Os Países Baixos iniciaram a entrega a Kiev de aviões de combate F-16, e nos próximos meses disponibilizarão mais 24, anunciou o ministro da Defesa neerlandês, Ruben Brekelmans.

Na rede social X, Brekelmans defendeu que o uso dos caças de fabrico norte-americano pela Força Aérea ucraniana “é urgentemente necessário” no esforço de guerra contra a invasão russa.

“Em Kharkiv, vi os danos causados pelos ataques aéreos russos e com frequência ouvi alarmes de ataque aéreo”, afirmou.

Depois da primeira entrega, “os restantes 24 jatos seguirão nos próximos meses”, adiantou Brekelmans.

Em declarações à emissora pública NOS em agosto, Brekelmans revelou que os Países Baixos autorizaram a Ucrânia a utilizar os F-16 cedidos para atacar o território russo, desde que Kiev “cumpra as leis da guerra” e tenha as infraestruturas civis como principal “linha vermelha”.

“As leis da guerra dizem que, se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares [em território russo]”, disse o ministro da Defesa neerlandês.

Os aeroportos de onde os aviões de combate descolam e os mísseis que são disparados para atacar a Ucrânia “são alvos legítimos”, adiantou.

O governo ucraniano tem apelado insistentemente aos estados-membros da União Europeia para que tomem decisões que permitam ataques de Kiev contra “objetivos militares legítimos” em território russo.

O envio de F-16 para a Ucrânia ocorre no âmbito de uma coligação internacional liderada pela Dinamarca e Países Baixos, países que, em conjunto com a Bélgica e a Noruega, se comprometeram a transferir estes aparelhos.

Para assinalar o Dia da Defesa Territorial, a Praça da Independência de Kiev foi palco de uma manifestação pelo regresso dos soldados ucranianos desaparecidos e capturados pelas forças russas.

De acordo com o jornal Pravda, durante duas horas, familiares e amigos dos soldados ucranianos tentaram chamar a atenção do governo da Ucrânia e da comunidade internacional para a necessidade de procurar os desaparecidos e libertar os que estão em cativeiro.

O ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Brekelmans, visitou Kharkiv, onde viu as “consequências dos pesados bombardeamentos russos” como “apartamentos destruídos, falta de eletricidade” e crianças que vão para a escola em bunkers.

“A Ucrânia só se pode defender se mantiver a Rússia a uma distância maior”, defendeu o governante numa mensagem partilhada hoje na rede social X.

In Kharkiv (40 km van de Russische grens) zag ik de gevolgen van de zware Russische bombardementen.

Verwoeste appartementen. Tekorten aan elektriciteit. Kinderen naar school in bunkers.

Oekraïne kan zich hiertegen alleen verdedigen door Rusland op grotere afstand te houden. pic.twitter.com/N70T8AZQyI

— Ruben Brekelmans (@DefensieMin) October 6, 2024

Os aliados poderão estar a considerar opções para um “apoio mais concreto” para a adesão da Ucrânia à NATO, que poderão apresentar durante a próxima cimeira de Ramstein, na Alemanha.

A notícia foi avançada pelo The Washington Post, que cita um diplomata ocidental cuja identidade não foi revelada. Apesar de estarem a considerar várias opções, é provável que a proposta que será apresentada pelos aliados fique aquém do que Kiev tem pedido.

Um drone ucraniano, avaliado em poucas centenas de euros, destruiu um sistema de defesa anti-aéreo russo, avança o Kyiv Independent, citando os serviços secretos militares ucranianos.

Special forces of Ukraine's military intelligence (HUR) successfully destroyed a Russian "Osa" air defense system worth $10 million using an FPV drone that cost only a few hundred dollars. pic.twitter.com/vzsARrvRhe

— NOELREPORTS ???????? ???????? (@NOELreports) October 6, 2024

Não se sabe o local nem o momento em que seu deu a destruição do sistema de defesa russo 9K33 Osa, que está avaliado em cerca de 10 milhões de euros.

O Ministério da Defesa russo diz que o seu sistema de mísseis Iskander destruiu um navio com munições vindas da Europa no porto de Yuzhny, na região de Odessa.

A agência estatal russa TASS avança que o ataque foi realizado no momento do descarregamento das munições, que terão sido detonadas.

O Governo russo decidiu substituir o embaixador nos Estados Unidos da América, Anatoly Antonov, de 69 anos, antes das eleições no país, informaram hoje fontes diplomáticas, noticia a Efe.

Antonov, que chefiava a delegação diplomática da Rússia desde agosto de 2017, terminou o seu mandato em Washington, adiantaram as agências locais, citando fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A agência de notícias TASS pormenorizou que Antonov, especialista em segurança e desarmamento, regressará a Moscovo nas próximas horas.

Sancionado pelo Ocidente pelo seu apoio à ofensiva militar russa na Ucrânia, Antonov foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois do Ministério da Defesa, entre 2011 e 2016.

Antonov tem criticado os Estados Unidos por terem adotado sanções contra a Rússia, negando categoricamente a interferência russa nos assuntos internos do país.

Durante os seus quase sete anos de mandato, os consulados gerais da Rússia fecharam tanto em São Francisco como em Seattle.

A identidade do substituto de Antonov na embaixada dos EUA, país para onde estão marcadas eleições presidenciais em novembro, ainda não é conhecida.

As forças russas atacaram, com um drone, um autocarro de passageiros em Sumy. A explosão feriu três civis que seguiam no interior do veículo, escreve o Kyiv Independent, citando a Administração Militar da região de Sumy.

Nas últimas 24 horas, a Rússia lançou 61 ataques contra esta região ucraniana, que faz fronteira com a região russa de Kursk, que a Ucrânia ocupa parcialmente há mais de um mês.

A Ucrânia lançou vários drones durante a última noite contra as regiões russas de Voronezh, Kursk e Belgorod, avança a agência russa Tass, citando um comunicado do Ministério da Defesa da Rússia — que garante que todos os drones foram abatidos.

Até agora, a Ucrânia ainda não confirmou o ataque.

Na última noite, a Rússia lançou também drones contra o território ucraniano. Foram quase 90, segundo avança a agência ucraniana de notícias Ukrinform, citando informação da Força Aérea da Ucrânia. Destes, 56 foram abatidos, em 15 regiões ucranianas, enquanto outros 25 desapareceram dos radares, segundo a Força Aérea, devido a guerra eletrónica.

Foram também abatidos dois dos quatro mísseis russos lançados durante a noite.