Momentos-chave
- China nega apoiar a posição russa na guerra da Ucrânia
- Líbano condena violência contra civis depois de ataque aos Montes Golã
- Ucrânia diz que mais de 75% dos militares feridos regressa ao serviço
- Orbán diz que Ucrânia nunca será membro da UE ou NATO e tece elogios à posição "racional" russa
- Três helicópteros russos sabotados em operação ucraniana
- Borrell pede à China que ajude a levar Rússia à mesa das negociações
- Zelensky agradece aos médicos ucranianos por manterem hospitais a funcionar durante a guerra
- Rússia lançou 408 ataques contra região de Zaporíjia nas últimas 24 horas
Histórico de atualizações
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Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua este domingo a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia. Pode segui-los aqui.
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China nega apoiar a posição russa na guerra da Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, negou hoje que a China apoie a Rússia na guerra contra a Ucrânia, apesar dos “fortes laços económicos, diplomáticos e militares com os russos”, noticia a AFP.
Segundo a nota, o governo chinês apresenta-se como “um interlocutor comedido em relação aos ocidentais” que “estão a colocar lenha na fogueira” do conflito ao entregar armas à Ucrânia.
Vários países ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos, criticam a China por ter reforçado o seu apoio económico a Moscovo e acusam as empresas chinesas de venderem produtos na Rússia para apoiar o esforço de guerra do Kremlin.
“A China opõe-se a ser difamada e a falsas acusações feitas contra ela”, disse Wang Yi a Antony Blinken, acrescentando que os chineses não aceitarão “pressões nem chantagens” e que tomarão “medidas firmes e eficazes para salvaguardar os seus interesses e os seus direitos”.
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Líbano condena violência contra civis depois de ataque aos Montes Golã
O governo do Líbano condenou este sábado o ataque que, segundo o exército israelita, provocou dez mortos e 20 feridos. Deixou também um apelo ao fim das hostilidades.
“Atingir civis é uma violação flagrante do direito internacional e vai contra os princípios humanos”, sublinhou o governo libanês num comunicado citado pela Al Jazeera.
Israel responsabilizou o Hezbollah pelo ataque, acusando o grupo de ter disparado 30 rockets a partir do Líbano. O Hezbollah já veio negar estar por trás do ataque, que surge depois de meses de disparos na zona da fronteira.
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Ucrânia diz que mais de 75% dos militares feridos regressa ao serviço
A vice-ministra da Defesa ucraniana, Nataliia Kalmykova, disse hoje que mais de 75% dos militares que são feridos em combate estão a regressar ao serviço. “Temos uma percentagem muito elevada de reabilitação de qualidade. Isso está a ser notado pelos nossos parceiros ocidentais, países que nunca tiveram uma experiência destas, uma guerra como a nossa”, afirmou.
“Assim que o tratamento começa, começa também a reabilitação imediatamente. Não é algo que acontece depois. E a reabilitação agora é implementada em todas as instituições civis e militares”, acrescentou, citada pelo Ukrainska Pravda.
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Orbán diz que Ucrânia nunca será membro da UE ou NATO e tece elogios à posição "racional" russa
O primeiro-ministro da Hungria, país que ocupa a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, disse hoje que a Ucrânia nunca se tornará um membro da UE ou da NATO. A razão? “Nós, europeus, não temos dinheiro para isso”, afirmou, citado pela Reuters. Viktor Orbán acredita que a Ucrânia “regressará à posição de Estado-tampão”.
Orbán falava em Baile Tusnad, uma cidade de maioria étnica húngara no centro da Roménia. O governante disse ainda que prevê uma mudança de poder do Ocidente “irracional” para a Ásia e a Rússia. “Nas próximas décadas, talvez séculos, a Ásia vai ser o centro do mundo”, defendeu, acrescentando: “Nós, ocidentais, empurramos a Rússia para este bloco.”
O líder húngaro também teceu vários elogios à Rússia, afirmando que em contraste com a “fraqueza” do Ocidente, a posição russa nos assuntos mundiais era “racional e previsível” e que o país mostrou flexibilidade económica ao adaptar-se às sanções ocidentais.
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Três helicópteros russos sabotados em operação ucraniana
As forças ucranianas sabotaram três helicópteros numa operação que decorreu no território russo. A informação é avançada pelo jornal Ukrainska Pravda, que cita fontes nos serviços de informação e de defesa da Ucrânia.
O mesmo jornal recorda que esta semana outros dois helicópteros russos já tinham sido danificados num incêndio perto de Moscovo.
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Kremlin diz que não tem planos para novas mobilizações militares
O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, disse hoje que o Kremlin não planeia declarar uma nova mobilização militar na Rússia para combater na Ucrânia devido ao grande número de voluntários que se alistam no Exército.
“Ninguém pensa numa mobilização, ninguém fala sobre isso”, afirmou Peskov à agência noticiosa Ria Novosti.
O porta-voz do Kremlin respondeu assim a uma questão sobre se o Exército tinha voluntários suficientes ou se seria obrigatória uma nova mobilização militar, como em setembro de 2022.
A necessidade aumentar o número de soldados na frente de combate tem sido repetidamente sugerida por vários ‘bloggers’ militares russos.
Entretanto, meios de comunicação russos independentes não descartam que uma nova mobilização militar possa ser declarada caso o comando militar decida lançar uma nova ofensiva no país vizinho.
O chefe do Comité de Investigação Russo, Alexandr Bastrikin, recordou, no entanto, que os estrangeiros que recebem o passaporte russo “não adquirem apenas direitos, mas também obrigações enquanto cidadãos da Federação Russa”.
No final de junho, Alexandr Bastrikin estimou que 10 mil novos cidadãos russos foram mobilizados para combater no âmbito da operação militar especial.
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Borrell pede à China que ajude a levar Rússia à mesa das negociações
O chefe da diplomacia europeia criticou hoje o apoio que a China dá à Rússia na guerra na Ucrânia, e apelou a que influencia chinesa seja no sentido de levar o país liderado por Putin “à mesa das negociações”.
“Sem o apoio económico que a China está a dar à Rússia, seria muito difícil para a Rússia continuar o esforço bélico” disse Josep Borrell aos jornalistas.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança encontrou-se, na sexta-feira, com o responsável pela diplomacia chinesa, Wang Yi, à margem da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que termina hoje em Vientiane, Laos.
Borrel referiu que, durante a reunião, expressou a Wang desagrado por empresas chinesas estarem a escapar às sanções impostas por Bruxelas a Moscovo, o que o bloco europeu considera como um apoio ao conflito.
“Pedimos à China que utilize a sua influência na Rússia para procurar uma solução pacífica para o conflito e para levar a Rússia à mesa das negociações”, afirmou o responsável.
Borrell sublinhou ainda a importância da recente visita do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, à China, e salientou o “papel importante” do gigante asiático no processo de paz.
Após a reunião organizada na Suíça para discutir a paz na Ucrânia, em que não estiveram presentes representantes da China e Rússia, o diplomata europeu adiantou que “o próximo passo neste processo deveria ser a realização de uma reunião na qual a Rússia pudesse participar”.
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Zelensky agradece aos médicos ucranianos por manterem hospitais a funcionar durante a guerra
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez este sábado um elogio público aos médicos, enfermeiros e profissionais de saúde ucranianos, que estão a trabalhar nas linhas da frente e em todo o país durante a guerra.
“Hoje em dia, não há nenhum hospital na Ucrânia que não tenha experienciado o que é a guerra e que não tenha recebido feridos da linha da frente ou na sequência de ataques russos”, escreveu Zelensky no Telegram.
“Só podemos estar orgulhosos”, disse ainda o Presidente, sublinhando a “dedicação” dos profissionais de saúde durante a guerra. “Só podemos agradecer aos nossos médicos especialistas, que trabalham tanto na linha da frente, nas zonas perto da frente, nas comunidades fronteiriças e em todo o país.”
“Em todo o país, os sistemas médicos continuam a funcionar. Isto é mérito de todos aqueles que dedicam as suas vidas a salvar as vidas dos outros”, assinalou.
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Rússia lançou 408 ataques contra região de Zaporíjia nas últimas 24 horas
A Rússia lançou na sexta-feira 408 ataques contra dez povoações ucranianas na região de Zaporíjia, no sul do país, revelou o governador da região, Ivan Fedorov, citado pelo The Guardian.
Duas mulheres e um homem ficaram feridos na sequência dos ataques.
Além disso, registaram-se oito ataques aéreos contra localidades como Kamianske, Lobkove, Robotyne, Mala Tokmachka e Malynyvka, numa região que tem testemunhado combates intensos nos últimos meses.
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Bom dia.
O Observador continua este sábado a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.
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