Momentos-chave
- Rússia diz que controla mais duas localidades no Donetsk
- Sobe para 564 o número de menores mortos desde o início da guerra na Ucrânia
- Zelensky apela a parceiros ocidentais que forneçam sistemas de defesa aéreos
- Blinken condena cooperação militar de China e Rússia
- Vladimir Putin diz que plano dos EUA para mísseis na Alemanha lembra Guerra Fria
Histórico de atualizações
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Bom dia, obrigada por ter estado connosco ao longo do dia de ontem. Continuamos a seguir a guerra na Ucrânia neste novo artigo em direto.
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Rússia diz que controla mais duas localidades no Donetsk
O Ministério da Defesa russo avançou hoje que as suas tropas capturaram mais duas localidades — Prohres e Yevhenivk — na região do Donetsk, segundo noticiou a agência estatal Ria Novosti.
Ontem o Ministério da Defesa já tinha alegado que as suas tropas tinham assumido o controlo da localidade de Lozovatskoye, também no Donetsk e muito próxima de Prohres.
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Sobe para 564 o número de menores mortos desde o início da guerra na Ucrânia
Pelo menos 564 crianças morreram na Ucrânia desde o início da guerra, que começou em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa, enquanto o número de feridos ascendeu a 1.487, anunciou hoje a Procuradoria-Geral ucraniana.
“Mais de 2.051 crianças foram afetadas na Ucrânia como resultado da agressão armada em grande escala da Rússia. Até 28 de julho de 2024, de acordo com informações oficiais dos procuradores, 564 crianças morreram e pelo menos 1.487 ficaram feridas (…)”, referiu o comunicado da Procuradoria ucraniana publicado na rede social Telegram.
O maior número de feridos registou-se na região de Donetsk, com 567, seguida de Kharkiv (407), Dnipropetrovsk (161), Kherson (159), Kiev (131) e Zaporijia (123).
A Procuradoria recordou que um adolescente de 14 anos foi morto no sábado num bombardeamento na cidade de Glujiv, na região de Sumi, enquanto outros seis menores, entre os 12 e os 16 anos, ficaram feridos.
Além disso, uma rapariga de 13 anos ficou ferida num bombardeamento em Mirgorod, na região de Donetsk.
Hoje de manhã, três menores — uma rapariga de dez anos e dois adolescentes de 15 e 17 anos — ficaram feridos num bombardeamento em Komashani, na região de Kherson.
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Zelensky apela a parceiros ocidentais que forneçam sistemas de defesa aéreos
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar hoje aos parceiros ocidentais que forneçam à Ucrânia sistemas de defesa antiaérea com alcance e qualidade para que o país se possa defender eficazmente dos ataques russos.
“O nosso povo sofre diariamente o terror e merece uma proteção justa e fiável contra esse terror. Isto só pode ser conseguido com sistemas de defesa aérea de alcance e qualidade suficientes”, afirmou numa mensagem no Telegram.
Zelensky acrescentou que cada decisão dos parceiros ocidentais para reforçar Ucrânia “tem o potencial de salvar vidas”.
O Presidente ucraniano disse ainda que só na última semana a Rússia atacou o país com cerca de 700 bombas aéreas e mais de 100 ‘drones’ Shahed.
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Blinken condena cooperação militar de China e Rússia
Os Estados Unidos e o Japão condenaram hoje a crescente cooperação militar da Rússia com a China e Coreia do Norte durante um encontro entre os secretários da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos dois países.
Numa declaração conjunta emitida em Tóquio, os dois países “registam com preocupação a crescente e provocadora cooperação militar estratégica” da Rússia com a China e “condenaram veemente o aprofundamento da cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte”.
O secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário da Defesa, Lloyd Austin, juntaram-se aos homólogos japoneses, Yoko Kamikawa e Minoru Kihara, no Comité Consultivo de Segurança Japão-EUA, para reafirmar a sua aliança, após a saída do presidente Joe Biden da corrida presidencial norte-americana.
“Estamos num ponto de viragem na história, uma vez que a ordem internacional baseada em regras, livre e aberta está a ser abalada”, afirmou o secretário da Defesa japonês, Kamikawa, acrescentando que “esta é uma fase crítica”.
No discurso de abertura do comité, o secretário da Defesa norte-americano afirmou que a China está “a adotar um comportamento coercivo, tentando alterar o ‘status quo’ nos mares da China oriental e do sul, em torno de Tawain e em toda a região”.
Austin destacou ainda que o programa nuclear da Coreia do Norte e o aprofundamento da cooperação com a Rússia “ameaçam a segurança regional e global”.
O norte-americano afirmou também que os ministros planeavam discutir no encontro “esforços históricos para modernizar” as estruturas de comando e controlo dos EUA e do Japão, o que implicaria a atualização do sistema norte-americano para em março existir um comando de controlo unificado.
“Será um dos desenvolvimentos mais significativos na história da nossa aliança”, salientou Austin.
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Vladimir Putin diz que plano dos EUA para mísseis na Alemanha lembra Guerra Fria
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, avisou este domingo que os planos dos Estados Unidos para estacionar mísseis mais sofisticados na Europa fazem lembrar os tempos da Guerra Fria e não ficará sem resposta da parte da Rússia.
De acordo com a Reuters, Putin falava este domingo em São Petersburgo num discurso perante marinheiros russos, chineses, argelinos e indianos destinado a assinalar o dia nacional da Marinha Russa — quando se referiu aos planos em curso por parte dos EUA.
No início de julho, os EUA anunciaram os seus planos para instalar equipamento militar mais sofisticado de longo alcance em território alemão. Mísseis SM-6 e Tomahawk, bem como armas hipersónicas dos EUA, deverão chegar à Alemanha a partir de 2026, aumentando significativamente as capacidades americanas na Europa.
O anúncio foi feito depois da cimeira da NATO em Washington. A ideia é reforçar a capacidade de dissuasão dos EUA no território europeu.
“O tempo de voo desses mísseis, que no futuro podem ser equipados com ogivas nucleares, para alvos no nosso território será de cerca de dez minutos”, disse Putin no discurso deste domingo. “Vamos tomar medidas em espelho para mobilizar, tendo em conta as ações dos EUA, dos seus satélites na Europa e noutras regiões do mundo.”
Na intervenção, Putin disse ainda que “a situação tem reminiscências de acontecimentos da Guerra Fria, relacionados com a mobilização de mísseis americanos de médio alcance Pershing na Europa”. O Presidente russo referia-se à decisão da NATO de posicionar mísseis Pershing na Europa de Leste em 1979, que causou grande preocupação entre os líderes soviéticos.
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Bom dia.
O Observador continua este domingo a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.
O liveblog de sábado fica arquivado aqui.
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