“Falta de condições psicológicas mínimas.” É este o argumento dos deputados do Partido Comunista do Brasil que querem que Carla Zambelli perca o direito a porte de arma. A notícia é avançada pela Folha de São Paulo.

A deputada federal, apoiante de Bolsonaro, está a ser alvo de uma investigação depois de ter perseguido um homem, armada, pela ruas de São Paulo.

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, considerou hoje que a democracia no Brasil não está sob ameaça, mas a “obrigação” dos países-membros da CPLP é apoiarem-se “mutuamente” no que toca à sua defesa.

“A nossa contribuição, a nossa obrigação, é apoiarmo-nos mutuamente no que a toca à defesa da democracia; a democracia tem que ser defendida”, afirmou o chefe de Estado timorense, em declarações à comunicação social no âmbito de uma visita hoje à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa.

Quando interrogado sobre se entende que a democracia no Brasil está sob ameaça, atendendo aos distúrbios em todo o país provocados pelos apoiantes do Presidente Jair Bolsonaro, que não aceitam a sua derrota na segunda volta das presidenciais no último domingo, Ramos Horta foi taxativo: “Não, não”, afirmou.

“Ao longo dos [últimos] anos, devo ter sido a única pessoa na CPLP, [enquanto] ex-Presidente, que se solidarizou com Lula [da Silva] ativamente”, reclamou ainda Ramos Horta.

“Fui talvez o primeiro Presidente no mundo a felicitar Lula” da Silva pela sua vitória nestas eleições”, disse ainda, revelando que “tinha tudo preparado, combinado com amigos no Brasil – e mobilizei outros – para, por favor, reagirem de imediato”.

Para o chefe de Estado timorense, que se encontra em Portugal no âmbito de uma visita oficial, a obrigação dos nove Estados-membros da CPLP é apoiarem-se “mutuamente no que toca à defesa da democracia, a democracia tem que ser defendida”.

Luciana Siqueira Lira de Miranda, a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, foi acusada por um grupo de trabalhadores do Ministério da Cidadania de assédio moral, avança a Globo News. Segundo o site, a governante terá enviado mensagens a quem votou em Lula da Silva, acusando-os de mandarem o trabalho que fizeram “pelo ralo”.

Há ainda denúncias de uma reunião — anterior ao envio de mensagens — em que a secretária nacional insultou os petistas. Entre outras coisas, disse “saber exatamente quem não votou no presidente” e que “pagarão pela justiça divina”, além de que essas pessoas irão “infernizar todos os dias da próxima gestão”.

O fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, apoiante de Jair Bolsonaro, pediu aos crentes que perdoassem Lula da Silva, Presidente eleito do Brasil. Um dia depois, nas redes sociais Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, afirmou que o partido dispensa o perdão do bispo Edir Macedo.

A deputada federal apontou ainda o dedo ao bispo evangelista, acusando-o de levar “milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e os seus meios de comunicação para isso”.

Uma jovem de 12 anos baleada durante festejos da vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras acabou por morrer esta sexta-feira e a polícia está a investigar o homicídio como motivação política. Esta é a segunda vítima mortal confirmada depois de um homem de 36 anos morrer na madrugada de segunda-feira no mesmo incidente.

De acordo com a imprensa local, mais três pessoas foram baleadas na mesma ocasião, durante festejos da vitória de Lula da Silva, na capital do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, citada pela imprensa brasileira, o atacante de 28 anos disse ter saído de casa em “busca de traficantes”, admitindo ter disparado “aleatoriamente”.

O caso está a ser investigado como tentativa de homicídio por motivação política visto que o homem, de 28 anos, era um apoiante confesso do Presidente brasileiro em exercício, Jair Bolsonaro. O suspeito encontra-se em prisão preventiva.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou hoje prisão preventiva para o homem que atropelou quase 20 pessoas na tentativa de atravessar um bloqueio de uma estrada feito por apoiantes do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

De acordo com o portal de notícias Uol, a prisão preventiva foi declarada com a justificação de ter causado “clamor social”, no incidente que provocou ferimentos a pelo menos 10 pessoas na quarta-feira.

Ainda de acordo com este portal, o homem disse que estava acompanhado pela mãe dentro do carro e que começou a ser ameaçado e agredido pelos manifestantes. Com medo decidiu avançar e romper o bloqueio.

O líder da Comissão de Direitos Humanos do Senado brasileiro pediu hoje ao Ministério Público que abra uma investigação contra o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet por sugerir a morte do Presidente eleito, Lula da Silva.

Enviado pedido para MP investigar Nelson Piquet por sugerir morte de Lula

A petição foi apresentada ao Ministério Público em Brasília por Humberto Costa, um senador do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva.

“Estou entrando com uma representação junto ao MPDFT [Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios] contra o ex-piloto golpista, Nelson Piquet. Em vídeo que circula nas redes sociais, Piquet ameaça a vida do ex-presidente Lula. Não podemos normalizar o ódio e a barbárie. O bolsonarismo precisa ser expurgado do Brasil”, escreveu o senador nas redes sociais.

O fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus reconheceu a vitória de Lula da Silva nas presidenciais brasileiras e pediu aos evangélicos o fim da mágoa contra o futuro Presidente brasileiro.

“Quantas pessoas neste Brasil, inclusive cristãos, devem ter ficado iradas contra o Lula, magoados, e agarraram um sentimento de mágoa contra ele? Ora, minha amiga, meu amigo, vamos colocar a cabeça no lugar. Fizemos nossas escolhas e a escolha foi da maioria, obviamente, que votou”, afirmou, num vídeo partilhado nas suas redes sociais, Edir Macedo.

“Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer”, insistiu o líder da poderosa igreja evangélica, uma fação religiosa que representa cerca de 30% da população brasileira e que demonstrou um fervoroso apoio à reeleição de Jair Bolsonaro na Presidência do Brasil.

Representantes da Alemanha, Israel e instituições como o Museu do Holocausto no Brasil criticaram hoje apoiantes do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que fizeram um gesto nazi durante um protesto contra o resultado das eleições presidenciais.

“O uso de símbolos nazistas e fascistas por “manifestantes” claramente de extrema-direita é profundamente chocante. Apologia ao nazismo é crime!”, escreveu Heiko Thoms, embaixador da Alemanha no Brasil, numa publicação na rede social Twitter.

“Não se trata de liberdade de expressão, mas de um ataque à democracia e ao Estado de Direito no Brasil. Esse gesto desrespeita a memória das vítimas do nazismo e os horrores causados por ele”, acrescentou.

O ainda Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cumprimentou esta quinta-feira o vice-Presidente eleito, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto.

A informação do encontro foi confirmada por membros do governo ao Globo. Os dois cruzaram-se porque o “vice” eleito se deslocou à sede da presidência para uma reunião sobre a transição política.

Segundo a mesma fonte, Bolsonaro passou a manhã no Palácio da Alvorada, a sua residência oficial, tendo chegado ao Planalto quando Alckmin falava à imprensa.

Depos de prestar declarações, o vice de Lula da Silva, o Presidente eleito, subiu de elevador com o chefe de gabinete pessoal de Bolsonaro. Desceram juntos, dez minutos depois, já após o encontro ter ocorrido.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, Alexandre de Moraes, afirmou esta quinta-feira que “a democracia venceu novamente” no Brasil, notando que “os eleitores, em maioria massacrante, são democratas” e “aceitaram democraticamente o resultado das eleições”.

Já aqueles que “criminosamente não estão aceitando” e que estão “praticando atos antidemocráticos” vão ser “tratados como criminosos”, alertou, citado pelo jornal Folha de São Paulo.

“Vamos parar o Brasil inteiro”. As mensagens e vídeos dos camionistas que protestam contra a vitória de Lula da Silva na estradas do Brasil

Alexandre de Moraes detalhou de forma mais clara o aviso feito: os “movimentos criminosos” que contestaram as eleições bloqueando estradas e perturbando a ordem pública vão ser “combatidos” e “responsabilizados sob a pena da lei”.

Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, “não há como contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, antidemocráticos, movimentos criminosos“. E acrescentou que a “alternância de poder” faz parte da “democracia” e de um “Estado republicano”.

Apoiantes de Jair Bolsonaro em frente de quartéis pedem intervenção militar

Dois ministros do anterior governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil), encontraram-se esta quinta-feira com representantes do Tribunal de Contas brasileiro (o Tribunal de Contas da União – TCU) para discutir a transição na Presidência do Brasil, do anterior chefe de Estado para Lula da Silva.

A informação é avançada por meios de comunicação como o G1 e a Folha de São Paulo. Os dois meios citam declarações de um dos membros do comité criado pelo TCU para agilizar a mudança na Presidência do Brasil, Antonio Anastasia, que referiu: “Há uma grande recetividade por parte da equipa do atual governo, que quer fornecer as informações. E eu acredito que assim [a transição] vai ocorrer de maneira serena e tranquila”.

O encontro aconteceu à porta fechada. Citado pela Folha de São Paulo, Antonio Anastia notou que “a transição baseia-se fundamentalmente em trocas de informações”, acrescentando que os delegados do TCU vão “zelar para que as informações fluam de maneira oportuna, no tempo adequado, e que sejam de facto aquelas que foram solicitadas”.

O comité criado pelo Tribunal de Contas da União vai funcionar durante um período de 90 dias (aproximadamente três meses), tendo como uma das missões avaliar quaisquer reclamações de ocultação de informações relevantes na passagem de pastas dos anteriores governantes para o futuro governo, lembra o G1.

Assegurar uma transição pacífica de poder foi uma das grandes preocupações da sociedade civil brasileira e de instituições basilares do país, na sequência da mudança na Presidência de Jair Bolsonaro, que antes das eleições alimentara dúvidas sobre a fiabilidade do processo de votação e contagem de votos, para Lula da Silva. O calendário para a passagem de pastas já é conhecido.

Dois meses de trabalho, uma equipa de 50 pessoas e o medo dos boicotes. Como vai funcionar a transição entre Bolsonaro e Lula?

De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, 15 civis e dois polícias ficaram feridos depois de um carro carregar contra os manifestantes que se encontravam na estrada de Washington Luiz, em São Paulo, na quarta-feira.

A SSP diz que o motorista se tratava de um homem de 28 anos que alega ter sido agredido por manifestantes e de ser esse o motivo que o levou a carregar contra a barreira de pessoas. Foi capturado no local, onde se submeteu a um teste de alcoolemia com resultado negativo, segundo a CNN Brasil.

De acordo com a Polícia Militar, citada pela imprensa local, dois dos feridos são jovens de 11 e 12 anos. Duas pessoas tiveram de ser transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto. Alguns manifestantes procuraram agredir o motorista do carro depois do atropelamento.

O homem foi levado para a prisão do Departamento Estatal de Investigações Criminais de São José do Rio Preto, onde o caso foi registado como tentativa de homicídio. É lá que permanece à espera de ser chamado para uma audiência com a justiça.

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil avançou ainda através do Twitter que já só restam 2 pontos de bloqueio nas estradas e 137 manifestações.

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Atualização das 10:00!@PRFBrasil nas estradas: 4500 policiais, 1700 viaturas e 8 aeronaves. 864 desobstruções já realizadas. 4216 multas aplicadas, em um total de R$ 11,3 milhões. 20 atuações da tropa de choque. 37 prisões. Restam 2 pontos de bloqueio e 137 de manifestação.

— Anderson Torres (@andersongtorres) November 3, 2022

Numa atualização feita através da sua conta de Twitter ao início da tarde desta quinta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres, informou que já foram aplicadas 4.216 multas devido aos bloqueios das estradas, no valor total de 11,3 milhões de reais (cerca de 2,25 milhões de euros).

Marcos Montes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acredita que os bloqueios das estradas em vários estados do Brasil “se encaminham para o fim”.

Em entrevista à CNN Brasil esta quinta-feira, o ministro da Agricultura disse: “Os bloqueios diminuem a cada momento. Um relatório apresentado às 6 horas da manhã mostra claramente que já se está a encaminhar para o fim. Temos menos de 10 pontos agora e, felizmente, estamos a aproximar-nos do fim deste momento duro para o Brasil.”