Momentos-chave
- Cirurgia de Netanyahu durou duas horas e decorreu "sem complicações"
- Israel impede reabertura do Kamal Adwan por questões de segurança. Hospital Indonésio é o único em funcionamento no norte de Gaza
- Imprensa síria e libanesa reportam ataque aéreo israelita junto a Damasco, provocando vários mortos
- Líder rebelde da Síria admite que eleições podem só acontecer dentro de quatro anos
- Ataque de Israel a hospital em Gaza faz sete mortos
Histórico de atualizações
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Bom dia. Encerramos aqui este liveblog que acompanhou a atualidade relacionada com o conflito no Médio Oriente. Pode continuar a acompanhar-nos nesta nova ligação.
Líder da OMS pede libertação “imediata” do diretor do hospital Kamal Adwan
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Cirurgia de Netanyahu durou duas horas e decorreu "sem complicações"
A cirurgia a que foi submetido o primeiro-ministro israelita este domingo, para a remoção da próstata, durou duas horas e decorreu “sem complicações”, de acordo com um comunicado do seu gabinete citado pelo The Timesof Israel e o Haaretz.
“O primeiro-ministro acordou, está em boas condições e completamente consciente”, indica o comunicado. Netanyahu vai recuperar numa sala subterrânea e fortificada.
O chefe do departamento de urologia, Ofer Gofrit, disse este domingo que o procedimento “correu como planeado”.
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Exército israelita diz que matou 20 combatentes palestinianos em assalto ao Kamal Adwan
O exército israelita declarou hoje ter matado cerca de 20 combatentes palestinianos durante o assalto a um hospital no norte da Faixa de Gaza que, segundo o exército, era utilizado como “centro de comando” pelo movimento Hamas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vasta ofensiva lançada na manhã de sexta-feira “pôs fora de ação” o hospital Kamal Adwan, a última unidade hospitalar ainda em funcionamento no norte do território palestiniano, devastado por mais de um ano de guerra.
“Cerca de 20 terroristas foram mortos durante a operação e poderosos engenhos explosivos colocados pelos terroristas foram neutralizados”, declarou hoje o exército israelita, em comunicado.
No final da operação da véspera, o exército israelita tinha declarado ter detido o diretor do estabelecimento, Hossam Abou Safiya, suspeito de ser militante do Hamas, bem como “mais de 240 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica”.
Estes últimos serão transferidos para Israel “para investigações mais aprofundadas”, disse o exército, sublinhando que “devem poder fornecer informações valiosas”.
Questionado pela agência AFP sobre se o diretor do hospital também seria transferido, o exército não fez qualquer comentário imediato.
“Esta é uma das maiores operações contra terroristas num único local desde o início da guerra”, disse o exército. “Alguns terroristas tentaram fazer-se passar por pacientes. Alguns até se esconderam em ambulâncias”.
Israel acusa regularmente o Hamas de utilizar os hospitais como bases para preparar e lançar ataques contra as suas tropas, mas o movimento islamita nega-o.
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Israel deteta cinco ‘rockets’ disparados da Faixa de Gaza
“Cerca de cinco projéteis entraram em território israelita vindos do norte da Faixa de Gaza. Dois projéteis foram intercetados e os outros provavelmente caíram em áreas abertas”, indicaram as Forças de Defesa de Israel (FDS).
As sirenes de alerta foram ativadas por volta das 16:30 (14:30 em Lisboa) nas proximidades da cidade israelita de Sderot, localizada nas imediações do enclave palestiniano.
Israel já tinha anunciado no sábado que tinha sido alvo de dois projéteis disparados da Faixa de Gaza, que acabaram por ser intercetados.
Ao mesmo tempo, pelo menos nove pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas, incluindo crianças, após tanques israelitas terem bombardeado casas a noroeste do campo de refugiados de Nuiserat, no centro da Faixa de Gaza, segundo fontes locais citadas pela agência Efe.
Vídeos transmitidos pelos canais palestinianos mostram a chegada dos feridos ao hospital al-Awda, em Nuiserat, incluindo um bebé e uma criança ensanguentados e com graves ferimentos provocados por estilhaços.
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Israel impede reabertura do Kamal Adwan por questões de segurança. Hospital Indonésio é o único em funcionamento no norte de Gaza
A operação das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deste sábado no hospital Kamal Adwan levou à detenção de 950 pessoas, dizendo ter desmantelado um “centro de comando do Hamas” e falando na captura de mais de “240 terroristas”.
Este domingo, as autoridades israelitas afirmaram ao Haaretz que não permitir o Kamal Adwan retome as suas atividades, afirmando conseguir supervisionar melhor o Hospital Indonésio na vizinhança.
Este passa assim a ser o único de largas dimensões em funcionamento no norte de Gaza, apesar de também ter sofrido danos causados pelas operações das IDF na semana passada.
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Observatório Sírio de Direitos Humanos cifra em 11 número de mortos por ataque aéreo israelita junto a Damasco
De acordo com a ONG baseada no Reino Unido, o ataque aéreo, atribuído a Israel, atingiu um depósito de armas do antigo regime de al-Assad perto da cidade industrial de Adra, perto de Damasco.
A explosão subsequente terá vitimado 11 pessoas, na sua maioria civis. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, decorrem operações de resgate para recuperar os corpos e remover os escombros ainda estão a decorrer no local da explosão.
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Netanyahu adia depoimento no seu julgamento por corrupção devido a uma cirurgia à próstata
O Tribunal Distrital de Jerusalém, escreve o Haaretz, aceitou o pedido do primeiro-ministro israelita para cancelar as suas sessões de depoimento esta semana no julgamento que o envolve por corrupção.
Em causa está uma cirurgia para a remoção da próstata, já que Benjamin Netanyahu foi diagnosticado com um aumento benigno da próstata após ser-lhe detetada uma infeção do trato urinário.
O procedimento obrigará Netanyahu a um período de recobro de seis a 12 semanas, o que também fará com que o ministro da Justiça, Yariv Levin, assuma temporariamente o cargo de primeiro-ministro interino.
Dado o estado de guerra que o país enfrenta, o ministro da Defesa, Israel Katz, será autorizado a convocar o gabinete de segurança, se necessário.
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Relatório israelita aponta para tortura de reféns, incluindo menores, pelo Hamas
O relatório, a ser apresentado pelo ministério da Saúde de Israel às Nações Unidas nesta semana, baseia-se em entrevistas com as equipas médicas e de assistência social que trataram mais de 100 reféns israelitas e estrangeiros, a maioria dos quais foi libertada no final de novembro de 2023, no âmbito de uma breve trégua entre Israel e o Hamas.
Segundo o documento, citado pela Reuters, os reféns foram sujeitos a tortura, incluindo abusos sexuais e psicológicos, fome, queimaduras e negligência médica. Neste lote entram também cerca de 30 crianças e adolescentes, alvo de espancamentos e marcações com objetos em brasa.
O relatório, que será entregue ao Relator Especial da ONU para a Tortura, cita ainda a experiência de mulheres que relataram agressões sexuais perpetradas pelos captores, inclusive sob a mira de uma arma.
Apesar dos inúmeros relatos, muitos na primeira pessoa, de abusos sofridos pelos reféns do Hamas, o grupo islamista tem negado repetidamente ter abusado dos 251 reféns raptados em Israel durante o seu ataque de 7 de outubro de 2023.
Existem ainda cerca de 100 reféns detidos, metade dos quais considerados ainda vivos autoridades israelitas. A sua libertação tem sido um dos temas mais espinhosos nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
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Imprensa síria e libanesa reportam ataque aéreo israelita junto a Damasco, provocando vários mortos
A informação é adiantada pelo Times of Israel, que cita a rádio síria Sham FM, e pelo Haaretz, que se guia pela publicação libanesa Al Mayadeen.
Um ataque aéreo alegadamente levado a cabo por Israel terá vitimado várias pessoas em Adra, cidade localizada nos subúrbios da capital síria, Damasco. O Haaretz fala em, pelo menos, seis vítimas mortais.
As forças armadas israelitas ainda não se pronunciaram quanto a estas informações.
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Líder rebelde da Síria admite que eleições podem só acontecer dentro de quatro anos
A admissão foi feita numa entrevista dada ao canal estatal saudita Al Arabiya, escreve a Reuters.
Líder do Hayat Tahrir al-Sham, o grupo radical islâmico que liderou a coligação rebelde que depôs Bashar al-Assad, Ahmad al-Charaa — anteriormente conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammad al-Jolani — afirmou que os sírios só verão mudanças drásticas no seu país dentro de um ano.
Dada a necessidade de estabilizar a Síria, al-Charaa concede também que a redação de uma nova Constituição poderá demorar até três anos. Além disso, promete que o Hayat Tahrir al-Sham vai ser dissolvido após uma conferência de diálogo nacional.
Mais enigmática é a postura daquele que se apresenta como o novo líder sírio quanto a relações externas, principalmente a Rússia, que foi um aliado próximo de al-Assad e tem bases militares na Síria.
Sharaa afirmou no início deste mês que as relações da Síria com a Rússia devem servir interesses comuns, reforçando agora em entrevista a necessidade de convergir em certos aspetos estratégicos, apesar de não explicitar quais.
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Cidade do norte de Gaza evacuada por ordem israelita
As autoridades israelitas ordenaram a saída de todos os residentes que permaneciam em Beit Hanoun, cidade localizada na fronteira norte da Faixa de Gaza.
De acordo com a Reuters, a ordem foi justificada pelo exército israelita devido à necessidade de resposta militar aos disparos de rockets de militantes palestinianos a partir da área.
A ordem de evacuação provocou uma nova vaga de deslocações, aponta a agência noticiosa, apesar de não ter conseguido apurar exactamente quantas pessoas foram forçadas a abandonar as suas residências.
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Milhares de israelitas protestaram este sábado em Telavive contra Netanyahu
Houve também manifestações, na tarde de sábado, nas proximidades da casa de Netanyahu, em Jerusalém, assim como nas cidades de Haifa (norte), Herzliya (oeste) e Beersheba (sul).
Milhares de israelitas protestam em Telavive contra Netanyahu
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IDF confirmam ataque ao hospital Al-Wafaa, dizendo que era um centro de comando e controlo do Hamas
Numa publicação na rede social X, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) falam num “ataque preciso contra os terroristas da Unidade de Defesa Aérea do Hamas na zona de Shejaiya” no hospital Al-Wafaa.
⭕️A precise strike on terrorists from Hamas' Aerial Defense Unit in the Shejaiya area, was conducted a short while ago.
The command and control center in question used to served as the El-Wafa Hospital, and was used by the terrorists to plan and execute terrorist attacks… pic.twitter.com/n7BB6VQBjt
— Israel Defense Forces (@IDF) December 29, 2024
A mesma comunicação diz que as instalações hospitalares serviam como um “centro de comando e controlo” utilizado “pelos terroristas para planear e executar ataques terroristas contra as tropas das IDF no futuro imediato”.
As IDF defendem nessa nota terem tomado “várias medidas para reduzir o risco de ferir civis e instalações civis”, citando o uso de “munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais”.
As forças armadas israelitas aproveitam para criticar o Hamas pela por mais um “exemplo” da “exploração de infra-estruturas civis”, no que diz ser uma “violação do direito internacional”.
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Ataque de Israel a hospital em Gaza faz sete mortos
Sete pessoas morreram e outras ficaram gravemente feridas num ataque israelita ao andar superior do hospital Al-Wafaa, no centro da cidade de Gaza, anunciou este domingo a defesa civil palestiniana.
O organismo controlado pelo Hamas não distinguiu até ao momento entre civis e combatentes nas vítimas. As forças armadas israelitas não confirmaram ainda o ataque.
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Bom dia.
Acompanhamos agora neste liveblog as últimas notícias relacionadas com o conflito no Médio Oriente durante deste domingo.
Pode encontrar aqui a ligação para o liveblog de sábado, que fechou com a informação sobre a entrega de um relatório israelita à ONU que descreve abusos sexuais e psicológicos do Hamas contra os reféns.
Obrigado por nos acompanhar.