Momentos-chave
- Abusos a prisioneiros palestinianos: "Profundamente preocupante", dizem EUA
- Netanyahu: acordo de cessar-fogo tem de permitir ataques a Gaza até o Hamas ser destruído
- Ataque a escola. Local era usado pelo Hamas para "fabricar armas", diz Israel
- Israel acusado de tentar sabotar proposta de cessar-fogo ao apresentar novas exigências
- Diretor da CIA irá ao Egito discutir cessar-fogo em Gaza
- Acordo de cessar-fogo com Hamas não representa acordo com Hezbollah, afirma Gallant
- Primeiro-ministro britânico garante que continua firme em reconhecer Estado da Palestina
- Starmer insta Netanyahu a alcançar acordo de cessar-fogo em Gaza
- Presidente israelita assinala 9 meses desde o rapto dos 251 reféns
- Ataques israelitas em Gaza mataram 19 pessoas
- Hezbollah lança dezenas de rockets contra o norte de Israel
- Cinco detidos nas manifestações em Telavive
- Hamas está "à espera" de resposta de Israel a proposta de cessar-fogo
- Pai de refém acusa governo israelita de tentar impedir acordo com Hamas
- Manifestantes contra o governo bloqueiam autoestradas para pedir eleições e libertação de reféns
Histórico de atualizações
-
Bom dia,
Este liveblog fica por aqui.
Continue a acompanhar toda a atualidade sobre a guerra entre Israel e o Hamas neste novo liveblog, que agora abrimos.
Conversações no Cairo. Casa Branca admite lacunas entre Israel e Hamas para um cessar-fogo
-
Abusos a prisioneiros palestinianos: "Profundamente preocupante", dizem EUA
Os Estados Unidos reagiram à recente reportagem da CNN que relatava alegados abusos de detidos palestinianos em prisões israelitas. O trabalho jornalístico foi divulgado em maio deste ano.
“Vimos estes relatos de alegados abusos a prisioneiros na prisão. É profundamente preocupante“, disse John Kirby, coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, num briefing, citado pelo Times of Israel.
“Estamos a contactar os nossos homólogos israelitas para obter mais informações sobre estas alegações… As nossas expectativas são do mais alto nível no que toca ao tratamento dado aos prisioneiros”, acrescentou.
-
Netanyahu: acordo de cessar-fogo tem de permitir ataques a Gaza até o Hamas ser destruído
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu disse este domingo que qualquer acordo de paz só pode obrigar Israel a cessar-fogo quando os objetivos do país forem atingidos, avança a agência Reuters.
Os objetivos de Israel foram definidos logo no início da guerra: destruir o Hamas e desmantelar as suas capacidades militares. E ainda recuperar os israelitas feito reféns.
“O plano que Israel aceitou e que foi apresentado pelo Presidente Biden vai permitir a Israel libertar reféns [palestinianos] sem infringir qualquer outro objetivo da guerra”, disse Netanyahu.
Para o primeiro-ministro israelita, o acordo que for assinado terá também de proibir o contrabando de armas para o Hamas através da fronteira entre Gaza e o Egipto, proibindo também o regresso de deixar que centenas de militantes armados regressem ao norte de Gaza.
-
Ataque a escola. Local era usado pelo Hamas para "fabricar armas", diz Israel
As forças armadas de Israel disseram que atacaram “a área” da Holy Family School (Escola Sagrada Família, em português), na cidade de Gaza. A informação foi avançada pela Al Jazeera.
Israel argumenta que a área era utilizada como esconderijo e abrigava uma “instalação de fabrico de armas” do Hamas.
No entanto, segundo o Patriarcado Latino de Jerusalém (Latin Patriarchate of Jerusalem), que detém a escola, centenas de civis procuraram abrigo neste local desde o início da guerra.
-
Israel e Hamas: os avanços e recuos na negociação do acordo que porá “fim duradouro” ao conflito
Hamas fez alterações à proposta de cessar-fogo apresentada a 31 de maio pelos EUA. Segundo israelitas, governo de Netanyahu aproveitou para fazer novas exigências. O ponto de situação das negociações.
Israel e Hamas: os avanços e recuos na negociação do acordo que porá “fim duradouro” ao conflito
-
Israel acusado de tentar sabotar proposta de cessar-fogo ao apresentar novas exigências
O Governo israelita está a ser acusado de tentar sabotar a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, de acordo com os orgãos de comunicação de Israel, citada pelo The Guardian.
De acordo com os orgãos de comunicação, o Governo de Benjamin Netanyahu terá apresentado novas exigências ao acordo que já tinha aceitado anteriormente, mas não entra em mais detalhes. É esperado que estas exigências atrasem o processo de negociação.
O Hamas já tinha também aceitado a proposta de cessar-fogo, tendo admitido que poderia libertar os reféns israelitas 16 dias após ser iniciado o processo negocial.
-
Diretor da CIA irá ao Egito discutir cessar-fogo em Gaza
O responsável pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos), William Burns, deverá visitar o Cairo esta semana. O objetivo será negociar o cessar-fogo em Gaza.
A informação foi avançada pelo canal de televisão do Egipto Al Qahera e citada pela agência Reuters. De acordo com o mesmo canal, William Burns deverá também visitar o Qatar.
-
Acordo de cessar-fogo com Hamas não representa acordo com Hezbollah, afirma Gallant
“Mesmo que haja um cessar-fogo, vamos continuar a lutar [no norte] e a fazer tudo o que for necessário”, declarou o ministro da Defesa israelita. De visita às tropas no Monte Hermon, no norte de Israel, Gallant reafirmou que o objetivo das IDF não é prolongar os confrontos com Hezbollah, mas que estão prontos para o fazer em caso de ataque.
“O nosso inimigo só entende a força: atingimo-lo, desgastamo-lo, tiramos-lhe os trunfos em Gaza, no Líbano – e ele percebe a mensagem. Se não o fizermos, o inimigo fica calmo”, acrescentou, em declarações citadas pelo Haaretz.
-
Primeiro-ministro britânico garante que continua firme em reconhecer Estado da Palestina
O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse hoje ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que continua firme na sua intenção de reconhecer o Estado da Palestina, tal como refletido nos princípios da campanha do Partido Trabalhista.
Durante a conversa telefónica de hoje entre os dois, Starmer afirmou que a sua “política de longa data sobre o reconhecimento (da Palestina) para garantir a sua legitimidade internacional e contribuir para um processo de paz não mudou e que é um direito inegável de todos os palestinianos”.
Na conversa, a primeira entre os dois desde que Starmer tomou posse, o novo primeiro-ministro informou Abbas das suas prioridades para a região, incluindo a obtenção de um cessar-fogo e o regresso dos reféns detidos pelas milícias palestinianas.
Além disso, Starmer estabeleceu também o objetivo de facilitar “um aumento e uma aceleração da ajuda humanitária e do apoio financeiro à Autoridade Palestiniana”, de acordo com um comunicado de Downing Street.
Por seu lado, Abbas afirmou a sua disponibilidade para trabalhar com o primeiro-ministro britânico “para alcançar a paz através de uma solução de dois Estados baseada na legitimidade internacional”, e apelou à “importância do reconhecimento britânico do Estado da Palestina”, segundo um comunicado publicado pela agência noticiosa oficial palestiniana WAFA.
“O presidente palestiniano expressou a sua confiança de que a formação do novo Governo britânico contribuirá para reforçar as relações mútuas de amizade e cooperação entre os dois povos amigos, e desejou ao seu governo sucesso nos esforços para o progresso e prosperidade do seu país”, acrescentou-se no comunicado.
-
Starmer insta Netanyahu a alcançar acordo de cessar-fogo em Gaza
Os contactos do novo primeiro-ministro britânico durante o fim de semana incluíram um telefonema com Benjamin Netanyahu, em que Starmer sublinhou “a necessidade clara e urgente de um cessar-fogo”.
É necessário “assegurar a existência de condições a longo prazo para uma solução baseada na coexistência de dois Estados, incluindo a garantia de que a Autoridade Palestiniana dispõe dos meios financeiros necessários para funcionar eficazmente”, apelou Keir Starmer durante a conversa, citado pelo Times of Israel.
Ainda assim, o primeiro-ministro britânico garantiu que o Reino Unido ia continuar a apoiar a segurança de Israel e a “fortalecer a relação próxima entre os dois países”.
-
Presidente israelita assinala 9 meses desde o rapto dos 251 reféns
Isaac Herzog expressou hoje as suas condolências pelas famílias que continuam separadas e pelos reféns presos em Gaza, nove meses depois do ataque do Hamas e defendeu que “a nação inteira quer o seu regresso”.
“O nosso empenhamento no regresso dos reféns é absoluto e supremo. Não os esquecemos nem por um momento. O povo de Israel não os esquece nem por um momento. Em todas as casas e famílias, em todas as sinagogas, em todas as comunidades, em todos os eventos públicos e privados – ouvimos de todos os lados a preocupação com os raptados, a oração e o clamor – pelo seu rápido regresso a casa”, escreveu o Presidente israelita no X.
Herzog fez ainda um apelo político à assinatura de um acordo para o regresso dos reféns a casa. “Uma maioria absoluta [do povo israelita] apoia um acordo sobre os reféns. O dever do Estado é devolvê-los e é esse o cerne do consenso”, acrescentou.
9 חודשים לאסון הגדול שפקד אותנו ב-7 באוקטובר. 9 חודשים מאז המתקפה הברברית בה נרצחו, נאנסו, עונו ונחטפו באכזריות תינוקות, נשים, גברים וקשישים.
ליבנו עם המשפחות השכולות, עם הפצועים בגוף ובנפש ומשפחותיהם, ועם החטופות והחטופים שמוחזקים בשבי בעזה והמשפחות שפועלות כבר חודשים ארוכים…
— יצחק הרצוג Isaac Herzog (@Isaac_Herzog) July 7, 2024
-
Ataques israelitas em Gaza mataram 19 pessoas
Depois do ataque de ontem contra uma escola da UNRWA, os ataques israelitas em Gaza continuam, especialmente no centro do enclave. Durante a madrugada, seis pessoas foram mortas no bombardeamento de uma casa na cidade de az-Zawayda.
Outros seis civis foram mortos num ataque no bairro de Sheikh Radwan, na cidade de Gaza. Também na cidade de Gaza, três corpos foram recuperados de uma casa bombardeada no bairro de al-Mina e duas pessoas foram mortas num bombardeamento numa rua no centro da cidade, onde estavam reunidos vários civis. Todos os ataques foram relatados pelos repórteres da Al Jazeera no local. As restantes vítimas mortais foram avançadas pelos serviços de saúde da região.
Os números atualizados do Ministério da Saúde – exatamente nove meses depois do ataque do Hamas em Israel – registam 38.153 palestinianos mortos e 87.828 feridos.
-
Hezbollah lança dezenas de rockets contra o norte de Israel
As IDF relataram que o Hezbollah lançou esta manhã entre 20 e 40 rockets contra norte de Israel. Num primeiro ataque, na região da Galileia, um homem ficou ferido com gravidade. O Hezbollah reivindicou o ataque, destacando que o alvo era uma base militar israelita em Tiberias.
Horas depois, um segundo ataque foi disparado na direção do Monte Heron, sem relatos de feridos, relatou novamente o Times of Israel. A maior parte dos mísseis foram intercetados pelo sistema de defesa anti-aérea israelita, o Iron Dome, como é possível ver em vídeos partilhados nas redes sociais.
Several rocket interceptions and impacts reported in the Mount Meron area, following a barrage launched from Lebanon by Hezbollah. https://t.co/9Yfq9iFLoO pic.twitter.com/BnxNqcCyCm
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) July 7, 2024
-
Cinco detidos nas manifestações em Telavive
As autoridades israelitas afirmaram ter detido cinco manifestantes, que estavam a bloquear uma autoestrada a norte de Telavive. São acusados de perturbar a ordem pública na manifestação pacífica, avança o Times of Israel.
A polícia relatou ainda confrontos menores com alguns manifestantes numa outra autoestrada a norte da cidade. Os protestos contra o governo de Netanyahu, que começaram esta madrugada vão prolongar-se até ao fim do dia, quando os manifestantes se devem dirigir para o quartel-general das forças armadas em Telavive.
-
Hamas está "à espera" de resposta de Israel a proposta de cessar-fogo
O Hamas aguarda por uma resposta de Israel à mais recente proposta para um cessar-fogo e para a libertação de reféns, disseram duas fontes do grupo à agência Reuters.
“Deixámos a nossa resposta com os mediadores e estamos à espera de ouvir a resposta da ocupação”, disse uma das fontes, que falou sob condição de anonimato cinco dias após o Hamas ter aceitado uma proposta dos EUA. O grupo ‘cedeu’ e, neste momento, já não exige que Israel assuma o compromisso de cessar-fogo permanente.
A outra fonte que falou com a agência Reuters indicou que Israel está em conversações com os mediadores do Qatar. Telavive deverá enviar uma delegação a Doha esta semana: “[Os israelitas] discutiram a resposta do Hamas e prometeram dar uma resposta da parte de Israel dentro de dias”.
O governo israelita ainda não reagiu oficialmente à mais recente proposta e à posição do Hamas.
-
Pai de refém acusa governo israelita de tentar impedir acordo com Hamas
Yehuda Cohen, pai de Nimrod, refém do Hamas desde 7 de outubro, acusou o governo de Netanyahu de estar a tentar bloquear um acordo para a libertação daqueles que estão em cativeiro.
“Sabemos que, após muitos esforços, o acordo está a ganhar forma. Já conseguimos ouvir os ministros a gritar ameaças e desejos de que o acordo falhe”, afirmou Yehuda Cohen, que é citado pelo Haaretz, durante uma manifestação.
As declarações de Yehuda Cohen chegam depois de o Haaretz ter avançado que Israel fez novas exigências que podem prolongar as negociações com o Hamas para um cessar-fogo e a libertação de reféns.
-
Manifestantes contra o governo bloqueiam autoestradas para pedir eleições e libertação de reféns
É mais um dia de protestos contra o governo israelita. Às 6h29 locais (4h29 em Lisboa), hora exata em que começou o ataque do Hamas no dia 7 de outubro, os manifestantes começaram a bloquear autoestradas, em todo o país, para pedir eleições e um acordo para a libertação de reféns.
De acordo com o The Times of Israel, os organizadores do protesto dizem que vão bloquear estradas em vários momentos do dia em todo o país. A iniciativa faz parte daquele que descrevem como um “dia de perturbação”, em que se assinalavam nove meses desde o ataque do Hamas a um festival de música.
O dia terminará com um protesto em frente ao quartel-general militar em Telavive. As manifestações de hoje ocorrem depois de, este sábado à noite, várias pessoas já terem sido detidas por tentarem bloquear estradas.
-
Bom dia.
Abrimos este novo liveblog para continuar a cobrir o conflito entre Israel e o Hamas. Pode rever os acontecimentos que marcaram este sábado nesta página, que agora arquivamos.
Fique connosco!
Israel levantou “novas questões” à proposta de acordo com o Hamas