Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, passámos a seguir a campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de 10 de março neste outro artigo em direto.

    Montenegro diz que “PS quer manter as pessoas no ciclo da pobreza” e endurece o apelo ao voto útil: “O único voto viável é a Aliança Democrática”

    Obrigada por nos acompanhar, até já.

  • PAN quer trazer a AD para "o século XXI": "Estão a fazer uma campanha de 1970 em 2024"

    A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, deixou hoje críticas à Aliança Democrática (AD), acusando a coligação de fazer uma “campanha de 1970” em 2024.

    No programa Isto é Gozar Com Quem Trabalha, Inês Sousa Real definiu o PAN “como uma força progressista” que “levar as causas” que defende a “quem esteja em condições de formar governo”.

    Se o PAN eleger um grupo parlamentar, o partido conseguirá fazer mais, promete Inês Sousa Real.

  • Ventura chama "mentiroso" a Pedro Nuno Santos e garante que "Chega é o voto seguro para as mulheres portuguesas"

    Pedro Nuno Santos cavalgou a questão do aborto levantada pelo vice-presidente do PS para apelar ao voto às mulheres e André Ventura não fez por menos: “O Chega é o voto seguro para as mulheres portuguesas.”

    Justificou-o com o encerramento da maternidade de Chaves e as “mães que mandaram ter os filhos ao país vizinho”, “as urgências de obstetrícia fechadas pelo país todo que penalizaram mulheres” ou os “votos contra do PS” em questões como o “aumento de penas para violadores, pedófilos e agressores sexuais” ou para que “houvesse penalização mais severa para casos de violência doméstica”.

    “As mulheres portuguesas dispensam o PS”, resume André Ventura, sublinhando que o Chega “dispensa a herança do PS em matéria de defesa das mulheres”.

    Aproveitando o embalo de mais de 200 pessoas numa sala de eventos em Vila Real, Ventura frisa que “o PS gosta sempre de agitar o papão do Chega” e sugere que “se as mulheres portuguesas desejam viver num país em segurança, que respeite a sua integridade e a dos seus filhos e netos não é no PS que tem de votar”.

    E ainda seguiu com mais críticas a PS e PSD em áreas como as portagens, mas priorizou o ataque mais severo a Pedro Nuno Santos, depois de dizer que votou contra o tempo de recuperação de serviço dos professores: “Não sei se é o mais impreparado e o mais incapaz da história do PS, mas há uma coisa que sei: é o mais mentiroso.”

  • Pedro Nuno diz que Montenegro está a dizer que "se for preciso cortar pensões, vem cá outro cortá-las por ele"

    Por fim, na sua intervenção, Pedro Nuno Santos diz que tem falado nas suas propostas, mas também “das deles” que tem “de explicar aos portugueses que estão erradas”. E pega novamente na promessa de Montenegro que disse que se demite se tiver de cortar pensões. “Neste se tiver está todo um programa”, diz Pedro Nuno: “Se ele tiver de cortar pensões, vem cá outro cortá-las por ele”.

    Diz à AD que “cada um escolhe com quem anda e isso diz muito do que se quer para o país”, apontando as declarações de Passos Coelho mas também de Paulo Núncio. “Não nos peçam para fazer de conta que não ouvimos”, diz sobre o referendo à interrupção voluntária da gravidez. “Não vamos dar um passo atrás”, garante sobre este ponto sendo alaudido pela sala.

  • Mortágua diz que voto útil deixará "arrependidos". "Falo a quem sabe o que se passou em 2022 e não quer que se repita"

    Ainda durante o comício de Torres Novas, Mariana Mortágua critica a “velha conversa do voto útil”. “Se os apelos fossem escritos em livro, o título seria ‘a história de um arrependimento’”. E recorda, como Fernando Rosas fez na noite passada, os resultados de maiorias anteriores, como a de José Sócrates, que congelou pela primeira vez a carreira dos professores — “os professores foram os primeiros a arrepender-se do voto útil”. Já em 2011 PSD e CDS “todas as promessas eram falsas”. Em 2015, César dizia que “votar no Jerónimo e na Catarina é um alívio para Passos e Portas”, recorda, uma “falácia”, que acabou desmentida pela geringonça.

    Depois chega a 2022 — “dessa história já sabemos o final”. “Falo a quem sabe o que se passou e não quer que se repita, quem quer políticas consistentes”. Diz que foi sempre o voto no BE que “abriu caminhos à esquerda” e isso, insiste, “é o que muda a vida das pessoas”.

    Apesar das sondagens desanimadoras, a líder do BE promete que daqui a dias os bloquistas vão “vencer a direita” e que o BE será a força de Abril.

  • Mortágua recorda "vitória" do aborto no dia de aniversário do BE: "Até a extrema-direita capitula"

    Mariana Mortágua fala agora num comício em Torres Novas sobre a atual batalha eleitoral — “e que batalha esta que temos pela frente…”. Diz que o Bloco traz para estas eleições “todo o peso” da sua história, recordando que tinha 13 anos quando o partido nasceu, quando “erguia a sua bandeira” pela independência de Timor-Leste.

    “Nessa altura era impossível. E foi possível”, frisou. E diz que esta campanha não apaga a “solidariedade” com a Ucrânia e a Palestina. “O povo mais massacrado do mundo também vai vencer. Palestina vencerá”, grita, acompanhado por aplausos e por cânticos na sala.

    O BE “alterou o mapa político português”, introduzindo nele uma “esquerda moderna” que salvou o socialismo “das suas caricaturas”, prossegue. Era preciso uma nova política sem “condescendência nenhuma com as experiências autoritárias de Leste”: “Socialismo é democracia”, atira. Estes 25 anos são feitos de “vitórias”, afirma.

    Começa pela vitória da “dignidade” e da “esperança” em 2015, “quando a geringonça abriu a porta” para sair dos tempos de troika e de uma política que o PS “queria manter”, com facilitações de despedimentos e congelamento de pensões. “O programa de governo não foi o do PS”, frisa. “O programa foi imposto ao PS. Essas são as vitórias do Bloco”, recorda, lembrando conquistas da geringonça como a redução das propinas ou do preços dos passes ou a regularização de precários no Estado.

    Mas já na oposição o BE somava “belas vitórias”, diz. Dá três exemplos: a despenalização do consumo de drogas (lembrando o papel de Jorge Sampaio e Almeida Santos, que “abriram caminhos” para essa causa — “a direita foi derrotada neste combate, não voltou a tentar, o país venceu com a força do Bloco)”; a mudança do estatuto legal das pessoas LGBT — “conseguimos igualdade no casamento e acabar com discriminação da adoção. Derrotámos a direita”, repete, dizendo que algumas bancadas tinham um conservadorismo medieval parecido com as “boçalidades” atuais do Chega.

    “Aqui estamos para derrotar a direita de agora”, atira. “Não permitimos cultura do ódio. Em Portugal ninguém viverá com medo, essa é uma garantia”, dispara.

    O terceiro exemplo é o da “vitória histórica” das mulheres na despenalização do aborto. “Vencemos em 2007, a direita foi derrotada”, repete. E volta a esta questão porque a campanha, diz, mostra como esta é uma conquista “ameaçada”, apesar de ser uma vitória “completa” — porque é “tão evidente e indesmentível” que a direita “não se atreve a propor a alteração da lei”.

    “Até a extrema-direita capitula e reconhece que a esquerda tinha razão. Vejam o poder desta vitória”, diz, em referência à posição do Chega, que também não quer alterar a lei que despenaliza o aborto. Ainda assim, frisa, a aplicação da lei enfrenta “enormes dificuldades” graças ao estado do SNS, um “boicote quotidiano” no acesso das mulheres ao aborto — e lembra que o Bloco quer aumentar o prazo em que podem recorrer a ele para 12 semanas.

    “Manuel Pizarro sai como um ministro que ofendeu os direitos das mulheres ao não garantir um aborto livre e seguro”, ataca Mortágua. E diz recusar a “hipocrisia” de quem celebra a lei mas “nada faz” para assegurar que o SNS cumpre o acesso a ela. “Nenhuma vitória é garantida para sempre”, avisa. Cada direito tem de ser “cuidado” para não ser “ameaçado”. “O voto no BE é a certeza de que não passarão”, remata.

  • "Trazem Passos para a campanha e queriam que ficássemos calados?". Pedro Nuno queixa-se da comunicação social

    Pedro Nuno Santos começa a falar no comício de Santarém e queixa-se da comunicação social e negando só falar dos adversários: “Gastamos 90% do nosso tempo a falar para o país e não dos nossos adversários como dizem nos comentários”. Mas logo a seguir passa ao ataque… aso adversários.

    “Falamos de duas ou três áreas, mas tenham a santa paciência candidatamo-nos com um projeto para o país, mas temos um adversário que quer andar para trás e temos de denunciar e combater”, assume. “Trazem Passos. para a campanha, lembram os cortes nas pensões, querem recuar na interrupção voluntária da gravidez e queriam que ficássemos calados?”, questiona. “Nem um passo atrás”, diz ainda sobre os mesmo adversários.

    O que distingue o PS do PSD, diz, é a “humildade e a empatia”, a “capacidade de sentir os problemas dos outros”. Coloca o PS como “o país do Estado social”, mas também que tem a economia como “prioridade”: “Sabemos desenvolvê-la melhor do que eles”.

    Fala nas propostas do PS, sobretudo do “choque salarial”, voltando a comparar-se com “eles”, os adversários a quem volta a atacar a proposta de salário médio. E faz a defesa do SNS: “Não o denigram”, diz falando no número de cirurgias e nos “milhões” de consultas prestadas. Ataca o vale-consulta do PSD, dizendo que isso nada garante para lá da primeira consulta.

  • "A manta é curta, mas a opção tem sido sempre tapar os pés aos grandes grupos económicos"

    É a cassete de Paulo Raimundo. Encontra “confiança” nas ruas, mas “força e alegria” não chega para o dia das eleições. Insiste: “Como é que passamos deste magnífico ambiente para votos?” Esse é o “grande desafio” que o secretário-geral do PCP quer responder a 10 de março.

    A manta é curta, mas a opção tem sido sempre tapar os pés aos grandes grupos económicos.” E a CDU tem uma solução diferente, desde cortar nos benefícios fiscais a travar “a entrega de recursos públicos” para “os mesmos de sempre”.

    Em Silves, Raimundo atacou as medidas que o Governo adotou para combater a seca no Algarve e acusou o ministério de Duarte Cordeiro de ter procurado “uma desculpa” para tentar “impor um brutal aumento das tarifas da água para as populações”. Algo que os comunistas insistem que só foi impedido com “a força da CDU”.

  • Raimundo avisa Passos e direita que "abril não tolera racismo e xenofobia"

    É num jantar comício em Silves, que Paulo Raimundo lembra que foi no Algarve onde “as forças reacionárias escolheram expandir o discurso retrógado”. Numa referência ao comício da AD que trouxe a palco Passos Coelho, em Faro, o secretário-geral do PCP avisa que a CDU e abril “não toleram o racismo e a xenofobia“.

    E tal como já tinha insistido durante a manhã, em Santiago do Cacém, vira a agulha para falar de emigração e não de imigração: “Abril não tolera que sejam empurrados milhares de portugueses, em particular jovens, para fora do país”, aludindo aos números de emigração durante a governação do último governo do PSD/CDS.

    E outro aviso para a “bipolarização” do voto até ao dia 10 de março. “Está aí e vai-se intensificar“, mas para Raimundo a resposta continua a ser só uma: o PCP, numa altura em que o partido está cada vez mais perto de celebrar 103 anos de “existência e luta pela democracia e liberdade”. É com a “experiência acumulada de combate à direita” que o secretário-geral dos comunistas quer apelar ao voto da esquerda.

  • Alexandra Leitão diz que "Passos e Núncio vêm à campanha dizer o que Montenegro e Melo não podem dizer, mas pensam e farão"

    No comício do PS em Santarém, discursa agora Alexandra Leitão, que coordenou o programa eleitoral de Pedro Nuno Santos e que pela terceira vez consecutiva é cabeça de lista por aquele círculo. Junta-se às críticas que reinam na campanha socialista à AD, sobretudo depois da aparição de Passos Coelho.

    “Venho mesmo outra vez com Passos Coelho porque nunca como hoje as ameaça desses anos está de volta. Chame-se PàF ou AD, os protagonistas são os mesmos”, disse enumeramndo: “Passos Coelho, Luís Montenegro, Paulo Núncio”. “E pior, as ideias também são as mesmas”, atirou ainda à direita.

    No centro da crítica que faz está a questão da “conquista civilizacional” que diz estar em causa”, afirmando que a “extrema direita está racista e xenófoba está à espreita” e o PSD e o CDS querem agradar a esse eleitorado”. “Passos Coelho e Paulo Núncio vieram à campanha dizer o que Luís Montenegro e Nuno Melo não dizem mas pensam, que não anunciam mas farão quando chegarem ao poder”.

    “A direita não gosta da igualdade”, afirmou a socialista que apela muito diretamente ao voto das mulheres, por causa do referendo ao aborto defendido pelo candidato da AD, Paulo Núncio. “Nenhum avanço pode ser tomado como garantia”, disse argumentando que “qualquer recuo neste caminho é fatal. Votar em toda a direita seja ela qual for é abrir o caminho ao retrocesso no direitos das mulheres”, disse apontando também para os riscos que traz para as conquistas do 25 de abril.

  • Pedro Nuno dispensa segurança disponibilizada por Costa. "Não precisamos"

    Pedro Nuno Santos chegou ao comício de Santarém sem sequer ver os polícias que estavam num protesto silencioso. Questionado pela RTP sobre a mais recente sondagem, o candidato socialista respondeu que “há sondagens boas, há sondagens más”, numa tentativa de desvalorização. “A última vez que a RTP e a UCP fizeram uma sondagem antes das eleições foi nas regionais nos Açores, deram a vitória ao PS e o PS perdeu”.

    Questionado também sobre se quer segurança na sua campanha — depois de António Costa ter oferecido a disponibilização de segurança pessoal aos candidatos, na sequência do ataque a Luís Montenegro –, o socialista respondeu simplesmente: “Não precisamos”.

  • Sondagem diária da CNN. PS sobe um ponto percentual, mas AD mantém-se à frente com 27%

    A sondagem diária publicada pela TVI e pela CNN Portugal elaborada por IPESPE/ Duplimétrica continua a dar vantagem à Aliança Democrática com 27% dos votos. O PS encurta a distância, estando agora a cinco pontos percentuais da AD.

    De acordo com a tracking poll, o PS sobe de 21 para os 22% das intenções de voto. Também o PAN sobe um ponto percentual, passando do 1 para 2%.

    À exceção do PS e do PAN, todos os partidos com representação parlamentar mantêm os resultados de ontem. A AD conquista 27% das intenções de voto, o Chega angaria 14%, a IL tem 5%, o BE mantém-se nos 4%, o Livre angaria 3% e a CDU fica-se pelos 2%

    Segundo a mesma sondagem, a Alternativa Democrática Nacional (ADN) sai da tracking poll, sendo que ontem angariava 1% das intenções de voto.

    Em relação aos indecisos, 16% ainda não definiram o sentido de voto, uma diminuição de um pontos percentuais em relação a ontem. Segundo a CNN, participaram nesta sondagem 600 pessoas que foram entrevistadas por chamada telefónica entre segunda-feira e esta quarta-feira. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4,1 pontos percentuais.

  • Líder do Chega acusa AD de ser "albergue espanhol onde cabe toda a gente" e que "está a ajudar o PS"

    Depois de já ter falado da questão do aborto à tarde, André Ventura voltou a ser confrontado com o tema para considerar que tudo o que se passou “é uma trapalhada absoluta”. Recordou o que Nuno Melo disse sobre governabilidade e que Luís Montenegro disse “umas horas depois que não deve ser assim” e compara com o que se passou hoje com Paulo Núncio: “Isto não é uma coligação, é um albergue espanhol onde cabe toda a gente.”

    “Isso é que está a ajudar o PS, não é o Chega que está a prejudicar, quem está a ajudar o PS é o albergue espanhol que a coligação se tornou”, atira, enquanto lembra ainda Gonçalo da Câmara Pereira, sem referir o nome, para dizer que “não aparece” e “não querem que apareça”.

  • Ventura traz cenário de Pedro Nuno à conversa: para esquerda governar terá de passar por "um muro chamado Chega"

    André Ventura não vai aceitar a segurança oferecida por António Costa por considerar que não devem ser “desviados recursos fundamentais para a PSP” porque o Chega tem uma “equipa de segurança paga pelo partido”. Ainda assim, reconhece que “sempre que foi necessário haver uma articulação” esta funcionou “na perfeição”.

    Em declarações aos jornalistas à chegada ao comício em Vila Real, o líder do Chega comentou a sondagem da Católica para a RTP e Público para sublinhar que “dos três partidos maiores”, PS e PSD “descem” e “Chega consegue manter resultado”. “Fica um cenário de difícil governabilidade, é verdade”, assume, com um “apelo a uma maioria clara de direita no Parlamento”.

    Apontando para um “cenário de tripartidarização” a partir de 10 de março, Ventura voltou a chamar o ex-líder do PSD (“sem querer voltar a pôr Passos Coelho na campanha eleitoral”) para frisar que é preciso “buscar soluções de governabilidade”. “Ele disse ‘eu sei que o Luís irá buscar o que é preciso’ e eu espero que a frase esteja certa, mas que não seja o Luís e seja o André”, realçou.

    Ainda sobre a moção de rejeição ao PS que assegurou que vai apresentar caso haja maioria à direita, André Ventura assume que servirá para o PSD clarificar e com esperança de que seja “antes das eleições”. “Não vamos deixar o país na ingovernabilidade, [mas] se essa maioria à direita existir significa que há condições para ir ao Presidente da República dizer que conseguimos construir uma alternativa e o PSD terá de decidir se quer apoiar o PS ou se quer um governo de direita”, antecipa o líder do Chega.

    É o próprio que traz o cenário seguinte: “Já se está a colocar um cenário de como o Chega será um terceiro bloco isolado, para Pedro Nuno Santos, e fará as contas entre PS, CDU, BE e Livre contra PSD e IL e se eles [esquerda] tiverem maioria governarão.” André Ventura diz que, nessas condições, “governariam” porque “tinham de passar por cima de um muro chamado Chega”.

  • Polícias voltam a protestar à porta de um comício do PS

    Pela segunda vez nesta campanha oficial, o líder do PS tem um protesto de polícias à porta de um comício. Depois dos Açores, na passada segunda-feira, cerca de duas dezenas de representantes de forças de segurança estão à espera de Pedro Nuno Santos no comício do partido em Santarém.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Sondagem da Católica mostra AD com 33%, PS fica-se pelos 27%. Partidos à esquerda dos socialistas sobem

    Uma sondagem publicada hoje pela Antena 1, RTP e Público elaborada pela Universidade Católica mostra a AD (Aliança Democrática) à frente com 33% dos votos. A coligação entre PSD, CDS e PPM está a seis pontos percentuais do PS, que se fica pelos 27%.

    Face à sondagem de 23 de fevereiro publicada pela Católica, os dois partidos descem dois pontos percentuais.

    Em terceiro lugar, continua o Chega, com 17% das intenções de voto, ao passo que a Iniciativa Liberal se mantém em quarto lugar com 6% das intenções de votos.

    Por sua vez, todos os partidos à esquerda do PS sobem todos um ponto percentual face à sondagem da semana passada. O Bloco está agora com 5%, o Livre com 4% e a CDU com 3%. O PAN também subiu e regista 2% das intenções de voto.

    Relativamente à distribuição de deputados, é certo, segundo esta sondagem, que não haverá uma maioria absoluta, nem seria possível replicar uma gerigonça (nem com os deputados do Livre e do PAN).

    Uma maioria de direita é possível, mas estaria sempre dependente do aval do Chega.

    Segundo a sondagem, esta é a possível distribuição de deputados:

    • PSD: 86 a 96 deputados.
    • PS: 69 a 79 deputados.
    • Chega: 33 a 41 deputados.
    • Iniciativa Liberal: 6 a 10 deputados.
    • Bloco de Esquerda: 5 a 7 deputados.
    • CDU: 3 a 5 deputados.
    • Livre: 3 a 4 deputados.
    • PAN: 2 deputados.

  • Montenegro: "Quando o Partido Socialista vai o Governo deixa o Estado todo partido. E deixa o partido todo no Estado."

    Discursa agora Luís Montenegro, que começa a intervenção por uma ideia que tem repetido ao longo da campanha: “Portugal não tem de ser isto”.

    Depois, o elogio público ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “Carlos Moedas é um amigo. Um companheiro de percurso. É a expressão da convicção de que as lutas difíceis são para vencer. Esta candidatura é a candidatura da esperança, da ambição e da mudança segura.”

    “O Estado social do PS é uma vergonha”, continua Montenegro, repetindo as ideias da coligação para as áreas da Saúde e da Educação. “Este projeto positivo, para aqueles que têm dúvidas, ele é realizável e exequível. O que o tem para oferecer ao país é continuar neste marasmo? Então o que está a dizer é que está esgotado.”

    Continua Montenegro, com um piscar de olho à família mais liberal. “O que quero em Portugal é que cada mulher e homem seja o que quer ser. Que decida por si. Não aceito que seja o Estado a dizer o que devemos ser. Esta é uma diferença estrtutural relativamente ao PS, que quer mais Estado, utilizar o Estado para si próprio. Quando o Partido Socialista vai o Governo deixa o Estado todo partido. E deixa o partido todo no Estado.”

    “Não percamos muito tempo a a apontar as falhas dos que concorrem nestas eleições contra nós. São tão grosseiras que todos os portugueses já as perceberam. Aproveitem estes dias para dizer se querem ou não querem mais. Se acham ou não acham que somos capazes de fazer mais.”

    “Só governo se ganhar. Não é por ter para mim esse objetivo como fim. É que ganhar e receber a confiança é o meio para poder executar o programa com as pessoas e para as pessoas”, despede-se Montenegro.

  • "O PS e a extrema-esquerda criaram o caos na imigração", acusa Moedas

    Moedas traz agora o tema da imigração, introduzido nesta campanha por Pedro Passos Coelho. Recordando o seu próprio percurso como emigrante e o facto de ser casado com uma imigrante para criticar as posições assumidas pelo “PS e pela extrema-esquerda”

    “Sim, o nosso país precisa de imigrantes. Mas, para isso, precisa de uma verdadeira política de imigração. O PS e a extrema-esquerda criaram o caos na imigração. Nós queremos receber com dignidade. Não podemos tolerar atentados contra a dignidade humana”, remata Moedas.

  • Moedas: "O PS deixou de ser um partido confiável"

    Carlos Moedas recorda depois que o PS governou 23 anos dos últimos 30 anos e que agora dizem que farão “diferente”. “Com os mesmos protagonistas, dizem que vai ser diferente. Não vai.”

    “O PS não é honesto com as pessoas. O PS deixou de ser um partido confiável”, atira Moedas, falando sobre os cortes nas pensões, nas promessas falhadas na Habitação, na falta de médicos de família.

    O autarca de Lisboa diz que o dia 10 de março é “determinante” para o futuro do país. “É uma escolha entre mais do mesmo, um PS que falhou em tudo; ou uma AD, em Luís Montenegro, que põe sempre as pessoas à frente.”

    “O PS apresenta ideias recauchutadas. Quando perceberem isso, começaram numa ideia negativa, na ideia da AD ser um diabo, que vai fazer mal às pessoas. Têm medo que a AD venha trazer uma vida melhor às pessoas, porque se tiverem uma vida melhor não votam neles, votam em nós”, insiste Montenegro.

    Moedas critica depois a “capacidade” do PS “de olhar para o Estado como se fosse deles, como se mandassem no Estado”. “Dia 10 de março é mais do que uma escolha entre projetos; a mera hipótese de o PS vencer as eleições significa o falhanço total do sistema de alternância. Seria a destruição do sistema.”

  • Mortágua satisfeita por "direita parlamentar não se atrever a pôr em causa" despenalização do aborto: "Há um consenso inviolável"

    Sobre as declarações de Paulo Núncio, vice do CDS, que ontem defendeu um referendo ao aborto e que diz estar integrado numa direita que “foi derrotada”, Mariana Mortágua congratula-se por ter ouvido “líderes de direita a dizer que não vão voltar atrás”: “Essa é uma vitória das mulheres e da esquerda. Que hoje a direita não tenha coragem e aceite que essa é uma lei civilizacional, uma lei a defender, é uma vitória. Valorizo que nenhum partido da direita parlamentar se atreva a pôr em causa, e esta campanha serviu para essa clarificação, uma lei histórica”.

    “Acredito que se criou um consenso inviolável na sociedade portuguesa, e é que as mulheres têm direito à IVG, tem direito a ser donas das suas decisões”, assegurou. “A prova desse consenso, de que ganhámos, é que nenhum partido da direita parlamentar se atreve hoje a pôr em causa essa lei, e devemos hoje valorizar e referir isso”.

    Ainda assim, criticou as dificuldades no acesso, na prática, à interrupção voluntária da gravidez: “Embora esse direito esteja consagrado na lei, a verdade é que o acesso ao aborto não está garantido neste momento pelas condições do SNS, pelas regras de objeção de consciência, porque o prazo é demasiado curto”. E defendeu a proposta do Bloco para que o prazo para fazer um aborto seja alargado para as 12 semanas, como “recomendado pela OMS e pelo consenso médico e científico”.

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