Volodymyr Zelensky, o Presidente da Ucrânia, diz que está a preparar-se para a reunião em Ramstein, na próxima semana. “Dezenas de países parceiros vão participar, incluindo aqueles que são capazes de reforçar a nossa defesa não só contra mísseis mas também contra bombas guiadas aéreas e aeronaves russas”, diz Zelensky no discurso diário.

“As vidas precisam de proteção aqui e agora na Ucrânia e os sistemas de defesa aéreos têm de estar operacionais para esse propósito.” Assim, o Presidente ucraniano refere que quer “falar com todos os parceiros que compreendem isto e ajudar a desenvolver um escudo aéreo”.

Zelensky diz ainda que, “sem dúvida, este ano vai envolver muita diplomacia”, mas que “ninguém quer mais a paz do que a Ucrânia”.

Um ataque russo contra um edifício em Sumy, na Ucrânia, fez pelo menos dez feridos, dois dos quais crianças.

Segundo a Administração Militar Regional de Sumy, na sua conta de Telegram, cerca de quinze apartamentos ficaram danificadas.

A Ucrânia perdeu, em 2024, o controlo de cerca de 3.600 quilómetros quadrados de território para a Rússia, avança o portal ucraniano Militarnyi.

De acordo com aquele portal, as perdas ucranianas foram mais significativas em novembro de 2024. A Ucrânia perdeu 610 quilómetros quadrados naquele mês, cerca de 20,3 quilómetros quadrados por dia.

Em dezembro, ter-se-á assistido a uma diminuição da intensidade da ofensiva russa, uma vez que a Ucrânia perdeu 510 quilómetros quadrados num mês, cerca de 16,45 quilómetros quadrados por dia.

As províncias em que a Ucrânia mais perdeu territórios foi em Donetsk e em Kharkiv.

A Rússia prometeu hoje responder a um novo ataque ucraniano contra o seu território que disse ter sido realizado com mísseis de longo alcance ATACMS norte-americanos.

“Estas ações do regime de Kiev, que é apoiado pelos seus guardiões ocidentais, serão alvo de retaliação”, afirmou o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

A instituição anunciou horas antes que tinha intercetado oito mísseis ATACMS num ataque contra a região de Belgorod, junto à fronteira entre os dois países, em guerra desde fevereiro de 2022. “As defesas aéreas abateram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabrico norte-americano e 72 ‘drones’”, informou o exército russo num comunicado, sem especificar se o ataque causou vítimas ou danos materiais.

O Serviço Federal de Segurança (FSB), um dos ramos dos serviços de informações russos, deteve hoje quatro adolescentes — com idades compreendidas entre os 16 e os 17 anos — que planeavam um “ataque terrorista” em Ecaterimburgo, a quarta maior cidade russa.

Segundo avança a agência RIA, os adolescentes partilhavam ideias de “uma organização terrorista proibida na Rússia” e planeavam “cometer um ataque terrorista”, usando para o efeito um “dispositivo explosivo improvisado”.

O ataque, segundo indicam as autoridades russas, aconteceria num “local com vários cidadãos” em Ecaterimburgo, localizada nos Montes Urais.

No âmbito da operação judicial, o FSB apreendeu materiais que serviram para fabricar o tal “dispositivo explosivo improvisado”.

Além disso, o FSB assinala que dois dos detidos já tinham estado envolvido num ataque, a 22 de dezembro, contra o carro do ministro da Administração Interna russo.

As defesas aéreas russas intercetaram hoje oito mísseis ATACMS norte-americanos disparados pela Ucrânia, um tipo de ataque apresentado por Moscovo como uma “linha vermelha” no conflito, anunciou o exército da Rússia.

“As defesas aéreas abateram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabrico norte-americano e 72 drones”, informou o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O exército não especificou se o ataque ucraniano causou vítimas ou danos materiais.

A pouco e pouco, as forças russas avançam na região de Donetsk (que a Ucrânia ainda controla parcialmente) e têm vindo a aproximar-se da cidade estratégica de Pokrosvk. Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, estão já a decorrer combates na zona de Zvirove, uma aldeia a apenas dois quilómetros de Pokrovsk.

No site Liveuamap, que acompanha a evolução da situação no terreno, percebe-se que as forças russas estão a avançar sobretudo a partir do sul, tendo tomado, nas últimas semanas, várias aldeias, cidades e campos agrícolas em redor de Pokrovsk — uma importante cidade (com uma população de 60 mil pessoas antes do começo da guerra) e que tem servido como centro logístico, para alimentar o esforço de guerra ucraniano na região de Donetsk.

Muitos analistas consideram que, tomando a cidade, a Rússia tem via aberta conquistar as grandes cidades que a Ucrânia ainda controla na região de Donetsk, nomeadamente Kostyantynivka, Slovyansk e Kramatorsk.

Ataques russos, com recurso a drones, contra a zona norte da região de Kherson, provocaram pelo menos quatro feridos, escreve o Ukrainska Pravda.

Segundo a Administração Militar da cidade de Kherson, um homem de 43 anos, residente em Antonivka (nos arredores da cidade de Kherson) foi o primeiro a ser ferido, com alguma gravidade, tendo ficado com uma fratura exposta e lacerações graves nos membros inferiores.

Por volta das 09h30, um homem de 65 anos sofreu ferimentos decorrentes de uma explosão e estilhaços provocados por outro drone russo.

Uma mulher de 62 anos também procurou assistência médica, relatando uma lesão por explosão, feridas de estilhaços e uma fratura.

As aterragens e descolagens de aviões no principal aeroporto de São Petesburgo, na Rússia, foram suspensas durante duas horas e meia, na manhã deste sábado, devido a um ataque com drones ucranianos, avança o Moscow Times.

O tráfego aéreo no Aeroporto Internacional de Pulkovo foi suspenso das 7h45 (4h45 em Portugal) e apenas retomado às 10h15 (7h15 em Portugal).

A paralisação foi decretada quando as defesas aéreas russas destruíram um total de quatro drones sobre a região de Leningrado durante a noite, disse o governador Alexander Drozdenk.

O Tribunal de Helsínquia recusou, na sexta-feira, o recurso do armador do navio russo apreendido na Finlândia.

O petroleiro Eagle S, suspeito de pertencer à “frota fantasma” da Rússia e de ter causado uma avaria num cabo submarino no Mar Báltico, foi apreendido, em dezembro, pela polícia finlandesa.

Polícia finlandesa apreende petroleiro suspeito de sabotagem de cabo submarino

O armador recorreu da apreensão, mas o Tribunal recusou o recurso para libertar o navio e a tripulação.

Antony Blinken acredita que a China poderá ter dissuadido a Rússia de utilizar armas nucleares no seu conflito com a Ucrânia.

Em entrevista ao Financial Times, o Secretário de Estado norte-americano admite ter “razões para acreditar” nas suas declarações, apesar de Pequim ser um dos principais potenciadores da “agressão russa”.

Com isto, no entanto, Blinken admite que os Estados Unidos da América ficaram “muito preocupados” por Vladimir Putin estar a considerar a utilização de armamento nuclear. “Mesmo que a probabilidade tenha subido de 5% para 15%, no que toca em armas nucleares, não há nada mais sério”, refere o chefe da diplomacia americana.

“Só nos primeiros três dias do novo ano, o exército russo utilizou mais de 300 drones e cerca de 20 mísseis, incluindo mísseis balísticos, contra cidades e aldeias ucranianas”, escreve Volodymyr Zelensky na rede social X.

Nesta mensagem, o Presidente da Ucrânia reforça a necessidade de “reabastecer o inventário de mísseis para defesa aérea”, apelando ao Ocidente por apoio militar adicional.

In just the first three days of the new year, the Russian army has launched over 300 attack drones and around 20 missiles, including ballistic ones, against Ukrainian cities and villages. A large amount was shot down or neutralized by our forces using electronic warfare means.… pic.twitter.com/yF0HgOXLSs

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 3, 2025

Numa região pró-Rússia na Moldávia, o bloqueio do trânsito de gás natural russo por solo ucraniano é sentido de uma forma intensa, havendo, pelo menos, 1.500 casas sem aquecimento e água quente na Transnitria.

O chefe do estado não reconhecido pela comunidade internacional, Vadim Krasnoselsky admite estar a viver um período complicado e que “a gaseificação quase completa da República é um grande motivo de orgulho” mas, no entanto, reconhece “aqueles que construiram as suas casas com lareiras”.

No Telegram, Krasnoselsky enaltece a riqueza da região em madeira e revelou estar a fornecer o recurso de forma gratuita a quem não o consegue obter. A Transnistria declarou estado de emergência no dia 11 de dezembro devido ao risco de crise energética relacionada com o corte de abastecimento russo de gás natural.

Agricultores polacos estão, esta sexta-feira, a protestar em Varsóvia. A manifestação coincide com o início da presidência polaca do concelho da União Europeia (UE).

Os agricultores protestam contra a importação de produtos agrícolas ucranianos e as políticas agrícolas da UE, de acordo com a rádio polaca RMF24.

Na manifestação, que começou junto ao gabinete da Comissão Europeia na capital polaca, defende-se que os regulamentos da UE resultam em perdas para os agricultores.

38% dos ucranianos admite concessões territoriais à Rússia, no âmbito de eventuais negociações para o fim da guerra.

Os dados são de um estudo do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, citado pelo The Kyiv Indepedent. A percentagem representa um aumento em relação ao estudo anterior. Em outubro, 31% dos ucranianos aceitava a entrega de territórios.

Ainda assim, a maioria dos ucranianos (51%) considera que Kiev não deve negociar nenhum dos seus territórios “em nenhuma circunstância, mesmo que a “guerra se prolongue”.

A investigação realizada em dezembro recolheu 2000 respostas de cidadãos ucranianos.

Volodymyr Zelensky anunciou que Kiev resgatou 1358 cidadãos ucranianos que estavam detidos na Rússia, durante o ano de 2024.

Numa publicação na rede social X, Zelensky esclarece que o número inclui militares e civis.

In 2024, we managed to bring 1,358 of our people back home to Ukraine from Russian captivity. These are our soldiers and civilians.

Their fates are different, but they are equally happy to return home. Each and every one of them for the sake of whom a large Ukrainian team… pic.twitter.com/AxTPYlmYhv

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 3, 2025

“Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que, em 2025, haja ainda mais boas notícias e mais regressos do nosso povo”, acrescenta o chefe de Estado ucraniano.

A terminar, Zelensky agradece aos “parceiros que ajudam” a Ucrânia.

O Presidente do Cazaquistão disse que a “Rússia é militarmente invencível” e a Ucrânia “espera resistir à guerra com a ajuda dos aliados ocidentais, pelo menos para não perder”.

Numa entrevista ao jornal cazaque Ana Tili, citada pela TASS, Kassym-Jomart Tokayev afirma que, “desde o início” da guerra, “o Cazaquistão tem sido favorável ao início das negociações para alcançar a paz”.

O líder da ex-república soviética revelou ainda que falou recentemente com Donald Trump, por telefone. O Presidente eleito dos Estados Unidos da América terá demonstrado “interesse na visão” do Cazaquistão sobre o fim do conflito.

Um ataque russo em Kherson feriu um homem de 59 anos, anunciou a Administração Militar da região, na rede social Telegram.

Na publicação, é referido que o ataque foi feito com um drone. O homem foi hospitalizado.