Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    Este liveblog fica por aqui, mas pode acompanhar as últimas atualizações sobre a guerra na Ucrânia neste novo liveblog que agora abrimos.

    “Raiva”. Zelensky denuncia “traição” de deputado apanhado em férias nas Maldivas

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    • Uma criança morreu e sete pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque russo no leste da Ucrânia, revelou o governador ucraniano da região de Donetsk;
    • O Kremlin acusou a Ucrânia pela morte de um jornalista russo em Zaporíjia, num ataque de artilharia onde, diz o Kremlin, terão sido usadas as polémicas bombas de fragmentação;
    • A Casa Branca voltou a afirmar que não apoia ataques ucranianos dentro do território russo, na sequência das denúncias do Kremlin sobre um alegado ataque ucraniano com drones. Fonte da Defesa ucraniana confirmou que as forças de Kiev foram as autoras do ataque;
    • O governo norte-americano irá enviar mais 400 milhões de dólares (cerca de 361,5 milhões de euros) em ajuda militar extraordinária para a Ucrânia;
    • Volodymyr Zelensky está convicto de que as negociações para a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) vão começar ainda este ano. “Este ano vamos começar as negociações para a adesão. A Ucrânia está totalmente preparada para tal — estamos a fazer tudo o que é necessário do nosso lado”, declarou o Presidente ucraniano no seu discurso noturno;
    • A China rejeitou acusações de um conselheiro presidencial francês sobre prestar assistência militar não letal à Rússia, no mesmo dia em que uma investigação do site Politico revela compras russas de equipamento militar chinês;
    • O Presidente ucraniano criticou o bloqueio à exportação de cereais ucranianos através da União Europeia (UE) e considerou que prolongar a proibição, que termina a 15 de setembro, é “inaceitável”;
    • O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo disse ter encontrado vestígios de explosivos num navio que viajava da Turquia para um porto na Rússia;
    • O trânsito esteve cortado durante cerca de três horas na ponte de Kerch, que liga a penínusla anexada da Crimeia ao território russo. Não foi oferecida qualquer razão para o bloqueio;
    • Cerca de 30 navios pararam ao redor do porto de Izmail, um dos mais importantes portos ucranianos no rio Danúbio;
    • Sete mil trabalhadores da Nestlé e três mil trabalhadores da Unilever, duas multinacionais que mantiveram os negócios na Rússia, podem vir a ser recrutados para o exército russo;
    • O secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou a Rússia a regressar ao acordo sobre a exportação de cereais pelo Mar Negro;
    • Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, rezaram pelos soldados russos mortos na guerra da Ucrânia, durante a sua visita a um mosteiro ortodoxo na região da Carélia, noroeste da Rússia;
    • Os Estados Unidos sancionou três responsáveis do Mali que trabalharam “em estreita colaboração” com o grupo paramilitar russo Wagner;
    • O Presidente russo assinou uma lei que proíbe cirurgias de mudança de género e limita os direitos da comunidade trans na Rússia.

  • Volodymyr Zelensky diz que negociações para aderir à União Europeia vão começar "este ano"

    Volodymyr Zelensky está convicto de que as negociações para a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) vão começar ainda este ano. No seu habitual discurso noturno, o Presidente ucraniano revelou ter discutido o tema da integração ucraniana na união e considerou que é chegada a hora de avançar com o processo de adesão, sustentando que quer Kiev quer Bruxelas devem estar preparados para dar esse passo.

    “Mantive vários encontros políticos, em particular sobre a União Europeia e a nossa integração. Este ano vamos começar as negociações para a adesão. A Ucrânia está totalmente preparada para tal — estamos a fazer tudo o que é necessário do nosso lado. E estamos a fazer todos os possíveis para garantir que a UE também está totalmente preparada. Precisamente este ano”, afirmou o Presidente ucraniano.

    A questão da adesão de Kiev à UE tem sido um assunto muito debatido em Bruxelas. Os líderes europeus apoiam, de forma geral, a entrada — mas não sem que a Ucrânia cumpra uma série de condições relacionadas que a alinhem com os restantes Estados-membros, nomeadamente no que diz respeito a reformas do sistema de justiça e ao combate à corrupção endémica no país. Condições que, diz agora Zelensky, são cumpridas por Kiev.

  • EUA enviam 400 milhões de dólares em ajuda militar

    O governo norte-americano irá enviar mais 400 milhões de dólares (cerca de 361,5 milhões de euros) em ajuda militar extraordinária para a Ucrânia, confirmaram oficiais norte-americanos à Associated Press.

    O novo pacote deverá incluir vários tipos de munições, desde mísseis de longo alcance para o sistema HIMARS até mísseis terra-ar NASAMS, bem como munições para lança-rockets Stinger e Javelin.

  • Tráfego na ponte da Crimeia retomado quase três horas depois

    O trânsito automóvel na ponte da Crimeia foi retomado depois de ter estado parado durante quase três horas, confirmaram oficiais russos no Telegram.

    A estrutura, que liga a península ucraniana anexada desde 2014 ao território russo (e que na última semana sofreu um ataque por parte da Ucrânia) esteve cortada pelas autoridades desde o início da noite na região. Nenhuma explicação oficial foi dada para o bloqueio do tráfego.

  • Fonte da Defesa ucraniana reivindica ataque de drone que atingiu Moscovo

    A Ucrânia reivindicou a responsabilidade pelo ataque de um drone que atingiu Moscovo durante a noite, ilustrando a vulnerabilidade da capital russa, enquanto novos ataques visaram a Crimeia e a região ucraniana de Odessa.

    O ataque a Moscovo foi “uma operação especial do GUR”, o serviço de informações militares, disse à AFP uma fonte da Defesa ucraniana, que pediu para não ser identificada.

    Esta rara afirmação de Kiev, que normalmente nega ou não comenta, surge depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter prometido medidas de retaliação na sequência do bombardeamento russo de Odessa no fim de semana, que matou duas pessoas e devastou uma catedral.

    A Rússia está agora a considerar “represálias severas” na sequência dos ataques à capital russa e à Crimeia, disseram diplomatas russos, acusando o Ocidente de estar “por detrás das acções descaradas de Kiev”.

  • Casa Branca volta a advertir contra ataques dentro da Rússia

    A Casa Branca voltou a afirmar que não apoia ataques ucranianos dentro do território russo, na sequência de mais uma denúncia de Moscovo de um alegado ataque ucraniano com drones na capital da Rússia.

    Questionada sobre o incidente, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, voltou a sublinhar a posição de Washington. “Como regra geral, não apoiamos ataques dentro da Rússia”, disse, citada pelo The Guardian.

    De acordo com responsáveis russos, os drones em questão terão entrado pelas janelas de edifícios não-residenciais de Moscovo durante as primeiras horas da manhã, com um dos aparelhos a despenhar-se perto do edifício do Ministério da Defesa.

  • Uma criança morre em bombardeamento russo na região de Donetsk

    Uma criança morreu e sete pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque russo no leste da Ucrânia, revelou o governador ucraniano da região de Donetsk.

    O ataque teve lugar em Kostiantynivka, uma cidade com cerca de 70 mil habitantes, a menos de 100 quilómetros do centro de Donetsk. No Telegram, o governador Pavlo Kyrylenko afirmou que a Rússia terá disparado contra “um lago local onde as pessoas se encontravam a descansar”.

    Entre os feridos estarão ainda quatro crianças. “Mais uma vez, os russos provam que estão em guerra contra civis e que nada pode parar o seu desejo de matar”, escreveu Kyrylenko na rede social. O governador acusou ainda as forças russas de usarem bombas de fragmentação no ataque.

  • Trânsito cortado na ponte da Crimeia

    O trânsito está cortado na ponte de Kerch, que liga a penínusla anexada da Crimeia ao território russo, confirmou Moscovo de acordo com a Radio Sputnik. Não foi oferecida qualquer razão para o bloqueio.

    Trata-se da mesma estrutura que, na última semana, foi atacada pela Ucrânia, causando danos sérios à ponte e levando ao seu funcionamento condicionado à medida que é reparada.

    Ponte de Kerch a arder é um ataque direto a Putin. Rússia promete resposta, mas Ucrânia vai manter a ponte na mira dos seus drones

  • EUA sancionam três dirigentes malianos por ligações ao grupo Wagner

    Os Estados Unidos sancionou três responsáveis malianos, que trabalharam “em estreita colaboração” com o grupo paramilitar russo Wagner, ajudando à expansão das atividades desta organização que contrata mercenários, desde dezembro de 2021, anunciou hoje o Departamento de Estado norte-americano.

    Num comunicado, que cita o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, o Departamento de Estado salienta que “as mortes de civis aumentaram 278% desde que os efetivos da Wagner foram destacados para o Mali em dezembro de 2021”.

    “Muitas dessas mortes foram o resultado de operações conduzidas pelas Forças Armadas do Mali ao lado de membros do Grupo Wagner”, acrescenta-se na nota.

    Os três dirigentes malianos sancionados são o ministro da Defesa do Mali, coronel Sadio Camara, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, coronel Alou Boi Diarra, e o vice-chefe do Estado-Maior, tenente-coronel Adama Bagayoko.

  • Jornalista da AFP ferido em ataque russo perto de Bakhmut

    Dylan Collins, jornalista norte-americano da Agence France-Presse, atualmente a trabalhar como correspondente de guerra na Ucrãnia, ficou ferido após um drone russo ter atacado um posto de artilharia ucraniano perto da cidade de Bakhmut, confirmou a agência de notícias francesa.

    Collins, de 35 anos, foi retirado do local e levado para um hospital para receber tratamento. De acordo com o The Guardian, que cita a própria AFP, o jornalista não corre perigo de vida, está consciente e já falou com os seus colegas.

  • Putin e Lukashenko rezam por soldados russos mortos na guerra

    Os presidentes russo, Vladimir Putin, e bielorrusso, Alexander Lukashenko, rezaram hoje pelos soldados russos mortos na guerra da Ucrânia, durante a sua visita a um mosteiro ortodoxo na região da Carélia, noroeste da Rússia

    Num dos templos da ilha de Valaam que visitaram, os monges rezam diariamente pelos soldados russos mortos nos diversos conflitos onde a Rússia se envolveu, indicou a agência noticiosa Interfax.

    O Ministério da Defesa russo não divulga os números oficiais de mortos nas suas fileiras desde que foram indicados 5.937 mortos em setembro de 2022, apesar de fontes independentes incluindo o portal Meduza, calcularem que até 47.000 soldados russos foram mortos em ações de combate na Ucrânia.

    Os dois dirigentes deslocaram-se ao mosteiro da Transfiguração do Salvador, onde acenderam velas e se recolheram junto do túmulo dos fundadores, os santos Sergui e Guerman.

  • Putin aprova proibição de mudanças de género na Rússia

    O Presidente russo assinou uma lei que proíbe cirurgias de mudança de género na Rússia. O decreto tinha sido aprovado em ambas as câmaras do parlamento russo antes de chegar à secretária de Vladimir Putin, e tem como objetivo proteger os “valores tradicionais” russos daquilo que Moscovo caracteriza como “os valores ocidentais anti-família”, de acordo com o The Guardian.

    Além de proibir procedimentos cirúrgicos, a lei limita ainda os direitos das pessoas trans na Rússia de outros modos. Exemplos incluem proibir pessoas trans de adotar ou a anulação de casamentos quando um dos membros do casal mudou de género.

    A medida insere-se num conjunto de políticas anti-LGBT+ adotadas pelo regime russo (que inclui a proibição do casamento gay).

  • China rejeita acusação francesa de assistência militar à Rússia

    A China rejeitou hoje acusações de um conselheiro presidencial francês sobre prestar assistência militar não letal à Rússia, no mesmo dia em que uma investigação do site Politico revela compras russas de equipamento militar chinês.

    “São alguns países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] que continuam a deitar achas para a fogueira”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, frisando que a China “não criou a crise na Ucrânia e nem é parte dela”.

    Mao Ning reiterou a posição da China sobre o conflito, sublinhando que Pequim está empenhada em “facilitar conversações de paz” e que a China gere a exportação de bens militares de forma “prudente e responsável”, atuando em conformidade “estrita” com as leis nacionais e as obrigações internacionais.

  • Serviço de informação russo diz ter encontrado explosivos em navios de cereais

    O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo disse ter encontrado vestígios de explosivos num navio que viajava da Turquia para um porto na Rússia.

    De acordo com a Reuters, o serviço de informação da Rússia disse que a embarcação teria aportado no porto ucraniano de Kiliia em maio, e que poderá ter sido usada para enviar clandestinamente armas para a Ucrânia.

    O FSB diz ainda que o navio terá mudado de nome no início do mês e substituído toda a tripulação, que antes consistia em 12 cidadãos ucranianos.

    “Estas circunstâncias podem indicar a possibilidade de se ter usado o navio civil estrangeiro para entregar explosivos no território da Ucrânia”, alega o FSB.

  • Rússia acusa Ucrânia de matar jornalista em Zaporíjia

    O Kremlin acusou a Ucrânia pela morte de um jornalista russo em Zaporíjia. Rostislav Zhuravlev, um correspondente de guerra da agência estatal RIA Novosti, terá sido morto durante um ataque de artilharia ucraniano na região, conhecida por albergar a maior central nuclear da Europa.

    Agora, a Rússia acusou Kiev de ter usado bombas de fragmentação no ataque e de “atacar deliberadamente os jornalistas” da região. De acordo com a Sky News, um comité de investigação russo à morte de Zhuralev alegou que “formações armadas ucranianas visara e dispararam deliberadamente contra um grupo de jornalistas” na cidade de Pyatikhatka.

  • 30 embarcações paradas ao redor de porto ucraniano no rio Danúbio

    Cerca de 30 navios pararam ao redor do porto de Izmail, um dos mais importantes portos ucranianos no rio Danúbio, segundo a Sky News.

    Os motivos para que as embarcações tenham parado não são claros. O caso acontece depois de Moscovo ter atacado vários dpósitos de cereais, incluindo um ataque à cidade portuária de Reni, em Odessa.

    Os ataques russos feriram sete pessoas e danificaram infraestruturas perto das hidrovias ucranianas. A rota do Danúbio tem sido uma das principais alternativas de Kiev para a exportação de cereais desde o fim do acordo do Mar Negro na última semana.

  • Zelensky: é "inaceitável" prolongar restrições à entrada de cereais ucranianos na União Europeia

    O Presidente ucraniano criticou o bloqueio à exportação de cereais ucranianos através da União Europeia (UE) e considerou que prolongar a proibição, que termina a 15 de setembro, é “inaceitável”.

    “A nossa posição é clara: bloquear as exportações por via terrestre depois de 15 de setembro, quando as restrições relevantes expiram, é inaceitável de qualquer forma”, escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter, onde revelou ter participado numa reunião com responsáveis do governo de Kiev acerca das exportações agrícolas.

    Bruxelas decretou a proibição em maio deste ano, depois de um grande fluxo de cereais ucranianos terem dado entrada no mercado europeu, levando a engarrafamentos no trânsito de cereais e prejudicando os mercados internos de países vizinhos, como a Polónia a Roménia e a Eslováquia.

    No entanto, o bloqueio ocorreu numa altura em que o acordo dos cereais do Mar Negro ainda vigorava — algo que já não acontece neste momento, e que tem levado a discussão sobre se as restrições devem, ou não, ser prolongadas.

  • Guterres pede à Rússia que retome acordo dos cereais

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou hoje a Rússia a regressar ao acordo sobre a exportação de cereais pelo Mar Negro, argumentando que o protocolo é “fundamental para garantir a estabilidade no fornecimento e nos preços”.

    “Peço à Federação Russa que retome a aplicação dos acordos do Mar Negro e exorto a comunidade internacional a permanecer unida neste esforço para encontrar soluções efetivas”, disse Guterres, na abertura em Roma da Cimeira das Nações Unidas sobre sistemas alimentares, encontro co-organizado pelo Governo italiano.

    Na passada quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que a Rússia está preparada para regressar ao acordo sobre a exportação de cereais ucranianos — que suspendeu em 17 de julho ao considerar que os seus envios de produtos agrícolas e de fertilizantes estão bloqueados pelas sanções ocidentais — caso as suas exigências sejam concretizadas “na totalidade”, e sem as quais o prolongamento do pacto “deixa de ter sentido”.

  • 10.000 trabalhadores da Nestlé e Unilever podem vir a ser recrutados para o exército russo

    Sete mil trabalhadores da Nestlé e três mil trabalhadores da Unilever, duas multinacionais que mantiveram os negócios na Rússia, podem vir a ser recrutados para o exército russo, noticia o jornal The Telegraph.

    A Unilever já admitiu que caso os trabalhadores sejam chamados a prestar serviço militar, não vai deixar de cumprir a lei russa. A Nestlé, por sua vez, recusou-se a responder claramente a essa questão.

    As duas multinacionais têm enfrentado pressão crescente para deixarem o país, mas ambas alegam que o Estado russo ganharia mais com a sua saída porque se apropriaria da produção. Nada impede que o governo russo passe a controlar as empresas tal como fez recentemente com a Danone.

    Eddy Hargreaves, analista na gestora de património Investec, disse, citado pelo The Telegraph, que a Unilever, a Nestlé e outras multinacionais estão a “ser chantageadas para permitir que os seus funcionários sejam recrutados” porque, se não o fizerem, serão fechadas ou expropriadas dos seus ativos.

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