Andrii Sybiha, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, esteve reunido com a sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, onde discutiram a “necessidade de tomar ações decisivas” em resposta ao envolvimento da Coreia do Norte no conflito com a Rússia, cita a Reuters.

“Apelamos à Europa que perceba que os militares norte-coreanos estão a levar a cabo uma guerra agressiva no continente contra um estado soberano europeu”, afirmou Sybiha.

A chefe da diplomacia alemã reiterou o apoio da Alemanha pela luta ucraniana, que irá “permanecer forte e inabalável”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou hoje que a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na Rússia, para a cimeira dos BRICS, “não foi uma fórmula feliz”.

“Tenho sido um grande defensor do secretário-geral das Nações Unidas”, comentou Paulo Rangel, que considerou que o facto de Guterres “não ter ido à conferência de Zurique e depois ir ao encontro dos BRICS é algo que cria problemas”.

“Não foi uma fórmula feliz. Estou e estarei ao lado dele, como estive no passado”, sustentou o governante, ressalvando que a sua posição “não é uma crítica”.

O secretário-geral da ONU, acrescentou, “tem de manter relações com qualquer parte, mesmo com as mais problemáticas, mas há muitas fórmulas de o fazer e de dar sinais”. Destacou ainda que “ou se vai a tudo ou então tem de se ter algum critério”.

“Estou muito à vontade, porque tenho sempre defendido o secretário-geral. [Isto] não é criticá-lo, não é enfraquecê-lo”, continuou. “Não associo nenhuma crítica ao facto de ele ter ido aos BRICS. Era bom que tivesse havido também esse gesto com a Ucrânia”, reforçou, “Acho que deveria ter ido à cimeira de Zurique? Acho que devia. Preferia que tivesse ido”.

No seu balanço diário do conflito, Volodymyr Zelensky reforçou a importância da incursão militar em Kursk, na Rússia, referindo a presença de 11 mil soldados da Coreia do Norte na região. “Vemos um aumento de militares norte-coreanos, mas não vemos um aumento da reação dos aliados”, afirmou.

O Presidente da Ucrânia, no mesmo comunicado, fala sobre a sua conversa com a recém-vencedora das eleições presidenciais da Moldávia, Maia Sandu, com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e ainda com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock.

Today, we discussed the Kursk Operation with our military leadership, marking almost three months of active actions in the Kursk region. This is an important operation—we maintain this “buffer zone” in designated areas near our state border.

We must also recognize the value of… pic.twitter.com/o8vZQoSCoL

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 4, 2024

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, descreveu as eleições presidenciais na Moldávia como sendo as “mais antidemocráticas desde que são um país independente”.

“Uma opressão sem precedentes das autoridades contra a oposição e contra os órgãos de comunicação independentes, especialmente os que falem russo”, enuncia Zakharova, referindo os vários fatores que justificam as suas afirmações, acrescentando que houve uma “óbvia interferência do Ocidente no processo eleitoral” e um “uso excessivo de recursos administrativos”.

A representante do ministério adianta que Maia Sandu, em 2020, viu a sua vitória assegurada pela “diáspora em países ocidentais”, enquanto que a população residente na Moldávia “passaram uma moção de censura” na Presidente.

À margem da cimeira pela “libertação de prisioneiros e pessoas deportadas” em Montreal, Canadá, durante a semana passada, a comitiva ucraniana no evento reuniu-se com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, para lhe apresentar o “plano de vitória” e discutir uma maior cooperação entre os dois países.

Volodymyr Zelensky, na rede social X, afirma também ter falado com o líder do Executivo canadiano, indicando que se discutiu um “apoio adicional no setor de defesa, a situação no campo de batalha e o envolvimento norte-coreano no conflito”.

I spoke with the Prime Minister of Canada. I’m grateful to @JustinTrudeau, his team, and everyone involved for successfully hosting the thematic conference on the fourth point of the Peace Formula, “Release of Prisoners and Deported Persons,” held in Montreal on October 30-31.… pic.twitter.com/4sweryyj5D

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 4, 2024

Já morreram 57 jornalistas em mais de dois anos de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, informa a Procuradoria-geral ucraniana, citada pela Ukrinform.

Os dados divulgados por Oleksii Boniuk, chefe do Departamento de Direito Penal, Política e Proteção do Investimento, adiantam que o número de vítimas inclui oito jornalistas internacionais.

“Foram analisados 107 casos de crimes de guerra cometidos pela Rússia”, refere Boniuk, indicando que mais 45 jornalistas ficaram feridos — dos quais 25 são internacionais — e outros 20 que foram “detidos ilegalmente”.

Não existe nenhuma discussão para um cessar-fogo energético em cima da mesa, mas o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, afirma estar disposto a negociar, apenas sob mediação de um terceiro país, como o Qatar.

Estas declarações surgem depois de terem aparecido rumores sobre “discussões preliminares” entre os dois países, para cessar os ataques a instalações do setor energético.

“Se o Qatar ou qualquer outro país estiver disposto a implementar este acordo individualmente com a Rússia e de forma separada com a Ucrânia, por favor façam-no”, referiu Yermak, citado pelo The Kyiv Independent.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está neste momento reunido com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Choe Son Hui, que está de visita em Moscovo.

O encontro acontece numa altura em que se suspeita que as tropas norte-coreanas já estão na linha da frente na guerra contra a Ucrânia.

Segundo a agência RIA, Choe Son Hui transmitiu uma mensagem de “saudações” de Kim Jong-Un a Vladimir Putin, num momento que foi transmitido pelas televisões russas. “Tenho a honra de transmitir saudações profundamente sinceras, calorosas e de camaradagem do respeitado líder da Coreia do Norte.”

JUST IN: ???????????????? Russian President Putin holds talks with North Korean Foreign Minister Choe Son-hui in Moscow. pic.twitter.com/qaIuTW9m2E

— BRICS News (@BRICSinfo) November 4, 2024

Vladimir Putin respondeu à ministra, enviando também os “melhores votos de sucesso” a Kim Jong-un.

O Governo português felicitou hoje a Presidente da Moldova, Maia Sandu, pela sua reeleição no domingo, salientando que a sua vitória eleitoral “confirma a orientação pró-europeia do povo moldavo”.

O MNE felicita @sandumaiamd pela sua vitória nas eleições presidenciais da Moldávia, um resultado que confirma a orientação pró-europeia do povo moldavo. Portugal continuará ao lado da Moldávia na defesa do caminho europeu e dos nossos valores comuns.

— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) November 4, 2024

A maioria dos ucranianos está preparada para aguentar o esforço de guerra por quanto tempo for necessário, revela uma sondagem citada nesta segunda-feira pelo The Kyiv Independent.

A sondagem, que foi feita pelo Kyiv International Institute of Sociology (KIIS), indica que praticamente dois em cada três ucranianos (63%) está disposta a viver em guerra o tempo que for necessário para que ela termine. Apesar de ser a larga maioria, é uma percentagem menor do que a mesma sondagem feita no final de 2023, quando 73% dos inquiridos manifestaram a mesma posição.

Na mesma sondagem, 15% dos inquiridos disseram estar dispostos a suportar o estado de guerra por “mais alguns meses” e 4% disseram que poderiam suportá-lo durante seis meses; cerca de 6% disseram que estão prontos para aguentar durante um ano e 12% não souberam responder.

O número de feridos provocados por um ataque russo ao bairro residencial no distrito de Shevchenkivskyi, em Kharkiv, na noite passada, subiu para 15, informaram as autoridades locais, citadas pelo The Kyiv Independent. Uma das vítimas é um polícia.

O balanço mais recente das autoridades ucranianas dão conta de danos num supermercado, vários prédios de habitação, lojas e carros, bem como de linhas de rede elétrica, que estão a provocar cortes de energia na região.

A Coreia do Norte estará a receber dinheiro, alimentos e acesso a tecnologia espacial da Rússia como compensação por estar a enviar soldados norte-coreanos para combater na guerra contra a Ucrânia, avança o jornal sul-coreano The Korea Herald, que cita um legislador próximo dos serviços de informação norte coreanos.

A notícia é citada pelo The Kyiv Independent e dá conta do envio de entre 10.000 e 12.000 soldados para a Rússia, com os primeiros soldados alegadamente já a combater em Kursk.

Pensa-se que os soldados norte-coreanos recebem 2.000 dólares por mês da Rússia pelos seus serviços, somando um total de pelo menos 200 milhões de dólares anuais se calculado por 10.000 soldados. Acredita-se igualmente que Moscovo tenha ajudado a aliviar a escassez de alimentos na Coreia do Norte.

O exército ucraniano já terá atacado soldados norte-coreanos que estão em Kursk, na Rússia, de acordo com o Kyiv Independent. O jornal cita uma unidade de contra-desinformação que existe no Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia.

Este organismo não esclarece em que circunstâncias é que a Ucrânia e a Rússia se envolveram num conflito direto nessa zona, nem presta informação sobre se poderá haver mortos entre os soldados norte-coreanos.

Cerca de 8.000 soldados norte-coreanos foram enviados para a região de Kursk, na Rússia, para participar na guerra contra a Ucrânia, indicou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

As forças russas atacaram no domingo Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e o bombardeamento de um supermercado, numa zona residencial, deixou pelo menos quatro pessoas feridas.

Segundo o governador regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov, uma bomba teleguiada russa atingiu um supermercado no bairro de Shevchenkivskyi, em Kharkiv, perto do centro da cidade.

Quatro pessoas ficaram feridas, em consequência desse ataque, e houve uma quinta pessoa que ficou ferida devido a um outro ataque na mesma região.