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  • E com a saída de Rui Rio do hotel onde decorreu este Conselho Nacional, termina também aqui a cobertura do Observador de mais uma longa noite do PSD. Daqui a pouco, um resumo daquilo que de mais importante se passou nestas quase 14 horas de reuniões sucessivas para aprovar as listas de deputados e as linhs gerais do programa que o partido vai levar às próximas legislativas. Boa noite.

  • Rio diz que processo "até foi razoavelmente pacífico"

    Rui Rio diz que é um “bom resultado” e que já viu muitos processos destes ao longo da sua vida política e que são sempre processos turbulentos quando o PSD “está na oposição”. “Este até foi razoavelmente pacífico”, disse, sublinhando que conseguir o “equilíbrio onde as pessoas se reveem” é muito difícil porque se trata de pessoas — “há aqueles que só olham para si, os que olham para o interesse do partido, há de tudo”. “Não há saneamentos selvagens, não são privilegiados os amigos, há o equilíbrio possível dentro do partido”, diz ainda.

    Rui Rio fala num resultado de 82% de votos a favor porque, para efeitos de maioria, os estatutos do partido dizem que não se contabiliza a abstenção. A votação foi de braço no ar e 18 conselheiros votaram contra, e 10 abstiveram-se.

  • Listas aprovadas com 74% de votos a favor (18 votos contra e 10 abstenções)

    Listas de deputados já foram votadas de braço no ar: foram aprovadas por “larga maioria”, com 80 votos a favor, 18 contra e 10 abstenções. Ou seja, num total de 108 votantes, 74% votaram a favor.

  • Líder da distrital de Viana anuncia que se vai abster na votação das listas

    Carlos Morais Vieira, líder da distrital de Viana do Castelo e um dos nomes que foi chumbado pela direção do partido, anunciou dentro de portas que se vai abster na votação das listas, apurou o Observador. Carlos Morais tinha apoiado Rui Rio nas eleições diretas do PSD, mas, em janeiro, foi um dos presidentes distritais que teve contactos para um suposto apoio a Luís Montenegro no episódio do “golpe de Estado”. Agora, ficou de fora e dá um cartão amarelo ao líder: a abstenção.

  • Luís Filipe Menezes culpa indiretamente Passos Coelho. "Se tivéssemos continuado com o Diabo estaríamos melhor?"

    Luís Filipe Menezes marcou presença esta noite no Conselho Nacional do PSD onde pediu um “resultado honroso” para o PSD nas legislativas e onde defendeu que o PSD, a dois meses das eleições, ainda está em condições de disputar taco a taco as eleições com o PS “das golas inflamáveis” ou dos “primos no a fazer negócios com o governo”. Fora de portas, aos jornalistas, o ex-líder do PSD estendeu-se em declarações para dar a entender que a culpa de o PSD estar como está nas sondagens, e ter tido o resultado que teve nas Europeias, não é inteiramente de Rio — mas sim de quem [leia-se Passos Coelho] alertava para a chegada do Diabo.

    “Não foi Rui Rio que construiu este patamar negativo. Se o Diabo tivesse sido exorcizado há dois anos e meio tinha sido diferente”, disse, dando a entender que se o PSD de Passos Coelho não tivesse tido um discurso de “antecipação da desgraça” no início deste ciclo de oposição, as coisas teriam sido diferentes. “O povo não gosta de antecipação de desgraças, gosta de pensar positivo”, disse ainda. “A questão aqui é”, insistiu: “Se tivéssemos continuado com o Diabo estaríamos melhor ou pior?” “Quem diz que tinha sido diferente e nas Europeias não teríamos tido um resultado ainda pior'”, continuou.

    Lançando ainda uma farpa ao CDS, que “fica claro nas sondagens que vai desaparecer, e que, se já era o partido do táxi, agora é o partido do táxi mas com igualdade de género”, Menezes recusou a ideia de que Rui Rio se deve demitir caso se confirmem os resultados das sondagens para o PSD (na ordem dos 20%), defendendo antes que isso depende de uma conjuntura maior do que apenas os resultados do PSD. “O pior e o melhor é sempre algo que tem de ser visto em termos relativos”, disse, defendendo que o fator ‘maioria absoluta do PS’ ou a percentagem de votos do próprio Bloco de Esquerda também contam para a big picture.

    Questionado sobre se o critério da lealdade na inclusão nas listas deve ser priveligiado face ao critério da competência, Menezes não hesitou: “Às vezes deve, às vezes”. “Mussolino era muito competente e no entanto era fascista”, disse.

  • Os críticos. Hugo Soares diz que veto de Rio é "medalha que carrego ao peito"

    Falando à porta fechada, Hugo Soares, que era uma das intervenções mais aguardadas da noite, criticou Rui Rio acusando-o de “não gostar do partido nem do grupo parlamentar” e afirmou, de acordo com fontes presentes na reunião, que o veto da direção ao seu nome era “uma medalha que carregava ao peito”. Ou, por outras palavras, era “um veto cheio de futuro”.

    Ao início da noite, José Silvano, secretário-geral do partido, tinha anunciado aos jornalistas que, findo o doloroso processo de elaboração das listas, só o nome de Hugo Soares tinha sido efetivamente vetado pela direção, porque Hugo Soares, nas palavras de Silvano, “sempre mostrou indisponibilidade de colaborar com a atual direção”. É esse veto que, agora, Hugo Soares diz ser uma “medalha”. Depois de ter falado dentro de portas perante Rui Rio, Hugo Soares abandonou a sala sem prestar declarações aos jornalistas.

    De acordo com fontes presentes na reunião, Hugo Soares foi “duro” com Rio e recebeu tanto palmas como apupos. “Tudo música para os meus ouvidos”, disse, afirmando que, tal como o presidente do partido, também ele gosta de confronto e por isso não podia deixar de lhe ir ali dizer tudo o que pensa “olhos nos olhos”. “O senhor presidente do partido não gosta do PSD, e não gosta porque preferia um partido mais pequeno, que não é o nosso. Preferia um partido mais pequeno, ao seu jeito, com os seus. Porque prefere os seus amigos e os seus próximos aos militantes do PSD”, disse, acusando-o de não respeitar as estruturas nem a “pluralidade” do partido.

    Hugo Soares disse ainda que não iria virar costas ao seu partido e puxou dos galões para mostrar que esteve sempre presente quando foi chamado. “O presidente do Grupo Parlamentar está aqui não me deixará mentir: enquanto deputado eleito, cumpri com todas as minhas obrigações e, quando fui chamado, ainda na direção do dr. Rui Rio e defender a bancada, fi-lo no debate do Orçamento do Estado do ano passado como todos se recordarão, fi-lo, e creio que não me saí mal porque tive o aplauso de pé da minha bancada”, disse.

    Houve no entanto outras intervenções críticas da estratégia de Rui Rio e do processo de elaboração das listas. Foi o caso de Rodrigo Gonçalves, que chegou a ser apontado pela direção nacional para um lugar em Lisboa, mas era um lugar tendencialmente não elegível, pelo que acabou por rejeitar. Aos conselheiros, contudo, segundo apurou o Observador junto de fontes presentes na reunião, Rodrigo Gonçalves criticou a exclusão mas afirmou que votaria a favor das listas e que continuaria a estar na linha da frente. “Quanto mais excluirmos mais dificuldades teremos em vencer”, disse.

    Uma intervenção muito crítica veio da parte de João Paulo Costa, do distrito de Leiria, que anunciou que iria a título pessoal votar contra as listas por entender que se trata da “pior lista de sempre” no seu distrito.

    Também Bruno Vitorino, como prometeu, foi duro com Rio, criticando sobretudo o facto de não ter tido oportunidade de falar com o líder do partido ao longo de todo o processo porque Rui Rio não foi às reuniões das negociações com as distritais, nem tão pouco foi a Setúbal no périplo que fez pelas distritais antes disso.

    “Tenho 30 e poucos anos de militância e gostava de falar primeiro com os líderes do partido. Chegaram a ir a Setúbal, quando éramos governo, e saíram de lá com as orelhas a arder. Mas iam ouvir as bases, Não é com 3/4 reuniões ao longo de 2 anos de mandato com os presidente das distritais que conseguimos dizer o que pensamos. Não é com essas reuniões e bilaterais que conseguimos fazer política. Também não pude ouvir o líder na reunião com a distrital. Houve de norte a sul, mas com Setúbal essa reunião não se realizou. E, portanto, peço desculpa de usar a Comunicação Social para dizer o que sinto”, justificou-se, acusando depois Rui Rio de ser presidente mas não ser líder — “porque os líderes unem”.

  • Três candidatos a deputados do PSD estão a ser investigados pela justiça

    Rui Rio prometeu, em entrevista ao Observador, que todos os “candidatos a deputados do PSD iriam assinar um compromisso de suspensão do cargo caso sejam condenados em primeira instância”, bem como o compromisso de que se demitem imediatamente do cargo caso a condenação transite em julgado. A norma, contudo, não se aplica aos candidatos que esteja a ser investigados na justiça ou sejam arguidos em algum caso judicial.

    Nessas condições, há pelo menos três nomes nas listas: Emília Cerqueira, número dois em Viana do Castelo, que foi constituída arguida no caso das falsas presenças de deputados (neste caso do deputado José Silvano) em plenário; Rui Silva, número oito em Braga, que foi acusado de corrupção num processo em que estão em causa vários crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder em Vila Verde; e Carlos Eduardo Reis, número 4 também em Braga, que foi notícia quando o seu nome ficou envolvido na operação Tutti-Frutti, num processo sobre adjudicações entre empresas e autarquias. Carlos Reis não era apoiante de Rio e fez uma lista contrária para o Conselho Nacional, mas quando Luís Montenegro desafiou Rui Rio em janeiro, Carlos Reis esteve ao lado do líder — sendo agora recompensado.

    A Operação Tutti Frutti envolveu 200 inspetores da PJ e 12 magistrados que fizeram buscas em 20 autarquias à procura de indícios sobre contratos com empresas que teriam alegadas ligações partidárias. A empresa de Carlos Reis foi uma das visadas. Nas buscas, a nível nacional, as autoridades procuraram, então, documentos sobre avenças, contratos, ajustes diretos com autarquias do PSD, mas também socialistas. Apesar do aparato, o conselheiro nacional não foi constituído arguido neste caso, mas foi investigado pela justiça.

    PSD. Três juntas fazem adjudicações superiores a um milhão a empresas de militantes

    Carlos Eduardo Reis é considerado um ativo importante no Conselho Nacional já que tem influência direta sobre 13 conselheiros (que entraram naquele órgão por via da sua lista), podendo esses 13 ser votos decisivos na altura da aprovação das listas. A verdade é que não só Carlos Reis segue na lista, por Braga, como outros dois nomes que são afetos à sua área seguem também: Pedro Rodrigues (que foi escolhido por Rio para coordenar a reforma do sistema político) e Rui Cristina (que também pertence à lista de Carlos Reis no Conselho Nacional e é agora o segundo nome em Faro).

  • PSD propõe reduzir número de deputados e limitar mandatos

    Entre as “cinco reformas inadiáveis” que constam do programa eleitoral do PSD, que foi distribuído esta noite aos conselheiros nacionais e votado, está a muito anunciada reforma da lei eleitoral. O PSD quer limitar a duração dos mandatos dos deputados, mas não diz a quantos anos, dando apenas os exemplos dos mandatos autárquicos que são limitados a três mandatos, e do Presidente da República, limitado a dois.

    O PSD considera ainda, na proposta de programa eleitoral votada esta noite no Concelho Nacional do partido que os votos em branco devem ser valorizados, numa perspetiva de estratégia de reforço da participação dos cidadãos nas eleições. Para além disso, deve ser criada uma Comissão de Ética permanente, constituída por antigos deputados não presentes na legislatura anterior e por “cidadãos de reconhecido mérito e isenção”. Os nomes deverão ser nomeados pelo Presidente da Assembleia da República sob proposta da Conferência de Líderes.

    A proposta de reduzir o número de deputados na Assembleia da República também consta do programa eleitoral. Mas com uma nuance: desde que seja acompanhada do princípio da proporcionalidade do sistema eleitoral. E desde que a diminuição do número de deputados seja acompanhada de medidas que conduzam a uma “maior dignificação do exercício do mandato parlamentar”.

  • Novo vice de Rio aprovado mas com 30 votos brancos/nulos

    José Manuel Bolieiro, o vice-presidente que Rui Rio escolheu para substituir Manuel Castro Almeida, foi aprovado por 84 votos a favor, 18 brancos e 12 nulos, apurou o Observador junto de fontes presentes na reunião que decorre em Guimarães.

  • Linhas gerais do programa eleitoral aprovadas com 17 abstenções

    Entretanto, à porta fechada, os conselheiros encerram o ponto da agenda dedicado ao programa eleitoral. Rui Rio fez uma intervenção inicial a explicar as linhas programáticas, com alguns deputados e conselheiros nacionais a questionarem o líder. No final, documento foi aprovado com zero votos contra mas 17 abstenções, apurou o Observador.

    Durante a discussão, Bruno Vitorino, líder da distrital de Setúbal que saiu deste processo em rutura com Rio, criticou o facto de os conselheiros estarem apenas a votar “um índice do programa eleitoral” e não o programa ao detalhe (o programa foi distribuído os conselheiros durante a reunião), tendo criticado também o facto de Rio não ter dedicado uma palavra à saída de Castro Almeida da sua direção. António Leitão Amaro, que se auto-excluiu das listas, foi outro dos que falou neste momento de apresentação do programa, para defender que o partido deve decidir de uma vez por todas ao que vai: “vamos ou não dar a mão aos socialistas?”, questionou.

  • Listas já são conhecidas. Curiosidade: Jaime Marta Soares é suplente em Coimbra

    Entretanto, as listas aprovadas na Comissão Política Nacional (e que ainda vão ser votadas no Conselho Nacional) começaram a circular entre os conselheiros que estão reunidos à porta fechada. Se Luís Filipe Menezes já se sabia que iria ser o primeiro suplente na lista do Porto, a título simbólico, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros e conhecido sportinguista, é também o primeiro suplente na lista de Coimbra.

    De resto, a lista de Lisboa é a que já se esperava nas últimas horas:

    1. Filipa Roseta 2. José Silvano 3. Pedro Pinto 4. Isabel Meirelles 5. Marques Guedes 6. Duarte Pacheco 7. Sandra Pereira 8. Batista Leite 9. Pedro Rodrigues 10. Lina Lopes 11. Carlos Silva 12. Alexandre Poço 13. Joana Barata Lopes

    Assim como a do Porto, que vai merecer o voto contra da distrital, ainda que estejam lá representados pelo menos quatro dirigentes:

    1. Hugo Daniel Alves Martins de Carvalho 2. Rui Fernando da Silva Rio 3. Catarina Leite de Faria da Rocha Ferreira 4. Alberto Amaro Guedes Machado 5. José Joaquim Cancela Moura 6. Maria Germana Sousa Rocha 7. Afonso Gonçalves da Silva Oliveira 8. Álvaro Fernando Santos Almeida 9. Sofia Helena Correia Fernandes de Sousa Matos 10. Alberto Jorge Torres da Silva Fonseca 11. Paulo César Rios de Oliveira 12. Carla Maria Gomes Barros 13. Hugo Miguel de Sousa Carneiro 14. António Duarte Conde Almeida da Cunha

    Veja aqui as restantes listas completas:

    Açores: 1. Paulo Moniz 2. António Ventura 3. Ilídia Quadrado 4. Vitória Silva 5. Márcio Silva

    Aveiro: 1. Ana Miguel Santos 2. António André da Silva Topa 3. Vítor Martins 4. Helga Alexandra Freire Correia 5. Bruno Coimbra 6. André Neves 7. Carla Madureira 8. Rui Cruz

    Beja: 1. Henrique Silvestre Ferreira 2. António José Messias do Rosário Sebastião 3. Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro

    Braga: 1. André Coelho Lima 2. Firmino Marques 3. Maria Clara Gonçalves Marques Mendes 4. Carlos Reis 5. Jorge Paulo da Silva Oliveira 6. Maria Gabriela Rodrigues Baptista 7. Emídio Guerreiro 8. Rui Silva

    Bragança: 1. Adão Silva 2. Isabela Maria Lopes

    Castelo Branco: 1. Cláudia André 2. Luís Santos

    Coimbra: 1. Mónica Quintela 2. António Maló de Abreu 3. Paulo Jorge Carvalho Leitão 4. Maria de Fátima Simões Ramos do Vale Ferreira

    Évora: 1. Sónia Cristina Silva dos Ramos 2. Francisco Maria Gonçalves Lopes Figueira

    Faro: 1. Cristovão Norte 2. Rui Cristina 3. Ofélia Ramos

    Guarda: 1. Carlos Peixoto 2. Carlos Condesso 3. Sara Campos

    Leiria: 1. Margarida Balseiro Lopes 2. Hugo Patrício Martinho de Oliveira 3. Pedro Roque 4. Olga Cristina Fino Silvestre 5. João Manuel Gomes Marques

    Portalegre: 1. António José Chaves Miranda 2. Paula Cristina Henriques Mota Calado

    Santarém: 1. Isaura Morais 2. João Moura 3. Duarte Marques

    Setúbal: 1. Nuno Carvalho 2. Fernando Negrão 3. Maria Fernanda Velez 4. Bruno Vasconcelos

    Viana do Castelo: 1. Jorge Manuel Salgueiro Mendes 2. Maria Emília e Sousa Cerqueira 3. Eduardo Alexandre Ribeiro Gonçalves Teixeira

    Vila Real: 1. Luis Leite Ramos 2. Cláudia Patrícia Quitério Bento 3. Artur Soveral Andrade

    Viseu: 1. Fernando Ruas 2. Pedro Alves 3. Fátima Borges 4. António Lima Costa 5. Armindo Telmo Antunes Ferreira

    Açores: 1. Paulo Moniz 2. António Ventura 3. Ilídia Quadrado 4. Vitória Silva 5. Márcio Silva

    Madeira: 1. Miguel Filipe Machado de Albuquerque 2. Mário Sérgio Marques 3. Sara Madruga da Costa 4. Paulo Neves 5. Maria de Fátima Marques

    Europa: 1. Carlos Alberto Gonçalves 2. Victor Alves Gomes

    Fora da Europa: 1. José Cesário 2. Jerónimo Rodrigues Lopes

  • Os três primeiros nomes de cada lista. Deputada que é arguida no caso das falsas presenças volta a ser candidata

    No momento em que anunciou que as listas tinham sido aprovadas pela direção (falta serem ratificadas no Conselho Nacional), José Silvano anunciou os 3 primeiros nomes de cada lista. Destaque para Maria Emília Cerqueira, a deputada que foi constituída arguida por causa das falsas presenças dos deputados no Plenário, e que é novamente candidata a deputada pelo círculo de Viana do Castelo (um dos dois círculos onde Silvano admitiu que houve rutura da distrital com a direção nacional).

    AÇORES
    Paulo Moniz
    Antónia Ventura
    Ilídia Quadrado

    AVEIRO
    Ana Miguel Santos
    António André da Silva Topa
    Vítor Martins

    BEJA
    Henrique Silvestre Ferreira
    António José Messias do Rosário Sebastião
    Maria Inês dos Santos Guerreiro

    BRAGA
    André Coelho Lima
    Firmino Marques
    Maria Clara Marques Mendes

    BRAGANÇA
    Adão Silva
    Isabela Maria Lopes
    Paulo Manuel Pereira Rodrigues Pinto

    CASTELO BRANCO
    Cláudia André
    Luís Santos
    Carlos Faria

    COIMBRA
    Mónica Quintela
    António Maló de Abreu
    Paulo Jorge Carvalho Leitão

    EUROPA
    Carlos Alberto Gonçalves
    Victor Alves Gomes

    ÉVORA
    Sónia Cristina Silva dos Ramos
    Francisco Maria Gonçalves Lopes Figueira
    João Carlos de Carvalho Branco Perdigão Marquês

    FARO
    Cristóvão Norte
    Rui Cristina
    Ofélia Ramos

    FORA DA EUROPA
    José Cesário
    Jerónimo Rodrigues Lopes

    GUARDA
    Carlos Peixoto
    Carlos Condesso
    Sara Campos

    LEIRIA
    Margarida Balseiro Lopes
    Hugo Oliveira
    Pedro Roque

    LISBOA
    Filipa Roseta
    José Silvano
    Pedro Pinto

    MADEIRA
    Miguel Filipe Machado de Albuquerque
    Mário Sérgio Marques
    Sara Madruga da Costa

    PORTALEGRE
    António José Chaves Miranda
    Paula Cristina Henriques Mota Calado

    PORTO
    Hugo Carvalho
    Rui Rio
    Catarina Rocha Ferreira

    SANTARÉM
    Isaura Morais
    João Moura
    Duarte Marques

    SETÚBAL
    Nuno Carvalho
    Fernando Negrão
    Maria Fernanda Velez

    VIANADO CASTELO
    Jorge Manuel Salgueiro Mendes
    Maria Emília e Sousa Cerqueira
    Eduardo Alexandre Ribeiro Gonçalves Teixeira

    VILA REAL
    Luís Leite Ramos
    Cláudia Patrícia Quitério Bento
    Artur Soveral Andrade

    VISEU
    Fernando Ruas
    Pedro Alves
    Fátima Borges

  • Silvano diz que só há "um páraquedista" nas listas

    Uma das certezas que José Silvano deixou na conferência de imprensa onde apresentou os 3 primeiros nomes de cada lista foi a ideia de que só há um paraquedista nas listas, já que todos os outros candidatos a deputados são naturais, ou têm ligações, ao distrito pelo qual concorrem. O “único paraquedista”, no entender de Silvano, é Pedro Roque, secretário-geral dos Trabalhadores Sociais-Democratas, que concorreu por Lisboa nas últimas eleições e agora vai pelo círculo de Leiria.

    O próprio José Silvano, contudo, é natural de Vila Real e tem sido candidato pelo círculo de Bragança. Agora, na qualidade de dirigente nacional, vai na lista de Lisboa apontado pela direção.

  • Listas aprovadas. José Silvano diz que "houve apenas um veto" da direção, que foi o de Hugo Soares

    José Silvano, secretário-geral do partido, dá agora uma conferência de imprensa no Mit Penha, ao mesmo tempo que arranca o Conselho Nacional (Rui Rio chegou há instantes). “A comissão política nacional aprovou esta tarde as listas de candidatos a deputados”, disse, acrescentando que na mesma reunião foram votadas as linhas programáticas do partido, para serem votadas agora no Conselho Nacional. Segundo o secretário-geral do PSD, a aprovação das listas teve “cedências mútuas”, mas, no fim, “foi largamente consensual e só num caso entrou ou saiu alguém sem a aprovação da comissão política distrital”, disse. Ou seja, no entender da direção do partido, “apenas houve um veto por parte da Comissão Política Nacional, caso de Hugo Soares em Braga, e nesse caso deveu-se à indisponibilidade de Hugo Soares colaborar com a atual direção”. Segundo Silvano, os casos de Maria Luís Albuquerque e de Miguel Pinto Luz nunca foram vetados, apenas foi sugerida a alteração de lugar, que a distrital decidiu não aceitar.

    Diz Silvano que em 22 círculos eleitorais, apenas dois — “repito, apenas em dois” –, se assumiu a rutura da distrital com a Comissão Política Nacional, que foi Setúbal e Viana do Castelo. Dos 331 candidatos, entre efetivos e suplentes, todos pertencem aos respetivos distritos — “repito, aos respetivos distritos” — o que, segundo diz, constitui um facto “inédito no partido”. Segundo o secretário-geral do partido, não há casos de “pára-quedistas”. É com base neste argumento que José Silvano diz que os argumentos da distrital do Porto não fazem sentido, uma vez que todos os nomes impostos pela nacional são de pessoas afetas ao distrito. Um dos problemas do Porto, círculo pelo qual Rui Rio concorre, é o facto de a distrital entender que a nacional chamou a si a escolha de demasiados nomes, não tendo deixado espaço para o distrito se ver bem representado (só 5 das 18 concelhias estão representadas).

    Há ainda 151 mulheres e 179 homens, diz.

    Na justificação sobre os vetos ou não-vetos, José Silvano explicou que a indicação de Lisboa sobre Miguel Pinto Luz só não foi aceite pela direção porque a cabeça de lista, Filipa Roseta, já era de Cascais, assim como Marques Guedes, pelo que Pinto Luz, também de Cascais, não podia estar nos 10 primeiros. O que aconteceu depois, segundo Silvano, foi que a distrital deixou cair o nome, não podendo ir nos 10 primeiros. O mesmo aconteceu com Maria Luís, diz: o problema não foi de veto, foi de ordenação na lista.

  • Lista de Lisboa com Marques Guedes mas sem Miranda Sarmento (o "ministro das Finanças" de Rio)

    A lista de Lisboa, uma das que originou maior confusão, parece já estar fechada. Na versão a que o Observador teve acesso, o nome de Luís Marques Guedes, afinal, já consta (na segunda-feira havia indicação de que tinha saltado para entrar o deputado Duarte Pacheco), mas a maior ausência vai para Joaquim Miranda Sarmento, o homem das contas de Rui Rio que elaborou o cenário macroeconómico do partido e que é uma espécie de ministro das Finanças sombra do PSD. Miranda Sarmento estaria a ser apontado para 6º lugar, mas ao que o Observador apurou, terá sido empurrado para 12º (lugar considerado não elegível) e recusou.

    Nos 10 primeiros lugares aparece assim Pedro Rodrigues (homem da reforma do sistema político indicado por Rio), Marques Guedes, Duarte Pacheco e ainda Ricardo Batista Leite, atualmente deputado com a pasta da Saúde. Em 12º aparece Alexandre Poço (da JSD) e em 13º Joana Barata Lopes, atual deputada também da Jota. O PSD em Lisboa elegeu, em 2015, 13 deputados, mas espera-se este ano que o número seja mais reduzido.

  • Bruno Vitorino (Setúbal) vota contra as listas: "Às vezes é melhor ter um amigo na nacional do que ser presidente de uma distrital"

    Bruno Vitorino, líder distrital do PSD Setúbal, foi muito crítico com Rui Rio ao afirmar, à entrada do Mit Penha, que “a diferença entre um presidente e um líder é que um líder tem a capacidade de aglutinar e de unir à sua volta”. O líder distrital do PSD por Setúbal, em declarações ao jornalistas, deu ainda exemplos do que, para si, foram exemplos de bons líderes: “Tivemos grandes exemplos no partido de pessoas como Aníbal Cavaco Silva, Durão Barroso, Pedro Passos Coelho que souberam ir buscar os melhores e com isso conseguiram grandes resultados”. Bruno Vitorino, um dos rostos críticos de Rui Rio, reafirmou que vota esta noite contra as listas apresentadas e que aprendeu neste processo que “às vezes é melhor ter um amigo na [direção] nacional do que ser líder distrital”.

    “Vamos aprovar linhas programáticas que não sabemos quais são. Como é que se pede aos conselheiros nacionais para ficarem vinculados a um documento que não conhecem?”, perguntou ainda Bruno Vitorino. O líder distrital de Setúbal considera ainda que “não houve bom-senso e equilíbrio” na relação entre as estruturas distritais e a estrutura nacional e reitera que está afastado das listas “por decisão de Rui Rio”. Contudo, a preocupação de Bruno Vitorino recai sobre a indicação que a distrital fez para que Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças, integrasse a lista de Setúbal, e que não foi aprovada pela direção.

  • Hugo Soares prepara-se para falar "olhos nos olhos" com Rui Rio

    À entrada do MitPenha, quinta em Guimarães onde vai decorrer esta noite o Conselho Nacional do PSD, Hugo Soares (o rosto mais crítico de Rui Rio) afirmou que vai dizer tudo o que pensa a Rui Rio dentro de portas, “olhos nos olhos, cara a cara”, porque essa sempre foi a postura que adotou no partido. Hugo Soares não se alongou porque vai falar primeiro na reunião, e, de resto, mostrou-se disponível para fazer campanha ao lado do PSD porque o importante é o PSD “ganhar ao PS”.

  • Reunião da Comissão Política Nacional atrasada porque está dependente da reunião do Porto

    Entretanto, os palcos dividem-se a norte. A direção de Rio esteve reunida toda a tarde num hotel de Guimarães, devendo ter as listas fechadas a tempo de, às 21h, estar noutro hotel de Guimarães onde vai decorrer o Conselho Nacional. Problema: a reunião da direção nacional está suspensa enquanto a distrital do Porto não decidir o que vai fazer. Daí que esteja tudo a atrasar.

    No MitPenha, onde vai decorrer o Conselho Nacional, já começaram a chegar nomes sonantes do partido, incluindo críticos, mas nada de Rui Rio nem de José Silvano nem de vices do partido. Estão todos retidos noutro hotel da mesma cidade, à espera da decisão da distrital do Porto para fecharem as listas.

  • João Montenegro também está fora: recusou 5º lugar em Viseu

    João Montenegro, ex-passista e ex-santanista, foi convidado por Rui Rio para integrar a lista de Viseu, mas em 5º lugar (não elegível), e recusou, apurou o Observador. O nome de Montenegro chegou a ser proposto para os primeiros lugares mas a distrital opôs-se fortemente e o cabeça de lista, Fernando Ruas, chegou a ameaçar demitir-se caso João Montenegro entrasse.

  • Rodrigo Gonçalves foi convidado a integrar a lista de Lisboa em 12º lugar mas recusou

    Rodrigo Gonçalves, ex-líder da concelhia da capital, foi mesmo convidado para integrar a lista do PSD por Lisboa, mas o lugar que Rui Rio lhe ofereceu foi o 12º lugar, e Rodrigo Gonçalves não aceitou por entender que devia estar mais acima na lista. A notícia é avançada pela agência Lusa.

    Tal como o Observador tinha noticiado ontem, Rodrigo Gonçalves era uma das incógnitas do processo de elaboração das listas, e sabe-se agora que foi memso convidado por Rui Rio. Rodrigo Gonçalves foi o escolhido por Rio para dinamizar as redes sociais do PSD no início do seu mandato, tendo entretanto abandonado as funções por ser um dos visados no escândalo da criação de perfis falsos no Twitter. Em 2015, viu-se também envolvido num caso de agressões a um autarca da junta de Benfica, tendo sido constituído arguido. Agora, poderá entrar em 12º lugar na lista de Lisboa (em 2015, o PSD, sozinho, elegeu 13 nomes, sendo essa a meta que está a ser traçada).

    PSD. Os preparativos para (mais) uma noite de facas longas

    Em declarações à agência Lusa, Rodrigo Gonçalves disse ter recusado o lugar por entender não ser compatível com o lugar que merece ocupar. E deixou críticas à direção: “Não me revejo na estratégia de exclusão que está a ser levada a cabo pela direção nacional. O partido ou muda de vida e começa a unir mesmo os que têm posições diferentes ou então dificilmente ganharemos eleições”, disse. Ainda assim, Rodrigo Gonçalves assegurou que “estará na linha da frente a defender o PSD” nas próximas eleições legislativas.

    Questionado sobre por que razão recusou o convite, o ex-colaborador de Rui Rio na comunicação do partido considera que o 12.º lugar não seria compatível com o apoio que deu ao projeto do presidente do PSD. “Não é um lugar compatível com o que eu acho que mereço pela entrega, contributo e dedicação ao projeto político de Rui Rio”, declarou.

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