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Histórico de atualizações
  • Bom dia!

    Encerramos este liveblog. Continue a acompanhar todas as informações mais importantes sobre o Afeganistão neste link.

    Duas explosões no aeroporto de Cabul fazem pelo menos 90 mortos, incluindo 13 militares norte-americanos. ISIS reivindica ataque. Biden diz que “não vai perdoar”

  • A Frente Nacional de Resistência do Afeganistão (NRF, na sigla em inglês), que na passada segunda-feira disse à BBC que tinha milhares de pessoas prontas para lutar contra os talibãs, afirma ter recuperado a localidade de Andarab, na província de Baghlan.

    A jornalista Yalda Hakim da BBC, publicou no Twitter imagens destes combatentes do movimento anti-talibã.

  • Avião com capacidade para 345 pessoas sai praticamente vazio de Cabul

    Farnaz Fassihi, repórter do The New York Times, publicou uma fotografia de um voo que partiu de Cabul praticamente vazio, embora tivesse capacidade para 345 pessoas sentadas.

    Fassihi explica que o avião não levou mais pessoas porque “não conseguiram passar pelos postos de controlo dos talibãs e pelos portões militares dos EUA no aeroporto”.

    A imagem surge numa altura em que milhares de pessoas continuam à espera no aeroporto internacional de Cabul por um voo que os retire do Afeganistão.

  • Reino Unido retirou 1.200 pessoas de Cabul nas últimas 12 horas

    Quase 1.200 pessoas foram retiradas de Cabul pelas tropas do Reino Unido, nas últimas 12 horas, segundo informação revelada pelo governo britânico e citada pela Sky News. Assim, sobe para 11.500 o número de pessoas retiradas desde o início da operação.

  • Embaixador alemão confirma que talibãs garantiram manter voos comerciais após 31 de agosto

    O embaixador alemão no Afeganistão, Markus Potzel, confirmou no Twitter que o diretor-adjunto do gabinete político dos talibãs no Qatar, Abbas Stanikzai, lhe garantiu que “os afegãos com documentos legais vão continuar a ter a oportunidade de viajar em voos comerciais após 31 de agosto”, ou seja, depois da saída das tropas norte-americanas.

    Essa informação já tinha sido avançada pelo porta-voz do gabinete político dos talibãs, Suhail Shaheen. “[Os talibãs] abrirão o caminho para o reinício dos voos civis. As pessoas com documentos legais podem viajar através de voos comerciais após 31 de agosto”, disse, no Twitter, esta quarta-feira.

  • Pentágono garante que nenhum militar norte-americano morreu desde a tomada de Cabul

    John Kirby adiantou também que nenhum militar norte-americano morreu desde o fim de semana em que os talibãs passaram a controlar Cabul (14/15 de agosto). Tem, no entanto, conhecimento de alguns ferimentos menos graves entre as tropas norte-americanas.

    O porta-voz do Pentágono confirmou ainda que “várias centenas” de tropas dos EUA saíram do Afeganistão no dia de ontem, uma vez que o comando no terreno considerou que “já não eram necessários”. Cerca de 5.800 militares mantêm-se no terreno, indicou.

    O responsável assinalou também que, na noite de terça-feira, uma missão de resgate retirou, através de helicóptero, algumas pessoas (menos de 20, disse Kirby), que estavam retidas na cidade de Cabul, até ao aeroporto. Esses cidadãos “estão em segurança a prepararem-se para serem retirados”, disse o vice-diretor de logística do exército norte-americano, William Taylor.

    Esta é a terceira missão de evacuação via helicóptero, escreve o The Guardian. O Pentágono já tinha dito que as tropas norte-americanas estão a realizar outras operações mas por estradas. Não foi revelada mais informação por motivos de segurança.

  • EUA vão dar prioridade à saída de tropas norte-americanas e equipamentos militares nos últimos dias da presença dos EUA

    Já John Kirby, porta-voz do Pentágono, garante que os EUA vão continuar a retirar as pessoas “até ao fim” — 31 de agosto, a data oficial para a retirada norte-americana. Kirby avança, porém, que nos últimos dias até essa data vai começar a ser dada prioridade à retirada das tropas dos EUA e dos equipamentos militares.

    “Isso não significa que se for uma pessoa deslocada e precisar de sair não vamos tentar retirá-lo”, garantiu.

  • Mais de 10.000 pessoas ainda esperam no aeroporto para serem retiradas

    O Pentágono está neste momento a fazer um briefing à comunicação social sobre a situação no Afeganistão. William Taylor, major-general, referiu que os EUA conseguiram retirar 11.200 pessoas nas últimas 24 horas. Outras 7.800 pessoas saíram do país com a ajuda de aliados. Em média, sai um voo de Cabul a cada 39 minutos. No dia de ontem, saíram do aeroporto 90 voos.

    Neste momento, há mais de 10.000 pessoas à espera no aeroporto de Cabul para serem retiradas.

  • “Dialogar” com os talibãs será necessário para preservar progressos de 20 anos – Merkel

    A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que a comunidade internacional deve continuar “a dialogar com os talibãs”, de forma a preservar os progressos alcançados no Afeganistão durante os 20 anos da operação militar da NATO naquele país.

    “O nosso objetivo deve ser preservar tanto quanto possível as mudanças que alcançámos ao longo dos últimos 20 anos no Afeganistão”, disse Merkel, numa intervenção diante dos deputados da câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag).

    “A comunidade internacional deve também falar com os talibãs sobre isso”, prosseguiu a chanceler alemã, num momento em que os Estados Unidos da América (EUA) já confirmaram que mantêm o dia 31 de agosto, a próxima terça-feira, como prazo para a retirada total das tropas norte-americanas do Afeganistão, país controlado pelos radicais islâmicos desde o passado dia 15 de agosto.

    No parlamento alemão, Merkel frisou que os talibãs são “uma realidade no Afeganistão”.

    “Esta nova realidade é amarga, mas devemos enfrentá-la”, sublinhou.

  • Militares portugueses em Cabul enfrentam “missão de risco” mas têm “todas as qualidades necessárias para desempenhar a sua missão”

    João Gomes Cravinho admitiu que os quatro militares portugueses que viajaram para o Afeganistão para ajudar a retirar afegãos do país vão trabalhar apenas dentro do aeroporto de Cabul, porque “não há condições para sair do aeroporto”. No entanto, o ministro admite que enfrentam uma missão de risco, embora garanta que estejam preparados.

    “É uma missão de risco, com certeza que é, porque é uma situação extremamente delicada e difícil. Mas os nossos militares estão preparados e treinados para isso, com todas as qualidades necessárias para desempenhar a sua missão”, assegurou o ministro da Defesa em entrevista à RTP.

    Sobre os 20 anos da ocupação dos Estados Unidos e dos países da NATO, Gomes Cravinho não hesita em afirmar que os militares portugueses “fizeram um trabalho excepcional e demonstram uma capacidade excepcional de interlocução com a população afegã”, o que, na ótica do ministro, foi uma das marcas das forças militares portuguesas.

    “Não tenho duvidas nenhumas que as nossas forças nacionais destacadas podem estar muito orgulhosos do seu trabalho e nós também devemos estar muito orgulhosos desse trabalho”, reiterou, notando que, “questão diferente é saber se a missão internacional ao longo de 20 anos no Afeganistão correspondeu às expectativas e ao esforço tremendo que foi desenvolvido”.

    “Quanto a isso é evidente que temos de fazer uma análise muito profunda sobre tudo o que correu mal ao longo de 20 anos e muito em particular nos últimos meses. Mas este é um momento de trabalhar sobre o que é urgente e imediato, que é extrair o máximo número de afegãos em perigo de Cabul e trazê-los para a Europa”, concluiu Gomes Cravinho.

  • Ministro admite que Portugal possa acolher mais afegãos além dos que trabalharam para Portugal

    Na entrevista à RTP, João Gomes Cravinho explicou que Portugal vai seguir o critério da NATO, que estabelece que os afegãos que trabalharam com os países da aliância têm o direito a ser acolhidos e trazer consigo mulher e filhos.

    “Os tradutores e intérpretes que trabalharam connosco têm o direito de trazer a esposa — uma, no caso de haver mais do que uma, o que acontece por vezes no afeganistão — e todas as crianças menores ou até aos 21 anos”, explicou o ministro da Defesa, adiantando que Portugal irá receber “muito mais” do que a 116 pessoas identificadas, “desde logo o outro grupo de 50 [refugiados] que já tínhamos assumido”.

    “Essa centena diz respeito àaqueles que trabalharam diretamente connosco. Depois disso, há outros que trabalharam para a NATO e para a União Europeia, e haverá também uma necessidade de concertação, no plano da União Europeia, para uma vaga de refugiados que presumivelmente virá do Afeganistão”, sublinhou.

  • "Há uma urgência absoluta que se vai desenrolar ao longo das próximas 24 horas", diz Gomes Cravinho sobre retirada de pessoas em Cabul

    O ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, afirmou esta quarta-feira que a missão dos quatro militares portugueses que rumaram a Cabul é ajudar a retirar do Afeganistão as pessoas que estão na lista prioritária de Portugal

    “É o número adequado para a missão que eles têm. E a missão que eles têm é ajudar a fazer entrar no aeroporto e a fazer entrar, uma vez no aeroporto, nos aviões, aqueles que constam na listra prioritária de Portugal, que são aqueles que trabalharam para as forças nacionais destacadas portuguesas ao longo de quase 20 anos”, afirmou Gomes Cravinho em entrevista no jornal da tarde da RTP.

    Gomes Cravinho disse Portugal está em contacto com uma “lista de cerca de 20” pessoas que constam dessa lista prioritária que, inclindo familiares, perfaz um total de 116 pessoas.

    “Estamos a tentar trazer o máximo numero dessas pessoas para Portugal, e os nossos militares estão lá para facilitar o acesso dessas pessoas ao aeroporto e aos aviões”, reforçou, afirmando, no entanto, que não existe um calendário para o fim da missão, mas sim uma “urgência absoluta”.

    “Não há nenhum calendário. Há uma urgência absoluta que se vai desenrolar ao longo das próximas 24 horas, aproximadamente, que é o tentar retirá-los do Afeganistão”, sublinhou.

    “Depois disso, vem a parte ‘fácil’. Isto é, depois disso teremos tempo para ajudá-las a integram-se em Portugal”, afirmou o ministro da Defesa.

  • Governo chinês estabeleceu “comunicação eficaz” com os talibãs

    A China afirmou hoje ter estabelecido uma “comunicação e consulta abertas e eficazes com os talibãs”, após uma reunião entre representantes do movimento e o embaixador de Pequim em Cabul.

    O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, não deu detalhes sobre a reunião, que ocorreu na terça-feira, entre o vice-chefe do gabinete político dos talibãs, Abdul Salam Hanafi, e o embaixador Wang Yu.

    Mas disse que a China considera Cabul uma “plataforma e canal importante para ambos os lados discutirem assuntos importantes”.

  • "Desespero" no aeroporto de Cabul à medida que se aproxima prazo para saída ocidental

    À medida que se aproxima o prazo para os países ocidentais abandonarem a missão no Afeganistão, aumenta o caos no aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas ainda aguardam pela oportunidade para fugir ao regime talibã.

    As notícias das últimas horas, que dão conta de que a maioria dos países vai terminar as operações de retirada de pessoas até sexta-feira, quatro dias antes da data oficial para a retirada norte-americana (31 de agosto), fazem aumentar o desespero e teme-se um cenário de debandada. Um militar britânico ouvido pelo The Telegraph teme que civis “possam tentar entrar de qualquer maneira” nos aviões e “potencialmente colocar todos nós em risco”.

    “Infelizmente, a quantidade de civis que chegam é algo que não podemos controlar, sendo que a maioria deles não pode ser retirada”, lamentou.

    O correspondente da Sky News em Cabul, Stuart Ramsay, fala num cenário de “desespero”, com pessoas a mostrarem os seus documentos na esperança de serem resgatadas.

    “As pessoas estão realmente desesperadas. Algumas estão num canal de esgoto a tentar mostrar os documentos, que devem ser examinados. É realmente desesperante”, afirmou Ramsay, notando que os talibãs estão a impedir que mais pessoas cheguem ao aeroporto de Cabul.

    Outro correspondente no local, o jornalista alemão Paul Ronzheimer, do jornal Bild, diz que há 20 mil pessoas às portas do aeroporto. “É desolador ver todas estas crianças, mulheres e homens que amavam o Afeganistão terem de ir embora agora. Ainda mais dramático: 20 mil pessoas em frente ao portão sem permissão para entrar. O Ocidente vai simplesmente deixá-las”, afirmou Ronzheimer no Twitter.

  • Talibãs garantem que vão permitir voos civis após 31 de agosto

    Os talibãs garantiram hoje que vão permitir a realização de voos comerciais após a data-limite de 31 de agosto para as retiradas em curso, insistindo que não é preciso nenhuma extensão do prazo para continuar esse processo.

    [Os talibãs] abrirão o caminho para o reinício dos voos civis. As pessoas com documentos legais podem viajar através de voos comerciais após 31 de agosto”, escreveu na rede social Twitter o porta-voz do gabinete político dos talibãs, Suhail Shaheen.

    A garantia foi dada pelo diretor-adjunto do gabinete político do movimento no Qatar, Abbas Stanikzai, após uma reunião com o embaixador alemão no Afeganistão, Markus Potzel, acrescentou o porta-voz.

  • Líder da resistência lamenta “erro histórico” da recusa de armas

    O líder da Frente Nacional de Resistência (FNR) do Afeganistão, Ahmad Massoud, lamentou o “erro histórico” de lhe ter sido recusado armamento norte-americano que disse estar agora nas “mãos dos talibãs”.

    Não posso esquecer o erro histórico daqueles a quem pedi armas há apenas oito dias, em Cabul. Eles recusaram-me. E estas armas, esta artilharia, estes helicópteros, estes tanques de fabrico norte-americano estão hoje nas mãos dos talibãs”, afirmou, numa entrevista publicada pela revista francesa Paris Match.

    A entrevista, citada hoje pela agência France-Presse (AFP), foi realizada por telefone em 21 de agosto, a partir do vale do Panshir, uma região situada a cerca de 150 quilómetros a nordeste de Cabul, onde se concentra a resistência aos talibãs.

    Líder da resistência lamenta que EUA lhe tenha negado armas que agora estão nas mãos dos talibãs

  • Retirada de pessoas vai terminar "em alguns dias", diz Merkel. Polónia suspende operações

    A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou esta quarta-feira que a Alemanha pretende continuar a retirar pessoas do Afeganistão no “tempo que for necessário”, embora o prazo se esteja a esgotar.

    “O final da ponte área em alguns dias não significa o final dos nossos esforços para proteger os afegãos que nos ajudaram e os afegãos que ficaram numa situação de emergência com a tomada do poder pelos talibãs”, afirmou Merkel perante o parlamento alemão.

    Merkel revelou ainda que as forças militares alemãs já retiraram mais de 4,500 pessoas do Afeganistão. A chanceler não disse quando é que as operações vão terminar, mas os Estados Unidos, que não quiseram prolongar a presença militar para lá de 31 de agosto, querem que as mesmas estejam concluídas até sexta-feira.

    A chanceler prometeu continuar a ajudar o Afeganistão, nomeadamente em coordenação com os países vizinhos e com a comunidade internacional, admitiu que é necessário falar com os talibãs para garantir que o que foi alcançado nos últimos 20 anos não desaparece totalmente.

    A Polónia, por seu turno, anunciou que suspendeu as operações no aeroporto de Cabul, invocando questões de segurança, de acordo com a Associated Press. Alguns militares vão continuar mais alguns dias para concluir o encerramento da missão, mas a retirada de pessoas está concluída.

  • Vacinação contra a Covid-19 caiu 80% desde que talibãs chegaram ao poder

    Na primeira semana desde que os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão, Cabul, a taxa de vacinação contra a Covid-19 diminuiu 80%, revelou um porta-voz da UNICEF à Reuters. A organização alerta ainda que o prazo de validade de metade das doses de vacinas entregues ao país está prestes a expirar.

    Na semana que começou a 15 de agosto, dia em que os islamistas tomaram Cabul, foram vacinadas contra a Covid-19 30.500 pessoas em 23 das 34 províncias do país. Na semana anterior, tinham sido inoculadas 134,600 pessoas em 30 províncias.

    “A diminuição é compreensível, uma vez que, em situações de caos, conflito e emergência, as pessoas dão prioridade à sua segurança e proteção”, sublinhou o porta-voz da UNICEF., referind que foram entregues dois milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson ao Afeganistão, cuja validade termina em novembro.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde, apenas 1,2 milhões de pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 no Afeganistão. O país tem uma população de 40 milhões de pessoas.

  • Bancos em Cabul abrem pela primeira vez desde que talibãs tomaram o poder

    Os bancos na capital do Afeganistão, Cabul, abriram pela primeira vez esta quarta-feira desde que os talibãs assumiram o poder a 15 de agosto. Nas redes sociais, foram partilhadas imagens de filas de pessoas à espera para entrarem no banco.

    No entanto, conforme nota a BBC, muitas pessoas continuam com dificuldade em ter acesso ao seu dinheiro. O Banco de Cabul, principal banco da capital, começou a atender os clientes, mas não está a permitir levantamentos de grandes quantias de dinheiro.

    Outros bancos, que também reabriram, não estão a permitir levantamentos devido à escassez de dinheiro na capital.

  • Universidade de Évora quer acolher alunos e mulheres afegãs

    A Universidade de Évora (UÉ) anunciou hoje que vai disponibilizar 10 postos de trabalho a mulheres afegãs, em várias áreas, e permitir o acesso a estudantes daquele país, face à “crise humanitária no Afeganistão”.

    Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a academia alentejana revelou que, “face da atual crise humanitária no Afeganistão”, vai ser disponibilizado na instituição um total de “10 posições para trabalhadoras afegãs”.

    Contactada pela Lusa, fonte da UÉ explicou que estes postos de trabalho vão ser “em várias áreas no seio da universidade”, dependendo “do conhecimento que as trabalhadoras tiverem”.

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