Momentos-chave
- Zelensky pede mais ajuda aos aliados para que Rússia "perca capacidade para financiar a guerra": "O mundo deve manter-se resoluto"
- Conselheiro de Segurança de Trump diz que é preciso "fim responsável" para guerra na Ucrânia. "Temos de prevenir escalada em vez de reagir"
- Ucrânia perdeu mais de 40% do território conquistado na região russa de Kursk
- Mais de 150 mil pessoas deslocadas na Ucrânia voltaram às regiões ocupadas pela Rússia
- França recusa “linhas vermelhas” no apoio a Kiev e admite ceder armas contra a Rússia
- "A Ucrânia não é um terreno para teste de armas." Zelensky revela que Rússia usou mais de 800 bombas, 460 drones e 20 mísseis só esta semana
- Putin e Erdoğan em telefonema para discutir cooperação comercial
- Rússia avisa Seul sobre consequências de armas sulcoreanas matarem russos na Ucrânia
- Kiev abateu mais de uma dezena de drones russos durante a noite
- Rússia diz que EUA estão a dar "passos cada vez mais imprudentes"
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, domingo.
EUA confirmam autorização para Ucrânia atacar território da Rússia com mísseis ATACMS
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Milhares manifestam-se na Geórgia contra Governo
Os manifestantes acusam o partido do Governo e vencedor das eleições, o Sonho Georgiano (considerado pró-russo), e o primeiro-ministro Irakli Kobajidze de fraude.
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Zelensky pede mais ajuda aos aliados para que Rússia "perca capacidade para financiar a guerra": "O mundo deve manter-se resoluto"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, veio este domingo fazer novo apelo para que países aliados continuem a ajudar a Ucrânia, para que a Rússia “perca a sua capacidade para financiar a guerra a cada semana que passa”.
Num vídeo publicado na rede social X, Zelensky faz um balanço dos pacotes dde ajuda aprovados esta semana pela Dinamarca, Noruega, Suécia, Estados Unidos, Alemanha e Canadá, assim como novas sanções impostas pelos norte-americanos.
“Estas medidas enfraquecem significativamente o regime de Putin. Ainda assim, é necessário fazer mais — a Rússia deve perder a sua capacidade para financiar a guerra a cada semana que passa”, apela.
“Não importa a intensidade com que a Rússia recorre à chantagem, o mundo deve manter-se resoluto. Só mantendo a pressão podemos aproximar-nos da paz”, remata.
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Conselheiro de Segurança de Trump diz que é preciso "fim responsável" para guerra na Ucrânia. "Temos de prevenir escalada em vez de reagir"
O nome indicado por Donald Trump para conselheiro da Segurança Nacional, Mike Waltz, veio dizer este domingo que a guerra na Ucrânia deve chegar a um “fim responsável”.
Como o Kyiv Independent recorda, Waltz já expressou, tal como Trump, reservas em relação à ajuda militar que os EUA têm prestado à Ucrânia. “O Presidente eleito tem estado muito preocupado com a escalada e a direção que está a tomar. Temos de trazer isto a um fim responsável”, disse Waltz em entrevista à Fox News.
“Temos de restabelecer a dissuasão, a paz, e prevenir esta escalada, em vez de reagir a ela”.
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Ucrânia perdeu mais de 40% do território conquistado na região russa de Kursk
A Ucrânia perdeu mais de 40% do território que tinha conquistado na região russa de Kursk, após a incursão surpresa que lançou em agosto passado.
A informação é avançada pela Reuters, com base em declarações de um responsável do exército ucraniano, que fala numa vaga de contra-ataques russos.
A mesma fonte indicou que a Rússia já enviou 59 mil soldados para a região desde agosto.
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Mais de 150 mil pessoas deslocadas na Ucrânia voltaram às regiões ocupadas pela Rússia
Mais de 150 mil pessoas deslocadas, internamente, na Ucrânia voltaram às regiões ocupadas pela Rússia. A informação foi avançada pelo deputado ucraniano Maksym Tkachenko, em entrevista ao Ukrinform.
Segundo o deputado, que faz parte do comité parlamentar dedicado à defesa dos direitos humanos e à liberação dos territórios ocupados, isto acontece devido a uma falta de apoio do Estado à instalação e integração em novos territórios e comunicados.
De acordo com os números citados pelo jornal, há neste momento quase cinco milhões de pessoas deslocadas dentro da Ucrânia — 3,6 milhões passaram a essa condição depois do início da invasão pela Rússia.
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França recusa “linhas vermelhas” no apoio a Kiev e admite ceder armas contra a Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros de França defendeu hoje que não há “linhas vermelhas” no apoio de Paris à Ucrânia e admitiu autorizar armas francesas às forças ucranianas para serem usadas contra a Rússia.
Jean-Noel Barrot sustentou, em entrevista à BBC, que a Ucrânia poderia disparar mísseis franceses contra a Rússia “na lógica da autodefesa”, mas não indicou se já tinham sido utilizados.
“O princípio foi estabelecido… as nossas mensagens ao Presidente Zelensky foram bem recebidas”, disse numa entrevista ao programa “Sunday with Laura Kuenssberg”.
As declarações do chefe da diplomacia francesa surgem logo após os Estados Unidos e o Reino Unido terem dado “luz verde” a Kiev para usarem mísseis de longo alcance norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadows em solo russo, o que já aconteceu na semana passada nas regiões de Bryansk e Kursk.
A entrevista à BBC foi concedida após um encontro em Londres na sexta-feira de Barrot com o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, em Londres.
Para o ministro francês, os aliados ocidentais “não devem estabelecer nem expressar linhas vermelhas” no apoio a Kiev, em linha com uma declaração anterior do Presidente de França, Emmanuel Macron, que chegou a defender o envio de tropas francesas para a Ucrânia.
“Não descartamos nenhuma opção”, limitou-se hoje a dizer Jean-Noel Barrot a esse respeito.
“Apoiaremos a Ucrânia tão intensamente e durante o tempo que for necessário. Porquê? Porque é a nossa segurança que está em jogo. Cada vez que o Exército russo avança um quilómetro quadrado, a ameaça aproxima-se um quilómetro quadrado da Europa”, argumentou.
O chefe da diplomacia francesa sugeriu também convidar a Ucrânia a aderir à NATO, tal como solicitado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acrescentado que está a trabalhar com os outros aliados de Kiev para aproximar posições.
A França forneceu mísseis terra-ar de médio alcance Scalp à Ucrânia, mas nunca forneceu pormenores sobre a sua utilização.
A Alemanha, por seu lado, recusa-se a ceder os seus sistemas de mísseis Taurus, com um alcance de cerca de 600 quilómetros, mas esta posição, mantida pelo atual chanceler alemã, Olaf Sholz, poderá ser alterada em função do resultado das eleições parlamentares no início do próximo ano.
Em reação ao uso de armamento ocidental contra o seu país, o Presidente russo, Vladimir Putin, mandou disparar um novo míssil balístico hipersónico sem carga nuclear, na quinta-feira contra a região ucraniana de Dnipro.
Num discurso à nação, o líder do Kremlin alertou que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num “conflito global” e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.
Em resposta, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou a comunidade internacional a reagir, avisando para o aumento da “escala e brutalidade” do conflito, iniciado em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia.
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"A Ucrânia não é um terreno para teste de armas." Zelensky revela que Rússia usou mais de 800 bombas, 460 drones e 20 mísseis só esta semana
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revela que só esta semana a Rússia usou “mais de 800 bombas aéreas guiadas, cerca de 460 drones e mais de 20 mísseis de vários tipos contra a Ucrânia”.
Numa mensagem no Telegram, Zelensky diz que, “esta semana, as sirenes de alerta tocaram quase todos os dias por toda a Ucrânia”.
“Só esta noite, as nossas forças de defesa aérea conseguiram abater cerca de 50 drones de ataque”, revela ainda Zelensky.
“A Ucrânia não é um terreno para teste de armas. A Ucrânia é um estado soberano e independente. Mas a Rússia continua os seus esforços para destruir o nosso povo, semear o medo e o pânico e enfraquecer-nos”, escreve o Presidente ucraniano.
Na mensagem, Zelensky destaca ainda que “a Ucrânia precisa de mais defesas aéreas” e destaca que Kiev está a trabalhar nesse sentido com os seus parceiros. “É muito importante reforçar a proteção do nosso céu”, resume.
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Putin e Erdoğan em telefonema para discutir cooperação comercial
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, falaram ao telefone para discutir “a eficácia da cooperação comercial” entre os dois países, noticia a agência russa Tass, citando fonte do Kremlin.
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Rússia avisa Seul sobre consequências de armas sulcoreanas matarem russos na Ucrânia
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
“Seul deve estar ciente de que a possível utilização de armas sul-coreanas para matar cidadãos russos destruirá definitivamente as relações entre os nossos países”, avisou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Andrei Rudenko, em declarações à agencia de notícias russa, a Tass, citado pela Efe.
Rudenko apelou à Coreia do Norte que para que não tomasse “medidas imprudentes” e para que olhe para os seus interesses nacionais a longo prazo e não para situações de curto prazo “ditadas pelo exterior”.
“Quanto a Seul associar o seu eventual fornecimento de armas a Kiev ao desenvolvimento da cooperação entre Moscovo e Pyongyang, tal atitude poderia ter consequências muito negativas. É óbvio que o conflito ucraniano não tem nada a ver com a península coreana”, sublinhou o diplomata russo.
Segundo avisou Rudenko, caso a Coreia do Sul forneça armas a Kiev, a Rússia vai “naturalmente, responder com todos os meios que considerar necessários”, o que “dificilmente reforçará a segurança da própria República da Coreia”.
O vice-ministro acusou ainda as autoridades sul-coreanas de instigarem artificialmente a controvérsia sobre a presença de soldados norte-coreanos na zona da “operação militar especial” na Ucrânia, a fim de “aumentar a pressão militar sobre Pyongyang”.
“Por sua vez, cumpre os objetivos do Ocidente Coletivo, que procura envolver a Coreia em esforços conjuntos para fornecer armas ao regime do (presidente ucraniano Volodymir) Zelensky e, assim, torná-la cúmplice dos crimes cometidos pelos ocidentais”, acrescentou.
A cooperação bilateral entre Moscovo e Pyongyang, que inclui um acordo de assistência mútua em caso de agressão, defendeu Rudenko, baseia-se no direito internacional e “não é dirigida contra qualquer país terceiro, incluindo a República da Coreia”.
Os avisos e alertas de Moscovo surgem depois do Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, ter afirmado, numa entrevista à EFE que Seul está preparada para “aplicar medidas efetivas” caso a Rússia e a Coreia do Norte não acabarem com a “aventura militar” na Ucrânia.
Entre aquelas medidas está o “reforço do apoio à Ucrânia”, em cooperação com os aliados e países que “partilham as mesmas ideias” que Seul.
Até à data, Seul tem respeitado a lei do comércio externo que impedem a Coreia do Sul de transferir diretamente armamento letal para países “em guerra”, como a Ucrânia.
Também os Estados Únicos e a NATO foram alvo de acusações de Rudenko, que os acusou de apostarem num forte aumento da militarização da Ásia, fornecendo aos países da região todo o tipo de armamento, incluindo o proibido pelo tratado de eliminação de mísseis de curto e médio alcance (INF), ao qual os EUA renunciaram em 2019.
Como exemplo, Rudenko apontou o aumento do fornecimento de armas a Taiwan sob o pretexto de manter o ‘status quo’ na região, uma ingerência que, segundo a Rússia, visa “provocar a China e gerar uma crise na Ásia para os seus próprios interesses”.
“Os EUA e os seus satélites, incluindo a União Europeia, estão a aquecer intencionalmente a atmosfera no Estreito de Taiwan. Estão a usar os mesmos métodos que usaram para transformar a Ucrânia numa guerra contra a Rússia e minar os nossos laços tradicionalmente estreitos e amigáveis com esse país”, citou a Efe.
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Kiev abateu mais de uma dezena de drones russos durante a noite
As forças armadas ucranianas destruíram mais de uma dezena de drones lançados durante a última noite contra a capital do país, Kiev, de acordo com informações divulgadas no Telegram pelo líder da administração militar da cidade de Kiev, Serhiy Popko.
“Esta noite, as forças armadas da Rússia atacaram mais uma vez a capital da Ucrânia com aeronaves não-tripuladas”, explica Popko, sublinhando que houve três vagas de drones lançadas contra Kiev e que o alerta de ataque aéreo durou mais de três horas.
“As forças de defesa descobriram e neutralizaram mais de uma dezena de drones que ameaçaram a capital”, destaca o responsável, remetendo mais detalhes para a Força Aérea Ucraniana. Para já, diz ainda Popko, não há qualquer informação sobre danos ou vítimas causados pelo ataque.
Apesar de neste momento já não haver alerta aéreo, continuam a ser avistados drones russos na região de Kiev.
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Rússia diz que EUA estão a dar "passos cada vez mais imprudentes"
O porta-voz do Kremlin acusou os Estados Unidos de estarem a dar “passos cada vez mais imprudentes” e a provocar tensões na guerra com a Ucrânia.
As declarações foram feitas por Dmitri Peskov este domingo, citadas pela agência noticiosa RIA Novosti, que acrescentou que Moscovo tem de dar uma resposta a esta escalada de tensão provocada pelos norte-americanos.
As declarações do porta-voz russo surgem depois de Kiev disparar mísseis norte-americanos em solo ucraniano contra as tropas de Moscovo.
Para Peskov, o Presidente da Rússia já tinha dado sinais “inequívocos” e “claros” ao Ocidente daquilo que não devem fazer, mas os Estados Unidos decidiram ignorar e agir contra a Rússia, motivo pelo qual são “necessárias medidas decisivas” para responder.
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Bom dia. Retomamos aqui a cobertura do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Pode rever todos os acontecimentos do passado sábado no liveblog que agora encerramos.
Obrigada por estar connosco.
https://observador.pt/liveblogs/explosao-no-porto-de-berdyansk-cidade-portuaria-ocupado-pelos-russos/