Momentos-chave
- Rússia condena novos “ataques terroristas” a ponte da Crimeia
- Polónia: reforço da fronteira é “dissuasão” contra hostilidade bielorrussa
- Ucrânia regista navios para corredor humanitário no Mar Negro
- Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusa Kiev de "ataque terrorista" na Crimeia
- Rússia diz ter abatido mais um míssil ucraniano na ponte da Crimeia
- Imagens nas redes sociais mostram fumo na ponte da Crimeia
- Rússia diz que Ucrânia tentou atingir ponte da Crimeia
- Odessa reabre várias praias. Residentes voltam a poder ir ao mar
- Kryvyi Rih, a cidade natal de Zelensky, atacada novamente pela Rússia
- Ucrânia diz que morreram pelo menos 499 crianças desde o início da invasão
- Um morto e 12 feridos em ataque aéreo a Orikhov, na região de Zaporíjia
- Mulher de 73 anos morreu em ataque na região de Kharkiv
- Rússia diz que abateu 20 drones sobre a península da Crimeia
Histórico de atualizações
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Boa tarde, este liveblog chega agora ao fim, obrigada por nos ter feito companhia.
Pode acompanhar os principais desenvolvimentos da guerra na Ucrânia neste liveblog.
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Bombardeamento ucraniano em Donetsk faz um morto e seis feridos
Uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas, entre elas uma criança de 12 anos, na sequência de um bombardeamento ucraniano à cidade de Donetsk, ocupada pela Rússia desde 2014.
A informação está a ser avançada por Denis Pushilin, líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, que Moscovo considera parte do território da Federação Russa. No Telegram, Pushilin escreveu que a vítima mortal é um civil, morto no distrito de Petrovsky, nos subúrbios de Donetsk e que fica próximo da linha da frente da guerra.
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Plano de paz de Zelensky tem o apoio de quase 60 países, garante a Ucrânia
O plano de paz, com 10 pontos, elaborado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para colocar um ponto final à guerra, que dura há já 17 meses, tem o apoio de 58 países, garantiu, este sábado, o chefe de gabinete de Zelensky.
No Telegram, Andriy Yermak revelou que 58 países participaram numa reunião sobre como implementar o plano de paz – um número acima dos 43 que estiveram na última reunião semelhante.
No entanto, como lembra a Sky News, estes 58 países representam menos de metade dos países que apoiam a Ucrânia. Quando a ONU votou, em outubro passado, uma resolução para condenar a invasão da Rússia e exigir a retirada imediata das tropas de Moscovo, 143 países votaram a favor.
O plano de paz de Zelensky exige a restauração das fronteiras anteriores à invasão, a assinatura de um documento a confirmar o fim da guerra, a libertação de prisioneiros de guerra e deportados ou a constituição de um tribunal para julgar os crimes de guerra, entre outros pontos.
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Rússia condena novos “ataques terroristas” a ponte da Crimeia
A Rússia condenou este sábado os “ataques terroristas” da Ucrânia à ponte da Crimeia, salientando que é uma infraestrutura “puramente civil”.
“Condenamos veementemente esses ataques terroristas. A ponte da Crimeia é um objeto de infraestrutura puramente civil”, referiu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.
De acordo com Maria Zakharova, as “ações bárbaras” de Kiev “não têm justificação” e “não passarão sem contestação”.
O Ministério da Defesa da Rússia e as autoridades da Crimeia relataram ao longo do dia de hoje, pelo menos, dois ataques com mísseis S-200 contra a ponte na península anexa.
Esta manhã, os militares russos também relataram a destruição de cerca de vinte drones lançados sobre a Crimeia.
Os ataques obrigaram as autoridades russas a suspender o trânsito na ponte duas vezes no mesmo dia, provocando longos engarrafamentos junto aos acessos à infraestrutura.
A Ucrânia tem denunciado repetidamente que a Rússia usa a Crimeia como uma “base militar” para lançar ataques contra o resto do território ucraniano e classificou a ponte que liga a península, anexada em 2014, ao território russo como “uma construção desnecessária”.
De acordo com um relatório de hoje do Estado-Maior ucraniano, as forças da Ucrânia também conseguiram repelir pesados ??ataques da artilharia russa em várias frentes.
Os russos lançaram ataques de artilharia e ataques aéreos em praticamente todas as frentes de batalha, de acordo com o relatório.
Por terra, os russos tentaram avançar para Kupiansk, Bakhmut, Avdívka e Marinka, mas foram contidos pelos defensores ucranianos.
Além disso, foram relatados ataques na região de Sumi, perto da fronteira, onde, informou a administração regional via Telegram, ocorreram nove ataques ao longo de sexta-feira.
Os militares russos, por seu lado, asseguraram hoje que melhoraram as posições na frente de Kupiansk, na região oriental de Kharkov, onde repeliram oito ataques inimigos num só dia.
O Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) também indicou no relatório diário que “as forças russas parecem estar a intensificar as operações ofensivas a nordeste de Kupiansk”.
O porta-voz do Comando Oriental das Forças Armadas Ucranianas, Sergey Cherevaty, admitiu que Kiev reforçou significativamente as defesas na frente de Kupyansk nos últimos dias, o que a ISW considera provar que as forças russas podem ter tido sucesso na intenção de “atrair forças ucranianas adicionais naquela área”, possivelmente para aliviar a situação das tropas no sul.
O avanço ucraniano no sul teria forçado os russos a reforçar os destacamentos implantados na região de Zaporizhia, segundo o último relatório da inteligência britânica.
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Perante o avanço russo, estão a ser evacuadas 37 aldeias em Kupiansk
O avanço das tropas russas na região de Kharkiv levou a Ucrânia a ordenar a evacuação de dezenas de vilas no distrito de Kupiansk, na zona leste daquela região e próxima da fronteira com a região de Lugansk, controlada totalmente pelos soldados russos.
Cerca de 12 mil pessoas, a maioria idosos, estão a ser transportadas para abrigos na cidade de Kupiansk, com a ajuda da Cruz Vermelha.
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Polónia: reforço da fronteira é “dissuasão” contra hostilidade bielorrussa
O ministro da Defesa polaco referiu-se hoje ao reforço da presença militar na fronteira do país com a Bielorrússia, dizendo que a ação visa desencorajar a retórica hostil vinda do lado bielorrusso.
Num encontro no leste do país com alguns dos soldados recentemente mobilizados, Mariusz Blaszczak frisou que o único propósito do reforço militar é dissuadir quaisquer intenções agressivas do outro lado da fronteira, refutando assim as acusações de hostilidade por parte de Minsk e da Rússia.
“A intenção por trás da nossa presença reforçada é clara: procuramos dissuasão, não agressão”, disse, citado pela Sky News.
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Ucrânia regista navios para corredor humanitário no Mar Negro
A Ucrânia já começou a regista navios para que possam usar o novo corredor humanitário, estabelecido no Mar Negro para embarcações retidas na região.
“Os registos estão agora abertos e a coordenação já está a funcionar”, confirmou a Reuters, citando declarações do porta-voz da marinha ucraniana Dmytro Pletenchuk à agência Interfax.
Fontes da indústria marítima disseram à Reuters que, até ontem, nenhum navio tinha, circulado através do corredor.
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Caça despenha-se em Kaliningrado, na Rússia. Dois pilotos morreram
Um caça russo Su-30 despenhou-se em Kaliningrado, na Rússia. Os dois pilotos que seguiam a bordo morreram, refere a Sky News, citando autoridades militares locais.
“O Su-30 caiu numa área deserta. O voo estava a ser feito sem munições. A equipa morreu”, disseram as autoridades, que dizem que a causa provável da queda terá sido uma falha técnica.
O caça Su-30 tem sido usado pelas forças russas na Ucrânia. No mês passado, houve duas quedas de aeronaves deste género, refere a Sky News — um despenhou-se no Pacífico e outro no Mar de Azov.
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Dois feridos em ataque russo na região de Kherson
Duas pessoas ficaram feridas num ataque na região de Kherson. Oleksandr Prokudin, governador regional, notou no Telegram que “os ataques ainda não pararam desde a manhã”.
Um homem de 70 anos ficou com vários ferimentos depois de um projétil ter atingido um edifício residencial em Poniativka e um homem de 72 anos ficou ferido devido à queda de explosivos de um drone em Odradokamyanka.
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Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusa Kiev de "ataque terrorista" na Crimeia
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, acusa Kiev de uma “tentativa de ataque terrorista à ponte da Crimeia”.
No Telegram, menciona não só os mísseis detetados este sábado como também os 20 drones que foram intercetados sobre a Crimeia este sábado.
“Condenamos fortemente estes ataques terroristas. A ponte da Crimeia é uma infraestrutura puramente civil, ataques destes são inaceitáveis”, declara. Zakharova refere que a ponte tem sido um alvo “de ataques do género desde o ano passado”.
A porta-voz do Ministério russo diz ainda que “atos de sabotagem deste género dão à comunidade internacional mais uma oportunidade de se convencer da verdadeira natureza do regime de Kiev”.
“Ações bárbaras deste género não podem ser justificadas e não vão ficar sem resposta”, avisa.
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Rússia diz ter abatido mais um míssil ucraniano na ponte da Crimeia
O governador pró-russo da Crimeia afirmou que as forças russas abateram mais um míssil no estreito de Kerch, na região onde se situa a ponte da Crimeia.
Citado pela agência russa Interfax, Sergei Aksyonov referiu nas redes sociais que o míssil foi abatido sem chegar a atingir o alvo.
Já antes, o Ministério da Defesa russo tinha denunciado uma tentativa falhada da Ucrânia atingir a ponte que liga a península ocupada ao território russo com recurso a mísseis S-200.
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Imagens nas redes sociais mostram fumo na ponte da Crimeia
Há alguns vídeos da ponte da Crimeia a circular nas redes sociais. Pjotr Sauer, correspondente do Guardian na Ucrânia, partilha na rede social X (antigo Twitter), um vídeo onde refere que “algo de grande está a acontecer na ponte da Crimeia”.
Something big happening on the Crimean bridge. Officials announced that traffic over the bridge has been stopped pic.twitter.com/y8d2piYlZ2
— Pjotr Sauer (@PjotrSauer) August 12, 2023
Nas imagens, são visíveis grandes colunas de fumo a sair da ponte.
O Ministério da Defesa da Rússia refere que o ataque da Ucrânia à ponte da Crimeia não foi bem sucedido e que não há danos a registar.
Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro da Administração Interna da Ucrânia, partilha um vídeo onde é visível o fumo a sair da ponte. “O ‘conselheiro’ de Aksenov alega que o fumo que está a sair da ponte é uma ‘cortina de fumo’ criada pelos serviços de emergência”.
Two missiles shot down over the Kerch Bridge – "head" of Crimea Aksenov.
The crossing was allegedly not damaged.Aksenov's "advisor" claims that the smoke on the bridge is a "smoke cover" created by rescue services. He says traffic will resume moving in the nearest future.
By… pic.twitter.com/XOwOT5f3pD
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) August 12, 2023
Numa segunda partilha, feita há poucos minutos, Gerashchenko refere que o trânsito chegou a ser reaberto mas bloqueado novamente. “Há uma cortina de fumo novamente. O que é que pode estar a acontecer?”
During the last half an hour, traffic on the Kerch Bridge was resumed and blocked again.
A smoke screen was put up again.
What could be going on?
Your thoughts? pic.twitter.com/9wK9BcA5Xe
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) August 12, 2023
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Rússia diz que Ucrânia tentou atingir ponte da Crimeia
A Rússia diz que tentativa ucraniana de atingir a ponte da Crimeia, recorrendo a mísseis S-200, não foi bem sucedida.
A informação foi dada pelo Ministério da Defesa da Rússia, cita a agência estatal russa Interfax. O míssil foi “detetado e intercetado” pelos sistemas de defesa aérea da Rússia. “Não há danos ou baixas”, especifica a mensagem do Ministério.
O trânsito na ponte está cortado nos dois sentidos.
Esta ponte tem sido um alvo da Ucrânia desde o ano passado.
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Odessa reabre várias praias. Residentes voltam a poder ir ao mar
Odessa, onde existe o maior porto do Mar Negro, reabriu o acesso às praias, permitindo à população que volte a ir ao mar.
A Sky News nota que esta é a primeira vez em que existe permissão para entrar na água desde que teve início a invasão russa. As autoridades de Odessa proibiram os residentes de entrar no mar devido à presença de minas.
Apesar da reabertura, os residentes só vão poder entrar no mar quando não houver alertas aéreos. As praias vão estar acessíveis das 8 às 20h horas.
Por segurança, foi instalada uma rede anti-minas entre os dois pontões. No Telegram, Oleh Kiper, governador de Odessa, explicou que esta decisão de reabrir as praias é um “esforço colaborativo entre os civis e as administrações militares”.
A rede de segurança e as minas que se tornem visíveis vão ser geridas por serviços de emergência.
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Kryvyi Rih, a cidade natal de Zelensky, atacada novamente pela Rússia
Kryvyi Rih, a cidade natal de Volodymyr Zelensky, foi novamente atacada este sábado pelas forças russas.
Durante a manhã, ouviram-se explosões, que foram relatadas nas redes sociais. Serhii Lysak, governador da região de Dnipropetrovsk, confirmou através do Telegram que a cidade tinha sido alvo de um míssil russo.
Segundo esta publicação, não há vítimas na sequência do ataque, mas ainda estão a ser apuradas mais informações. O governador pede ainda aos residentes que “não filmem ou publiquem nada nas redes sociais”. “Não ajudem o inimigo a orientar-se!”
A cidade natal de Zelensky, que fica no centro da Ucrânia, foi atacada no final de julho. Morreram seis pessoas e 75 ficaram feridas, nota o Kyiv Independent. Antes da guerra, Kryvyi Rih tinha 600 mil habitantes.
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Marinha acompanhou navio russo ao largo da costa portuguesa
A Marinha acompanhou a passagem do navio russo Kildin ao largo da costa continental portuguesa, adiantou em comunicado hoje divulgado.
“O NRP Figueira da Foz esteve a acompanhar e a monitorizar, durante esta madrugada, o navio da Federação Russa Kildin que se encontra a navegar em trânsito ao largo da costa continental portuguesa”, disse aquele ramo das Forças Armadas.
A Marinha recordou que “a monitorização de unidades navais russas decorre da defesa dos interesses nacionais e do exercício da autoridade do Estado no Mar” e que contribui “igualmente para compromisso de Portugal no esforço coletivo da Aliança na manutenção do conhecimento situacional marítimo”.
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Rússia terá reforçado defesa em Orikhiv. Defesa britânica refere que decisão poderá enfraquecer posição em Kherson
O Ministério da Defesa do Reino Unido refere que o provável reforço das forças russas em Orikhiv, na região de Zaporíjia, com soldados que estavam em Kherson “vai provavelmente deixar a defesa da Rússia na zona este do rio Dnipro mais fraca”.
Os serviços de informação britânicos explicam que esta é tem sido uma zona onde as forças russas estão a ser abordadas de “forma crescente” pela Ucrânia.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine – 12 August 2023.
Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/jicui2oblb
???????? #StandWithUkraine ???????? pic.twitter.com/cOsGaKFyT0
— Ministry of Defence ???????? (@DefenceHQ) August 12, 2023
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Ucrânia diz que morreram pelo menos 499 crianças desde o início da invasão
Dados revelados pela Procuradoria-Geral da Ucrânia estimam que já tenham morrido pelo menos 499 crianças desde o início da invasão ao país e que 1.097 tenham ficado feridas.
Os números podem ser ainda maiores, já que este registo não tem em conta dados de pontos da Ucrânia com “atividades hostis”.
A Procuradoria-Geral ucraniana estima que foram cometidos 102.849 crimes de agressão e crimes de guerra e 16.705 crimes contra a segurança nacional.
#RussianWarCrimes statistics for the past week: August 4 – 11, 2023. 1 081 new crimes registered. At least 499 children killed, 1 097 injured (the data without full consideration of places of active hostilities). pic.twitter.com/swfdkxAVrT
— Офіс Генерального прокурора (@GP_Ukraine) August 11, 2023
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Casa Branca diz que EUA estão disponíveis para treinar ucranianos para pilotar F-16
A Casa Branca disse estar “certamente aberta” à hipótese de dar treinos nos EUA a pilotos ucranianos, para que possam pilotar os F-16.
Apesar da disponibilidade, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse aos jornalistas que “ainda vai demorar algum tempo até que os caça F-16 possam aparecer na Ucrânia e serem integrados na frota aérea”, cita o Kyiv Independent.
⚡️White House considers training Ukrainian pilots on F-16 in US.
The White House said on Aug. 11 the United States is “certainly open” to training Ukrainian F-16 pilots on U.S. soil. However, this process might take some time.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) August 12, 2023
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Ministro da Defesa russo inspecionou frota que foi enviada para o Ártico
Sergei Shoigu, o ministro da Defesa da Rússia, inspecionou a Northern Fleet, a frota de navios que foi enviada para o Ártico.
A informação foi partilhada pelo Ministério da Defesa, que não especificou quando é que decorreu esta visita de Shoigu. A Sky News refere que, durante a visita, o ministro avaliou as estruturas militares desta frota e a sua preparação para reagir a situações críticas.
A Northern Fleet iniciou exercícios militares na sexta-feira.