Envolvido pelo momento festivo, o antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, também subiu ao palco e acompanhou a dança.

  • Miguel de Serpa Soares: 2022 é um "super ano para os oceanos"

    “Saiu de Lisboa muito bem disposto”, disse Miguel de Serpa Soares, secretário-geral da Conferência dos Oceanos, em conferência de imprensa.

    O sub-secretário-geral dos Assuntos Jurídicos e Conselho Jurídico das Nações Unidas mostrou-se satisfeito por ter sido aprovada uma declaração musculada, com um programa bastante extenso, que tem várias orientações políticas e áreas específicas de intervenção para guiar os Estados-membros nas ações a adotar.

    Depois do acordo de Nairobi para o combate à poluição por plásticos (no início do ano), o acordo sobre o corte de subsídios de pesca que contribuam para a sobreexploração dos recursos pesqueiros (já em junho) e as negociações sobre o alto mar que vão decorrer em Nova Iorque em agosto, Serpa Santos considera que 2022 é um “super ano para os oceanos”.

  • Marcelo Rebelo de Sousa: "Conseguimos. As expectativas eram menores do que o resultado final"

    “Desta vez chegámos a uma declaração”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, agradecendo ao Presidente do Quénia, primeiro-ministro queniano e respetiva delegação, assim como a António Costa e o Governo, sem esquecer António Guterres e o facto de andar há seis anos a trabalhar para combater as alterações climáticas.

    “Conseguimos. As expectativas eram menores do que o resultado final. Mas queremos mais, mais ambição, mais ação, mais juventude, mais dinheiro”, disse

    O Presidente português enalteceu as ações futuras assumidas durante os diálogos interativos, como aquelas ligadas à ciência e inovação, à implementação das medidas, ao mapeamento dos fundos marinhos, à resolução relacionada com a preservação da biodiversidade, à luta pela equidade, entre outras.

    “Aprendemos a lição de que no futuro temos de arranjar espaço para mais reuniões deste género”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. E acrescentou: “Recebemos muitas propostas das gerações mais jovens. O nosso futuro tem de prestar mais atenção às novas gerações, sem elas perdemos não só o futuro mas também o presente”.

    Longa vida às Nações Unidas, longa vida aos oceanos”, concluiu o Presidente português.

    Com Diana Rosa

  • Mais dinheiro, cooperação e investigação científica para preservar os oceanos, pede Miguel de Serpa Soares

    Nas conclusões da Conferência dos Oceanos, Miguel de Serpa Soares, secretário-geral da conferência, elencou algumas das mudanças fundamentais para se conseguir alcançar as metas propostas na declaração aprovada esta tarde, assim como 100% dos oceanos com gestão sustentável e, pelo menos, 30% das áreas marinhas protegidas.

    • Mais investimento na proteção e recuperação dos ambientes costeiros;
    • Proteção das mulheres e equidade nas condições de trabalho e ganhos;
    • Maior apoio e investimento nas ciências do mar e na tecnologia, assim como integração de todos os países nos trabalhos de investigação;
    • Melhor gestão dos ambientes marinhos e oceânicos de forma a servir as comunidades locais e proteger os oceanos e a biodiversidade a nível local;
    • Cooperação internacional;
    • Mecanismos de financiamento inovadores, uma vez que o 14.º objetivo de desenvolvimento sustentável é o que tem menos fundos.

  • Venezuela lembrou que não é Estado-membro da Convenção sobre o Direito do Mar

    A representante venezuelana lembrou a audiência que a República Bolivariana da Venezuela não foi aceite como Estado-membro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, como tal não terá condições para adotar as resoluções neste sentido.

  • Tensão entre Arménia e Azerbeijão na Conferência dos Oceanos

    No espaço para declarações, o representante da Arménia pediu a palavra para criticar as declarações do representante do Azerbeijão por terem sido politizadas, não estarem relacionadas com o assunto em discussão e por não refletirem aquilo que aparece na resolução.

  • Declaração de Lisboa aprovada por unanimidade

    A Declaração de Lisboa, relacionada com a conservação dos oceanos e uso sustentável dos recursos marinhos, foi aprovada por unanimidade.

  • Tawain vs China: o assunto que interrompeu a votação da resolução da Conferência dos Oceanos

    A representante do Palau pediu a palavra antes de ser aprovado a declaração que motivou a Conferência dos Oceanos para criticar o facto de os delegados do Taiwan não terem sido aceites na conferência, apesar de fazerem parte da delegação do Palau, deixando 23 milhões de pessoas sem representação.

    O representante chinês disse que o Taiwan é parte da China e que, como tal, não tem de estar representado na conferência por não ser um Estado-membro.

    Os representante dos Estados Unidos criticou que a organização da conferência tenha impedido a participação de um grupo de delegados que fazia parte de uma delegação específica. Não é o papel da organização determinar quem são os membros de cada delegação, neste caso, da delegação do Palau.

  • ONU pede desculpa aos jovens e promete que vai fazer tudo para resolver o problema

    Em nome do secretário-geral das Nações Unidas, Peter Thompson pediu desculpa aos jovens pelo estado em que se tinha ficado os oceanos e prometendo que ia gastar o resto dos seus dias a tentar resolver esse problema.

    Também em nome de António Guterres, o enviado especial das Nações Unidas para os Oceanos disse que o lugar dos jovens não voltará a ser à margem da conferência. Se vamos estar a debater o futuro dos jovens, eles têm de fazer parte das discussões.

  • Água potável e saneamento básico são direitos humanos fundamentais, lembra Duarte Cordeiro

    “Se queremos um oceano saudável devemos colmatar as lacunas ainda existentes no acesso a água potável segura e ao saneamento básico”, disse Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, sobre as conclusões do Simpósio de Alto Nível sobre a Água.

    O direito à água potável e ao saneamento básico são direitos humanos fundamentais, lembrou o ministro. No próximo ano decorrerá a Conferência da Água das Nações Unidos.

    Este simpósio que decorreu durante a Conferência dos Oceanos teve como objetivo reforçar a articulação entre as comunidades de água doce e água salgada, pois é o que acontece em terra — nos rios e estações de tratamento de resíduos, por exemplo — que vai influenciar o estado dos oceanos.

    O simpósio demonstrou também a ligação entre o 14.º objetivo de desenvolvimento sustentável e o 6.º.

  • UNESCO alerta para informação "drasticamente incompleta" sobre estado dos mares

    A UNESCO alertou hoje para a informação “drasticamente incompleta” sobre o estado dos oceanos, na apresentação de um relatório que na sua versão piloto carece de números que possam sustentar tomadas de decisão.

    O “Estado do Oceano 2022”, que foi apresentado hoje na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas em Lisboa, poderá ser um “momento da verdade” para uma sociedade que “sabe o que se passa com os oceanos” perceber que “a descrição quantitativa está drasticamente incompleta”, afirmou em conferência de imprensa o diretor do departamento de ciência oceânica daquela agência das Nações Unidas dedicada à ciência, educação e cultura, Henrik Enevoldsen.

    Depois da edição piloto do relatório, o objetivo é ter “um relatório conciso curto, com periodicidade curta”, em princípio anual – no dia dos oceanos, a 08 de junho -, para complementar outras avaliações, como os relatórios do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

  • Participantes pedem uma resolução legalmente vinculativa

    Nas conclusões dos restantes diálogos interativos foi destacada a necessidade de serem definidas resoluções legalmente vinculativas — e não apenas voluntárias —, incluindo para combater a poluição por plásticos, e identificada a ligação do 14.º objetivo do desenvolvimento sustentável aos outros objetivos e à Agenda 2030.

    O relatório com as contribuições para os oito diálogos interativos pode ser consultado aqui.

  • 70% são oceanos, mas apenas 1,7% é investido na sua investigação

    “O oceano é demasiado grande para ser ignorado”, disse Franz Tattenbach Capra, ministro do Ambiente e Energia da Costa Rica.

    “Apesar de 70% do planeta ser ocupado por oceanos, apenas 1,7% do dinheiro investido na investigação científica é dedicado a estudar o oceano”, acrescentou Robin Dennis, secretário-geral para os Oceanos em França.

    Os dois oradores apresentaram as conclusões do diálogo interativo dedicado ao aumento do conhecimento científico e da capacidade de investigação.

  • As mulheres têm papel fundamental na pesca artesanal, mas são vítimas de desigualdades profundas

    “Com pescarias saudáveis teremos um oceano saudável”, disse Derek Klazen, ministro das Pescas da Namíbia, como conclusão do diálogo interativo dedicado à pesca sustentável e pescadores artesanais.

    Derek Klazen alertou para os impactos na poluição, alterações climáticas e pesca ilegal e lembrou que um terço das espécies pescadas já estão abaixo dos níveis biológicos sustentáveis, ou seja, para se reproduzirem e recuperarem os stocks.

    Os pescadores artesanais queixam-se da competição desequilibrada com as grandes empresas pesqueiras, das más condições de trabalho e da falta de fundos.

    Derek Klazen destacou ainda o papel fundamental na pesca tradicional e do caminho que ainda é necessário fazer para que seja conseguida igualdade de condições para estas trabalhadoras.

  • Os oceanos protegem-nos das alterações climáticas a um preço muito alto

    Os oceanos têm cumprido o papel de minimizar os efeitos das alterações climáticas no planeta, mas a um preço demasiado alto, disse Matthew Sauda, ministério do Crescimento Económico da Jamaica. O preço foi acidificação, diminuição do oxigénio e aquecimento dos oceanos.

    Este diálogo interativo constatou que ainda há lacunas no conhecimento científico, mas já se conhece o suficiente para saber o que tem causado a acidificação dos oceanos, que leva à lixiviação dos recifes de coral, ou o aquecimento, que faz com que as espécies tropicais aparecem cada vez mais a sul. O carbono e os gases com efeito de estufa têm causado estes impactos no oceano.

    Da mesma forma, já existem recursos e estratégias que permitem combater a acidificação e aquecimento dos oceanos.

  • Zonas húmidas costeiras: primeiro é preciso sensibilizar para o problema

    Não são só os ambientes marinhos a sofrer os impactos da ação humana. Os ambientes costeiros, como mangais, sapais e outros ambientes de transição são frágeis e encontram-se muito ameaçados.

    A recuperação destes ecossistemas exige mais financiamento e recursos, mas também uma maior sensibilização para o problema, destacou Sally Box, secretária-adjunta para as Alterações Climáticas e para os Assuntos Internacionais da Austrália.

    Os participantes deste diálogo interativo reconheceram o papel importante que o oceano tem para o equilíbrio do clima e como a poluição e alterações climáticas destroem dos ambientes marinhos e costeiros e afetam a biodiversidade.

    Na sessão foi destaca a necessidade de criação de planos de gestão de incidentes nestes ambientes e encontrar soluções baseadas na natureza para as alterações climáticas e preservação da biodiversidade.

  • Promover e fortalecer as economias sustentáveis exige mais financiamento

    Abraão Vicente, ministro do Mar de Cabo Verde, dirigiu-se à audiência em português para destacar a importância de se criarem planos, estratégias e políticas regionais e nacionais que promovam e fortaleçam economias sustentáveis baseadas no oceano.

    O ministro destacou a dificuldade no acesso ao financiamento dos países em desenvolvimento, em particular dos pequenos Estados-ilha.

    Os participantes deste diálogo interativo pediram o envolvimento de privados no financiamento, de fontes inovadoras de financiamento, de maior desenvolvimento da ciência e tecnologia, de gestão e monitorização do espaço marinho e de estratégias baseadas na evidência.

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