Momentos-chave
- Empresas russas utilizam cada vez mais criptomoedas para pagamentos internacionais
- Ucrânia destrói depósito de munições em Rostov, na Rússia
- Após ameaça de Zelensky, Rússia diz que vai exportar gás para a Europa através de outras rotas
- Finlândia investiga problema com cabo elétrico submarino no mar Báltico
- Inflação na Rússia atinge 9,5%
- Fontes russas dizem que "ato de terrorismo" está envolvido no naufrágio de navio no mar Mediterrâneo
- Ataques aéreos russos à Ucrânia provocaram a morte a quatro civis
- Primeiro-ministro britânico condena ataques da "máquina de guerra sangrenta e brutal de Putin" que não dá treguas "mesmo no Natal"
- Presidente moldava acusa Rússia de violar o espaço aéreo do seu país e o direito internacional
- Meio milhão de ucranianos está sem eletricidade, e sem meio de se aquecer, na região de Kharkiv
- Zelensky diz que ataque russo à Ucrânia na manhã de Natal é "deliberado" e "desumano"
- Baixas russas na Ucrânia totalizam 779 mil soldados desde o início da invasão em grande escala
- Ataque aéreo russo de larga atingiu rede elétrica ucraniana. Companhia estatal anunciou restrições na distribuição
Atualizações em direto
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Empresas russas utilizam cada vez mais criptomoedas para pagamentos internacionais
As empresas russas começaram a usar bitcoins e outras criptomoedas nos pagamentos internacionais, depois de alteações legislativas que permitem essa utilização de modo a contornarem sanções do Ocidente, indicou o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, citado pela Reuters.
A Rússia permitiu, assim, a utilização de criptomoedas no comércio com o exterior e já a tornou legal para nove moedas, entre as quais a bitcoin.
“Neste regime experimental, é possível utilizar bitcoins que sejam mineradas na Rússia), indicou Siluanov à televisão Russia 24, citado pela Reuters, garantindo que as transações já estão a ocorrer, admitindo uma maior expansão no próximo ano.
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Ucrânia destrói depósito de munições em Rostov, na Rússia
Um ataque ucraniano com recurso a drones atingiu um depósito de munições em Kadamovsky, a cerca de 5o quilómetros da cidade de Rostov, na Rússia. Segundo o Kyiv Independent, que cita um fonte dos serviços secretos ucranianos (SBU), o ataque teve lugar nos últimos dias.
De acordo com a mesma fonte, o depósito de munições foi completamente destruído. Esta infraestrutura estaria a apoiar o esforço de guerra russo na região ucraniana de Donetsk, onde as forças de Moscovo têm feito significativos avanços ao longo das últimas semanas.
“Agora os russos têm dificuldades logísticas, o que afeta significativamente a sua capacidade de conduzir operações de combate”, diz fonte do SBU.
Na semana passada, SBU e a marinha ucraniana já tinham realizado um ataque conjunto contra a refinaria de petróleo de Novoshakhtinsk, também na região de Rostov.
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Após ameaça de Zelensky, Rússia diz que vai exportar gás para a Europa através de outras rotas
A Rússia está pronta para fornecer gás natural à Europa através de rotas alternativas que contornem a Ucrânia, avança o Kyiv Independent, citando declarações feitas esta quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak.
“Em termos de logística, o gás russo é o mais benéfico, também no que diz respeito ao preço”, afirmou Novak, na televisão estatal, acrescentando que os europeus têm que pagar mais pelo gás americano devido à competição comercial com a China.
As declarações de Novak surgem depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter garantido, numa conferência de imprensa, a 19 de dezembro, que a Ucrânia não vai renovar o acordo de livre trânsito para o gás russo através do seu território, que deve expirar a 31 de dezembro. Zelensky justificou a decisão com a necessidade de não fortalecer economicamente o inimigo russo.
“Não nos vamos envolver em estender o trânsito do gás russo. Não daremos à (Rússia) a oportunidade de ganhar milhares de milhões com o nosso sangue”, disse o chefe de estado.
Após a confirmação de Zelensky, vários estados-membros da UE como aEslováquia, Hungria, Itália e Áustria mostraram preocupações com o gás, com as empresas estatais de energia a defenderem a continuação do envio de gás russo através da Ucrânia.
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Finlândia investiga problema com cabo elétrico submarino no mar Báltico
As autoridades finlandesas estão a investigar a interrupção da transmissão de energia elétrica por via submarina em cabos que ligam a Finlândia à Estónia no mar Báltico, avança a Reuters, citando informação do próprio primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo.
A interrupção, cuja origem é ainda desconhecida, afetou o cabo Estlink 2 e foi registada esta quarta-feira às 12h26 (menos duas horas em Lisboa), disse a operadora Fingrid, acrescentando que a capacidade de envio de energia ficou substancialmente afetada — passando de uma capacidade instalada de 1.016 megawatts para apenas 358.
“Mesmo no Natal, as autoridades estão de prontidão para investigar o assunto”, garantiu Petteri Orpo na rede social X, explicando que a o fornecimento de eletricidade à Finlândia não foi, no entanto, afetado.
As autoridades da região têm estado em alerta máximo, atentas a eventuais atos de sabotagem, depois de terem sido relatadas várias interrupções de cabos de energia, gasodutos e ligações de telecomunicações no Mar Báltico nos últimos anos.
Recorde-se que a Rússia controla parte do mar Báltico, mantendo uma presença ativa na região com vários meios marítimos.
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Inflação na Rússia atinge 9,5%
A inflação na Rússia atingiu os 9,5% este ano, segundo dados divulgados esta semana. Os preços subiram 0,33% na semana terminada a 23 de dezembro, segundo a agência de estatísticas, Rosstat, citada pela Reuters.
O banco central russo manteve, na semana passada, as taxas de juro nos 21%, numa decisão inesperada.
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Fontes russas dizem que "ato de terrorismo" está envolvido no naufrágio de navio no mar Mediterrâneo
O cargueiro russo Ursa Major, que se afundou na terça-feira no Mar Mediterrâneo, ao largo da costa espanhola, foi vítima de “um ato de terrorismo”, afirmaram esta quarta-feira o proprietário final do navio e uma empresa que faz parte das operações de construção militar do Ministério da Defesa russo à agência de notícias estatal russa RIA, citada pela Reuters.
O navio, construído em 2009, afundou-se depois de uma explosão ter destruído a sua sala de máquinas e dois dos seus 16 tripulantes estavam desaparecidos, confirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia na terça-feira.
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Ataques aéreos russos à Ucrânia provocaram a morte a quatro civis
Pelo menos quatro civis foram mortos pelos recentes ataques russos na Ucrânia, noticiou a BBC, que cita funcionários locais e a emissora pública ucraniana Suspilne.
Estas fontes adiantam que uma pessoa foi morta em Dnipropetrovsk num ataque durante a madrugada, tendo as outras mortes sido registadas em Donetsk, Kherson e Kharkiv.
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Primeiro-ministro britânico condena ataques da "máquina de guerra sangrenta e brutal de Putin" que não dá treguas "mesmo no Natal"
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, prestou hoje homenagem “à resiliência do povo ucraniano e à liderança do Presidente Zelensky, face aos novos ataques de drones e mísseis da máquina de guerra sangrenta e brutal de Putin, sem tréguas, mesmo no Natal”.
Numa declaração citada pelo The Guardian, alertou que, perante a entrada num novo ano, “continua a ser vital que redobremos a nossa determinação em colocar a Ucrânia na posição mais forte possível para pôr fim à agressão ilegal da Rússia contra o povo ucraniano”.
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Presidente moldava acusa Rússia de violar o espaço aéreo do seu país e o direito internacional
“Enquanto os nossos países celebram o Natal, o Kremlin opta pela destruição – visando as infraestruturas energéticas da Ucrânia e violando o espaço aéreo da Moldávia com um míssil, ações que violam claramente o direito internacional”, escreveu no X a Presidente da Moldávia, Maia Sandu.
While our countries celebrate Christmas, Kremlin chooses destruction—targeting Ukraine’s energy infrastructure and violating Moldova’s airspace with a missile, actions that clearly violate international law. Moldova condemns these acts and stands in full solidarity with Ukraine.
— Maia Sandu (@sandumaiamd) December 25, 2024
Na madrugada desta quarta-feira ataques em massa com drones e mísseis russos deixaram várias regiões da Ucrânia sem eletricidade.
“A Moldávia condena estes atos e está totalmente solidária com a Ucrânia”, acrescenta numa mensagem partilhada nas redes sociais esta quarta-feira.
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Meio milhão de ucranianos está sem eletricidade, e sem meio de se aquecer, na região de Kharkiv
Meio milhão de pessoas na região de Kharkiv ficaram sem aquecimento, com temperaturas de apenas alguns graus celsius acima de zero. Os ataques russos desta madrugada, com drones e mísseis, provocaram apagões em várias cidades ucranianas, incluindo a capital do país, Kiev.
A Rússia tem vindo a intensificar os ataques ao sector energético ucraniano desde a primavera deste ano, danificando quase metade da sua capacidade de produção e provocando apagões prolongados.
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Zelensky diz que ataque russo à Ucrânia na manhã de Natal é "deliberado" e "desumano"
Volodymyr Zelensky acusa Putin de “escolher deliberadamente o Natal para um ataque”. “O que poderia ser mais desumano?”, questiona, informando que “mais de 70 mísseis, incluindo mísseis balísticos, e mais de uma centena de drones de ataque” tiveram como alvos as infraestruturas energéticas ucranianas. “Eles continuam a lutar por um apagão na Ucrânia”, acrescenta através da rede social X.
Every massive Russian strike requires time for preparation. It is never a spontaneous decision. It is a deliberate choice – not only of targets but also of timing and date.
Today, Putin deliberately chose Christmas for an attack. What could be more inhumane? Over 70 missiles,… pic.twitter.com/GMD8rTomoX
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 25, 2024
Segundo o presidente ucraniano, a defesa da Ucrânia conseguir abater mais de 50 mísseis e um número significativo de drones. “Infelizmente, houve ataques. Neste momento, há cortes de energia em várias regiões. Os engenheiros de energia estão a trabalhar para restabelecer o fornecimento de energia o mais rapidamente possível”, assegura à população.
Numa mensagem de esperança garante: “O mal russo não vai destruir a Ucrânia e não vai estragar o Natal.”
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Baixas russas na Ucrânia totalizam 779 mil soldados desde o início da invasão em grande escala
A Rússia perdeu 779.320 soldados na Ucrânia desde o início da sua invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia esta quarta-feira.
Este número inclui 1.600 baixas que as forças russas sofreram apenas no último dia, assegura a Ucrânia.
De acordo com o relatório, a Rússia também perdeu 9.628 tanques, 19.923 veículos blindados de combate, 32.117 veículos e tanques de combustível, 21.333 sistemas de artilharia, 1.256 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 1.030 sistemas de defesa aérea, 369 aviões, 329 helicópteros, 20.908 drones, 28 navios e barcos e um submarino.
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Ataque aéreo russo de larga atingiu rede elétrica ucraniana. Companhia estatal anunciou restrições na distribuição
A Rússia lançou um ataque aéreo em massa contra a Ucrânia esta quarta-feira, 25 de dezembro, tendo como alvo cidades por todo o país. Foram lançados mísseis e drones que atingiram infraestuturas essenciais para a rede elétrica do país.
A cidade de Kharkiv , no nordeste , esteve entre as mais atingidas, sofrendo “fogo maciço” de mísseis balísticos, de acordo com autoridades locais, citadas pelo The Kyiv Independent. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas nas últimas 24 horas, disse o governador da cidade Oleh Syniehubov.
“Desde esta manhã, o exército russo tem atacado massivamente a região de Dnipropetrovsk. O inimigo está a tentar destruir a rede elétrica da região”, disse o governador regional, Sergii Lyssak.
A companhia elétrica ucraniana, Ukrenergo, anunciou restrições ao fornecimento.
“O inimigo está novamente a atacar massivamente o sector energético. O operador da rede de transmissão está a tomar as medidas necessárias para limitar o consumo, a fim de minimizar as consequências negativas para o sistema energético”, disse o Ministro da Energia ucraniano.
“Assim que as condições de segurança o permitirem, os trabalhadores do setor energético avaliarão os danos causados”, acrescentou German Galushchenko, na plataforma de mensagens Telegram.
*Com Lusa
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Bom dia e bem-vindo a este novo liveblog onde vamos seguir tudo o que se passa na guerra da Ucrânia. Para ver ou rever os desenvolvimentos do conflito do dia anterior, arquivamos aqui o nosso acompanhamento noticioso.
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