Momentos-chave
- "Rio quer ser vice-primeiro-ministro de Costa, eu não quero ser vice-primeiro-ministro de ninguém"
- Ventura destaca "diferença" para o PSD: "Quero reduzir número de deputados mesmo que me prejudique"
- "Foi Rio que viabilizou orçamento suplementar que deu para a TAP 900 milhões de euros"
- "Não quero cortar subsídio nenhum, quero fiscalizar"
- André Ventura diz que "problema não são as ideias" do Chega, mas sim uma "questão pessoal"
- "André Ventura tem de decidir: quer chumbar um governo do PSD ou não"
- Ventura insiste na conversa com o PSD: "É preciso conversar para haver um Governo que afaste António Costa"
- "Se o resultado eleitoral der ao Chega uma votação expressiva temos muita dificuldade em tirar o PS de lá"
- "O Chega quer todos os que votem por bem, não diferenciamos eleitorado", garante Ventura
- Ventura deixa "ónus" no PSD e questiona: "Em que é que o Chega é tão radical?"
- "Há divergências de fundo com o Chega. Não quero ir para o poder a qualquer preço"
Histórico de atualizações
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Boa noite,
termina aqui mais um liveblog dos debates das legislativas. Daqui a umas horas, pelas 18h30, voltamos com novo Liveblog para dar cobertura ao debate que opõe Catarina Martins a Rui Tavares. Horas depois há novo debate entre Jerónimo de Sousa e António Costa e a noite termina com um Francisco Rodrigues dos Santos contra Inês Sousa Real.
Antes de tudo isto, o Observador entrevista o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, no ciclo de entrevistas a líderes partidários em legislativas, em direto a partir das 09h05 na Rádio Observador.
Continue desse lado.
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Ventura tentou forçar entrada no Governo, Rio disposto a provar que é bluff
Ventura continua a garantir que só apoia o PSD se entrar no Governo. Rio não acredita nas ameaças e diz que Chega tem de escolher se viabiliza um Governo de direita ou se faz o frete aos socialistas.
Ventura tentou forçar entrada no Governo, Rio disposto a provar que é bluff
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"Rio quer ser vice-primeiro-ministro de Costa, eu não quero ser vice-primeiro-ministro de ninguém"
André Ventura diz ainda concordar que na pandemia seria necessário cooperar com o Governo, mas aproveita para deixar mais um ataque aos sociais-democratas: “Aprovaram novas regras para a contratação pública, reduzindo a transparência e afastando vistos do Tribunal de Contas permitindo mais corrupção e clientelismo.”
“Estou à minha frente com um homem que não quer ser líder da oposição, quer ser vice-primeiro-ministro de António Costa. Eu quero ser a alternativa ao PS, não quero ser vice-primeiro-ministro de ninguém”, conclui.
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Ventura destaca "diferença" para o PSD: "Quero reduzir número de deputados mesmo que me prejudique"
André Ventura assegura que mantém as propostas para reduzir deputados e cargos políticos. “É a nossa diferença. Não penso em mim quando faço leis. Eu quero reduzir o número de deputados mesmo que isso me prejudique a mim”, realça o líder do Chega.
Questionado sobre o que é que o país venceria, e já no minuto final, Ventura diz que essa proposta levaria Portugal a “gastar muito menos com políticos”.
Aos olhos de Ventura, uma parte dos políticos é “desnecesssária” em Portugal. E lança o desafio a rio: “Acho que podíamos chegar a acordo aí.”
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"Queremos reduzir o número de deputados de forma moderada"
“Temos um projeto de revisão constitucional [que propõe a] redução de deputados para 190. Defendemos uma redução de deputados moderada. Sensata. Queremos reduzir o número de deputados de forma moderada para não tirar a voz aos partidos pequenos.”
“O Orçamento suplementar era suplementar por causa da pandemia. Eu cooperei com o Governo. A minha obrigação era cooperar”, explica Rio.
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"Foi Rio que viabilizou orçamento suplementar que deu para a TAP 900 milhões de euros"
“Se não houver mão de obra temos de abrir as portas, mas tem de ser legal, não pode ser como agora”, responde o líder do Chega sobre a imigração. Mas deixa o tema para se atirar a outras bandeiras.
André Ventura diz que “100 deputados até bastava” para a Assembleia da República e acusa PSD de ter mantido “política de subsidiodependência” enquanto era Governo.
E prossegue: “Foi Rio que viabilizou orçamento suplementar [em tempo de pandemia] que deu para a TAP 900 milhões de euros.” “Não podemos ter bombeiros a ganhar 200 euros e políticos a ganhar dois mil”, acrescenta o líder do Chega.
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"Não quero cortar subsídio nenhum, quero fiscalizar"
Rio esclarece a sua posição sobre a subsidependência para tentar marcar diferenças em relação a Ventura:
“Sou totalmente contra os cortes dos subsídios. A taxa de risco de pobreza e de exclusão social antes dos subsídios é de 43% e após transferências é de 18,4%. Se não houvesse apoios sociais 43% da população era pobre.”
“Não quero cortar subsídio nenhum, quero fiscalizar. Os subsídios são para quem realmente precisa. Estamos acima de tudo a falar de uma moralização.”
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André Ventura diz que "problema não são as ideias" do Chega, mas sim uma "questão pessoal"
André Ventura considera que “ficou claro que o problema não são as medidas nem as ideias [do Chega]”. O problema, aponta, “é dizer que Rio quer estar com Costa, é uma questão pessoal”.
“Não viabilizaremos nenhum orçamento mais para o país, se não houver reformas na Justiça ou na Segurança Social”, reitera.
“Se calhar não devia ser líder do PSD, devia ser líder do PS”, frisa o líder do Chega, enquanto acusa Rui Rio de estar à esquerda e mais colado aos socialistas.
André Ventura dá o exemplo dos Açores, diz que o Chega é que forçou o combate à corrupção e voltou a trazer o tema da subsídiodependência, nomeadamente com a frase já diga ontem, em que sugere que há pessoas a receber RSI e que têm “Mercedes à porta”.
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"André Ventura tem de decidir: quer chumbar um governo do PSD ou não"
Rio lembra que há várias autarquias em que o Chega fez alianças com o PS e provoca o adversário. “André Ventura diz que os expulsa, que faz e acontece e depois não tem mão ao partido.”
O líder do PSD ainda responde diretamente a Ventura. “As pensões de reforma têm de ser intocáveis.”
“O Chega não se tem moderado”, diz Rio. O social-democrata acusa Ventura de não ter coerência por ora defender que Rio quer ser igual a Costa, ora pedir uma aliança com o PSD.
“Os militantes do PSD não querem um PSD encostado à direita, querem um PSD ao centro, moderado.”
Rio volta a ser dizer taxativamente se conta ou não com o apoio parlamentar do Chega para governar. “Se apresentar um programa de governo, aí, André Ventura tem de decidir: se quer chumbar um governo do PSD ou não”
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Ventura insiste na conversa com o PSD: "É preciso conversar para haver um Governo que afaste António Costa"
“Ninguém vota no Chega para ser muleta do PSD”, defende André Ventura, justificando que no dia a seguir às eleições o Chega está “disponível” para se sentar com Rui Rio.
O líder do Chega insiste que “é preciso conversar para haver um Governo que afaste António Costa”. Porém, também garante que há questões das quais o partido não abdica, ainda assim, deixando a porta aberta a negociações.
“O Chega não abdica da castração química de pedófilos e violadores”, mas André Ventura admite “discutir a medida”. “Não podemos é estar juntos e acabar com debates quinzenais porque António Costa está cansado”, afirma, afastando a ideia de bloco central.
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"Se o resultado eleitoral der ao Chega uma votação expressiva temos muita dificuldade em tirar o PS de lá"
Rio continua.
“Se o resultado eleitoral der ao Chega uma votação expressiva temos muita dificuldade em tirar o PS de lá. Se o eleitorado votar muito no Chega e menos no PSD, obviamente que está a dificultar imenso a saída de António Costa. Se fizer o voto útil e razoável no PSD está a facilitar substituirmos António Costa.”
“O Chega tem de confrontar o PSD com o programa do PS. Se gostar mais do PS tem de derrotar o do PSD.”
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"O Chega quer todos os que votem por bem, não diferenciamos eleitorado", garante Ventura
André Ventura mostra, mais uma vez, uma notícia e diz que “Rio votou mais de metade das vezes ao lado do PS”. Estava preparado o ataque ao líder do PSD. “Rui Rio está mais preocupado em ser vice-primeiro-ministro de António Costa do que primeiro-ministro”, acusa o líder do Chega, argumentando que as sondagens dão 10% ao Chega e que teve 500 mil votos nas presidenciais.
E continua: “O Chega quer todos os que votem por bem, não diferenciamos eleitorado. Isto não é o quem quer namorar com o agricultor, temos de meter as nossas antipatias de lado.”
Nesta senda, Ventura insiste que Rio responda ao porquê de Rio dizer que o Chega é radical e que fale sobre as propostas sobre as quais o PSD é contra, nomeadamente a castração química.
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"Não posso fazer uma união com um partido que é instável"
“O Chega é um partido instável. Não posso fazer uma união com um partido que é instável. Ora é favor do SNS, ora é contra. Ora defender a Escola Pública, ora não defende.”
Rio fala também depois dos Açores, da instabilidade política da solução encontrada na região e das várias crises motivadas pelo Chega.
O líder social-democrata fala depois da questão concreta da prisão perpétua e refere (bem) que apesar de muitos países europeus terem a figura de prisão perpétua, a grande maioria admite a libertação depois de um período de tempo.
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Ventura deixa "ónus" no PSD e questiona: "Em que é que o Chega é tão radical?"
É a vez de André Ventura. Depois de ouvir a intervenção inicial de Rui Rio, o líder do Chega deixa o “ónus” do lado do PSD na possibilidade da governação pós-eleitoral. “Rio disse ‘prefiro estar com António Costa do que com o Chega’”, acusa o presidente do Chega.
Ventura fala de “escapes” trazidos pelo líder do PSD e questiona em que é que o Chega tem de se moderar, enumerando questões como o partido sugerir menos impostos, menos deputados e que os “ciganos cumpram o que os outros em Portugal têm de cumprir”.
“Não é nada que me choque”, insiste olhando para os argumentos que o próprio colocou na mesa. “Em que é que o Chega é tão radical?”, questiona ainda a Rui Rio, acrescentando se o PSD que quer “bandalheira” em que “uns trabalham para os outros”.
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"Há divergências de fundo com o Chega. Não quero ir para o poder a qualquer preço"
Começa Rui Rio.
“Se o Chega tiver uma votação muito elevada vai dificultar o PSD ser governo. O Chega já disse que só apoiará o PSD se fizer uma coligação, se tiver quatro ou cinco ministérios. Isso não pode ser. Há divergências de fundo com o Chega que não permitem isso. Não quero ir para o poder a qualquer preço.”
“O Chega assume-se contra o regime. Mas aquilo que quero é pôr o regime democrático democrático. É impossível fazer uma coligação com o Chega. Não há Chega moderado.”
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Boa noite,
dentro de momentos pode acompanhar ao minuto o debate entre o líder do PSD, Rui Rio, e o líder do Chega, André Ventura.