O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje ao facto de os Estados Unidos terem enviado 20 mil milhões de dólares (cerca de 18,5 mil milhões de euros) oriundos de ativos russos congelados.

There is important news from the United States: America has made the decision to provide $20 billion.

These funds are secured by immobilized Russian assets and are part of the G7’s decision to allocate $50 billion to Ukraine, aimed at supporting our defense and resilience.… pic.twitter.com/xue4gfBgdt

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 23, 2024

“Isso realmente vai ajudar-nos”, firsou Volodoymyr Zelensky, agradecendo aos Estados Unidos e ao G7.

No discurso desta noite, o Presidente ucraniano usava uma t-shirt que aludia ao slogan de Donald Trump. Na camisola, lê-se: “Make Russia Small Again [Fazer a Rússia Pequena Outra Vez]”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, John Kirby, confirmou hoje que, tal como as secretas sul-coreanas, há três mil soldados norte-coreanos na Rússia.

“Desde o início a meio de outubro, a Coreia do Norte deslocou três mil soldados para o leste de Rússia. Estes soldados viajaram de navio por Wonsan até Vladivostok, na Rússia. Os soldados viajaram para bases militares no leste da Rússia, onde estão a ser treinados”, detalhou John Kirby.

"If Russia is indeed forced to turn to North Korea for manpower, this would be a sign of weakness, not strength, on the part of the Kremlin."

John Kirby reacts to U.S. confirming North Korea has sent troops to Russia. pic.twitter.com/5DmbAkiuMQ

— MSNBC (@MSNBC) October 23, 2024

Os Estados Unidos “não sabem” se esses soldados vão ser deslocados para a linha da frente para o lado dos russos, mas existe uma “probabilidade elevada” de isso acontecer. “Podem viajar para o oeste da Rússia e lutar contra os ucranianos”, afirmou John Kirby.

O responsável indicou que informou o governo ucraniano e os países aliados do envio de tropas. “Atualmente, vamos continuar a monitorizar a situação”, frisou John Kirby, realçando que se trata de um “ato desesperado” da Rússia.

John Kirby deixou ainda um aviso. Se as tropas norte-coreanas foram para o terreno, “serão um alvo legítimo”. “É um jogo justo e são alvos justos.”

As autoridades russas anunciaram esta quarta-feira a captura de mais duas localidades na província de Donetsk, no leste da Ucrânia e principal foco da invasão desencadeada pelas forças de Moscovo em fevereiro de 2022.

O Ministério da Defesa russo indicou em comunicado na rede Telegram que “unidades do grupo de forças do Sul libertaram a cidade de Serebrianka”, enquanto o grupo do Centro assumiu o controlo de Nikolaevka.

Segundo o Ministério da Defesa, estas unidades “continuam a avançar nas profundezas das defesas inimigas”, depois de terem tomado dezenas de localidades de Donetsk nos últimos meses.

Kiev não comentou ainda o anúncio da Rússia.

O Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano (NIS, sigla em inglês) adiantou hoje, numa comissão parlamentar, que cerca de três mil soldados norte-coreanos já chegaram à Rússia para apoiar o esforço de guerra daquele país, segundo noticia a agência de notícias da Coreia do Sul, Yonhap.

Este é o primeiro contingente de soldados norte-coreanos a chegar à Rússia, mas Seul espera que dez mil homens cheguem à Rússia até dezembro.

“Após no primeiro contingente ter chegado entre 8 a 13 de outubro, mais 1.500 soldados foram enviados”, adiantou Park Sun-won, o líder do Partido Democrático, o principal da oposição, que esteve presente na comissão parlamentar à porta fechada.

As tropas norte-coreanas ainda não estão, segundo as secretas sul-coreanas, no campo de batalha. Em vez disso, estão estacionadas em bases militares na Rússia e estão a ser treinadas sobre, entre outras coisas, como usar equipamentos militares e como aprender a dirigir drones.

De acordo com a Coreia do Sul, os soldados norte-coreanos recebem dois mil dólares (cerca de 1.800 euros) por mês para estarem na Rússia. Mais: as secretas também acreditam que o regime de Pyongyang isolou as famílias dos soldados que foram para a Rússia.

Ainda segundo Park Sun-won, as altas patentes militares russas acreditam que os “soldados norte-coreanos são saudáveis”, mas não “entendem as táticas de guerra moderna, como ataques de drones”.

Os generais russos esperam “várias baixas entre os norte-coreanos”, acrescentou Park Sun-won.

A NATO indicou hoje que os seus países-membros têm provas sobre o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, admitindo o risco de uma escalada da guerra na Ucrânia apoiada por vários aliados de Moscovo.

Os países da Aliança Atlântica “confirmaram a existência de provas da presença de tropas norte-coreanas na Rússia”, afirmou a porta-voz da NATO, Farah Dakhlallah, citada por agências internacionais.

“Se essas tropas se destinarem a combater na Ucrânia, isso representaria uma escalada significativa do apoio da Coreia do Norte à guerra ilegal da Rússia”, afirmou a mesma fonte, segundo a France Press.

À Europa Press, a porta-voz da NATO acrescentou que esse cenário seria um sinal das “perdas significativas” da Rússia na linha da frente do conflito.

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, anunciou hoje que tem intenção de se candidatar às eleições presidenciais bielorrussas, marcadas para janeiro de 2025, avança a RIA.

Nicolás Maduro, em Kazan para a cimeira dos BRICS, esteve reunido com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, descrevendo este encontro como tendo sido “incrível”. Ao mesmo tempo, declarou uma “aliança poderosa” entre a Venezuela e a Rússia, cita a agência estatal russa TASS.

O chefe de Estado venezuelano acrescenta que os dois países estão “do mesmo lado na construção de uma nova ordem global multipolar”.

Conforme previamente anunciado, no final da cimeira, era previsto que os líderes dos BRICS adotassem uma declaração conjunta sobre uma série de questões globais, incluindo o conflito na Ucrânia. No entanto, divulgado o documento, nas suas 33 páginas, existe apenas uma menção à guerra.

É precisamente no 36º ponto mencionado que os países do bloco reforçam as ideias discutidas nos fóruns da ONU, tanto no Conselho de Segurança como na Assembleia Geral, enfatizando que “todos os Estados devem agir consistentemente de acordo com a Carta das Nações Unidas”. Concluem a breve referência ao conflito com um agradecimento a todos os esforços feitos no âmbito de mediar uma “resolução pacífica”, através de diálogo e diplomacia.

Sobre as sanções, que descrevem como sendo ilegais — acusam as potências que as impuseram de “comprometer a Carta das Nações Unidas”. Revelam-se “profundamente preocupados” pelo seu efeito “disruptivo” na economia mundial e sublinham o seu “impacto negativo no crescimento económico, na saúde e na segurança alimentar”.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, afirmou que a “interação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte não viola o direito internacional” e que as alegações sobre a presença de soldados norte-coreanos no campo de batalha, ao lado das forças russas, são só “notícias falsas e propaganda”, cita a RIA/Novosti.

Sobre um hipotético envolvimento da Coreia do Sul no conflito, Zakharova diz que, apesar das boas relações entre os dois países no passado, Seul precisa de “pensar sobre as possíveis consequências” de uma entrada militar para ajudar a Ucrânia.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o Presidente da Turquia, Tayiip Erdogan, estão reunidos no âmbito da “Cúpula dos BRICS”, avança a agência estatal russa TASS.

No âmbito da cimeira dos BRICS, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reuniu-se com o Chefe da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abass, noticia a agência TASS.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, acaba de aterrar em Kazan, para a cimeira dos BRICS, onde estará reunido com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, noticia a RIA/Novosti.

A reunião entre os dois chefes de Estado terá como objetivo discutir a adesão da Turquia ao bloco comunitário, o que a tornaria no primeiro país da NATO a entrar no BRICS. De acordo com a AFP, a viagem de Erdoğan é motivada por “fatores económicos” e está alinhada com a visão do Presidente para uma “autonomia estratégica”.

🇹🇷🇷🇺 Başkan Recep Tayyip Erdoğan, Rusya/Kazan’da.

Başkan Erdoğan, Tataristan lideri Rüstem Minnihanov tarafından askeri törenle karşılandı. pic.twitter.com/nMkhHdEMLL

— 🇹🇷 Mavi Vatan (@Patrie_Bleue) October 23, 2024

O Presidente do Brasil defendeu hoje conversações de paz para por fim à guerra na Ucrânia, durante a sua participação, por videoconferência, na cimeira do bloco das principais economias emergentes (BRICS).

“Evitar uma escalada e iniciar negociações de paz também é crucial no conflito entre a Ucrânia e a Rússia”, disse Lula nas palavras finais do seu discurso para os participantes na cimeira, que decorre na cidade russa de Kazan.

O governante brasileiro, que juntamente com o seu homólogo chinês Xi Jinping está a promover uma iniciativa de paz, que a Ucrânia já rejeitou, fez esta referência ao conflito em solo europeu depois de falar sobre a guerra que Israel lançou na Faixa de Gaza e no Líbano contra o grupo armado palestiniano Hamas e o Hezbollah libanês.

“Numa altura em que estamos perante duas guerras com potencial para se tornarem globais, é fundamental resgatar a nossa capacidade de trabalhar em conjunto para objetivos comuns”, sublinhou o líder brasileiro.

Na sua participa, por videoconferência, a partir de Brasília, Lula disse ainda que “chegou o momento de avançar” na criação de um sistema de pagamentos alternativo que permita aos países emergentes não utilizarem o dólar nas suas trocas.

Lula defendeu que o novo sistema de pagamentos deve refletir as aspirações de um mundo multipolar que os países emergentes defendem.

Peter Stano, porta-voz da política externa da União Europeia, apelou aos líderes dos países do BRICS para pedirem a Vladimir Putin que acabe com a guerra na Ucrânia, noticia a Reuters.

“Acreditamos que todos os participantes presentes na cimeira em Kazan vão utilizar este evento para apelar uma vez mais a Putin para que ponha imediatamente termo à guerra contra o povo ucraniano”, afirmou Stano, acrescentando que condena a Rússia pelo “uso indevido” da presidência do grupo, e relembra que está em vigor um mandado de captura pelo chefe de Estado russo.

A mesma ideia foi transmitida em direção ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que também está presente no evento. “Esperamos que reforce o apelo à Rússia e a Putin para que cessem total e incondicionalmente a agressão brutal contra o povo ucraniano”, concluiu.

Meios de comunicação social estrangeiros considerados hostis receberam autorização para marcar presença na conferência de impresa de encerramento da cimeira dos BRICS, noticia a TASS, citando a Diretora de Informação e do Departamento de Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia está a ser alvo de um ciberataque, avança a agência estatal russa TASS.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, avançou que o ciberataque veio do estrangeiro e que foi de uma “escala sem precedentes”, cita a mesma agência.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está em reunião bilateral com o Presidente da Bielorrúsia, Aleksandr Lukashenko, no âmbito da cimeira dos BRICS, avança a agência russa TASS.