Pelo menos 11 pessoas foram hoje mortas em ataques no nordeste da Ucrânia, à medida que as forças russas avançam com a sua nova ofensiva, noticiou a AP.

Na região de Kharkiv, o foco da ofensiva, a Procuradoria Regional de Kharkiv informou que seis pessoas foram mortas e 27 ficaram feridas num ataque russo nos arredores da capital regional, também chamada Kharkiv.

O governador regional Oleh Syniehubov adiantou que mais cinco pessoas foram mortas e nove ficaram feridas num ataque ao distrito de Kupiansk, a sudeste da capital regional.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que as suas forças na área continuam “a avançar para as profundezas da defesa do inimigo”.

O Estado-Maior da Ucrânia reconheceu que a Rússia tinha intensificado os seus ataques em torno de Kharkiv e que a situação era dinâmica.

O secretário da Defesa do Reino Unido confirmou que houve ajuda militar agilizada para a Ucrânia. Grant Shapps afirma que o “mundo não pode esperar”, instando as nações a “reagirem”.

Entre o armamento enviado à Ucrânia estão 80 mísseis de defesa, um milhão de munições, e 20 veículos blindados “Viking”.

O Presidente ucraniano fez novamente pressão para os estados aliados enviarem armamento. Zelensky pede, sobretudo, sistemas de defesa anti-aéreos capazes de defender os ataques russos.

Sobre a conversas com o Presidente ucraniano, Shapps afirma que não pode especificar “como é que as armas são especificamente usadas.”.

Hoje, este tipo de ataques já fizeram 10 vítimas mortais.

Na sequência dos ataques aéreos de hoje, o Presidente Volodymir Zelensky pediu mais uma vez aos aliados mais sistemas de defesa anti-aéreos para proteger Kharkiv e outras cidades.

O Presidente ucraniano informa que há novos relatórios de ataques “a cada hora”. Na rede social X, Zelensky partilhou vídeos da destruição causada pelos ataques aéreos russos.

Para combater a ameaça aérea, a “única coisa que permite à Rússia continuar a sua agressão” o Presidente ucraniano pede “dois Patriots para Kharkiv”, sistemas norte-americanos de defesa anti-aérea que Zelensky diz serem fundamentais para “mudar a situação”.

Zelensly sublinha que estes ataques são, neste momento, a única coisa que permite à Rússia “terrorizar as cidades e comunidades, matando cidadãos comuns”.

No dia de hoje, já morreram 10 pessoas vítimas deste tipo ataques. Todas civis.

Ataques a duas localidades, no distrito de Kupiansk, fizeram mais cinco mortes e nove feridos, avança o governador Oleh Syniehubov.

Estes últimos dois ataques sobem o número de mortos na região de Kharkiv, no dia de hoje, para 10. Após dois mísseis russos terem caído numa área zona “onde os habitantes locais estavam a descansar”.

As vítimas eram homens de 64, 65 e 58 anos, e duas mulheres de 56 e 72 anos.

O governador avisa que a ameaça de novos lançamentos persiste.

No ataque aéreo russo à localidade de Malodanylivka, no distrito de Kharkiv, 5 civis foram mortos e mais 16 ficaram feridos. Uma mulher grávida de 7 meses está entre as vítimas.

Das 16 pessoas que foram atingidas pelo ataque, 8 estão feridas com gravidade.

O governador da cidade de Kharkiv, Oleh Syniehubov, anuncia no Telegram que “os ocupantes atingiram a zona onde os habitantes locais estavam a descansar”.

Entre os feridos, existe um paramédico. Uma ambulância também terá sido danificada.

Oleh Syniehubov informa que o avanço do inimigo nas direções de Kharkiv e Kupiansk foi interrompido, mas que os russos “estão a bombardear as povoações e a destruir as infraestruturas civis” nestas regiões.

O acordo militar entre a Rússia e São Tomé e Príncipe, assinado em abril, ameaça condicionar o país lusófono em futuras tomadas de posição, nomeadamente na ONU (Organização das Nações Unidas), ao prever a cooperação com Moscovo.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, as partes acordaram cooperar sobre “questões fundamentais de segurança e estabilidade internacionais”. E também “coordenar esforços para enfrentar conjuntamente os desafios e ameaças à segurança e estabilidade global e regional”.

Levanta-se agora a dúvida sobre como votará São Tomé em eventuais futuras novas resoluções da ONU semelhantes às duas condenações da invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, que São Tomé votou favoravelmente.

O acordo prevê “troca de informações sobre questões de mútuo interesse no domínio militar”, assim “troca de experiências e informações sobre a implementação das doutrinas de defesa nacional”.

As partes comprometeram-se, igualmente, a efetuar “consultas sobre questões de segurança global e regional” e a organizar “atividades conjuntas de formação operacional e de combate”; “participar em exercícios militares”; “escala de navios militares e visitas da aviação militar”.

O acordo prevê ainda a criação de um “grupo de trabalho conjunto” com a finalidade de coordenar a cooperação agora assinada. As reuniões serão realizadas “alternadamente” em cada um dos países.

As autoridades russas afirmaram este domingo que a Ucrânia disparou nove mísseis balísticos ATACMS sobre a Crimeia, e 60 drones para a região sul. Segundo a mesma fonte, as defesas aéreas destruíram os mísseis e quase todos os drones que tinham como alvo as regiões de Krasnodar e Belgorod, de acordo com dados do ministério da defesa russo, citado pela Reuters.

No entanto, responsáveis locais referem que seis drones caíram na área de uma refinaria de petróleo em Slavyansk que teve de suspender a produção.